O título será um pouco provocatório, já que "Por Tubal" se presta a uma semelhança a "Portugal", ainda que não haja qualquer dado objectivo nesse sentido.
A origem do termo Portugal sempre esteve ligada Portus Cale, o porto da cidade Cale, que seria o Porto. Daí a sua evolução de Portucale para Portugal, por evolução do C em G, como é suposto ter acontecido com outras palavras sob o domínio godo, neste caso suevo.
Este texto versa a sequência descrita por Damião Castro acerca dos reis no seu "tempo fabuloso", no prefácio do seu livro (ver post anterior). Apesar de denegrir essa versão que classifica de fábula, dá-nos várias pistas, que constituem um bom resumo dos múltiplos trabalhos anteriores.
Convém notar que em nenhum destes textos antigos aparece referência a nenhum culto a Endovélico, ou a outras entidades cujo nome foi popularizado, na transição do Séc. XIX/Séc. XX, por Leite de Vasconcelos.
Há um busto conhecido, com características de escultura grega, que tem sido associado a uma representação de Endovélico:
Com as precauções que já tomo nestas coisas, parece-me que a troca dos V pelos B, pode levar a:
EndoBélico
ou seja, literalmente a uma guerra interna. Na minha opinião, este nome pentassilábico e composto, parece-me ainda pouco normal para o tratamento comum a um deus.
Por outro lado, a referência tardia encontra-se bem justificada na sequência do fim da mitologia fabulosa, definitivamente encerrada por Herculano. Dos partidários de Tubal deixou de se ouvir falar, e foi rapidamente substituído por uma mitologia mais moderada, associada então a Endovélico.
Tomando o lado que deixou de ter voz, talvez encontremos aqui uma estátua com origem no período de influência grega na Lusitânia... também não é de negligenciar as várias estátuas de guerreiros, para evocações ainda anteriores (ver também blog Portugalliae):
Retomando a ordem cronológica de Damião Castro, enunciamos os vários reis, a partir do Dilúvio de Ogiges - nome associado a um Rei de Tebas, mas também a uma ilha Atlântica. Convirá desde já notar que os antigos historiadores portugueses e espanhóis procuraram associar, para além das referências toponímicas, alguns nomes da mitologia grega e egípcia.
Isto é curioso, pois é começando justamente em Tebas que encontramos o primeiro nome repartido pelo Egipto e pela Grécia - em ambos os casos encontramos uma cidade de Tebas, o que sempre se terá prestado a naturais confusões.
De Tebas segue-se este nome Tubal, cuja construção fonética não é muito diferente.
- 0. Dilúvio de Ogiges (Tebas)
- 1. Tubal e Tarsis chegam à península.
- Fundação da "República de Setúbal"... a primeira República.
- 2. Hibero, filho de Tubal, de onde viria o nome Ibéria
- 3. Jubaldo, o astrónomo
- 4. Brigo, o povoador, que teria fundado Lacobriga~Lagos, Medobriga~Portalegre
- 5. Tago, de memória imortal
- 6. Beto, associado a Bétis, no Guadalquivir.
O nome Júpiter Osíris associa num único rei as duas principais divindades dos Panteões Romano e Egípcio. Isto parece claro exagero, mas pode ser explicado por diversas razões, talvez a mais plausível será haver uma necessidade cristã de invocar uma origem humana para os cultos de Júpiter/Osíris, o que se enquadrava nesta versão de historiadores posteriores.
Independentemente disso, o nome Júpiter Osíris será seguido pelo filho Hórus Hércules Líbico, que vingará a morte do pai às mãos dos Lomínios, filhos de Gerião. Mais uma vez mistura-se a descendência (de facto, Hércules descende de Júpiter, tal como Hórus descende de Osíris), misturando com uma parte diversa humana, que envolve Gerião e os filhos.
- 7. Gerião, rei impostor
- 8. Júpiter Osíris, rei herói, que depõe tiranos, matando Gerião na sua vinda à Ibéria
- 9. Lomínios, filhos de Gerião, matam Júpiter Osíris
- 10. Hórus Hércules Líbico, filho de Júpiter Osíris, mata os Lomínios
- - funda em Sagres (Promontório Sacro), um Templo a Tubal
- - parte para Itália, deixando Hispalo como sucessor
- 11. Hispalo, funda Hispalis~Sevilha
- 12. Hispano, de onde viria o nome Espanha
- 13. Hespero, renomeia Espanha como Hesperia
- 14. Atlante Italo, irmão de Hórus Hércules
- 15. Sicoro, sucede a Atlante Italo
- 16. Sicano, forma uma colónia na Sicília
- 17. Siceleo
- 18. Luso, o memorável, de onde se teria originado o nome Lusitânia
- 19. Siculo, o último rei antes de um breve período de anarquia.
- 20. Baco, impostor, filho de Semele (e de Jupiter, de acordo com a lenda romana)
- 21. Lísias, filho de Baco, renomeia a Lusitânia como Lisitânia
- 22. Licínio Caco, capitão de Baco
- 23. Trogo Pompeo - Justino
- 24. Gorgoris, o Rei à Época da Guerra de Tróia
De acordo com Damião Castro, é Gorgoris que irá ceder a sua filha Calipso a Ulisses, rei de Ítaca, após a Guerra de Tróia.
- 25. Ulisses
- 26. Diomedes
- 27. Teucro
- 28. Mnesteo
- 29. Coleo de Samos
- 30. Abidis
Ulisses é o fundador de Lisboa, de acordo com vários historiadores antigos (Platão, Marciano Capela, Solino, Asclepíades, ... ), ainda que Damião Castro insista numa possível confusão entre Olisipo (atlântica) e uma Ulisipo (mediterrânica, mas perto de Málaga). Diz ainda que o próprio Heródoto coloca viagens de Ulisses fora do Estreito de Gibraltar, visitando ilhas de Aea e Ogigia. Por outro lado, diz que é natural que tenha partido num navio fenício saído de Smirna, já que a sua armada teria sido destruída por Telemon, rei de Salamina, pai de Ajax (que perdendo para Ulisses as armas de Aquiles, se suicida na Guerra de Tróia).
Diomedes e Teucro, também elementos da Guerra de Tróia são apontados em expedições ao Minho e à Galiza. Aponta ainda como rei Mnesteo, que é normalmente considerado um troiano, companheiro de Eneias.
Apontando os relatos anteriores como pouco credíveis, acaba ainda assim por ir contra a opinião de Gouguette (historiador francês, comissionado por Luis XIV) que recusava qualquer presença grega na Península Ibética.
Para isso diz não poder ignorar essa presença grega pelo menos em Cadiz pelas viagens de Coleo de Samos, referido por Heródoto, dizendo ainda que nessa altura haveria um comércio com hebreus em Tiro, no tempo do Rei Salomão.
Aceita ainda um contacto com Fenícios e Gregos de Focea e de Rodes, por esta altura.
Com os Fenícios, no tempo do Rei Hirão, refere ainda uma diferença entre Paletiro (a Tiro libanesa) e a ilha de Tiro, que faz corresponder a Medina-Sidonia, ou seja a Cadiz. Nesse tempo haveria um culto de Hércules no Promontório de Sagres. Por outro lado, pela parte dos gregos de Focea, associa Sagunto (Valência) e a ilha de Zacinto, e pela parte dos gregos de Rodes, a fundação de Roda, na Andaluzia.
Após o último rei lusitano, Abidis, neto de Gorgoris, que é associado ao mito de ter sido criado selvagem numa mata de Santarém por uma cerva, apresenta um período de Anarquia, a que se teriam seguido, só então, as invasões celtas, por Ambigato. Teria havido uma divisão entre Turdulos e Turdetanos, exceptuando-se a parte norte, da Galiza aos Pirinéus.
- Um pormenor curioso será associar o nome de Elvas a uma fixação de Celtas Helvéticos, citando André Resende (1500-73).
Não deixa de dizer que ignora, por achar que nem merecem referência, histórias fabulosas (no tempo escuro, antes do Dilúvio) sobre Tritões, as suas viagens a Ocidente e Oriente, e batalhas que fariam tremer a terra, com Gigantes e Deuses, e ainda com um despótico Rei Tártaro, que teria vindo dos infernos...
Observação 1: Por tudo aquilo que afirma no Prefácio que irá omitir no Livro, Damião Castro acaba no entanto por ser uma das referências mais sólidas sobre estas lendas, parecendo querer passar esses registos fabulosos, criticando-os mas com argumentos pouco convincentes.
Observação 2: É ainda interessante ver esta associação romana/egípcia entre deuses e personagens históricos, sabendo-se que em ambas as culturas essa deificação de antepassados era um ponto cultural comum. A duplicação de nomes é ainda interessante, já que se repete por homónimos noutros casos, para além de Tebas, há o exemplo do Monte Ida - em Creta é o local do nascimento de Júpiter; já na Turquia, o outro Monte Ida seria a origem de Páris.
Observação 3: Para além desta referência à presença grega na península ibérica, é ainda de considerar em que consiste a ligação a Tróia, não devendo ser excluída a hipótese de Tróia ser uma cidade ibérica. Para isso, um candidato óbvio e natural será ainda Setúbal e a sua península de Tróia (ainda que nada seja sugerido a esse respeito por Damião Castro).
Observação 4: A presença cartaginesa na península é actualmente quase consensual. Podemos ir um pouco mais longe? Porque não considerar os Fenícios como nome alternativo para os originários da península ibérica... que se estabeleceram em Tiro e Cartago, reparando numa composição do nome, partida de Tago ou Tagus:
Car-Tago, Car-Tagus
Observação 5: Por sugestão de um comentário [Maria da Fonte, no blog Portugalliae], as siglas poveiras (que ainda hoje são usadas pelos pescadores da Póvoa de Varzim), por exemplo:
fazem em muito lembrar inscrições em estelas lusitanas (estela da Abóbada)
Por outro lado, esta forma de escrita não se afasta muito de uma primitiva escrita fenícia, tendo até semelhanças com eventuais inscrições fenícias encontradas no Brasil.
Por outro lado, esta forma de escrita não se afasta muito de uma primitiva escrita fenícia, tendo até semelhanças com eventuais inscrições fenícias encontradas no Brasil.
Mais, estas inscrições não são muito diferentes das que constituem símbolos de pedras rúnicas, fazendo uma ligação cultural, por via marítima, que uniria toda a costa Atlântica à América (dir-se-ia quase uma ligação NATO...)
Esta pista, sempre dentro do "tempo fabuloso", levar-nos-ia para eventuais ligações remotas por via Atlântica. Afinal a "ilha que era do tamanho de um continente" conforme Platão descreve a Atlântida, foi por várias vezes identificada à América - até que toda essa convicção se voltou a perder nos Séculos XVIII, XIX e XX.
Todas essas hipóteses foram excluídas e consideradas fantasiosas.
No entanto essa recusa de conhecimento anterior, levanta "enigmas históricos", como é o caso dos Povos do Mar, cujas invasões são referidas por diferentes culturas na bacia mediterrânica, ajustando-se à descrição que Platão tenta fazer de uma tentativa de conquista atlante repelida por Atenas, conforme os sacerdotes egípcios tinham contado a Sólon.
Porém... que credibilidade dar a Platão, e a tantos outros, comparando com os mais sábios historiadores franceses e ingleses da Idade Moderna que formataram a história actual?
Olá,
ResponderEliminarGostei de ler o artigo, mas parece-me que quem relata a história dos Povos do Mar contada e retratada nos hieróglifos egípcios é o geógrafo e historiador Heródoto e não o filósofo Platão… (1) Mas a invasão dos povos do mar não é lenda nem mito os hieróglifos do faraó Ramsés III e o Papiros Harris contam e retratam o acontecimento…
Mas o que eu acho incrível no meio disto tudo é que Portugal não existe para nenhum historiador e os tais "Povos do Mar" para eles passam ao lado Atlântico da Península Ibérica e nem lá param! Como neste exemplo;
http://www.artsales.com/images/Invasion_Routes.jpg
Eu diria que estes Sea Peoples vieram das Shetland para o Mediterrâneo passando pelo actual Portugal, mas a maioria dos historiadores são pessoas muito obtusas e nem devem conhecer as estátuas dos guerreiros "portugueses" do MNA dos Jerónimos.
Cumprimentos,
José Manuel CH-GE
(1) Os Mitos de Thule e Vril
O primeiro elemento das crenças ocultistas nazis era o reino mítico de Hiperbórea-Thule. Assim como Platão citou a lenda egípcia da ilha afundada de Atlântida, Heródoto mencionou a lenda egípcia do continente Hiperbórea no norte distante. Quando o gelo destruiu esta terra antiga, o seu povo emigrou para o sul. Escrevendo em 1679, o autor sueco Olaf Rudbeck identificou o povo da Atlântida com os hiperboreanos e situou este último no pólo norte. De acordo com várias narrativas, a Hiperbórea dividiu-se nas ilhas de Thule e Ultima Thule, que algumas pessoas identificaram com a Islândia e a Gronelândia.
O segundo ingrediente era a ideia de uma terra oca. No fim do século XVII, o astrónomo britânico Sir Edmund Halley sugeriu pela primeira vez que a terra era oca, consistindo em quatro esferas concêntricas. A teoria da terra oca excitou as imaginações de muitas pessoas, especialmente com a publicação, em 1864, da Viagem ao Centro da Terra do novelista francês Júlio Verne.
Caro da Maia
ResponderEliminarÓptimo texto!
Mesmo a propósito, porque eu tinha acabado de deixar uma mensagem no Portugalliae sobre um dos nossos Guerreiros Lusitainos de Lesenho, a quem cortaram a cabeça, mas se esqueceram de picar as Armas, neste caso, o Escudo.
E o Escudo identifica Michno Boviicoai. Um Boii
Um Celta, da famosa dinastia Baiovarii.
A Historiografia que ignora a Península Hibérica, e que põe Os Povos do Mar, a viajar em Supersónico, só para que Potugal nunca conste dos registos, também localiza os Celtas, na Europa Central.
Só que, a Genética contraria essa fabulosa Hipótese!
Uma lástima...
Mas como não existe Crime Perfeito, aí temos as provas a aparecerem à luz do dia.
A Dinastia Baiovarii, os Boii, não são Celtas anónimos.
São os Reis de Sicambri, de Párthia, os Cymbri, e mais recentemente os Reis Merovíngeos.
Uma chatisse!
Tanto que se apagou e adulterou a História, para nada.
Thule e Ultra Thule, são as duas Américas.
Os dois Genes mais antigos que existem à face da
Terra, só existem nos Lusitainos, que por um acaso do destino, não têm o Gene do Paleolítico Africano.
E para cúmulo, os estudos do Genoma Neanderthal, descobrem que cada um de nós é portador de Cinco Genes Neanderthais.
Cinco Marcas. Cinco Estigmas.
Eu sempre achei que devia ser assim uma espécie de sinal de família.
Daqueles que todos têm, na face ou no braço, e que passam de Pais para Filhos.
O que me leva a perguntar:
Onde se situava Sicambri, e Cymbri, e a Merovíngea?
A Historiografia que viaja de supersónico, para nunca aterrar em Portugal, diz que ficavam na França, claro! E na Inglaterra, claríssimo!
Só que as Estátuas Fúnebres dos tais Boii, ou Baiovari, foram encontradas em Portugal, em Boticas, não foram encontradas em Paris de França, nem em Stonehenge.
Mas entretanto, encontro um Rei Boii de Cymbri, Bérico, ou Vérico, que nasce em Boidurum na Germânia, e vai fixar residência no País de Wales, na Britãnia, claro.
E cerca de 100 a.C. um príncipe Béricus, exilado da Britânia, por Cunobelinus, passa a residir em Avalon, em França.
(E eu que pensava que a Ilha de Avalon era na Britânia).
Este Príncipe Béricus exilado em Avalon, irá ser o pai do famoso Vercingetorix, e de Tentanius Ap Llud cerca de 25 a.C., Rei Atrebates, exilado em Roma.
Será que Britânia tem alguma coisa a vêr com Pedra?
Quero dizer, com Brita?
É que sem querer lembrei-me da Cytânia de Briteiros em Guimarães, um Povoado Celta, de construções circulares em Pedra.
E o Rei Brigo, não foi o que fundou Aveiro?
e Gerião Sargão, não era o filho de Krisaor, o Homem da Falcata de Ouro?
E há Dois Mil Anos, a que terra se referiria o nome Mauritânia?
Precisamos de quem saiba pronunciar as palavras, segundo o dialecto mais antigo de Portugal.
Eu consigo fazê-lo com algumas, mas já não me recordo de todas.
Cumprimentos
Maria da Fonte
Caro Da Maia,
ResponderEliminarno seu texto "Tagus Aureo" quando refere roma colónia Lusitana a ideia vem de onde?
Parece que na sua cronologia falta um entre Hispano e Hespero...Hércules
Hispalo pode não ter fundado Sevilha (querem alguns com pouco fundamento...)
Morre Hércules, é sepultado no Promontório Sacro, existe em Cadiz o mesmo culto para onde depois ele é transladado.
E parece que havia uma colónia Lusa na Ásia Menor.
Com os melhores cumprimentos,
Calisto
Olá,
ResponderEliminarVai haver uma importante conferencia no e em : St Anne’s College Oxford -10 July 2010 e o lançamento de um livro sobre a origem dos Celtas:
Celtic from the West: Alternative Perspectives from Archaeology, Genetics, Language and Literatureedited by Barry Cunliffe and John T. Koch
(University of Wales Centre for Advanced Welsh and Celtic Studies and Institute of Archaeology, University of Oxford) http://hnn.us/roundup/entries/7406.html
(...) It should also be mentioned that according to John Koch [3]Cunliffe, Karl, Wodtko and other highly respected scholars, Celtic culture may well have developed first in far Southern Portugal and Southwestern Spain, approximately 500 years prior to anything recorded in Central Europe.[30]
http://en.wikipedia.org/wiki/Celts#Iberia
DNA Research Links Scots, Irish And Welsh To North-western Spain
Brian Donnelly, The Herald (Glasgow), 10 Sept. 2004
Celtic nations such as Scotland and Ireland have more in common with the Portuguese and Spanish than with the Celts of central Europe, according to a new academic report.
http://hnn.us/roundup/entries/7406.html
Não sei ainda se compre este livro dos Barry Cunliffe and John T. Koch (384p, 83 b/w illus, 39 colour & b/w maps - Oxbow Books and Celtic Studies Publications 2010), e contínuo a pesquisa deste tema, pois tenho voltar a trabalhar:
http://www.oxbowbooks.com/bookinfo.cfm/ID/88298//Location/Oxbow
Os celtas que aliás é uma apelação muito redutora são originários de Portugal, e não da Suíça, e vão ser os britânicos a divulga-lo, como o prova o ADN, mas falta desenterrar uma grande cidade no actual território português, brevemente.
Cumprimentos,
José Manuel CH-GE
Caro José Manuel,
ResponderEliminarmuito obrigado pelos seus informativos comentários.
[1ª mensagem]
- De facto, eu já conhecia há muito a história dos Povos do Mar. Conforme diz, está muito documentada e é aceite oficialmente. Mas nunca vi nenhuma justificação oficial para a sua origem... é como se tivessem aparecido do nada!
Assim, deixei isso suspenso ao lado doutros mitos, como a Atlântida.
- O que eu digo é que Platão no diálogo "Timeu" apenas refere a Atlântida e o relato de Sólon, mas no "Crítias" dá detalhes, referindo-se mesmo a uma invasão atlante (já num período de declínio dessa civilização), que teria sido parado por Atenas. Daí ter ligado a invasão atlante, mítica, a essa invasão de Povos do Mar, que está bem documentada!
- Não sabia que já havia um traço tão elucidativo dessa rota dos Povos do Mar, conforme é mostrado no link que enviou. É de facto estranho, terem passado ao lado da Península... mas até parece que os vikings também nunca deram muita atenção às costas portuguesas! Deve haver algo que afasta a história destas paragens...
Mesmo, se repararmos bem, sabemos muito sobre o período de dominação romana, algo sobre o suevo/visigodo, mas quase nada sobre o período árabe. Poucos conhecem que houve Taifas que funcionaram como reinos independentes exclusivamente em território nacional, como a Taifa de Silves.
O nevoeiro sobre a nossa história sempre foi grande, e se essa parte árabe teve sempre a justificação de conflito entre culturas, as outras foram propositadamente obliteradas...
- Quanto a Thule e Vril, Hiperbórea-Thule, pois apenas conhecia a ilha de Thule, que é bastante referida, e sempre como uma ilha a norte, provavelemente a Islândia, conforme referiu!
Ou seja, não conhecia essa parte mítica de Heródoto. Obrigado pela referência.
- A terra oca... pois isso é mesmo estranho! Ainda que não seja nada impossível... é perfeitamente possível existirem cavernas de grandes dimensões. Círculos concêntricos parece-me bastante improvável por uma questão de gravidade... Halley é anterior a Newton, e talvez não conhecesse os trabalhos de Duarte Pacheco Pereira (que já tinha ideias claras, sobre a lei da gravidade).
[2ª mensagem]
É muito interessante essa novidade da origem lusa dos Celtas!! Sejam lá o que forem os celtas... é interessante ser um inglês a tirar o centro do universo dos focos habituais! Nunca poderia ser um português... isso é claro, por enquanto, pelo menos!
Também concordo que há uma cultura costeira, essa tal cultura marítima que iria até às Shetland, que podemos chamar celta, ou lusitana, ou pré-viking, e que uniria escoceses, irlandeses, ingleses (antigos), antigos bretões (c/normandia), e toda a parte ibérica dos bascos aos portugueses. A única coisa mais estranha é alguma diferença acentuada entre os povos bascos e de gales/irlanda... eu estaria à espera de uma maior conexão.
Vai-se a ver e os Celtas da Helvécia, são mesmo os que saíram de Elvas! Seria engraçado...
Um abraço!
Caro José Manuel
ResponderEliminarConcordo que o termo seja reductor, afinal falamos de ramos de uma mesma Família.
A Grande Família Konii.
Os Uno, os Onai, os Ainu, os Taino, os Tai.
Malaca, tão longe, lá no Oriente é uma palavra Celta, ou Konii.
MAL-ACA-S, que quer dizer: Digno de Elogio.
E se Koninbriga, fosse na realidade como alguna defendem, uma Cidade Konii, fundada pelos Reis Celtas Brigavantes?
É que aqueles Cavaleiros nunca foram Romanos.
E a Cercadura, já nós conhecemos muito bem de outras paragens.
Maria da Fonte
Cara Maria da Fonte,
ResponderEliminaré tão generosa com tanta informação, que é sempre difícil conseguir processar tudo!
Escusado será dizer que não conhecia essa Dinastia Baiovarii, ou Boii!
Mas a sua observação deixa uma questão curiosa... será que temos nomes tão diferentes, como "Vaca", "Boi", "Touro", para não deixar cair no esquecimento palavras de outras culturas que por aqui passaram? Da mesma forma que acontece com "Égua" e "Cavalo", ou com "Cabra" e "Bode"?
Será que a língua não foi o nosso único combate à perda dessa memória?
É como a Maria da Fonte diz, haveria muito trabalho para linguistas informados... com essas pronúncias antigas!
Tenho ideia de que já falávamos da questão dessa origem genética singular poder estar relacionada afinal com um cruzamento Neandertal, já que um sítio bem provável seria o limite habitável na Idade do Gelo, ou seja, por estas paragens. É engraçado ter-se vindo a confirmar nestes últimos meses.
Sobre Avalon, Merlim, acho que tenho qualquer coisa que a vai interessar... não é nada de muito significativo, mas é uma fonte surpreendente - ainda não acabei de escrever!
A relação da Britânia com Briteiros, Brita, pedra, lá está... certamente que são pistas a seguir com interesse.
Não encontrei Brigo associado a Aveiro, mas de acordo com Damião Castro, as povoações com a terminação "briga" teriam, por lenda (é claro), sido fundadas por ele!
Ora perto de Aveiro, havia "Talabriga"... já o nome de Aveiro, talvez venha de uma povoação vizinha, de nome "Lavara".
Depois, é engraçado
Londobris serem as Berlengas
por referência a ilhas em face da Lusitânia...
Fui à procura no Google e encontrei esta referência (mas não tenho acesso), que parece associar o nome de Londres às Berlengas!!!
Enfim... tanta coisa interessante, e a história que passa é aborrecida, e os temas abordados parecem ser sempre os mesmos!
Abraço!
Caro Calisto,
ResponderEliminarNão lhe posso dizer muito sobre Damião Castro, pois foi graças a si que encontrei essa fonte preciosa! Mais uma vez, obrigado...
- Quando falei de Roma enquanto colónia Lusitana, referia-me à frase de Angelo Poliziano
De feito, ver-vos-eis rei da Lusitânia, isto é (para resumir em uma palavra o que entendo), de um povo de romanos de que outr'ora numerosas colónias, segundo a história refere, se achavam disseminadas n'esta região mais do que em nenhuma outra.
Parece-me que Poliziano aceitava uma noção geral de povo romano, dos quais os lusitanos, que teriam fundado colónias em Itália.
Isso nem é estranho, pois a própria lenda de Eneias, acaba por invocar uma origem externa dos fundadores de Roma... vindos de Tróia.
Na sequência disso, também considero como lógica a localização de Tróia na Lusitânia... e pouco a pouco, pelo que vemos, começa a bater certo com tudo o resto!
O que para mim, é surpreendente...
Quanto a Hércules, coloquei-o como 10º, anterior a Hispalo, pois Damião Castro diz que ele o deixa como sucessor, quando parte para Itália.
Damião de Castro escreve
"Oro Hércules Líbico"
entendi "Oro" como "Horus", julgo que é a única coisa que faz sentido.
A referência Líbico, normalmente designa uma ascendência norte-africana, na zona magrebina, após o Egipto. Isso pode reforçar uma ligação próxima ao sul ibérico, a Sagres e a Cadiz...
Quanto às cidades da Ásia Menor, pois...
Conforme já referi toda essa parte me parece mal contada, e acho que alguns reinos tidos como pertencentes à Ásia Menor - Turquia, podem ter sido confundidos com uma localização ibérica.
Acho que me referi em concreto aos Frígios, mas o comentário que a Maria da Fonte juntou em cima, falando nos celtas da Dinastia Baiovarii como reis Partos... isso pode mostrar que não há muitas certezas na maneira como harmonizar os registos.
Há certamente muito trabalho a ser feito, e esta troca de ideias permite avaliar algumas teses e colocar novas hipóteses.
Conforme diz o José Manuel, falta esse trabalho de campo para escavar e encontrar vestígios... já que parece ter sido nossa característica os vestígios terem ficado reduzidos a pó (basta ver que ao contrário de Espanha, aqui quase nada restou que identificasse qualquer presença árabe)...
Abraço!
Maria da Fonte
ResponderEliminarQuanto ao seu 2º comentário em cima, eu diria que é interessante ainda a composição do nome Conimbriga, enquanto:
Konii - Briga
... ou seja talvez seja uma das povoações associadas a Brigo, de onde seriam originários os próprios Konii.
Já agora, qual é o historiador mais antigo que faz referência aos Konii?
Obrigado!
Caro Da Maia,
ResponderEliminarNão agradeça, se houver alguém que tem que agradecer, sou eu, por você partilhar e expor as suas ideias e o seu entusiasmo (é fácil transmitir quando fazemos o que gostamos).
Há outro livro de Damião de Castro, escrito 32 anos antes (Politica Moral, e Civil, Aula da Nobreza Lusitana, Tomo VI de 1754 http://purl.pt/13935/2/).
Resumindo:
Tubal, Hibero (Hibero porque Tubal recebeu junto do Ebro população fugida da Hiberia (Hiberia=Asia, livro primeiro Monarchia Lusitana)e o seu filho que nasceu deu-lhe o nome de (H)ibero por memória da provincia da Hiberia),Jubalda ou Idubeda, Brigo além das que refere mandou fundar várias colónias uma delas povoara a Phrygia, Tago, Beto o 'ditoso' povoou Andaluzia nesta época começou a idolatria que iria "lançar chamas na Lusitania",Gerião não entrou logo assentou na ilha de Eritreia (Cadiz? ou defronte do Promontório Sacro?)esperou a morte de Beto e depois entrou “(...) rico com os seus mesmos despojos, e com a industria de Politico, como se já conhecera o génio da naçaõ, lhe ganhou a vontade com o suave attractivo da brandura, e com o magnetismo da liberalidade (...)” começou o culto na Lusitania de novos ritos, Jupiter Osiris mata Gerião e os três filhos (Lominios) refugiam-se na Eritreya, Jupiter chamou-os recomendou-lhes clemencia e deu-lhes as redeas do governo Osiris volta para o Egipto. Lominios vingam-se e matam (mandam matar- Typhon) Osiris,Hercules Lybico mata Thyphon e os Geriões, governou a Lusitania ausenta-se para _Itália e deixa o filho Hispalo dizem alguns com pouco fundamentyo que funda Sevilha, Hispano filho de Hispalo governa e quando morre sem sucessão volta Hércules e governa quando Hércules morre é sepultado no Promontório Sacro “num tumulo de estranha fábrica” adorado como Deus, o mesmo culto teve o templo de Cadiz para onde depois é transladado (isto acontece mais tarde já com os Fenicios de Tiro). Nomeado para suceder a Hércules o seu capitão Hespero mas o seu amor para os Lusitanos não era muito e esqueceu as cerimónias a Hércules no seu templo isto facilitou a entrada de Athalante Ytalo seu irmão que veio pela força das armas e obrigou Hespero a abandonar e unio este ao seu dominio de Itália. Nasce sua filha Roma e Sicoro, Hespero ganhava em Itália Ytalo levou um grande exército de Lusitanos e Andaluzes e deixou regente Sicoro, Ytalo teve grandes sucessos e pouco depois morre Hespero.
Agora a questão das colónias Lusitanas. Depois de Hespero morrer Ytalo repartio a gente em várias colónias em Itália, “(...) e coube a Lusitana a sua filha Roma, que como natural a amava muito; e com ella povoou o monte Capitolino, donde senhoreava aos Aborigenes. Deu Roma o seu nome á nova povoação, (...) e então lhe lançaraõ os Lusitanos os primeiros fundamentos, que Romulo veyo a ampliar depois com gloria segunda.” A referência a Lusitanos em Itália continua, mas já me estendi demais.
Cordiais cumprimentos,
Calisto
Caro Da Maia,
ResponderEliminarpresumo que esteja interessado no texto "A new explanation of the name of London", Richard Coates. Eu tenho esse artigo se estiver interessado diga que eu envio-lhe (o mesmo se aplica se mais alguém estiver interessado).
Calisto
Caro Calisto
ResponderEliminarSe poder dar-nos um mail público para onde o contactar, agradeço-lhe, porque como é evidente esse texto também me interessa.
Fazem-nos fata as datas, para podermos perceber quem é quem.
Por exemplo, eu tenho um Heremon e um Heber, são ambos filhos de Gallamb de Mileto, nascido na Líbia em 853 A.C.
Sabemos que nesse tempo se chamava Líbia a todo o território do Norte de África que ía do Egipto, ao Atlântico.
O nosso Gallamb de Mileto, morre em Tara, que em Koni significa Terra, D´Tanais, no Mar de Azov.
Portanto em Terra de Tanais no Mar de Azov.
Qual será a Terra dos Tanais, que seguramente são Tainos ou Ainos, no Mar de Azov?
Será a Terra da Múmia "A Bela Triste"?
De Heber não encontro dados, mas de Heremon, descendem os Reis de Aireyanum, como Phasael, que foi Rei de Aireyanum Veija, ou Aireyanum Beija.
Phasael morre na Batalha de Belgadain, no Mar de Azov, mas o seu filho Aeneas Olmucaidh, vem a ser o Rei de Aireyanum Dania, e morre em Carman Oium.
Não tenho a data de nascimento ou da morte de Aeneas, mas o seu filho Rothectaid Rigderg, que nasceu em Terra de Aireyanum, no Mar de Azov, foi Rei de Aireyanum Párthia, e o filho deste Deman, príncipe de Aireyanum, é morto em 29 A.C. por Marcus Licíneos Crassus.
Mas Gallamb de Mileto, nascido na Líbia e Príncipe da Ibéria ou Ivéria, era filho de Milwati de Millwanda e de Bilis, Rei dos Brigavantes (889 A.C. a 839 A.C.), que era filho de Breogan II Brath, linhagem Gryphon, que foi o fundador de Bregantia, na Ibéria ou Hispânia, que actualmente conhecemos por Bragança.
Breogan II, Rei de Galicia, de Andalusia, de Múrcia de Castilla e de Portugal, completou a conquista do Nordeste da Hibéria, e fundou a Cidade de Bregantia (Bragança).
Afinal já não temos só 900 anos, já vimos de cerca de 1000 A.C., o que confere a idade aproximada de 3 900 anos.
Curioso, se pensarmos nas Múmias do Taklamakan com cerca de 4 000 anos!
Pelo que só nos restam duas soluções, ou vamos escavar todas as Ruínas até ao fundo, o que até seria uma actividade de interesse público, altamente meritória, para essas empresas de Construção Civil, que ganham todos os Ajustes Directos... ou escavamos as palavras, e descobrimos que andámos toda a vida enganados.
Cumprimentos a todos, particularmente ao Caro José Manuel, que nos trouxe os Famosos Cães de Água Bregantia, ou Bragança.
Maria da Fonte
Errata:
ResponderEliminarDeve lêr-se:
Se puder...
Maria da Fonte
Cara Maria da Fonte,
ResponderEliminarCom a devida permissão,e não querendo ser abusivo no uso do campo dos comentários aqui vai: calistobarbuda@gmail.com
Com os melhores cumprimentos,
Calisto
Caro Calisto
ResponderEliminarIrei então enviar-lhe o meu mail, até porque toda esta questão das Brumas de Avalon, é complexa, não só devido ao Nome Pendragon, que derivará de Pedrógão, e Penashel, que derivará de ... Peniche, que há cerca de Mil anos era uma Ilha?
É que há quem defenda que o nome Peniche, deriva de Phénix, nome de uma antiga cidade da Ilha de Creta.
Mas como toda a História está invertida, é bem provável que tenha sido o contrário.
Até porque o Espinheiro-Alvar, que se diz ser o arbusto de que foi feita a Coroa de Espinhos de Jesus, e que floriu no Bordão de José de Arimateia, é nativo das Zonas temperadas da Europa, e tem um Nome sugestivo:
Crataegus, que em alemão é Hagedom.
Talvez a Abadia de Glastonbury, afinal não faça parte deste Capítulo da História, e as brumas de Avalon, se dissipem finalmente...mas noutro local, onde um estranho Forte,com 12 Celas Principais e mais 8 nas Muralhas, está ligado à Ilha por uma não menos estranha ponte, talhada nas rochas.
Melhores Cumprimentos
Maria da Fonte
Caro Alvor Silves
ResponderEliminarNão sei se está a pensar em Celorico da Beira- Guarda, que terá sido fundada por Brigo IV, Rei de Hispânia, nem se conhece referências aos Konii anteriores ao Grego Apiano, que foi Procurador do Imperador António Pio, pensa-se que no Egipto, onde teve acesso a toda a Documentação do império.
De qualquer modo, Apieno baseia muitos dos seus escritos em Políbio c.203 a.C.
Avieno, embora porterior também refere os Cónios, descrevendo nas "Orla Marítima", viagens que remontam ao sécolo VI a.C., incluindo a Viagem de Himilco à Bretanha, terra do Estanho, e de Circunavegação de Hanom, ambos Fenícios (Phoinix- Vermelhos), de Cartago.Na Orla Marítima há inclusivé uma referência a Sagres que seria dedicado a Saturno.
Não sei se era isto que queria...
Melhores Cumprimentos
Maria da Fonte
Cara Maria da Fonte,
ResponderEliminarKonii = Cónios...
Sabe que às vezes somos estúpidos ao ponto de não notar que coisas diferentes são a mesma coisa, apenas porque se escrevem de forma diferente!
Reconheço a minha ligeireza e às vezes esses vícios impedem-nos de ver mais longe!
Sagres é um ponto ao que parece dedicado a muitos personagens, inclusivé a Tubal, a Hercules, a S. Vicente...
Acabei de descobrir uma fonte riquissima de informação:
Academia dos Humildes e Ignorantes
se não conhece, vai ver que tem lá muito material que lhe irá interessar!
Está no post seguinte.
Curiosamente associam Bragança~Brigantia a Brigo.
Cumprimentos!
Caros blogistas,
ResponderEliminarParabéns pela quantidade e qualidade de jnformação, Excelente.
Também concordo com a Maria da Fonte, que diz, para descobrirmos mais sobre a nossa verdadeira origem "..ou escavamos todas as ruínas ... ou escavamos todas as palavras..",
Pois, as nossas origens remontam ao megalitismo, sete milénios de ruinas recentemente colocadas á luz do conhecimento, mas, sem registos escritos, é dificil. Ás únicas inscrições são as estelas cónias do sec VIII a.c. e que fundamentam as novas teorias inglesas sobre a origem celta.
Mais cedo ou mais tarde a verdade é como o azeite na água, venm sempre à superficie, Será que não existem linguistas portugueses para escavar palavras. Temos, mas são poucos com coragem para contrariar as teorias germanicas e sem medo de cairem no riduculo. Têm um nome,, uma escola a defender e não podem ter idéias próprias, para não colidirem com os modelos linguisticos preconcebidos para validar a superioridade da "raça pura" ariana ou nórdica,
Aliás, nem é preciso ir tão longe para encontrarmos a rivalidade norte-sul, sem sair de Portugal temos essa mania dos auto denominados lusitanos como a raça nobre dos Portugueses saidos do livro de Camões, e criados pelos romanos para ignorarem a verdadeira origem megalitica nas quatro letras do alfabeto megalitico A, B, O, e R, Esta ultima letra soava como RÁ, hoje dizemos erre ou rê.
São estas as quamesmas quatro letras que estão na origem do nome da cidade de ÉVORA capital da origem do megalitismo hà sete milénios
Como sabemos astas quatro letras lidas `à maneira arabe seria roba, mas se trovarmos o b pelo v e se pronunciarmos em vez dr erre ou rê dissermos je obtemos a tal palavra
JEOVÁ
Será que tenho razão e então e a origem da palavra Arrábida?
Simples, se considerarmos a terminação (da) como a romanização da palavra original vem da seguinte expressão em lingua megalitica, A Rá Bi, Onde A (alfa-origem) significava montanha Rá seria o sol e o B tinha e tem o valor dois.
Ou seja os arabes e os hebreus (Évora, Iberus) celtas e lusitanos têm origem comum no sul de Portugal, vêm dos povos megaliticos que construiram os Cromeleque de Almendres, verdadeiras universidade das linhagens de sabedoria ancestral e de poder dos povos pré históricos confundidos com os atlantes, em resumo, os koni hão-de sair das profundezas das antas e contarem a sua verdadeira história.
Não podemos construir mas reconstruir o passado o que são duas coisas bastante diferentes.
Cumprimentos
[mensagem reencaminhada de http://alvorsilves.blogs.sapo.pt/82023.html ]
Caro José Cirilo Rodrigues,
Eliminarmuito obrigado pelo comentário.
Acho que as palavras mostram muito, mas é complicado ter certezas, tudo se sujeita a muita especulação.
No entanto, o português parece-me ser a língua que mais se presta a um estudo com origens remotas, mais que o latim. Como dizia o Cardeal Saraiva, o português não deriva do latim... é mais natural que tenha sido na outra direcção.
Ou seja, o latim surge como uma erudição gramatical resultante das diversas línguas latinas, e não o contrário.
A sua teoria relativamente a EVORA e a possibilidade de ROBA/ROVA levar a Jeová, é muito interessante.
Há uns anos coloquei uma outra hipótese:
http://alvor-silves.blogspot.pt/2011/05/chefe.html
Ligar o nome de Evora, Ebora, aos Ebreus é também uma boa indicação, talvez melhor que a do rio Ebro.
Aliás, a própria Iberia sugere ligar a palavra a uma Ibreia:
http://alvor-silves.blogspot.pt/2011/01/ebreus-do-ebro.html
... e de facto há uma ligação à Bretanha, que não pode ser ignorada:
http://alvor-silves.blogspot.pt/2012/12/torre-vitrea-de-nennius.html
O problema, acho eu, resultou de uma invasão indo-europeia das populações primitivas, os mouros, que estavam na Europa, e na Iberia em particular. A hipótese mais recente que levantei está em textos mais recentes, por exemplo:
http://alvor-silves.blogspot.pt/2013/07/pontas-da-lingua-3.html
As invasões bárbaras acabaram por ser uma espécie de reedição dessa invasão anterior, a que se seguiu uma movimentação árabe, chamada "moura" para a confusão habitual.
As lendas das "mouras encantadas" remetiam aos primeiros mouros e não aos árabes.
Parece ter havido uma corrupção propositada na linguagem.
A verdade, como o azeite, deve vir ao de cima, mas ainda há quem esteja a deitar muita água para não deixar subir.
Mais uma vez obrigado, e cumprimentos,
da Maia
Caro Da Maia,
ResponderEliminarEm primeiro lugar e mais uma vez, não agradeça o meu comentário, sou eu a agradecer o fato de terem considerado e recolocado o meu coméntário inicialmente no blog inativo do sapo.
Também peço desculpa pela minha escrita atabalhoada e com erros do meu primeiro post acima, mas é que fiquei entusiasmado por encontrar tantas pessoas com os mesmos focos de curiosidade que nem tive tempo de reler o que escrevi.
Claro que este espaço não é suficiente para expor com maior clareza o raciocinio e para mais este tipo de matérias (linguistica histórica) por natureza presta-se a especulações engraçadas.
Também concordo com a origem da palavra e dos próprios bretões, Foram os nossos antepassados "especialistas" da idade da pedra, técnicos no fabrico de utensilios em pedra (os briteiros) que emigraram para inglaterra com a introdução das novas tecnologias metalurgicas na peninsula ibérica por volta do terceiro milénio antes de Cristo.
Digo isto porque no meu anterior post a minha referência a Arrábida fica completamente descabida sem ir ao local estudar a sua origem. O local para compreender a origem do nome da Serra é em Cabrela de onde foi obtida esta foto.
http://www.panoramio.com/photo/33249222
Estive errado durante mais de trinta anos pensando que Arrábida era só a formação montanhosa junto da costa da peninsula e que a serre de São Luis, Arrábida já não. Exatamente para ver melhor temos que nos afastar só assim podemos ver a floresta.
Assim, se observar essa foto vê as duas serras na direção do sol; dito em linguagem primitiva seria A R(á) B(i)
Claro tanto os hebreus como os arabes têm origem neste pequeno jardim (do Éden) á beira mar plantado, Os hebreus com a romana Ebora e os arabes com Arrábida que nunca sairam do sitio de onde estão e ninguém veio cá ensinar-nos a falar.
Cumprimentos,
Cirilo
Caro Cirilo,
Eliminaragradeço porque não é fácil encontrar interlocutores dispostos a falar destes assuntos. Ao fim de 3 anos, e não apenas aqui, é muito fácil deparar com todo o tipo de silêncios, isso sim. Por isso, sempre que há mais uma fonte de informação, agradeço sinceramente. Posso é não responder com a brevidade necessária, porque nem sempre tenho disponibilidade.
Fiquei curioso com o monte piramidal que se vê destacado na foto de Cabrela. É só esse monte a Serra de S. Luís?
Já fui à Arrábida algumas vezes e não tinha reparado...
Assim como não tinha reparado na proximidade fonética entre Arábia e Arrábida... muito bem!
Acresce à sua teoria, um facto concordante, que é o nome antigo do promontório de Espichel, era chamado:
Promontorio Barbarico
Apesar de se dizer que Bárbaro correspondia aos estrangeiros em geral, esteve sempre muito particularmente denotado na antiga nomenclatura com a Barbária... a parte Berbere do deserto africano. Não será uma ligação directa com a região romana da Arábia, mas com a ligação aos povos nómadas dos desertos onde estiveram os árabes.
Por outro lado, convém referir que havia duas Arábias na designação romana.
A parte Arabia Felix era separada e foi depois tida como sendo o Iémen.
No entanto, as referências ao Mar Vermelho, enquanto Eritreu, passam do Mar Vermelho de hoje ao Mar colocado à frente do Estreito de Gibraltar, onde haveria a ilha Eritreia - que já aqui sugeri remeter ao Algarve, num tempo em que as planícies alentejanas estavam inundadas, antes das dunas passarem a montes, quando as águas cercavam a região algarvia:
http://alvor-silves.blogspot.pt/2011/06/sinais-vermelhos.html
Agora, com o que diz, outra ilha candidata a ser Eritreia, seria justamente a zona da Arrábida, por via da mesma inundação (ainda mais recente) do vale do Tejo até ao Sado.
Cumprimentos,
da Maia
Para juntar um dado à vossa interessante discussão, os habitantes da Geórgia (ali depois do mar Negro) consideram-se e intitulam-se de Iberos. A Geórgia, é onde está uma estátua (não sei em que data foi feita) de Gilgamesh (há um livro com o título de 'Épico de Gilgamesh', senão conhecem aproveitem que é curto e muito educativo).
ResponderEliminarabcs
B
Tem razão, há esse ponto de ligação com o Cáucaso - Cólquida, Iberia, Albania.
EliminarOs nomes Iberia e Albania são encontrados noutras paragens actuais. O nome Colquida perdeu-se e já aqui ponderei sobre a hipótese de se referir a uma paragem desaparecida.
Sobre Gilgamesh não sabia que havia uma estátua na Georgia... mas assim como quem não quer a coisa, talvez o nome do estado Georgia nos EUA não tenha apenas como objectivo celebrar George Washington... isto ligando à tal ausência da Colquida, e atendendo também a que viagem de Jasão e Argonautas não seria ali um passeio da Grécia ao Mar Negro. Tal coisa seria um passeio de pescadores e dificilmente mereceria que tivesse um registo de viagem mítica.
O mais plausível é que tenha sido uma circumnavegação europeia, que chegou do antigo Baltico ao Mediterraneo, onde passou pelo Lago Tritonis.
Abraço.
Caro amigo, foi o que vi e que ouvi por aquelas paragens...e sem perguntar :-)
EliminarA Georgia é uma zona mt interessante, até a língua por lá utilizada.
O livro comprei em Lisboa.
abcs
Informação in situ, parece sempre mais fiável.
EliminarNunca fui para essas paragens, por isso agradeço a sua informação.
A peninsula é de "Troia", mas a fortaleza, cujas muralhas se elevariam tanto que seriam impenetraveis pelas flechas dos atacantes, está a ser "explorada" e moída em pó para ensacar como cimento.
ResponderEliminarhttp://memoriarecenteeantiga.blogspot.com/2009/08/brecha-da-arrabida.html
Cumprimentos,
Djorge