domingo, 19 de dezembro de 2010

Gillray & Aragão

Algumas caricaturas de Gillray colocam numa outra perspectiva a ameaça que Napoleão constitui para o "Teatro Real Europeu":
James Gillray: Um Jorge III como Gulliver, 
e um Napoleão como liliputiano...

Esta imagem de um feroz Napoleão, não ciente da sua impotência face à conjuntura, parece-me muito semelhante à própria imagem anterior de D. Sebastião. Partiram para combates onde veriam apenas a frente de batalha, desconhecendo a extensão e poderio do opositor. O próprio sucesso inicial pode não ter sido inocente... as sucessivas mudanças de Alexandre I da Rússia,

mostram ainda outro interveniente directo que, tal como Pitt, Liverpool e Metternich, usaram os progressos e recuos napoleónicos para construir uma Europa feita à sua medida, o que no caso russo incluiu a Polónia.

Menos conhecidas, mas igualmente reveladoras e significativas são as caricaturas de Joaquim Pedro Aragão (uma já foi publicada no blog OdeMaia), como também estoutra sobre Napoleão:
a gravura tem uma particularidade 
(muito explorada por Escher)
... ao inverter, vemos e lemos "burro":

Pouco está disponível sobre a vida de J. P. Aragão, mas há toda uma sequência na BNP de
que revelam uma provável ligação à causa miguelista, nomeadamente à linha de José Agostinho de Macedo.

2 comentários:

  1. Caro Alvor

    Penso que com Napoleão, o parente de Pepino o Breve, terão empregue a habitual metodologia:

    Apoiar....para depois.... deixar cair!!!

    Pelo que BURRO, será de facto a melhor definição de Napoleão Bonaparte.

    Um Abraço

    Maria da Fonte

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  2. Caro Alvor

    Votos de Boas Festas e do maior sucesso para o Blogue.

    Maria da Fonte

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