Ainda sobre as Âncoras Suiças (2), convém esclarecer algo sobre os símbolos de Basileia.
Como é óbvio, não há nenhuma relação oficial do símbolo a quaisquer proas de navios... é suposto vermos aí a parte superior de um ceptro bispal (báculo), e não só, costuma estar acompanhado de Basiliscos, que são seres míticos (com aspecto de Gallos) capazes de "matar com o simples olhar"...
Pretender-se-à que o símbolo seja o báculo do bispo, como protector de Basileia, porém já explicámos nesse texto que as descobertas nas minas suiças - de barcos incrustados nas montanhas - poderiam ter um efeito semelhante às do Basilisco, sendo capaz de petrificar o mais céptico, com um simples olhar!
Para além destes Basiliscos de Basileia, encontramos uma lenda semelhante com Medusa.
É interessante saber que para além de Medusa, as irmãs imortais Esteno e Euríale, habitariam o Ocidente. Isso é consistente com a lenda que coloca Perseu a repousar nas terras de Atlas, e a petrificar o titã por olhar para a cabeça da Medusa. Já não é tão consistente colocar o artifício de Hércules que substituiu temporariamente Atlas na sustentação do mundo, pois Atlas já estaria então petrificado como montanha.
Perseu, depois Hércules, e depois Jasão, são colocados a efectuar estas viagens a paragens ocidentais, onde se deparam com um mundo inóspito, polvilhado de perigos, onde contam com a protecção de Atena. Perseu, acabará por libertar uma Andrómeda de ascendência fenícia, ameaçada pelo monstro marinho Cetus (... um cetáceo). Perseu e Andrómeda são colocados como ancestrais dos persas.
Andrómeda acorrentada, será salva de Cetus por um Perseu,
montado no Pégaso que resultou da morte de Medusa
Também Hércules se depara com um monstro, o dragão Ládon (descendente de Cetus), que guardava os pomos de ouro (... ou laranjas) no Jardim das Hespérides. Na viagem de regresso com os Argonautas, Jasão encontra ainda o rasto desse dragão (mas que não é a mesma serpente que guarda o Tosão de Ouro).
A colaboração de Atena, já munida com a aegis da cabeça de Medusa (oferecida por Perseu), na questa de Jasão é evidenciada nesta imagem, onde o salva da serpente:
A deusa do conhecimento guardará como seu escudo a cabeça aterradora da Medusa, mas colabora com os diversos heróis nas suas viagens marítimas intrépidas.
Se a viagem de Hércules está de sobremaneira associada à Hespanha, o mesmo não acontece com a de Jasão que é colocada no Mar Negro, por isso de forma alguma se poderia Jasão na rota das Hespérides e de Hércules... a menos que consideremos o nível do mar diferente, como já temos insistido!
Usando a topografia actual, apresentamos a situação que permitiria um contorno da Europa, levado por Jasão e Argonautas, seguindo pelo Mar Negro, que aqui invadiria as extensas planícies da Europa de Leste, conectando com o Mar Báltico, de forma a ser possível o regresso pelo lado da Península Ibérica, entrando pelo lado oposto das colunas de Hércules... conforme ilustrado aqui:
É claro que tal situação topográfica apresenta tabus inquebráveis...
Ninguém aceitará de bom grado ter uma Irlanda e Britania quase submersa e reduzida quase a Gales e Escócia, ter uma França polvilhada de ilhas, ter uma Polónia quase debaixo de água (apesar das extensas minas de sal que tem), ter uma Líbia reduzida à zona de Cyrene (sirenes, sereias), e ter uma Hungria abaixo do nível do mar. São demasiadas coisas para aceitar, ainda que possam dar consistência a relatos inconsistentes, em particular a António Galvão e à viagem de Alceus.
Como já referimos a situação poderia ainda ser mais exagerada, abrindo mais o caminho pela zona da Europa de Leste, que é particularmente baixa... mas para isso temos que aceitar que o nível do mar não foi sempre o mesmo, e houve alterações consideráveis, ao longo dos tempos - e não dos milhões de anos geológico-evolucionistas, mas apenas de milhares de anos de testemunho humano.
Dificilmente, mesmo assim, se conseguiriam explicar os registos de embarcações na Suiça... ainda que Basileia esteja apenas a 244m acima do nível do mar, e por isso as minas nas redondezas possam atingir zonas que não necessitariam mais do que pouco mais de uma centena de metros de aumento do nível do mar. Qualquer outra coisa implicaria transformações geológicas de magnitude planetária.
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