Deixo aqui um comentário da Maria da Fonte, com um excelente resumo de complicações Cruzadas.
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Estratégia Negra1ª Cruzada - Pilha Constantinopla e pilha Niceia em 1096, supostamente neutralizada pelos Turcos. Um ano mais tarde, recupera Niceia que devolve a Bizâncio, e conquista Antióquia e Jerusalém.
Ou seja, troca de Niceia por Antioquia.
Em 1118, é Fundada a Ordem do Templo, com estatuto de privilégio onde figura a Isenção de Impostos, e que passa a ser o braço armado do Vaticano.
2ª Cruzada - 1145, Os Normandos da Ingaterra e da Flandres, conquistam Lisboa, a porta de acesso ao Atlântico Sul, na época em que perdem a coroa de Inglaterra para Estevão de Blois, Conde de Bolonha.
Em 1157, o Doge de Veneza Vitali II, funda o primeiro Banco.
3 ª Cruzada - 1189-1192 Morte de Frederico Barba Ruiva, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico. Típica cilada!
4ª Cruzada - 1202-1204 Saque de Constantinopla e destruição de Bizâncio.
O que permite a ascensão de Veneza, a Império que passa a deter o Monopólio do Comércio e do Tráfico com a Ásia e Oriente, e aliando-se mesmo aos assassinos Mongóis.
Cruzada contra o Languedoc 1208 - Destruição do Condado de Tolouse e da Casa de Cominges, que são obrigados a depender do Rei de França.
5ª Cruzada -1217-1221 Tentativa de conquista fracassada do Egipto.
6ª Cruzada - 1228-1229 Volte-face com Frederico II, do Sacro Império, excomungado pelo Papa, a conseguir Jerusalém, Belém e Nazaré, por dez anos.
7ª Cruzada -1248-1254 Nova tentativa de conquista do Egipto.
8ª Cruzada - 1270 Tentativa fracassada da conquista de Tunes, que no século anterior, estivera na posse da Gilda Ex-Fenícia da Normandia.
Nos anos que se seguem, a Ordem do Templo perderá todas as terras conquistadas para os Turcos.
Rodes é perdida em 1303.
Embora não tivessem conquistado nem Tunes nem o Egipto, a verdade é que Veneza detém a soberania do Mediterrâneo e controla a saída a Oriente.
Mas como nem tudo é perfeito, a Ocidente surge uma pequena imperfeição.
O Reino fundado em Portugal é pouco dado a devoções ao Papado Maçónico, e muito menos aos Mercadores Judeus de Veneza ou à Gilda Ex-Fenícia da Normandia.
E pior, navega pelo Atlântico sem dar satisfações a ninguém.
Consta mesmo, que a Rainha é Cátara, que têm uma Marinha chefiada por um Almirante, que os Navegadores são de Santiago e que o Reino está inundado de refugiados de Bizâncio, entre eles uma poderosa Princesa, muito dada a Navegações.
Ou seja detêm a INDEPENDÊNCIA, o que o Vaticano, a Nobreza Negra e a Gilda Ex-Fenícia combatiam.
Rodes caíra em 1303.
Em 1307, Vaticano e Templários erguem a falsa bandeira de perseguição que conduzirá à extinção da Ordem, entretanto inocentada pelo Papa, em Documento que se manterá secreto.
Com este Golpe, instalam-se em Portugal, onde já possuíam Terras e Castelos, na tentativa de controlarem os destinos do Reino, e apoderarem-se das Novas Terras.
Mas a Terra Brasilis, de onde os Portugueses traziam Madeiras exóticas Ouro, Prata e outras "Especiarias", só será divulgada décadas depois, numa época em que a intriga e a espionagem a cargo dos habituais castelhanos e dos bastardos com pretensões hegemónicas, tona impossível a manutenção do secretismo.
Em 1340, na sequência das práticas fraudulentas da Banca Veneziana que arrasta as suas congéneres de Florença, e que duram há décadas, dá-se o Grande Crash financeiro, que provocará o aparecimento da Peste Negra e levará a Europa à beira da destruição.
Precisamente durante o reinado de Dom Afonso IV, quando a descoberta do Brasil de Portugal é tornada pública.
Pelo meio, em 1212 fica uma Cruzada de Crianças, bem ao gosto dos satânicos intervenientes...
Se isto não foi Estratégia Negra, não sei o que possa ter sido.
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Maria da Fonte (17 Janeiro 2015)
Cruzada das Crianças (1212) |
Segundo uma carta recentemente encontrada nos Arquivos da Coroa de Aragão, de Jacques de Molay, Grão Mestre da Ordem do Templo, dirigida a Ramon de Bell-lloc, Comendador de Torres de Segre, os Templários de acordo com o Papa Bonifácio VIII, programavam uma nova cruzada, visando "recuperar" Jerusalém. A carta refere os preparativos da passagem de De Molay por Chipre, e está datada de 21 de Janeiro de 1296.
ResponderEliminarPortanto em 1296, planeava-se nova investida a oriente.
Abraços
Maria da Fonte
Obrigado, Maria da Fonte.
EliminarA questão das Cruzadas é quase simultânea com os assaltos vikings, e esta questão de os bizantinos terem deixado espaço para os Normandos se instalarem, apesar da derrota em Cannae em 1018, parece indicar outra coisa.
Os vikings estão para o norte, assim como os árabes estão para o sul.
Em ambos os casos eram ataques à cristandade, e a acreditar na "malta", a Europa estaria cercada de inimigos e em perigo.
Imagine-se que os árabes se aliavam aos vikings?
Ora, o que me aparenta é o seguinte.
Desde Constantino, Roma passou a ter rival em Bizâncio, e quando Alarico surgiu, os Bizantinos mandaram-no ir invadir Roma, e ele foi.
Roma foi inserindo os invasores como estratégia do seu império, que não caíu, porque Roma manteve-se o centro decisor, pelo pretexto religioso.
Assim, Justiniano com Belisário mostrava como poderiam ser decisivos os exércitos romanos se quisessem. Só que Roma não quis cair para Bizâncio... isso nunca, e foi mantendo os jogos com os bárbaros, já pacificados ao cristianismo.
As presenças bizantinas ao longo de todo o Mediterrâneo foram-se perdendo, pelo crescimento dos novos reinos "bárbaros", e muito provavelmente Roma teve então uma maneira de entreter definitivamente os Bizantinos - armou os árabes. Ou pelo menos, não teria sido muito difícil inventar uma religião praticamente igual, a que se acrescentava um novo profeta. Como sabemos, Maomé entrou nas comunidades católicas da sua esposa.
Talvez com um sucesso maior do que o esperado, a conquista árabe fez Bizâncio perder todos os territórios excepto Turquia e Grécia. O avanço pela Ibéria também não terá sido ocasional, pois os visigodos tinham sido Arianos.
Carlos Magno deveria ter avançado para conquistar a Ibéria - seria o seu grande corolário - mas aí foi apanhado pelos bascos em Roncesvalles.
Ora, os reinos europeus tinham já a sua nobreza bárbara bem instalada e pouco dada a aventuras fora de portas. A situação ibérica estava num estranho equilíbrio militar, até que apareceram os vikings vindos do nada.
Não será bem vindos do nada... porque o Reino da Noruega existia em paralelo com o Reino Inglês, onde também se metia a Dinamarca.
Ora, o que parece é que muito provavelmente Roma (e/ou Bizâncio) decidiu usar os Vikings em seu favor. Primeiro, forçando o rei francês a instalá-los na Normandia, depois pela conquista de Inglaterra, abria-se um novo poder.
A instalação na Sicília e sul de Itália visava o combate directo com os árabes. Doutra forma, não havia nenhuma razão para escolherem aquele terreno.
Veja-se o mapa dos Normandos
http://en.wikipedia.org/wiki/Normans
... a sua presença é claramente para o ataque ao poder árabe, entretanto já menos controlável.
Assim, não é de estranhar que as Cruzadas tenham tido como adeptos os Normandos. Foram eles os líderes dessas primeiras expedições, seja pela Bolonha francesa, seja pela Inglaterra já normandizada.
Antióquia foi dependente directamente da Normandia.
O desenho político e social europeu que iria permanecer largos séculos foi feito na entrada do 2º milénio pela inclusão dos vikings.
A questão da Guerra Silenciosa entre Bizâncio e Roma parece-me ser clara por esta razão:
- Houve alguma expedição conjunta para travar o avanço árabe?
- ... ou contra os árabes, em geral?
- Por que razão os Bizantinos não participaram nas Cruzadas, se elas visavam recuperar território que era antes seu?
A Europa sempre cercada de inimigos e em perigo...Pois! Devia ser Karma...
EliminarA Bárbária e a Berbéria. Os do Norte e Centro e os do Sul.
Todos eram Piratas. Todos pilhavam, negociavam e traficavam...drogas e gente.
Os Escravos eram os Eslavos com o arredondamento de circunstância. E quando enfiaram um turbante aos dos elmos, chamaram-lhes Mouros, e de Piratas saqueadores passaram a Reis de Taifas.
Uns pilhavam, os outros na sombra, contavam as moedas de ouro, no porão dos Barcos Dragão, de Velas com Stripes...e mais tarde com bandeiras da Scull and Bones...
Sempre quero vêr o que acontece, no dia em que compararem o ADN dos Berberes de Marrocos com o dos Suecos.
A questão talvez não tenha sido bem entre Roma e Bizâncio, mas sim provocada por um poder emergente e paralelo dentro do próprio Império Romano.
É uma ideia apenas.
O Império Romano é uma das minhas grandes lacunas.
Quanto aos outros, Gilda Fenícia, Vikings, Normandos e Mouros, só o nome mudou.
Porque até os Barcos eram os mesmos.
Abraços
Maria da Fonte
Caro da Maia
EliminarIsto de Bárbaros e Berbéres, foi uma ideia que me surgiu dos Hicksos, que vindos do nada, chegaram a Faraós do Egipto. E deu um trabalhão correr com eles.
Os Hicsos, diz-se que eram um Povo de pele bronzeada, e barba negra, originários da Ásia...
Contudo o termo Hicso, deriva de Hikkhase, palavra que no Império Médio, era usada para designar os Sheiks Beduínos
Ora isto assim, explica tudo!
Abraços
Maria da Fonte
Cara Maria da Fonte,
Eliminarcreio que a questão fundamental é a seguinte:
- Quem foram os primeiros navegadores?
Não os que fizeram jangadas, mas sim os que fizeram barcos capazes de navegar em alto mar, com velas.
Se pensarmos num tempo em que as aldeias se começavam a formar e a agricultura dava os seus primeiros passos, quem aparecesse de fora, com capacidade de atacar e fugir para o mar, sem deixar rasto, teria uma brutal vantagem e dominaria os restantes, nos séculos, nos milénios seguintes.
Temos os enigmáticos "povos do mar"... talvez também passassem por "hicsos" (ictos - é prefixo de peixe), e temos os gregos a falarem dos seus ancestrais Pelágios.
Ora "pelagos" quer dizer mar... ou quer dizer "pel'água", e um arquipélago apesar de passar por um conjunto de ilhas, seria literalmente um "mar principal".
A questão foi sempre o domínio do mar. Roma só se afirmou como potência quando garantiu o "Mare nostrum".
Agora, a questão é - quem foram os Pelágios, ou ainda antes, quem primeiro dominou a navegação!
Abraços
(…) Em relação a escravos “brancos”, só no reino de Granada, em 1311, havia 30.000 escravos cristãos.
ResponderEliminarUm historiador de al-Andalus descreveu “hordas de escravos trazidas durante o século X”. O pai da História da Andaluzia, o historiador Ahmad ar-Razi, era ele mesmo filho de um traficante de escravos da Guiné.
Uma referência curiosa é a de comerciantes mouros a venderem escravos negros da Guiné em Guimarães, no Norte de Portugal, na década de 1250, e também em Cádis, em Espanha, no fim desse século.
Cpts. José Manuel CH-GE
Obrigado, José Manuel. Não conhecia esses registos!
EliminarCaro Da Maia
EliminarTeremos sempre que regressar ás Origens, porque nada está contado como deveria.
Quanto ao termo Hicso, deriva de Hikkhase, termo que no Império Médio, designava os sheiks berberes. Exactamente esses beduinos do deserto, que ocuparam o Egipto, e que mais tarde o Faraó Amosis derrotou.
Pôncio Pilatus designava-os por guardadores de cabras. A verdade, é que de guardadores de cabras, passaram a traficantes de escravos, a narcotraficantes, e a banqueiros, já que a actividade de traficar foi e, é altamente rentável.
Abraços
Maria da Fonte
P.S. O José Manuel, confirmou plenamente, o que eu andei a lêr sobre o tráfico humano.
Só precisamos de nos abstrair do conceito pré formatado de Vikings do norte, porque estes Vikings, traficantes primeiro de Eslavos e depois de Escravos, no Al-Andaluz foram Reis de Taifas...
Pense nisso da Maia
Cara Maria da Fonte,
Eliminarnão gosto de deixar coisas por responder, mas de facto se não respondi foi porque não tinha muito a acrescentar.
Ainda pensei seguir a sua linha sobre cruzados, vikings, e os bancos italianos, mas acabei por não arranjar motivação para essa colossal empreitada.
Também nunca me motivou muito encontrar os farsantes, preocupou-me mais em saber que essa farsa não levava a lado algum, sem ser ao engano dos próprios na sua arte de enganar os outros. A ilusão está prevista na natureza, e vai do camaleão às substâncias alucinogénicas. Os que julgam que o engano é manifestação de alguma capacidade superior, mais do que aos outros, vão enganar-se a si mesmos.
Um abraço.
Olá boa noite,
ResponderEliminarFoi no fórum de genealogia que avancei uma série de "pseudo histório/ciências" e outras farpas ao establishment lusófono com o meu tópico " O Atlântico atravessava-se a pé!" do 23-10-2008, quase 7 anos passados venho relembrar, cito : os portugueses reutilizaram as rotas dos árabes ao largo da costa Africana, fizeram até um tratado com um Rei negro possuidor de marinha atlântica poderosa etc. sim a história está mal contada, travestida, mais outra peça do puzzle avulsa que me ocorre com esta de escravatura é a do escravo do Sultão de Calcute (?) onde Vasco da Gama desembarca na Indica lhe apresenta o Califa/sultão (?) muçulmano um escravo branco judeu polaco como interprete a da Gama pois falava português...
As árvores para mastros das naus portuguesas vinham da Polónia.
Mais um abanão no establishment, como é a área da doutora vai ficar surpreendida...
(...) Há um aspecto da espécie feminina que só as mulheres e duas espécies de baleias (as orcas e as baleias piloto de barbatanas curtas) partilham: a menopausa.
Estas baleias são, aliás, as únicas espécies do mundo animal que ficam privadas de procriar a partir da meia-idade.
A notícia foi dada pelo jornal espanhol El País.
Os cientistas consideraram que esta descoberta contraria todas as bases da teoria evolutiva de Darwin.
Segundo Darwin, a inaptidão de um ser vivo conduziria à sua eliminação.
Ora a transmissão de genes da menopausa tornam apenas o género feminino inapto para a reprodução.
Trata-se, contudo, de um fenómeno exclusivo das mulheres e das baleias.
http://observador.pt/2015/03/06/o-que-tem-uma-mulher-e-uma-baleia-em-comum/
Cpts.
José Manuel CH-GE
Caro José Manuel,
Eliminarpeço desculpa por não ter respondido a este seu comentário, com quase dois meses, e que é sem dúvida interessante.
Penso que se dirigia mais à Maria da Fonte, mas também me interessou.
No entanto, acabei por estar com outros afazeres, e descurei até nas respostas ao blog.
Essa incapacidade de reprodução pela menopausa, acaba por intrincar também na própria longevidade.
Mais aptos para sobrevivência seriam desde logo os que tivessem maior longevidade, já que isso lhes daria maior experiência com o seu meio ambiente, e assim até maior sucesso alimentar e reprodutivo. No entanto, a longevidade criaria um desequilíbrio entre os mais jovens e os mais velhos, aniquilando o equilíbrio de concorrência entre gerações.
Assim, o próprio paradigma da evolução é que sugere a própria necessidade de evolução, de mudança, matando uns para dar lugar a outros.
Esse mecanismo, da necessidade da morte, como pré-programação dos vivos, é que começa por falhar nas teorias evolutivas acéfalas.
Não há no "survival-of-the-fittest" nenhuma razão para o envelhecimento programado.
Essa razão de mudança, de degradação e aniquilação dos velhos, sobrevem da própria necessidade do sucesso da evolução, como razão em si.
Um abraço.
Boas tardes e mais uma vez muito obrigado a todos pela escolha dos temas e partilha dos mesmos. Gostaria que o Alvor me pudesse elucidar relativamente à utilização das expressões "Papado Maçónico", e "Gilda Ex-Fenícia da Normandia".
ResponderEliminarGostaria também de partilhar as fontes que recentemente tenho usado para analisar o enquadramento deste período (mas não só) que se resumem ao trabalho realizado pela fundação La Rouche. Deste enorme trabalho destaco para já este vídeo do historiador Webster Tarpley,https://www.youtube.com/watch?v=FEfX-Pmrr94 e q teve ressonância na minha pessoa pelo facto de colocar a Epistemologia como alvo prioritário do "ataque" à verdade, coisa que o Jung também defendia mas de outra forma.
Com os melhores cmps
MBP
p.s. Penso que origem da maçonaria "versão actual" é mesmo em Veneza no final do sec. XVI, de acordo com as mesmas fontes .
p.s.1 relativamente a outro tópico que sei que lhe é querido já conhece a do canguru:)? https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/um-canguru-pode-provar-que-foram-os-portugueses-a-descobrir-a-australia-1619895
Obrigado pelo comentário, MBP, e também pelo interessante vídeo.
EliminarComeçando pelo vídeo, não me lembro se já tinha visto algo de Webster Tarpley, ou não, mas é sem dúvida um excelente discurso, a que darei destaque aqui no próximo texto.
O complot Veneziano foi muito mais uma linha a que a Maria de Fonte deu o devido destaque, e aqui neste postal, eu limitei-me a transcrever o que ela escreveu num comentário.
Portanto as expressões "Papado maçónico" e "Gilda Ex-Fenícia da Normandia" são dela, e apenas lhe posso dar a minha interpretação delas.
Sobre "Papado maçónico" não é propriamente uma suspeição nova que poderá haver uma ligação, que muitos atribuem apenas a tempos recentes - Concílio do Vaticano II e João XXIII.
Há quem diga que a maçonaria funcionaria mesmo como uma operação "undercover" do Vaticano, ou pelo menos da Cúria Romana. O que é certo é que a partir do Séc. XIX, pelo menos, o Vaticano deixou de emitir juízos de valor muito negativos sobre a maçonaria.
Sobre a "Guilda", creio que isso diz respeito à ligação dos Venetos, que segundo Júlio César, eram hábeis navegadores da Normandia-Bretanha:
http://alvor-silves.blogspot.pt/2012/12/conan-o-bretao.html
Ora, havia também Venetos, na região de Veneza, donde o nome... e o nome relaciona-se naturalmente com Venicia, ou Fenicia, ou ainda com a Fenix. Símbolos que caracterizaram os fenícios, e ainda hoje estão presentes na maçonaria, e também fizeram parte do movimento Rosa-cruz, do qual D. João II terá sido um membro (... ou um fundador), na altura colocando no lugar da fénix um pelicano:
http://alvor-silves.blogspot.pt/2010/12/fenix-e-fenicia.html
ou ainda
http://alvor-silves.blogspot.pt/2013/07/com-chas-2.html
Não me parece fácil saber qual é a origem da maçonaria, e certamente procurando pelos lados de Veneza, está-se muito próximo. Mas conforme diz Tarpley, e muito bem, isto é essencialmente um problema filosófico, que vem dos tempos dos Magos da Babilónia, ou Caldeia, e de uma persistente vontade de ocultar a verdade e o desenvolvimento da população. Os exemplos que ele dá - mais centrados em Newton, são muito proveitosos. Eu já sabia que Newton era um alquimista, e tem livros sobre isso... mas nunca tinha visto ninguém deitar abaixo tão peremptoriamente essa "vaca sagrada" inglesa. As fontes que Tarpley usou sobre o Venezianos dos Séc. XVI e XVII também me eram desconhecidas, nomeadamente Paolo Sarpi. Foi bastante informativo!
No entanto, creio que ao esforçar-se por atacar os ingleses, Tarpley esquece que franceses e alemães não eram nenhuns "santos", e estavam apenas a publicar, tal como outros, coisas escondidas ao longo de milénios.
Se Tarpley critica Bertrand Russell, e faz bem, eu já deixei escritos algumas afirmações anti-científicas, obscurantistas, defendidas por gurus da ciência, como Karl Popper:
http://odemaia.blogspot.pt/2014/02/popper-failure-man.html
Quanto a Jung, do que vi dele, mas conheço pouco, parece que tinha uma abordagem sincera e correcta:
http://alvor-silves.blogspot.pt/2012/05/arquitecturas-2.html
Mas, sobre a parte epistemológica, talvez o melhor texto que deixei no Odemaia, foi este:
http://odemaia.blogspot.pt/2013/05/de-natura-deorum.html
(e seguintes)
que explica um pouco do problema, que vi explicitado pelo Padre Agostinho de Macedo, e que se resume a um velho confronto entre "estóicos-idealistas" e "epicurianos-maçónicos".
Muito obrigado pelas informações. Um abraço.
PS: Já agora, desculpando-me pelo número de links, sobre os cangurus:
http://alvor-silves.blogspot.pt/2014/01/cangurus-e-cas-dos-gurus.html
http://odemaia.blogspot.pt/2014/01/saltando-o-titulo.html
Caro MBP, já agora, só mais um link, para tornar mais clara a questão do "pelicano":
Eliminarhttp://alvor-silves.blogspot.pt/2015/08/dos-comentarios-16-segundo-joao-dom-ou.html
Obrigado.
Boa tarde,
ResponderEliminarCaro MBP visualizei o vídeo que sugeriu e gostei bastante, não conhecia de todo o locutor. Se bem que grande parte de mim tem alguma resistência em aceitar estes factos soando-me tudo mais como uma "teoria da conspiração", não posso no entanto de deixar achar pertinente e possível esta teia de controlo sobre a mente humana.
Paralelamente o que me chamou imediatamente a atenção foi a coincidência da personagem António Conti que me remeteu imediatamente para um seu homónimo que existiu na mesma altura e que frequentava a corte de D. Afonso VI e que tinha um grande ascendente sobre o Rei. Penso para comigo se existirá a possibilidade de ser a mesma pessoa...
Caro João Ribeiro, não podem ser o mesmo Antonio Conti, porque um nasce em 1677:
Eliminarhttps://en.wikipedia.org/wiki/Antonio_Schinella_Conti
e do outro sabe-se que Afonso VI o convidou para a Corte em 1660:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_VI_de_Portugal
De qualquer forma, como D. Afonso VI foi vítima de um complot cortesão, provavelmente com origem luso-inglesa (pré-maçónica), não deixa de ser curioso o nome ser o mesmo. Era muito mais conveniente, para interesses "externos", ter D. Pedro II, que depois deixou Portugal em paralisia industrial, e quase como protectorado, com o Tratado de Methuen.
Quanto à "teoria da conspiração", conforme já aqui escrevi, a alternativa é a "teoria de que não há nenhuma conspiração", ou seja, é tudo uma cambada de anjinhos que umas vezes acertam e outras falham, mas que têm tanta sorte, que a coisa corre quase sempre bem para o seu lado.
Ora de facto têm muita sorte, mas também se esforçam por isso, e é aí que conspiram, porque são inúmeras as provas aqui apresentadas... restando apenas duas hipóteses, ou são burros com muita sorte, ou não são tão burros, e a sorte é circunstancial.
Quanto ao Tarpley, ele deixa diversas dicas de pesquisa... agora é só pegar nas "palavras chave" e investigar por nossa conta. Darei conta do que for encontrando.
Abç
Tinha feito uma rápida pesquisa no Google por António Conti e não me tinha retornado nada. Sim, sendo assim não poderiam ser a mesma pessoa, apenas uma coincidência.
ResponderEliminarQuanto à teoria da conspiração, acredito obviamente que a Maçonaria existe porque existe mas como diz o provérbio "nem tanto à terra nem tanto ao mar". Acredito nas coisas com alguma moderação. Muita coisa parece-me plausível e outra tanta, surreal.
Vou ver mais uns vídeos de Tarpley porque gostei e tenho tempo e porque irei aprender alguma coisa. Não vou ver para me vou obrigar a acreditar em tudo o que ele diz, porque também ele terá as suas lacunas. Como em tudo vou-me guiar pelo meu instinto e retirar o que à minha intuição me parecer certo e o que me parecer excessivo meto à parte. Para si existe apenas a alternativa "não existir teoria da conspiração", para mim não. Existe também a alternativa de parte dessa teoria estar certa e outra nem tanto, existe a alternativa de o Tarpley estar ele próprio a conspirar. Enfim, só para dizer que vejo as coisas com moderação. Mas isto sou eu, e cada um é como cada qual.
Ab
Estamos a dizer quase a mesma coisa, mas de forma diferente.
EliminarHá diversos níveis de "controlo" sobre a situação, um dos quais é o "destino" ou "sorte" (consoante a interpretação), que ninguém controla. Ou dito de outra forma, é o que controla tudo, e de certa forma permite que a coisa não atinja proporções de não-retorno.
Mas quando habitualmente se fala em "teorias da conspiração", quem o diz não aceita nenhuma, e por isso o único eventualmente desentendimento está aí. Mas não eu sou eu que o digo, isso é repetido diariamente.
Se admite que há "teorias da conspiração" mais válidas que outras, pois já está a aceitar que há uma realidade submersa que não é discutida abertamente nos órgãos de comunicação. Ninguém está a dizer que todas têm o mesmo valor... longe disso, como poderá reparar, não alinho na história dos ET's, e em tantas outras. No entanto, há muita gente que mais facilmente acredita nisso, do que em complots com organizações de tradição ancestral, sendo que estas, nomeadamente as religiosas, é óbvio que planeiam o seu futuro a gerações de distância.
Portanto, não estamos a dizer nada de muito diferente.
Abç
Certo, aceito em realidades submersas, até porque cada um lá terá a sua. O que disse é que nem tudo o que locutor apresenta será de facto como diz. Muita coisa apresentada será verdade outra já será exagero e "filme" do locutor, pelo menos a mim parece-me. Eu com certeza não terei a certeza onde acaba a realidade e começa a ficção mas se outros o sabem, muito bem. Trocando por miúdos... nesta "conspiração" acredito em algumas coisas mas não em tudo. Ainda assim, longe de mim julgar quem poderá estar certo e eu errado. Como não sei a verdade, não critico quem alinhe nesta ou naquela teoria de conspiração mas reservo-me o direito de dúvida. Está tudo ok até porque gostei muito do vídeo o qual agradeço ao MBP. Agradeço também ao caro Da Maia a troca de emails.
ResponderEliminarTambém me parece que nos estamos a repetir mas por outro lado fiquei com a sensação de não ter sido totalmente entendido. Espero que me tenha conseguido fazer entender neste comentário.
Abraço a ambos
Boas tardes.
ResponderEliminarGostava de começar por dizer que apenas agora consegui ler os comentários, ainda que, entretanto os tenha procurado .
Caro Alvor-Sines, muito obrigado pelas respostas que vou esmiuçar assim que tiver disponibilidade.
Caro João Ribeiro, obrigado pelo seu comentário e espero que possa retirar informação útil para o seu/nosso caminho.
Para dar algum contexto sobre o meu alinhamento, com alguma, desta linha de investigação, passo a explicar porquê.
Nas minhas pesquisas sobre a natureza e história da humanidade, contactei com o conceito de sociedade matriarcal, como aquela em que os indivíduos, usam ambos os hemisférios, lógico e analógico, como portadores de conhecimento (conceitos). Neste contexto a "expulsão" do paraíso, ou "a queda" terá sido a absolutização da lógica como única forma de se produzir conhecimento.
O caso especifico dos Dogon merece alguma dedicação e estudo. Como é possível terem conhecimento tão particular quer seja do macro, quer seja do micro-cosmos. https://www.youtube.com/watch?v=oT9-XIHsjec&list=PLCC87AD1940336E0A
Entretanto vim a comprovar que os sonhos são portadores de conhecimento e que perante este facto o lado analógico tem, ao contrário do que o sistema (Freudiano) defende, capacidade de conceptualizar. A lógica absoluta tende para a entropia. Penso que terá sido por isso que Jung terá dito mais ou menos isto: ..."a humanidade está doente e a doença é Emocional, advém da incapacidade/indisponibilidade para usar o lado analógico para conceptualizar".
Em Julho de 2015, antes de ter mudado de mãos,o canal Odisseia passou um trabalho de investigação jornalística, em forma de documentário, que dá por nome de 4Horseman e tem mais de 20 fontes, como ex directores e funcionários do, FMI e proeminentes pensadores contemporâneos como o Choamsky. Foi neste documentário que ouvi uma ex funcionaria do FMI, dizer que "o ataque é cognitivo"...
https://www.youtube.com/watch?v=5fbvquHSPJU
Perante este percurso quando ouvi o Trapley pela primeira vez, muita coisa ressoou em linha com a investigação que estava a fazer. Não acredito que tudo o que ele diz esta certo e também tive alguma dificuldade em compreender os mecanismos como a metástase se perpétua, no entanto há muita coisa que faz sentido e na verdade eles andam ai E vindos de lá. Quero eu dizer que, há um rasto que a sociedade tipo patriarcal/absolutização da lógica/racionalismo/positivismo, deixou e que não se pode apagar. Resta, a quem quer, segui-lo.
Caso alguém esteja interessado em investigar a fonte é importante saber que o trabalho de Trapley está integrado num grupo de estudos que foi fundado pelo famoso (mas não muito) político/historiador/filosofo americano Lyndon LaRouche https://en.wikipedia.org/wiki/Lyndon_LaRouche
Esta personagem é muito controversa para o sistema e é dificil fazer uma ideia de quem ele era realmente, quando o sistema o apelida de Marxista ou Fascista, ano sim ano não( coisa que também não deixa de ser um indicador...).
Mas... para melhor esclarecer, nada como ver e ouvir o que ele tem para dizer:
https://www.youtube.com/watch?v=T6eSsaoLSfE&t=436s
Mais uma vez agradeço a qualidade e quantidade de informação que aqui circula... pois cada vez que aqui venho, sinto que fico mais rico.
Com melhores cumps.
MBP
Caro MBP,
Eliminarquando deixou aqui o anterior comentário, foi dado o devido destaque, e para além dos comentários que encontra neste postal, escrevi um texto
http://alvor-silves.blogspot.pt/2016/11/dos-comentarios-25-conspiracao-veneziana.html
... completamente dedicado ao vídeo que indicou de Webster Tarpley, onde também encontrará outros comentários.
Desde já agradeço a indicação para os novos vídeos. Desconheço a razão pela qual só agora encontrou os comentários.
Bom, quando às divisões entre os hemisférios cerebrais, e os tipos de sociedade, é uma conversa mais complicada, porque envolve a interpretação mítico-religiosa que afectou o relacionamento humano. Aqui
http://alvor-silves.blogspot.pt/2016/05/discurso-do-meee-todo-4.html
... abordei muito ligeiramente o assunto.
Mas eu tenderia a racionalizar o assunto de outra forma.
Tem dois processos de formação de conceitos:
- Um que caminha do passado para o futuro, no sentido habitual do tempo, que poderia ser considerado lógico, pois vai no sentido da previsibilidade, e está na base da ciência, enquanto relações que funcionaram assim, e assim devem continuar.
Havia uma esperança científica, inglória, de que conhecendo os processos passados, poderemos controlar/prever o futuro.
- Há o caminho oposto, que podemos entender como vindo do futuro e determinando o presente/passado, que é caótico, aleatório, ou não determinista. Ou seja, são as coisas que tanto poderiam ocorrer duma maneira ou doutra, pela experiência passada, mas que por experiência futura - a que não temos acesso - ocorrem de uma única maneira. Entender esse caminho, não resulta de ver o passado, resulta de o entender com noções abstractas, com uma linguagem que é um presente do futuro, em tempo presente.
A natureza, no seu processo evolutivo, funciona como uma máquina que programa animais, destinados a entender o funcionamento do ambiente exterior, sob pena de perecerem. Funciona no paradigma que constrói o futuro com base dos sucessos do passado. É lógica nesse sentido, mas a sua lógica é exterior aos indivíduos que programa. Os animais seriam pré-programados, sem acesso à sua programação, sem entender o código inscrito no seu DNA.
A capacidade humana de entender os processos resulta do paradigma oposto. Porque o desenvolvimento cerebral dos animais obrigou a natureza a perder cada vez mais o controlo sobre as "máquinas" criadas, que devido ao constante caos, e mudança das condições, estavam obrigados a entendimentos não programados, para o seu sucesso. O cérebro passou a ter acesso, ou a incorporar noções, que não estavam na programação. Essas são as noções abstractas.
No confronto de animais entre si, primeiro as presas/predadores tinham que prever predadores/presas, e sendo diferentes, o conhecimento era condicionado pela sofisticação do oponente.
Com a ascensão humana, os únicos opositores passaram a ser os próprios, e o desafio humano passou a ser entender/prever os outros humanos, chegando ao ponto crucial de ver no outro homem um reflexo de si.
Ora em nenhuma parte do DNA estava escrito que DNAs diferentes iriam estabelecer semelhanças, sendo aliás habitual o oposto - ter DNAs iguais (gémeos) a comportarem-se de forma distinta.
Esse adquirir de semelhanças em coisas diferentes é a base das noções abstractas.
Encontrar o "cinco" em cinco maçãs e em cinco cavalos, não está escrito em nenhum código genético. Mais que isso, sabemos que o "cinco" não depende do passado, nem dependerá do futuro. Existe para além dos tempos. E tal como o "cinco", todas as noções abstractas encontraram um espaço onde se manifestar.
Esse foi o caminho por onde os cérebros interiores desafiaram o conhecimento exterior.
EliminarNão foi pré-programado pelo DNA, é um presente intemporal a que tivemos acesso.
Mais que isso, as experiências do passado para o futuro não tinham o substrato intemporal, e por isso o conhecimento abstracto é mais rico, não dependendo de nenhum universo em particular.
O processo de formação é assim algo que só encontra consistência num tempo final, que não existe, mas vai sendo construído. Mas o que sabemos que existe, e não lhes vemos fim ou princípio, são certas noções abstractas, como os números.
Há duas coisas bem distintas - conhecimento e compreensão.
Um olhar apenas de conhecimento, de saber tudo o que se passou, só levaria a uma compreensão total, se não houvesse uma parte caótica. Havendo uma parte caótica, que os gregos personificavam em divindades, o conhecimento do passado, mesmo que total, serviria apenas para o lado previsível. O lado imprevisível, só é entendido por camadas de compreensão, e em última análise nunca será entendido, em tempo algum. Os humanos estão habituados a isso, a tentar compreender acima das racionalidades invocadas, porque sempre estiveram sujeitos a uma completa impotência.
Abraços.
Aproveito a ocasião para deixar esta entrevista que gostei muito.
ResponderEliminarWebster Tarpley fala da Magna Carta e da possível saída da Grécia da UE. O entrevistador é hilariante de tão distante que está do que é falado.
https://www.youtube.com/watch?v=QsUO9cO_03k
Ab