quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Protocolos serpentinos (2, 3)

Os Protocolos de Sião devem ser lidos criticamente, porque usando apenas uma opinião prévia não estamos a ler o escrito, estamos ver-nos ao espelho.
Basta ler um pouco mais para se verem considerações elogiosas à aristocracia, desnecessárias para uma comunicação interna, e para se perceber que também poderia ser do interesse da aristocracia incriminar os judeus como bode expiatório dos problemas na Rússia.

Ou seja, à pergunta - poderia Nilus ser um agente da aristocracia russa, fazendo aparecer uma conspiração judaica, cuja única salvação fosse um governo aristocrata centralizado no rei?
A resposta é - Sim!, poderia... mas isso também não implica que o fosse!

A Rússia em 1905 estava sob tensão, em especial após o Domingo Sangrento de 1905, onde uma multidão liderada pelo padre ortodoxo Georgy Gapon obteve resposta a tiro, com ~ 200 mortos, ao pretender entregar uma petição ao Czar para melhorar as condições de vida dos trabalhadores.

Gapon à frente da multidão, na porta Narva (S. Petersburgo),
e à sua frente as tropas do Czar., que dispararam, causando 150-250 mortes.

A resposta brutal sobre uma multidão desarmada, não terminou o protesto, fez nascer a Revolução Russa de 1905 (onde Trotsky liderou), levando a perto de 20 mil mortos, e onde se incluiu o episódio de amotinação no Couraçado Potemkine.
Esta revolução forçou o Czar Nicolau II a assinar o Manifesto de Outubro, permitindo um parlamento (a Duma) e uma constituição em 1906, que se aguentou até 1917, ano da Revolução Soviética.
A revolução de 1905 é considerada uma ante-câmara de 1917 e se Gapon foi assassinado em 1906, também toda a família imperial russa teve o mesmo destino em 1918.

Os aristocratas russos sabiam que os protestos dos trabalhadores não tinham consistência por si, já que requeriam uma organização inexistente, e acabavam por remeter aos judeus, pressionados pelos pogroms, a culpa dessa organização e instigação:
The Minister of the Interior Vyacheslav von Plehve said in 1903 that, after the agrarian problem, the most serious issues plaguing the country were those of the Jews, the schools, and the workers, in that order.
Portanto, os Protocolos de Sião poderiam apresentar a visão que a aristocracia russa tinha de uma provável conspiração judaica, mas efectivamente não corresponder a nenhum documento concreto de origem judaica, que de resto nunca foi apresentado... reforçado a ideia de falsificação.

Só que ao contrário do que se pretende, a questão da falsificação é irrelevante, quando as ideias estão no documento, e pouco importa a origem. O principal cuidado será considerar que o documento tanto pode ser de origem judaica, como ser de origem anti-judaica.
Quando se entra em manipulações, ou pior, em manipulações sobre manipulações, tudo passa a ser terreno pantanoso e pouco fiável... só se retiram as ideias subjacentes, sem actores pré-definidos.


2º Protocolo (Guerras económicas)
Este "protocolo" é curto e pode ser resumido assim (relembro que "goyim" são "não-judeus"):
  • As guerras não devem resultar em ganhos territoriais, de forma a que guerra passe para o campo económico, de forma a que as nações percebam que ambos os lados ficam sujeitos à assistência financeira dos agentes judaicos... reclamando aqui "milhões de olhos observadores", sem limitações. As leis internacionais irão sobrepor-se às nacionais que servem apenas os cidadãos desse estado. [Note-se a criação da Sociedade das Nações e da ONU]
  • Os administradores, que são escolhidos do povo, pela sua obediência, não serão educados na arte da governação, sendo manobráveis como peões, nas mãos de "génios" judeus, educados desde crianças na arte de governar o mundo.
  • Aqui fala de como os goyim se interessam mais pela teoria, sem atenção às consequências, e assim foram persuadidos a seguir ditames científicos. A contrario, os judeus tiraram lições da história e saberiam usá-las. Usam a imprensa para que se ganhe fé cega na ciência. Acrescenta que os intelectuais goyim apenas se interessam num conhecimento abstracto, e sem verificação lógica, usam informação que os agentes judaicos manipularam na direcção pretendida. [Que há manipulação, mesmo científica, disso não devem restar dúvidas]
  • Clama que estas afirmações não devem ser vistas como ocas, dando como exemplos o Darwinismo (Evolucionismo), Marxismo (Comunismo), Nietzschismo (Socialismo), e a sua influência desintegradora nas mentes "goyim". Diz ainda que a mentalidade das nações poderá variar, e assim devem guiar-se pelas lições da história aplicadas ao presente. [Esta era tipicamente a concepção cristã, que via aquelas ideias como altamente perigosas.]
  • Finalmente refere a imprensa, que deve insistir em necessidades supostamente indispensáveis, para dar voz às pessoas, criar descontentamento. É na imprensa que a liberdade de expressão encontra eco, mas diz que os estados "goyim" não a souberam usar, caindo nas suas mãos. Assim puderam ganhar influência ficando na sombra. Acrescenta que a imprensa é ouro nas mãos judaicas, mas que isso foi ganho com oceanos de sangue e lágrimas. [Um caso típico é o suposto aquecimento global, usado e abusado numa imprensa dominada pelo sector maçon-judaico]
A serpente médica e o mundo - o símbolo da OMS.
No 3º Protocolo os judeus são representados como uma serpente envolvente do mundo.

3º Protocolo (Métodos de Conquista)
Este texto é um pouco mais longo, mas ao usar a serpente como símbolo judaico, bebe numa concepção mais própria de um texto anti-semita do que numa auto-identificação judia.
De qualquer forma, o texto prossegue assim:
  • Clama que faltam apenas alguns passos para fechar o ciclo da Serpente (que simbolizaria os judeus), e quando estiver concluído todos os estados da Europa vão ficar fechados aí dentro.[Os EUA ainda não eram vistos como relevantes]
  • Argumenta que os "goyim" estariam convencidos de que a oscilação de poder tinha levado a um equilíbrio. Os pivots - os reis nos tronos - sendo condicionados pelo terror que lhes é sussurrado nos palácios, não têm meios para chegar à população, porque lhes foi cavado um fosso, e dá o exemplo do cego e da bengala, que sendo separados ficam impotentes. [Refere-se aqui que sem os media, não há comunicação entre o poder e o povo]
  • Pretende que tornaram os estados arenas onde se degladiam os sedentos de poder, e que em breve a desordem e a bancarrota serão universais. Os parlamentos tornaram-se em concursos de retórica, esperando que com jornalistas e panfletários, os abusos de poder dêem um toque final para a multidão elonquecida irromper. [Com efeito, foi um período de bancarrotas, e Portugal teve uma, e a multidão veio a irromper na Rússia em 1917]
  • Diz que os "Direitos do Povo" só podem existir como ideia, inexistente na prática. Argumenta que o proletariado será seduzido por eles, colocando assim no poder quem eles quiserem. Usam os pobres como arma irónica, pois não têm oportunidade de usufruir, sendo colocados entre greves dos camaradas e despedimentos dos patrões.
  • Sob sua direcção, o povo teria já anulado a aristocracia, e estava agora sujeito ao poder do dinheiro. Aparecendo como salvadores da opressão, convidam oprimidos a juntar-se às forças que controlam - socialistas, anarquistas, comunistas - que apoiam na irmandade maçónica.
  • Se à aristocracia interessava ter trabalhadores bem tratados, a si interessa a sua diminuição, visando aniquilar os goyim. Para isso, usam o poder da fome e fraqueza dos trabalhadores porque lhes dará força, ficando estes escravos da sua vontade. Acrescenta que o capital, o dinheiro, dará mais poder sobre os trabalhadores do que o direito aristocrático vindo dos reis. [Este tipo de discurso parece visar muito mais sobrelevar a aristocracia, do que um discurso entre judeus]
  • Fala aqui na vinda do Senhor do Mundo, que sendo judaico será o Messias, e que nessa hora de coroação, as mesmas mãos que o coroam irão evitaram qualquer contrariedade.
  • Argumenta que os goyim só pensam no que é sugerido pelos seus agentes, e que é essencial impor uma educação nas escolas que vise a divisão do trabalho e do homem em classes. Diz que não admitem goyim nos segredos da estrutura da sociedade. 
  • Para evitar sofrimento, os homens devem ser educados para aquilo que é esperado deles. Assim, os homens irão submeter-se voluntariamente à autoridade e aceitam as posições que lhes são atribuídas. Actualmente acreditam cegamente nos disparates que imprensa propaga, desenvolvendo um ódio a todas as classes que são superiores. [Actualmente, em vez de ódio, é mais alimentada a inveja.]
  • Esse ódio é aumentado pelos efeitos da crise económica. Através de uma crise económica global, que se espalhará pela Europa, e levará a multidão a saquear a propriedade daqueles que sempre invejaram. 
  • O momento de ataque será revelado aos judeus, para que fiquem a salvo. O progresso trará os goyim à soberania da razão, e o despotismo judaico será esse, usando severidade pontual para pacificar os mais rebeldes, e cauterizar o liberalismo das instituições. [Se o grande plano judaico fosse impor uma ditadura racional, não pareceria ter algo de malévolo. Neste aspecto, o texto falharia um propósito  anti-semita]
  • Quando a população vir as concessões dadas em nome da liberdade, imaginará ser soberana, mas como um cego, precisa de guia para não regressar ao anterior, e assim depositará poderes plenipotenciários aos seus pés. Lembra a Revolução Francesa, porque foram quem organizou tudo. [Aparece no texto moderno referência aos Filadelfos, como secção francesa dos Iluminati, mas a loja maçónica do mesmo nome, de revolucionários franceses, é posterior]
  • Diz que os povos são virados uns contra os outros, para que no final se virem todos para si, e para o futuro rei-déspota do sangue de Sião, para quem preparam o mundo. Argumenta sobre a sua invencibilidade, porque caso sejam atacados por algum estado, serão defendidos pelos outros. 
  • Acusa os goyim de serem fracos com os fortes e fortes com os fracos, incapazes de suportar as contradições de um sistema social livre, mas pacientes com despotismo sanguinário.  
  • Acrescenta que é isso que os levará à independência, porque com os ditadores presentes, os goyim seriam capazes de suportar coisas, com que teriam decapitado 20 reis.
  • Diz que a razão para isso é porque os seus agentes dizem que o mal infligido aos estados tem como objectivo o bem-estar do povo, uma irmandade de todos; mas não dizem que isso só poderá ser alcançado com o governo judaico.
  • Como o povo condena os justos e iliba os culpados, vai-se persuadindo que pode fazer o que quiser; destruindo toda a estabilidade.
  • Diz que a palavra "liberdade" motiva as comunidades humanas a lutar contra qualquer força e até contra Deus e as leis da natureza. Argumenta que essa palavra tem que ser eliminada do léxico quando chegarem ao poder, porque leva multidões à loucura. Acrescenta que essas "bestas" só dormem depois de beberem o seu quinhão de sangue, mas que depois disso, é fácil prendê-las de novo às correntes.
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43 comentários:

  1. Boa tarde,

    Um pouco de cinismo judaico:

    https://www.bbc.com/news/world-middle-east-32813056

    https://www.youtube.com/watch?v=hHJFIBUQkbA

    Estes vídeos ligam a Etiópia a Israel e já que relaciona a bandeira da OMS a um símbolo judaico, quiçá https://pt.wikipedia.org/wiki/Tedros_Adhanom não faça parte do plano?...!

    Cumpts,

    JR

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    1. Caro João,
      conforme coloquei em "negrito":
      O principal cuidado será considerar que o documento tanto pode ser de origem judaica, como ser de origem anti-judaica.

      Pessoalmente, acho que é uma mistura das 2 coisas.

      Coloquei o símbolo da OMS, porque de alguma forma algo sádica, acha-se bem associar a medicina a uma serpente, devido à representação antiga de Esculápio com um bastão envolvido por uma serpente.
      Também o caduceu de Hermes/Mercúrio tem duas serpentes envolvendo um bastão.
      Se isso é uma referência à Antiguidade Clássica, só uma interpretação muito serpentina ou míope, que é indiferente ao olhar da população, é que poderia achar tal coisa adequada.

      Como o texto associa os judeus a uma serpente a envolver o mundo, em especial a Europa, isso indicia que não devem ter sido os próprios a escrever essa parte... já que era comum serem os cristãos a fazerem essa associação depreciativa.

      Sim, é relevante vermos que os judeus, tendo a oportunidade de se definir num estado independente cometem os mesmos vícios e erros que qualquer outro estado.
      Esses protestos dos judeus etíopes, ou o tratamento que impuseram aos palestinianos, são mais que suficientes para ver que o mundo israelita é centrado em si mesmo.
      Usa racismo e xenofobia quando acusa os outros estados do mesmo.

      Mas o projecto de Israel foi obsessão dos Ashkenazi, porque os Sefarditas nunca o quiseram.
      Para os Sefarditas ibéricos, o plano era aguardar pelo Messias, e só depois disso levar à constituição de uma supremacia judaica.

      Já aqui referi como a UEFA fica acima das leis estatais, pois a Suécia foi igualmente proibida de ter público... o que faz sentido, mas já fará menos sentido geográfico incluir Israel na Europa... ainda que se perceba as complicações que jogos com países árabes pudessem vir a ter.
      Acho que seria mais fácil Israel entrar na UE do que a Turquia...

      Não deixa de ser engraçada a rivalidade Cristiano-Messi, porque estes nomes reportam o velho problema judaico de identificação: Cristo-Messias, que esteve na base de tantos problemas.
      Mas aqui parece ser mesmo uma coincidência lexical.

      Abç

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    2. "Mas o projecto de Israel foi obsessão dos Ashkenazi, porque os Sefarditas nunca o quiseram.
      Para os Sefarditas ibéricos, o plano era aguardar pelo Messias, e só depois disso levar à constituição de uma supremacia judaica."

      Mal Israel surgiu os Sefarditas fugiram todos para Israel e deram louvas ao Deus deles...
      Havia pouquíssimos Sefarditas na Península, mas havia muitíssimos na Turquia e no Norte de África, e uns tantos nos outros países muçulmanos.
      Foram todos para Israel. São a maioria dos Judeus de Israel nos dias que correm.

      Já para não falar dos Sefarditas que foram para a América ou para a Holanda, que se tornaram logo Ashekanazis pois não houve grande diferença entre eles... tirando uns nomes mais Ibéricos...

      Não sejamos ingénuos...

      Cumprimentos,
      IRF

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    3. Sim, é outra maneira de ver a coisa.

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  2. Convém aqui acrescentar textos anteriores, e de Fernanda Durão tivemos a observação:

    Rufio Festo Avieno informa que os Oestremínios, isto é, os antigos habitantes do extremo ocidente da Península Ibérica, terão sido expulsos do seu território pelos Saefes e pelos Draganos, povos conhecidos pelo "adoradores de serpentes", os quais deixaram marcas em Portugal e na Galiza que continuam a ser visíveis e palpáveis.

    https://alvor-silves.blogspot.com/2016/07/dos-comentarios-21-da-coca-cola.html

    e no texto seguinte refiro:

    Mas talvez mais interessante será considerar uma eventual ligação dos Sefes (ou Saefes) à palavra "sefardita" usada para designar os judeus ibéricos. Isto porque já mencionámos há uns anos como o tetragrama judaico YHVH se poderia ligar à palavra JEFE, ou chefe... e há aí uma certa proximidade à designação Sefe. Acresce que o prefixo cefe pode ser remetido à chefia, à cabeça, pela palavra grega cefalo.

    https://alvor-silves.blogspot.com/2016/07/dos-comentarios-22-cobre-e-cobra.html

    A serpente de Bronze de Moisés denominada Nehushtan, também funcionou como um certo símbolo curador

    https://en.wikipedia.org/wiki/Nehushtan

    tendo sido representada por Miguel Angelo na Capela Sistina, na forma do bastão de Esculápio:

    https://en.wikipedia.org/wiki/Nehushtan#/media/File:Michelangelo_Buonarroti_024.jpg

    portanto a associação do bastão com a serpente a Moisés, e aos judeus, não é gratuita.

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    1. Sim somos todos judeus e mouros... Enerva qb as teorias sobre as nossas origens caírem sempre no mesmo saco. Mas existem relatos romanos sobre uma população judaica na península ibérica, os lusitanos tinham modos judaicos? Como podem os Celtas Sefes terem alguma conexão com sefarditas um termo com milénios de distância?!

      Não vamos cair neste lugar comum uma vez mais.

      Ab.

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    2. Caro João,
      há um registo de vinda de hebreus, trazidos por Nabucodonosor para a Ibéria... mas esse assunto é bastante nebuloso. No entanto, há o registo de Tartessos na Bíblia, que seria a antiga Cadiz, e diz-se que havia colaboração entre Hirão e Salomão, nesse comércio com Tartessos.
      São os próprios judeus que o diziam... e aí será informação enviesada, mas os Sefarditas argumentaram perante os reis católicos que nada tinham a ver com a crucificação de Cristo, pois estavam na Ibéria, e não na Palestina.

      A comunidade judaica na Ibéria era aparentemente reduzida... agora se esses Saefes tinham algo a ver com os hebreus, pois isso é ainda mais especulativo, já que à altura dos Lusitanos o seu registo tinha desaparecido - ou então tinha sido integrado na designação dos Turdulos.

      Abç

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    3. Boa tarde caro Da Maia,

      Que hebreus (mais tarde judeus) e outros povos do médio oriente tenham andado por cá ninguém o duvida mas o texto dos Sefes sugere uma invasão massiva e ao ter sido assim certamente o modus de vida da população Ibérica teria sofrido alterações para algo semelhante ao do médio oriente coisa que os romanos não registam, inclusive o texto do grego Estrabão ao relatar os povos Lusitanos -e a própria arqueologia- leva-nos para uma cultura de influências celtas. Creio que os termos Sefes e Sefarditas sejam apenas uma coincidência fonética mas realmente mas realmente não o posso afirmar como verdade inequívoca.

      Abraço.

      JR

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    4. Tem razão, João.
      Mas deixo em aberto as possibilidades, até ter mais elementos.
      Note que podem ter sido esses Sefes a influenciar os Sefarditas...
      O que sabemos é que os textos bíblicos foram perdidos com o Cativeiro na Babilónia, por parte dos judeus, e creio que na reconstrução contaram com informações de todo o lado, e podemos pensar que vindas da Ibéria, dos Hebreus, em particular:
      Porque também há uma confusão dos nomes em "Hebreus do Ebro":
      https://alvor-silves.blogspot.com/2011/01/ebreus-do-ebro.html

      Cumprimentos.

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  3. Não sabia destes eventos na Rússia de 1905 com o tal padre - assassinado pelos comunistas para quem "trabalhava" por ser informador da polícia e a brutal repressão.
    Agradeço desde já este post, que me educou e iluminou um pouco mais.

    "O principal cuidado será considerar que o documento tanto pode ser de origem judaica, como ser de origem anti-judaica."

    Pois...
    Eu diria que o principal "cuidado" será considerar se aquilo que o documento expõe tem ou não vindo a ocorrer... e se veio a ocorrer... pela mão de quem tem vindo a ocorrer.

    O aquecimento global está longe de ser a principal mostra da tomada da "imprensa" por esta gentinha.
    Considere por exemplo que hoje têm estado socialistas a queimar grande parte dos Estados da Costa Oeste Americana... e a imprensa, apesar das provas, diz que é o aquecimento global e que tudo o resto seria "divisivo" ou "teorias da conspiração".
    Quanto a coisas que se passam cá, não falo porque não vale a pena.
    Digo que o aquecimento global parece-me a mim estar a ser tão, mas tão abusada que começo a suspeitar ter por fim último criar caos daqui uma ou duas dezenas de anos, por manipular brutalmente toda uma geração indefesa, pondo-a assim a não confiar em ninguém e com uma raiva enorme do mundo, só não sei como é que isso será usada para proteger os interesses desta gentinha.

    Na medida em que estou um bocadinho fartinho de ouvir tiradas à aristocracia vou dizer aquilo que achava melhor calar:
    Não importa se foi um aristocrata Russo a escrever os Protocolos, provavelmente até foi... o que interessa é se é verdade aquilo que os Protocolos expõem ou não.
    E é claro para quem quiser ver e pensar que o grande problema nos dias que correm é a falta de elites - a falta de uma aristocracia que "cuide" e "protega" o povo.
    E isto a tantos níveis que nem vou explicar detalhadamente.
    Um patrão que não olhe pelos seus trabalhadores, não olha pela sua empresa.
    Um general que não preserve os seus soldados, não preserva o seu exército.
    Em todo o lado, naquilo que interessa, vemos as hierarquias a impor-se naturalmente, e aceitamo-lo, mas quanto à ordem social e à organização nacional - o que mais importa realmente pois é condição sine qua non para que tudo o resto funcione - deixamos tudo ás mãos da Judaria ou de "aristocratas" comandados por burocratas em Bruxelas.
    Mas não os nossos aristocratas, nunca os nossos, os deles. E isto por toda a Europa...
    Os Ingleses é que fizeram bem; quando eles se encontrarem e pararem de seguir os EUA, aí recomeçará a História na Europa.

    Cumprimentos,
    IRF

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    1. Caro IRF,
      uma coisa empanca na outra. Se a aristocracia fica confortável com o status quo, qual a razão para ver essa situação mudar? Apenas se tiver pressão de algum "inimigo", externo ou interno.
      Neste caso, parece claro que a atitude com os judeus foi ambigua, continuando a favorecer políticas de segregação, e por outro lado, a requerer-lhes financiamento.
      Creio que a certo ponto aceitaram que os judeus ficassem como capatazes da fazenda, e de certa forma foi a essa situação que chegámos no Séc. XX.
      No entanto, mesmo a constituição de Israel não foram favas contadas, e assim ainda houve uns atentados terroristas, feitos pelos judeus, para que a Inglaterra lhes cedesse o território.

      Quando chega ao ponto de ter tudo entregue aos capatazes, já não tem aristocracia, tem uma conveniente sombra dela, porque ela já nada tem herança cultural a mais do que tem o povo.
      A que tem, serve apenas para floreados ridículos, protocolares.

      Cumprimentos.

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    2. "Creio que a certo ponto aceitaram que os judeus ficassem como capatazes da fazenda, e de certa forma foi a essa situação que chegámos no Séc. XX."

      Esta frase tem tanto que se lhe diga...
      Se quiser que falemos disto, falamos, mas exige que se diga tanto que não tenho coragem de começar sozinho...

      "ela já nada tem herança cultural a mais do que tem o povo."

      Pois, engana-se.
      O Alvor Silves tem certos "tiques" que não lhe permitem aceitar certas dimensões.
      Chamemos-lhe preconceitos, se quiser.
      Eu não tenciono "fazer-lhe a cabeça" nem nada disso, mas há mundos inteiros que só podemos descobrir e compreender depois de "aceitarmos certas verdades"... digamos que não podemos ver as estrelas se não olharmos para o céu...

      O Alvor Silves acredita "na Grande Conspiração"; Acredita "nos poderosos maus" que têm lixado "os humildes bons".
      O Alvor Silves não acredita em Deus e não sei até que ponto é que tem desenvolvida a concepção de Deus.
      O Alvor Silves acredita na benignidade da Igualdade.

      Isto apesar de tudo aquilo que o Alvor Silves sabe sobre estas coisas.
      Digo-lhe pois que todos os governos - ou grupos de poder - são oligarquias, na medida em que terão de ser sempre poucos a comandar muitos ou então não há comando de todo.
      E então, em que ficamos?
      Já que estamos condenados a estar sujeitos a oligarquias pela vida fora, porque não, naquilo que é mais importante, deixemo-nos de estar sujeitos a uma qualquer oligarquia e escolhamos pois uma aristocracia.
      A aristocracia é, por definição, a melhor forma de oligarquia possível.
      Embora seja concebível discutir a coisa quanto a uma tecnocracia...
      Aristocracia deriva de aristo - os melhores.
      Foi escolhido que os melhores eram "aqueles" e isso foi entronizado pela passagem do tempo.
      Poderíamos ter uma nova aristocracia, formada agora, pelos "melhores" - no que o Alvor Silves quiser - e isso der mais ou menos resultado e for mantido, daqui a uns poucos séculos com o peso da tradição será natural essa aristocracia estar no poder ... quer pelas suas qualidades, quer pela aceitação que suscitam, quer por serem de facto os melhores a executarem as funções que têm de executar, caso contrário seriam substituidos...

      Mas como há o perigo de aristocracia se esticar... têm de ser temperadas pela Monarquia.
      Que é um acima deles todos. A quem os aristocratas devem servir.
      E daí a aristocracia ser continuamente renovada com "o produto da carne" do monarca dá origem a todo um sistema completamente natural, fluido, hierarquizado e que instintivamente cuida de si, dos seus e dos interesses de todos.

      A aristocracia não vale pelas eventuais figuras providenciais que suscitou no passado; A aristocracia vale ela própria por sistema.

      E não, não me parece que a aristocracia tenha parido a Judiaria... não, nem como capataz.
      Isto porque somos todos Católicos e há regras a reger-nos...
      E mesmo que não fossemos, havia as regras do sangue que não são Católicas, mas são um complemento singular.
      Afinal a Aristocracia não é um exclusivo Católico. Ou de qualquer religião...

      Cumprimentos,
      IRF

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    3. "Quando chega ao ponto de ter tudo entregue aos capatazes, já não tem aristocracia, tem uma conveniente sombra dela"

      Concordo plenamente.
      Só não concordo com a tese à priori.

      Cumprimentos,
      IRF

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    4. Caro IRF,
      não compreendi como juntou tantas fés suas sobre mim, quando não correspondem ao que disse, no essencial.

      - Sim, acredito numa conspiração, que vem dos tempos das primeiras civilizações, já o tinha dito. Mas sempre evitei dizer que uns são maus e outros são bons, isso é redutor, e eu nem sequer tenho ensejo de saber quem são uns e outros. Foi o IRF que disse que queria saber.
      Do ponto de vista da "verdade" fazem papel de "maus", mas isso é só um aspecto.
      Nunca me viu aqui escrever a palavra "humilde", é daqueles conceitos que não faz o meu género, e vejo como sendo um não-assunto, transformado em assunto.

      - Já lhe disse que acredito na concepção de Deus identificado ao Universo, e já tivemos essa conversa, em que o IRF não conseguiu produzir uma definição de Deus diferente, e que fosse isenta de problemas lógicos, a menos de fé. Essa fé, já a tive em criança, e desapareceu quando aprendi a pensar.

      - Também já tivemos uma conversa sobre Ordem, Hierarquia e Igualdade. Creio que no final até estávamos em "acordo". Quer repetir essa discussão.
      Não sei se lhe disse da outra vez, não fui ver, é mais fácil repetir:
      - A situação ideal de luz, não é a de ter planetas em torno de um sol, é ter cada um a emitir luz própria.

      Pode dizer que isso é utópico, e será, mas deve ser esse o objectivo, e o ponto de partida não é acrescentar planetas em órbitas instáveis, que vão colidir com tudo, antes de serem dissolvidos pelo sol.

      O sangue é uma condicionante biológica, e de 2 gémeos iguais terá pessoas muito diferentes, basta fazê-los crescer em ambientes diferentes.
      Acima disso, é um percurso partilhado por anos marcantes, e quantos menos filhos, mais marcantes serão para os pais. Mas aí inclui filhos adoptivos, o que suscita outras questões.

      A aristocracia foi uma forma primitiva, mas não se pode dizer natural, já que é exclusivo humano. Resulta de uma tendência de querer estender no tempo um legado que irá findar, em particular das posses, materiais ou espirituais (caso de segredos).
      Essa forma de continuação no tempo, através da noção de família, foi um dos primeiros monstrinhos que se criaram. O filho nasce com uma obrigação implícita de ser continuador e protector do legado familiar.
      Quando esse legado é zero, está igual aos outros...

      Cumprimentos.

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  4. Desconhecia a manifestação operária contra o Czar liderada por Gapon, segundo a Wiki “trabalhava para a polícia secreta czarista” !?.

    Isto de se ser o povo escolhido de Deus, os judeus, é causa de discórdias guerras. Para haver paz e acabar com a pobreza não parece haver receita nem dos Deuses nem do homem, e de que me serve ler aceitar os males ou bens dos protocolos aqui lidos? Só poderia tirar lições se eles tivessem sido comparados aos do islão e Vaticano… aí chegaria muito certamente à conclusão que os três têm a mesma fonte, são diferentes mas no fundo iguais, procuram os mesmos fins, de dominarem o mundo, e pecam pela cegueira megalómana de o quererem dominar, como se pudessem apagar as civilizações asiáticas hinduístas, como fizeram aos Maias Astecas americanas.

    Protocolos de Sião tiveram, têm os judeus, poder na Índia e na China na Ásia? Terão? Não me parece, pois nem o Islão vai sobreviver na China dos uigures. Como não sobreviveram jesuítas no Japão.

    A receita abraâmica dum Jeová é ridícula, megalómana votada ao fracasso, os Protocolos de Sião são insignificantes como os judeus são para o Planeta Terra.

    O problema alemão-nazi face ao judeu foi o de haver um Estado dentro dum estado, como agora o do Estado francês com um estado islâmico no seu interior.

    O problema dos judeus, cristãos, muçulmanos é o da aldrabice dum Jéova, acabem com ele acabam com grande parte dos males da humanidade.

    Cumprimentos
    José Manuel

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    1. Certo, José Manuel, mas é um pouco diferente textos de referência, como a Bíblia ou o Corão, ou os Protocolos de Sião.

      Do ponto de vista Cristão e Islâmico, aceitar o Antigo Testamento judaico, sem tirar nem pôr, é uma concessão tão grande ao livro hebraico, que só isso deveria levar a naturais suspeitas sobre a forma como essas religiões surgiram e se desenvolveram.

      No Novo Testamento ou no Corão não tem propriamente uma atribuição de supremacia e escolha de um único povo, como povo eleito. Ao aceitar isso que está no Velho Testamento, é algo estranho, porque esse favorecimento de Deus à causa judaica passa a ser opinião dos restantes.
      Dos Antigos Egípcios, principais opositores aos judaicos, a história encarregou-se de lhes reduzir a expressão a quase nada, restando uns Coptas que nem entendem os hieróglifos.

      O problema dos Protocolos é que o texto põe a claro uma vasta consideração sobre coisas, que são premonições concretizadas, e além disso reflectem um certo plano de manipulação, que não se vira antes noutros textos.
      Não encontra isso nem no Novo Testamento, nem no Corão.
      O máximo que aí tem são visões apocalípticas, mas não planos de dominação.

      Cumprimentos.

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    2. "de que me serve ler aceitar os males ou bens dos protocolos aqui lidos? Só poderia tirar lições se eles tivessem sido comparados aos do islão e Vaticano… aí chegaria muito certamente à conclusão que os três têm a mesma fonte, são diferentes mas no fundo iguais, procuram os mesmos fins, de dominarem o mundo, e pecam pela cegueira megalómana de o quererem dominar, como se pudessem apagar as civilizações asiáticas hinduístas, como fizeram aos Maias Astecas americanas.

      Protocolos de Sião tiveram, têm os judeus, poder na Índia e na China na Ásia? Terão? Não me parece, pois nem o Islão vai sobreviver na China dos uigures. Como não sobreviveram jesuítas no Japão.

      A receita abraâmica dum Jeová é ridícula, megalómana votada ao fracasso, os Protocolos de Sião são insignificantes como os judeus são para o Planeta Terra."

      Estudo mais, José Manuel.
      Olhe para um mapa.
      Não fico chateado que não o estou a ofender.

      Cumprimentos,
      IRF

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    3. Discordo das observações do Alvor Silves.

      A aceitação dos maometanos do "livro Judaico" é apenas uma mera aceitação tácita da História desse tempo.
      Não tendo os Árabes grande história mas tendo uma mitologia que largamente encaixa no Velho Testamento, adoptam-no como seu.
      Isto é especialmente inteligente quando negam a existência de um mundo pré Maomé, pois arrumam logo ali a questão - ou quase.

      Quanto aos Cristãos, o Velho Testamento serve de contexto à chegada de Jesus.
      Pois Jesus deveria ser o messias dos Hebreus mas estes foram tão ruins que o próprio Deus abandonou-os e resolveu fazer uma aliança com outros.
      Tal como tinha feito com o Dilúvio?

      Não nego com isto a clara filiação das fés Abrahamicas que aparecem aqui quase como versão 1, 2 e 3.
      Simplesmente não são o mesmo, de todo.
      Partem apenas de um contexto comum.

      "No Novo Testamento ou no Corão não tem propriamente uma atribuição de supremacia e escolha de um único povo, como povo eleito. "

      Mas tem.
      Os Árabes são os escolhidos dos muçulmanos.
      Os Europeus / Romanos / Católicos aparecem como os escolhidos dos Cristãos.

      Isso não está explícito - que eu saiba - mas está implícito e parece-me históricamente fácil de comprovar.
      A grande diferença é que enquanto os Judeus deviam guardar para si a Aliança Divina, tanto os "Católicos" como os Árabes têm a obrigação de converter todo o mundo.

      Achei que devia escrever isto.
      Cumprimentos,
      IRF

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    4. Fez bem em escrever este último comentário. O anterior é que já tenho dúvidas, e não concordando com o José Manuel neste ponto, ainda menos posso concordar com a sua resposta.

      Aliás, volto a dizer que comentários críticos e fundamentados são sempre benvindos, e como o IRF não se tem cansado de os enviar, só lhe agradeço.

      Ao que interessa...
      Não sei se os árabes não teriam história anterior para usar, basta lembrar os Nabateus, e antes disso, poderiam ter ido buscá-la às civilizações da Babilónia, se quisessem.

      Provavelmente não eram exemplos que prezassem muito, e não tendo esse registo histórico bem assente, preferiram ignorá-lo, tal como Maomé fez... mas isso mais pelo seu próprio desconhecimento do assunto histórico. Isto antes de ser iluminado... (é melhor pôr esta ressalva senão o blog ainda apanha com uma fátua).

      A prevalência dos árabes na religião muçulmana é clara, mas remonta mais ao facto de haver descendência até hoje por via da descendência de Maomé, e consequentemente de todos os que o acompanharam nas suas guerras islâmicas, que eram árabes. Mas a única prevalência especial é de Maomé, não tem santificações apenas por estarem na linha do profeta.

      Quanto à religião cristã ter como prevalência a Europa ou Roma... isso é mais uma daquelas que só São Paulo é que conseguiu se lembrar. Quando Jesus chega a Jerusalém sentado num burro, está claro para todos que pretendia ser visto como Messias, no sentido judaico.
      As referências de Jesus eram ao Velho Testamento, e nunca questionou a justiça de Jeová, nem a procurou explicar. Digamos que arrasar com toda a humanidade por estar farto do comportamento pecaminoso, parece genocídio em todo o tribunal de Haia, e pouco eficaz, já que voltou ao mesmo, mesmo tendo cuidado de salvar a "melhor família", de Noé.
      Se Jesus quis essa herança, parece-me que não soube dar-lhe qualquer nexo divino.

      O cristianismo foi uma subtil invenção romana, tipicamente romana, em toda a sua perversidade e subtileza, porque a Roma sucede Roma:

      https://alvor-silves.blogspot.com/2016/07/aroma-1-roma-que-sucede-roma.html
      https://alvor-silves.blogspot.com/2011/06/tarso.html
      https://alvor-silves.blogspot.com/2010/06/west-fall.html

      Depois da revolta de Spartacus, com a crucificação de 30 mil escravos na via Ápia, o que Roma tinha era uma cruz para carregar, ou para resolver, porque esse "erro Crasso" germinou o símbolo da cruz entre os escravos. As revoltas de escravos sucediam-se em Roma, e as revoltas acabaram com a propagação da religião cristã.
      As principais marcas do início do cristianismo... estão onde havia cruzes, na Via Ápia.
      Foi isso um erro crasso, ou um erro de Crasso?
      De qualquer forma, foi magistralmente corrigido.

      Cumprimentos.

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    5. Re : “mas é um pouco diferente textos de referência, como a Bíblia ou o Corão, ou os Protocolos de Sião”, sim sim é diferente, mas eu estava a comparar esse protocolo de Sião com os concílios romanos onde se passa de 15 mandamentos para 10, onde a Terra de redonda passa a plana e vice-verça, onde se mudam os nomes da semana dos astros para feiras, onde são proscritos apóstolos e seus livros ditados por Jeová, isso para mim são protocolos = “acta de conferências celebradas entre ministros plenipotenciários de diferentes nações, ou entre os membros de um congresso internacional”, feitos para dar diretivas à carneirada.

      O poder dos judeus acabou com Hitler, dos católicos com Lenine, muitas igrejas holandesas foram transformadas em bares e discotecas…dos três abraâmicos ficou o islão mais poderoso e será destruído pelos asiáticos e Índia.

      Tenho irmãs em Genebra que trabalharam para judeus poderosos e falei com alguns, não há aparente conspiração da parte deles, vivem segundo as suas crenças em grupos fechados, pareceu-me que se interessavam mais à família e aos negócios que à religião, não os revejo nesse Protocolo de Sião, não pode ser deles esse protocolo.

      Cumprimentos
      José Manuel

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    6. Percebo o seu ponto, José Manuel, mas é bastante diferente ter leis encapsuladas, em que não se entende o verdadeiro propósito e se há algum propósito de bastidores, ou ter a coisa explícita, escarrapachada como nos Protocolos de Sião.

      Já que fala na mudança do nome para "feiras", isso foi uma das "subtilezas"... que pode bem servir de tema para postal.

      Porque, a menção latina era:

      Dies dominica (Domingo)
      Feria secunda
      Feria tertia
      ...
      Sabbatum (Sábado)

      Ora, a palavra "feria" significa "férias", dia de férias... mas não seria de férias de trabalho, seria dia de férias religiosas.
      Talvez para evitar dúvidas do significado oposto, na perspectiva do trabalhador, a palavra em português passou para "feira", o que mostra bem como isto é uma Grande Feira.

      Um outro ponto importante é que nunca a igreja instituiu que a Terra fosse plana, aliás isso iria contra Aristóteles, que os monges tinham em grande apreço. Isso foi uma ideia cretina, incentivada por maçons americanos, que visou desacreditar a igreja, aproveitando para elevar Colombo ao estatuto de segundo cristo.

      Mas sim, percebo o que quer dizer.
      Só que, quem esteve em reuniões com actas, sabe o que o que lá se falou, raramente fica escrito em acta, quando o assunto é melindroso.
      Já tive problemas com isso, que nem vou referir...

      Portanto, não podemos comparar, é completamente diferente.

      Não creio nem que o poder dos judeus tenha acabado com Hitler, e se diminuiu aparentemente foi porque se meteram em problemas com Israel, mas continuam a dominar a finança; nem que o poder católico tenha sido mais afectado por Lenine, do que foi com Darwin, ou antes disso com a ascensão crescente da maçonaria.

      Quanto aos judeus, quando se fala aqui de "judeus" não é do cidadão comum!!!
      Está implícito que é apenas uma restrita elite, de alguns rabinos, ou grandes banqueiros, a quem era passada a informação.
      Bom, e um judeu se preocupar mais com o negócio do que com a religião, é porque a religião é o negócio, conforme eram caricaturados... e ainda hoje nos restam expressões como "sumítico" que será mais uma deturpação gráfica, politicamente correcta, de "semítico".

      Cumprimentos.

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    7. Compreendo que não goste desse tipo de comentários.
      Mas está a ser parcial (contra mim) - fiz apenas uma sugestão, mesmo que possa menos graciosa.
      Não fui eu que escrevi as alarvidades gratuitas e sem fundamento...
      Vou tentar ignorar para a próxima, mas não creio que tenha procedido *mal*, apesar de provávelmente poderia ter procedido melhor.

      Ao que interessa, portanto:

      Os Árabes têm evidentemente uma história anterior ao Islão. Esses exemplos que deu são válidos.
      No entanto, os Árabes amigos de Maomé não eram os Nabateus, eram os bárbaros do Hejaz... e isto quando não eram os bárbaros mesmo do interior desértico da Península Arábica, que nada faziam durante o dia e a noite, esperando pelo lusco fusco para caçar e comer lagartos...

      Não é que os Árabes, de qualquer forma, não tivessem história antes do Islão; é simplesmente que os Árabes mouros não aceitam com bons olhos a existência de uma história antes do Islão - pelo que tendem a apagá-la por motivos religiosos... apesar de manterem o velho testamento Judaico... porque é um apanhado da história daquela região na prespectiva de um Deus único monoteísta, etc... pelo menos de certo ponto... serve bem de prelúdio para Alá e Maomé.

      Os Mouros têm "santificações" para aqueles que são descendentes do profeta. Não é que sejam bem santos, mas são superiores aos outros (de alguma forma).
      Para além disso, o Árabe é a língua de Alá de uma maneira que o Latim nunca chegou a ser a Língua do Deus dos Cristãos.
      O Árabe clássico é considerado a língua perfeita, a língua do próprio Deus.
      No Alcorão estão também codificados muitos preceitos próprios da cultura Árabe... a ponto de não fazer sentido o Islão e o Alcorão sem os Árabes ou a cultura Árabe.

      Mais importante ainda - na senda das aristocracias e afins - é que o Islão eleva a monarquia a um nível que eu defino como Civilizacional.
      O Califa é o Papa e o Imperador do Islão e todos os mouros lhe devem total obediência e devoção.
      O Califa não é um Deus vivo nem nada... é apenas o Príncipe (Principal, Primeiro) dos mouros e do Islão.
      O Califa deve ser educado para dominar os assuntos islâmicos - que são uma parvoeira que o Alvor Silves nem imagina e que são tão subordináveis à vontade humana (de um, não de todos, nem de muitos, pelo menos idealmente) em tantos aspectos de grande importância que não há equivalência na nossa Civilização Europeia ou Cristã / Romana.

      E o Califa deve ser descendente de Maomé. Deve não. Tem de ser descendente de Maomé, pelo menos em teoria.
      Houve muitos loucos que se declararam califas, mas os Califas a sério foram sempre descendentes de Maomé, tendo "provado" tal descendência que já era largamente reconhecida por todos muitos anos antes de serem Califas.
      Caso contrário, o "melhor" que lhes poderia acontecer era serem ignorados.
      Por isso é que os Mamelucos Egípcios nunca se declaram Califas, mas "acolheram" o Califa.
      E só os Otomanos é que finalmente se declaram Califas, também reivindicando descendência de Maomé.
      Aliás, tirando os Otomanos, que eram Turcos mas descendentes de Maomé, todos os outros Califas a sério foram Árabes. E deveriam os Califas ser descendentes de Árabes (Maomé) e preservar de alguma forma a cultura Árabe.

      (1)
      IRF

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    8. "Quando Jesus chega a Jerusalém sentado num burro, está claro para todos que pretendia ser visto como Messias, no sentido judaico."

      Eu diria antes no sentido Hebreu.
      Isto porque Jesus é o anti-Judaico, na medida que funda uma religião em grande medida "contra" o Judaísmo, porque os Judeus rejeitaram o Messias que Deus lhes enviou.
      Assim o Cristianismo não é tão uma continuação do Judaísmo como é um corte.
      E Jesus promete aos seus seguidores "uma nova aliança".
      Jesus desfaz a ligação que o povo Hebreu (Judaico?) tinha com Deus e faz uma nova ligação com os seus discípulos.
      Jesus depois chega mesmo a repudiar os Judeus.
      Jesus fala deles como "a Sinagoga de Satanás" e "Raça de Víbroas".
      A ideia que muitos têm hoje de que os Judeus são quase Cristãos é moderna. A Doutrina Cristã é e sempre foi a de que os Judeus são piores que os Pagãos (e que os Mouros) porque renegaram ao próprio Deus, mataram Cristo, perseguiram os Cristãos, etc. etc...

      Já para não falar de tudo o que acontece posteriormente a Jesus como a destruição do templo de Salomão e a destruição dos Judeus através da sua dispersão, por exemplo.
      A partir da dispersão o Judaismo dos Hebreus do tempo de Jesus morre completamente.
      No seu lugar forma-se uma nova coisa... os Rabinos emergem e há umas inovações na religião Judaica que se torna naquilo que é hoje mas que se torna muito diferente daquilo que era no tempo de Jesus.

      Dito isto, não tenho dúvidas que a nova aliança de Jesus - a Cristã - é para todos os seus discípulos independente da raça e da nacionalidade.
      Mas, a partir de uma altura foram os Europeus que ficaram sozinhos como guardiões da Cristandade. Contra tudo e contra todos.
      Depois, foram os Europeus que a expandiram para os outros continentes.
      Antes disso, foi Roma o Estado - ou até mesmo a Super Potência - que adoptou o Cristianismo e o fez crescer e triunfar... bem como trilhou o caminho para uma Civilização Cristã.
      De uma perspectiva Católica, foram os Europeus que mantiveram e reforçaram a Civilização Cristã, sediada em Roma.

      Tanto Roma como a Europa têm direito a essa primazia, é algo que está escarrapachado na História.
      De que outro modo pode a Santa Sé ter primazia apenas por ser a Santa Sé?

      "As referências de Jesus eram ao Velho Testamento, e nunca questionou a justiça de Jeová, nem a procurou explicar."

      Jesus é Jeová e é o Espírito Santo... sem serem a mesma pessoa, existindo em dimensões diferentes.
      Mistérios da Fé...
      Como poderia o Deus Filho ir contra o Deus Pai se ambos são o Deus Único?
      Não podia.
      Porque "a Casa Dividia em si própria, cairá".
      Jesus não vem contra o "Deus dos Judeus", porque os Judeus não se referem ao "Deus dos Judeus" mas sim ao Deus Único... que é Deus dos Judeus como é Deus dos Dayaks do Bornéu, só demorou mais tempo a revelar-se ás tribos daquelas Ilhas Asiáticas...

      "Se Jesus quis essa herança, parece-me que não soube dar-lhe qualquer nexo divino."

      Não entendo.

      "Depois da revolta de Spartacus, com a crucificação de 30 mil escravos na via Ápia, o que Roma tinha era uma cruz para carregar, ou para resolver, porque esse "erro Crasso" germinou o símbolo da cruz entre os escravos. As revoltas de escravos sucediam-se em Roma, e as revoltas acabaram com a propagação da religião cristã."

      E quem somos nós para duvidar dos desígnios de Deus?
      Não entremos por aí mas parece-me que os desígnios fundam propósito num autêntico caos que ninguém poderia adivinhar...

      P.S. - Tenho comentário longo que escrevi ontem mas não consegui publicar, talvez publique no sítio errado e depois o Alvor Silves se quiser lê e responde, se quiser ignora... é relativo à questão da Natureza de Deus e é um bocado "agressivo e enérgico"... começa com "Que Arrogâncai!"

      Cumprimentos,
      (2 e FIM)
      IRF

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    9. Caro IRF,
      ao que interessa...
      O IRF faz aqui um elogio ao islamismo, que até parece candidato a 70 virgens, ou mais... se procurar raízes para o Califado. Um fado da Mouraria, esse.
      Jesus ser anti-Judaico, digamos, enfim... teria todo um império para converter, e só deu atenção a Jerusalém, e à tradição da Bíblia judaica.
      Teria dado jeito que tivesse incluído algum dos seus apóstolos não-judaico, e não é que não houvessem soldados romanos por ali.
      Como deve saber, as más línguas judaicas dizem até que seria filho de um soldado romano, de nome ou cognome Pantera:

      https://pt.wikipedia.org/wiki/Yeshu#Yeshu_ben_Pantera

      A ideia de que a civilização ocidental é judaico-cristã será recente, fruto do recente acordo maçónico-judaico, mas o resto é fundamentalismo da Idade Média.

      Nestes dois pontos, num certo querer ir buscar alguma pureza moral, a dois fundamentalismos (islamico e cristão) que mergulharam a humanidade num dos seus períodos mais negros, o IRF não está a encontrar pureza moral, está a martelar pureza mural. Como num muro, onde escreve mandamentos.
      Há outro, que foi a ditadura soviética, e basta mudar o que escreveu para o Islão para:

      - Estaline é imperador da URSS e todos os russos lhe devem total obediência e devoção.
      - Estaline não é um Deus vivo nem nada... é apenas o Príncipe (Principal, Primeiro) dos russos e do comunismo
      - Estaline deve educar os sucessores para dominarem os assuntos soviéticos
      ...

      De facto só lhes falhou seguirem a descendência de Estaline. Poderíamos estar a falar russo...

      Não sei se se dá conta, mas experimente, não é mau exercício trocar nomes.
      Vou usar o que escreveu agora substituindo por "Hitler" (ou Lenine), e religião por partido, ...:

      Hitler é anti-Judaico, na medida que funda um partido em grande medida "contra" o Judaísmo, porque os Judeus rejeitaram o líder que Deus lhes enviou.
      Assim o Nazismo não é tão uma continuação do Judaísmo como é um corte.
      E Hitler promete aos seus seguidores "uma nova aliança".
      Hitler desfaz a ligação que o povo Hebreu (Judaico?) tinha com os alemães e faz uma nova ligação com os seus seguidores.
      Hitler depois chega mesmo a repudiar os Judeus.


      E digo mais, eu também não teria dúvidas que a nova aliança, de Hitler, o nazismo, era para todos... depois dos arianos.

      Mas, independentemente do humor "negro", fica o conselho de que não é mau, é instrutivo, mudar nomes para ver se estamos ou não a ser objectivos.
      Pode fazer isso comigo, e provavelmente também apanha umas tantas "engraçadas".

      Há mensagens de Cristo extremamente positivas e que ficaram para humanidade, mas não são muitas.
      Se analisar objectivamente o texto bíblico, tão escrutinado pelo Ocidente, em vários concílios para escolher apenas 4 evangelhos, verá que é um conjunto de banalidades, se exceptuarmos o "amar o próximo", que é algo mais intrincado e subtil.

      Só mesmo com grandes doses de fé, é que não sai evidente que Jesus tudo tentou para ser reconhecido pelo povo judaico e pelos rabinos.
      O que foram os 30 primeiros anos de Jesus?
      Ambos os meus pais eram católicos, mas digo-lhe francamente, só desprezando por completo o raciocínio crítico é que poderia a Bíblia fazer algum sentido.
      Assim que chegou a 1ª comunhão tive sérias chatices em casa por me recusar a fazer.
      Portanto, desde os meus 10 anos que tive que ir contra o status quo... mas claro, depois com o 25-A ficou mais fácil.

      Não recebi nenhum comentário seu começado com "Que Arrogância", mas esteja à vontade, porque como perceberá habituei-me a mimos desses desde cedo.
      Acerca da Trindade, etc... creio que já falámos, por isso vamos deixar isso descansar.

      Cumprimentos.

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    10. Ps: Bom, acho que o nome era "Profissão de Fé", a "Primeira Comunhão" era demasiado novo, ainda tinha fé...

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    11. Os Judeus deixam de ser Judeus quando se convertem perante Cristo.

      Os Judeus que conhecemos desde a vinda de Cristo - pois os anteriores eram Judeus porque Hebreus - são Judeus apenas por negarem Cristo.

      E se acredita que o Judaísmo pré Cristo se manteve... então aconselho-o a pesquisar sob o Judaísmo, ou melhor, o "Rabinismo".

      https://en.wikipedia.org/wiki/Rabbinic_Judaism
      https://en.wikipedia.org/wiki/Rabbi
      https://en.wikipedia.org/wiki/Talmud

      Cumprimentos,
      IRF

      Eliminar
    12. "A ideia de que a civilização ocidental é judaico-cristã será recente, fruto do recente acordo maçónico-judaico, mas o resto é fundamentalismo da Idade Média."

      Não entendi.

      "Nestes dois pontos, num certo querer ir buscar alguma pureza moral, a dois fundamentalismos (islamico e cristão) que mergulharam a humanidade num dos seus períodos mais negros, o IRF não está a encontrar pureza moral, está a martelar pureza mural. Como num muro, onde escreve mandamentos."

      Continuo sem entender.
      Mas concordo que o comunismo / socialismo é uma espécie de religião. Uma religião hilária e óbviamente errada. Uma heresia, portanto.

      Não só me parti a rir com essa do Hitler... como não percebo na mesma onde está o meu erro.
      Comparemos Martinho Lutero a Jesus.
      Jesus aparece como um Judeu "tradicionalista".
      Martinho Lutero aparece como um Católico tradicionalista.
      Mas nenhum deles é aceite.
      Jesus corta com o Judaísmo e funda o Cristianismo.
      Martinho Lutero corta com a Igreja Católica e prossegue o seu Catolicismo Tradicionalista.
      Eventualmente, Martinho Lutero degenera num Protestante.
      Jesus, porque é o Messias e o Verdadeiro Filho de Deus funda a Nova Aliança e o Deus dos Judeus passa a ser o Deus dos Cristãos e o Cristianismo triunfa e torna-se religião de Estado do Império Romano.
      Os Hebreus, que eram Judeus, definham, a sua fé - o Judaísmo - sofre tremendas alterações e torna-se no "Rabinismo", afastando-se cada vez mais de Deus.
      Como Jesus tinha dito... "Raça de Víboras", "Sinagoga de Satanás" e outros que tal que asseguravam que aqueles Judeus não entrariam no Reino de Deus.

      Compreendo que objecte a minha narrativa por causa da sua peculiar ideia de Deus, mas não vejo onde a minha narrativa está errada - quer a nível Teológico, quer a nível Histórico.

      "Há mensagens de Cristo extremamente positivas e que ficaram para humanidade, mas não são muitas."

      Que arrogância!
      Decidir quais das mensagens do Filho de Deus servem ou não...
      Blasfémia!
      Mas esteja à vontade... só não se perda... lol

      "
      Só mesmo com grandes doses de fé, é que não sai evidente que Jesus tudo tentou para ser reconhecido pelo povo judaico e pelos rabinos. "

      Nunca neguei que Jesus tinha vindo aos Judeus.
      Veio com a sua missão, mas sabia qual seria o seu resultado.
      Como o próprio Jesus disse quando confrontado com uma mulher Grega, ele veio para envangelhizar os Judeus, e só depois seria todo o mundo envangelizado.

      "só desprezando por completo o raciocínio crítico é que poderia a Bíblia fazer algum sentido."

      Que arrogância!
      E porquê, já agora?

      Cumprimentos,
      IRF

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    13. Acho que devia fazer por ter fé. Devia procurar por ela. Só teria a ganhar.

      Cumprimentos,
      IRF

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    14. Bom, IRF, são demasiados detalhes para entrar em discussão repetitiva.

      Não peço fé em mim, e por isso procuro dar sempre razões para concordar, e nunca para confiar. São coisas muito diferentes. Não é à toa que encontrará os textos aqui escritos sempre com links, conectados ou por raciocínios lógicos, ou eventualmente especulativos.

      Arrogância é pedir fé nas suas convicções.
      Nunca me recusei a discutir no sentido de concordar racionalmente.
      Prestou-se a essa discussão há tempos, mas foi sempre cair na questão da SUA fé.
      Eu nunca invoquei fé nenhuma.
      Simplesmente o IRF se recusa a coisas tão básicas quanto admitir que um ser omnipotente é incapaz de se converter em impotente, ou um omnisciente é incapaz de idealizar o desconhecido. Isto não é retórica. É lógica, e não são jogos.
      Se recusa a lógica, recusa discutir, e já chegámos aí... com a treta da culpa das contradições alheias serem uma inata burrice nossa.
      Você orgulha-se dessa parede, que nem foi inventada por si, mas enfim... serve para inibir o seu raciocínio, e chamar-lhe fé.

      Ganho? O ganho só se define sabendo qual é o objectivo.
      E se há coisa que não aprendeu com o cristianismo, e essa é talvez a mais importante, é que há vitórias, que são completas derrotas aos olhos dos outros.
      E não há vitória nenhuma do cristianismo em ter biliões de crentes, há vitória em ter trazido o assunto para cima da mesa. Ainda que Pirro (cuja transcrição deveria ser Burro) já o tivesse trazido, por experiência própria.
      E a vitória aos olhos dos outros, serve os olhos dos outros, mais nada.
      Eu quero guardar alguma impotência e até alguma burrice, porque quem quer o contrário, não percebe mesmo nada de nada. Ilude-se por falta de meditação, sendo que na maioria dos casos nem percebe que meditar é apenas procurar compreender.

      Cite-me um trecho da Bíblia, que não seja um adágio popular, ou uma banalidade.
      Mas depois, não fique chateado com a resposta. Tem aqui exemplos:
      https://alvor-silves.blogspot.com/2015/01/anacronismos.html

      Quer falar do assunto da mulher Cananeia? Acho que é melhor não...
      Jesus diz "Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel."
      Para toda a gente... de Israel, portanto.
      Mas melhor segue-se:
      Ao que Jesus lhe respondeu: “Não é justo tirar o pão dos próprios filhos para alimentar os cães de estimação”. Ela, porém, replicou: “Sim, Senhor, mas até os cães de estimação, comem das migalhas que caem das mesas de seus donos”. Então Jesus exclamou: “Ó mulher, grande é a tua fé! Seja feito a ti conforme queres”.

      Portanto, na sua grande sabedoria, Jesus compara toda a raça humana, não judaica, a "cães"... já que os judeus são os filhos, as ovelhas tresmalhadas.

      Lindo!
      Na minha arrogância, escolho esta que sugeriu, como ilustrativa.

      Cumprimentos.

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    15. A Fé não é só minha...
      Por e simplesmente existe todo um Universo que só podemos alcançar por via da Fé.
      A Fé serve exactamente para isso, para coisas que não podemos explicar porque está para lá da nossa capacidade enquanto pessoas ou humanos... não podemos tudo, somos limitados.

      "Simplesmente o IRF se recusa a coisas tão básicas quanto admitir que um ser omnipotente é incapaz de se converter em impotente, ou um omnisciente é incapaz de idealizar o desconhecido. Isto não é retórica. É lógica, e não são jogos."

      Omnipotente não pode ser impotente: Pois não. Mas sendo omnipotente sabe o que é a impotência. Para além de que um Omnipotente pode abdicar da sua omnipotência para ver como é que as coisas correm... e ao não intervir descobrir que as coisas não correm como quereria.
      Por exemplo, eu posso ser um óptimo cozinheiro e ter poder para desligar o fogo a qualquer momento... e mesmo assim não apago o fogo para ver se o arroz só queima no fundo e fica mais apurado no meio... e depois descubro que queima tudo. É um exemplo parvo, mas foi o que me veio à cabeça.

      Omnisciente não pode idealizar o desconhecido: Porquê? Lá está, se tivesse fé não estaria sempre a reduzir tudo à SUA fé que é a experiência humana com os seus limites. Esta não é uma questão de lógica, mas de semântica.

      "Você orgulha-se dessa parede, que nem foi inventada por si, mas enfim... serve para inibir o seu raciocínio, e chamar-lhe fé."

      O que é isto? Fala como se eu chegasse a um ponto e parasse de discutir... como se fizesse birra ou assim... Eu acho que não faço isso. Faço?

      "E se há coisa que não aprendeu com o cristianismo, e essa é talvez a mais importante, é que há vitórias, que são completas derrotas aos olhos dos outros."

      Temo que não tenha entendido o que realmente quis dizer com isto.

      Mas onde é que essa passagem bíblica choca com o que eu disse?

      Estamos mesmo dessintonizados...

      Cumprimentos,
      IRF

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    16. Claro que a fé não é só sua, assim como a fé no esclavagismo teria uns 90% de seguidores em determinadas épocas. O que é que isso prova? Nada.

      O IRF toca e foge. Não lê em profundidade nada do que está escrito. Só falta culpar-me a mim por não explicar bem. Isso poderia resultar na sua escola, comigo não resulta.

      Deixo só algumas respostas ao que se aproveita, porque não consigo deixar de o fazer:

      >"Mas sendo omnipotente sabe o que é a impotência."
      - Deveria querer dizer "Mas sendo omnisciente sabe o que é a impotência."
      >"um Omnipotente pode abdicar da sua omnipotência para ver como é que as coisas correm..."
      - Quando um omnipotente abdica da omnipotência deixa de ser omnipotente.

      > "Omnisciente não pode idealizar o desconhecido: Porquê?"
      - Porque se conhece tudo, não existe desconhecido para si.

      > "Eu acho que não faço isso. Faço?"
      - Faz, mas eu não me chateio nada.

      > "Mas onde é que essa passagem bíblica choca com o que eu disse?"
      > "Estamos mesmo dessintonizados..."
      - Sim, se acha que Jesus comparar os não-judeus a cães foi adequado, estamos conversados.

      Cumprimentos.

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    17. ">"um Omnipotente pode abdicar da sua omnipotência para ver como é que as coisas correm..."
      - Quando um omnipotente abdica da omnipotência deixa de ser omnipotente."

      Está a ver como não é uma questão de lógica mas de semântica?
      Reconheço que o meu exemplo "prático" foi infeliz, mas a lógica está lá toda.
      Um ser omnipotente tem a potência de abdicar da sua omnipotência se assim entender. Estamos a falar de potência... ou potencialidades.
      Isto da mesma forma que um pai com 30 e tal anos pode deixar o filho "ganhar" à luta ou a jogar à bola...
      Talvez este exemplo seja mais feliz. Mas aqui a lógica que importa é a lógica vs semântica, em que estamos ambos de lados diferentes (não sei como) e lógicamente ninguém vai abdicar da sua posição por uma questão de integridade e consistência "lógica".

      "Porque se conhece tudo, não existe desconhecido para si."

      Então e se conhece tudo não pode conhecer o desconhecimento? Quem nos garante que essa omnisciência foi instantânea? Quem nos garante que antes da omnisciência houve não só a capacidade de conhecer o desconhecimento mas até mesmo de desconhecer algo... ?

      Lá está, não é lógica, é semântica.

      Com que então o Alvor Silves acha que eu "faço birra"... interessante... quando isso acontecer diga-me, só por curiosidade... (aposto que vai dizer que agora estou a andar em círculos e tal e portanto esta é uma dessas situações... coisa com a qual eu não posso concordar.).

      Claro que Jesus comparar os não Judeus a cães é adequado.
      Para já porque a parábola ou lá o que foi é perfeita e elucida bem o raciocínio.
      Depois - aí está a grande questão - porque os não Judeus eram exactamente sub-Judeus, tanto para os Judeus como para a ligação Deus-Judeus da "Primeira Aliança".
      A missão de Jesus foi expôr-se aos Judeus e dar-lhes a possibilidade de o aceitarem como o Messias enviado por Deus, coisa que eles não fizeram e que Jesus já sabia que assim seria.
      Mas isso não muda a sua missão.

      Porque os 12 Judeus que se converteram vieram a converter o mundo.
      Muitos são os chamados e poucos são os escolhidos e isso...

      Cumprimentos,
      IRF

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    18. IRF, não pensei que fosse tão difícil você entender.

      > "Um ser omnipotente tem a potência de abdicar da sua omnipotência se assim entender."

      Imagine que tem um empregado que viu ajudar a gira do escritório com um saco de 50 Kg.
      Você diz-lhe para levar um saco de 25 Kg e ele alega impotência.
      Você acredita?
      Acredita que o empregado tem um botão, que o torna impotente, quando não dá jeito?
      E depois deve ter outro botão, que o torna capaz de levantar 100 Kg se for preciso?
      Esse botão é a vontade de o fazer. Nunca perdeu a potência que tinha.
      Daí você conclui que, por manha, se pode armar em fraco, sendo forte?
      Não, você conclui que nunca deixou de ser forte, e por isso nunca abdicou da sua força.

      As pessoas são responsáveis pelas capacidades que têm.
      A forma como usam dessas capacidades, não é a seu belo prazer, e se é, é irresponsavelmente. Por um exemplo, um médico, não deve deixar de socorrer se isso estiver ao seu alcance. Não tem a opção de se esquecer de tudo o que aprendeu, e passar a ser um vulgar transeunte.

      Isto não é magia pirilimpimpim.
      Assim, é lógica, aplicada a um caso concreto:
      Um ser omnipotente não tem poder de ficar impotente.
      No momento em que ficar impotente, não tem potência para nada. Logo não tem sequer potência para regressar ao estado anterior.

      > "Quem nos garante que essa omnisciência foi instantânea?"

      Isso é um postulado teológico, senão Deus não teria sido Deus desde o início.
      Abrindo essa porta, potencialmente qualquer um se poderia transformar em Deus.
      Pode avançar com uma nova vertente, mas acho que aí abandona a comunidade que preza, e não tem sido nada meiga com desvios...

      Não, neste caso não andou em círculos, nem trouxe a questão de fé.
      Por isso lhe respondo, racionalmente.

      "Claro que Jesus comparar os não Judeus a cães é adequado."
      Eu não gosto de ser comparado a um cão. E se alguém respondeu de forma superior, foi a mulher cananeia. Isso teria feito reflectir qualquer um... excepto uma besta.
      Aqui o termo "besta" revela-se adequado, sendo tratado como "cão".

      Escolhidos?
      Parece-me que se está a esquecer de São Paulo e de mais uns milhares de santos...
      Eu gosto desta frase, dizem que é de origem angolana, é mais ou menos assim:
      - Os competentes não são escolhidos, porque os escolhidos são competentes.


      Cumprimentos.

      Ps: E se quiser a música dos escolhidos, também pode seguir este texto:
      https://odemaia.blogspot.com/2013/12/planeamentos-milhoes-de-anos.html

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    19. "Você diz-lhe para levar um saco de 25 Kg e ele alega impotência.
      Você acredita?"

      É mais complicado do que isso. Entendo o que diz mas não aceito o seu argumento.
      Há pessoas que em casos limite ganham uma força sub humana.
      Há outras pessoas que estão saudáveis e fortes e de um momento para o outro perdem as forças e colapsam. Isto é tudo relativo... sem querer puxar para as relatividades...

      "Um ser omnipotente não tem poder de ficar impotente."

      Não fica impotente, abdica da omnipotência. Foi este o meu argumento, como o pai que deixa o filho ganhar.

      "Isso é um postulado teológico, senão Deus não teria sido Deus desde o início."

      Não, não é assim tanto...
      Deus tinha a potência de fazer a luz, criar os Homens, etc. mas houve um altura "anterior" em que tinha abdicado dessa "potência", não os tendo feito.
      Também abdicou da sua potência a deixar o diabo andar à solta.
      Abdicou da sua potência fazendo Jesus passar por provações - que o própria dá a entender que não queria passar por elas.

      Lá está... estamos a falar de semântica, não de lógica.

      "Abrindo essa porta, potencialmente qualquer um se poderia transformar em Deus."

      Tendo em conta a teoria da omnipotência, para isso só é necessária a vontade de Deus...
      Mas não, não faria sentido que Ele procedesse dessa forma. Mas quem sou eu para questionar os desígnios do Senhor? Esta conversa já está a descambar para a blasfémia. Não antevejo grande vantagem em continuarmos... temos de arranjar um mecanismo para lidarmos com as nossas divergências "teológicas".

      Cumprimentos,
      IRF

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    20. Toca e foge? Ainda lhe posso dizer mais se quiser.

      As suas repostas são não-respostas.
      Ou não entendeu, ou não quis entender o que está escrito.

      Você está habituado ao jogo retórico, mas não é nada disso.

      "Não fica impotente, abdica da omnipotência."
      - Não fica impotente, porquê? Porque é incapaz de ser impotente e omnipotente.

      Isto não é brincar ao Deus que desce para ser humano, mas sabe sempre que é Deus, e mantém a potência divina.
      Quando desce para brincar aos humanos, é humano como os outros, e aí já perceberia o que é ser impotente. Senão não saberia coisíssima nenhuma.

      "Também abdicou da sua potência a deixar o diabo andar à solta."
      - Pode justificar todo o mal que faz assim... ah! não fui eu, foi o outro! quem? o diabo!

      "Abdicou da sua potência fazendo Jesus passar por provações - que o própria dá a entender que não queria passar por elas."

      Sim, isso é completa blasfémia arianista, porque Jesus e Deus são uma só pessoa.
      Os milagres de Jesus, serviam para provar que era Deus, ok.
      Fazia o queria, quando queria, porque era incapaz de abdicar da sua omnipotência.
      Mas então em que altura é que Deus/Jesus foi homem?
      Quando morreu e abdicou de viver? Não, porque sendo sempre Deus, nada aconteceu.

      Percebo perfeitamente que esta conversa toque em assuntos críticos, mas a Igreja não pode abdicar da racionalidade, porque a tem. Se o fizer é irresponsável, porque acha que chegou ao limite da racionalidade, e assim nessa contradição fica irracional.

      Para terminar, observo apenas que se identificar Deus a todo o Universo, não entra em nenhuma destas contradições. Mas não é fácil perceber porquê, e também entra numa conversa que não me apetece ter, até porque está escrita em muitos pedaços soltos, aqui e ali.

      Cumprimentos.

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    21. Olá caríssimo,

      não lhe vou responder porque já foi há muito tempo.
      Peço desculpa, tive outros afazeres mais urgentes.

      Cumprimentos,
      IRF

      P.S- na altura até fiz um comentário, mas desapareceu por minha culpa...

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    22. Ora, não há qualquer problema, IRF.
      Cumprimentos.

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    23. Para mim foi um problema... e é também um problema porque lembro-me bem que estávamos a ter uma discussão muito interessante.

      Outras virão... outras virão...

      Cumprimentos,
      IRF

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  5. É de notar que me segurei para não responder ao senhor José Manuel.
    Mas se calhar para a próxima peço-lhe provas do que diz e pergunto-me se os vereadores quando se reúnem na câmara também produzem tenebrosos protocolos...

    Cumprimentos,
    IRF

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  6. " e ainda hoje nos restam expressões como "sumítico" que será mais uma deturpação gráfica, politicamente correcta, de "semítico"."

    Eu sempre pensei - e acho - que é "Semítico".

    Cumprimentos,
    IRF

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  7. Caro Da Maia, li aqui num comentário que alguém escreve aqui no seu blogue “alarvidades gratuitas e sem fundamento”, se foi para mim, como tentativa de “chega para lá” que arranjem melhor. Mas pensando bem talvez seja o momento de sair de cena, isto está a tornar-se desagradável, e ainda tinha muito para divulgar.

    Significado de alarvidades:
    a·lar·vi·da·de
    (alarve + -idade)
    "alarvidades", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/alarvidades [consultado em 17-09-2020].

    1. Qualidade do que é alarve.
    adjectivo de dois géneros e nome de dois géneros
    1. [Depreciativo] Que ou o que é rústico, selvagem, brutal.
    2. [Depreciativo] Que ou o que come excessivamente. = COMILÃO, GLUTÃO
    3. [Depreciativo] Que ou o que é estúpido, parvo.
    nome masculino
    4. [Antigo, Depreciativo] Árabe, beduíno.

    "alarve", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/alarve [consultado em 17-09-2020].

    Fiquem bem.

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    Respostas
    1. Caro José Manuel,
      não sabemos que isso é o "pão nosso de cada dia" na internet?
      Quando li até fico na dúvida se não seria eu que estaria a escrever alarvidades.
      Bom, e é natural que isso possa acontecer... depende do gosto de cada um.

      Então e se o alarve for eu? Fecho o blog?
      Claro que não!
      Isso são estados de alma... todos temos os nossos melhores e piores momentos.
      Aliás para termos melhores momentos, é forçoso ter outros piores.

      Não vamos ligar a detalhes, sem importância maior do que lhe queremos dar, porque há matérias mais importantes, e o José Manuel tem trazido aqui várias.

      Mas é claro que poderei apagar, ou truncar comentários, se chegarmos a um ponto mais complicado.

      Cumprimentos.

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    2. Não é preciso ficar triste, homem!

      Só lhe peço que tenha mais cuidado na linguagem que utiliza e que detalhe mais para que não dê aso a interpretações menos ... interpretadas.

      Cumprimentos senhor José Manuel,
      IRF

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