quarta-feira, 12 de setembro de 2018

O disco de Sabu

Como existia apenas em alemão e russo (na wikipedia), acabei de colocar uma página em português sobre um achado egípcio, encontrado em 1938 num túmulo da 1ª Dinastia, cerca de 3000-2800 a.C., que é designado "disco de Sabu":
Disco de Sabu - objecto com 5000 anos encontrado no Egipto.

Parece que o disco é de metal, mas é suposto ser de xisto (também chamado ardósia).
Estava partido e foi reconstruído, na forma que é apresentado, no Museu Egípcio do Cairo.

A mim parece-me muito difícil esculpir uma forma destas em xisto, e vi geólogos que duvidam que seja xisto, mas também vi outros dizerem que isto revelaria que o artífice possuía uma técnica superior, dificilmente igualável hoje em dia.
Sendo de xisto, eu associo muito xisto à paisagem europeia, portuguesa em particular, mas não me lembro de ver muitos objectos de xisto na arte egípcia, nem sei onde eles o iriam buscar... a esse propósito - acerca das pedras usadas pelos egípcios, há aqui uma boa página informativa.

Depois há o propósito deste objecto. Qual seria?
O problema começa logo com ser "uma roda", que é suposto ter aparecido apenas no Egipto durante a XVIII Dinastia, ou seja, por volta de 1500 a.C., ou seja, quase 1500 anos depois deste objecto. Assim, e sendo facilmente quebrável, é considerado que o objecto teria apenas funções decorativas

Mas, é considerado que este objecto se poderia ter inspirado num objecto de metal, como original. Isso parece ser uma suposição que faz bastante sentido.
Com efeito, admitindo que o original seria um disco de metal, fazendo 3 cortes junto à circunferência, e puxando essas 3 pontas para cima, obtinha-se um aspecto similar. Tal como fazendo um furo no metal em brasa, se conseguiria elevar a parte central.

No entanto, a função seria ainda assim enigmática.
Não sei se faria sentido experimentar usar o desenho como volta-fenos numa alfaia agrícola (as dimensões, com diâmetro de 60 cm, parecem poder ajustar-se para uma altura de cereal até meio metro). É claro que há outras possibilidades, mais especulativas, que já associaram o nome "turbina" ao objecto. 
Associar um aspecto decorativo, seria normalmente um despachar fácil e descomprometido, faltando outra melhor explicação. Aqui poderá ter algum relevo suplementar se virmos o artefacto como uma variante de disco Bi, objectos muito encontrados na China, e cujas origens podem remontar também a 5000 anos atrás.

De qualquer forma, a forma única deste artefacto parece ser caso até aqui singular, comparando com outros objectos encontrados na Antiguidade, e mesmo em tempos romanos não me lembro de ter visto nenhum objecto com este tipo de geometria.

13 comentários:

  1. Parece mesmo uma hélice!

    https://www.google.pt/search?q=h%C3%A9lice&rlz=1C1GGRV_enPT751PT751&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi6oJWo0rfdAhVLXBoKHfU4CskQ_AUICigB&biw=1920&bih=974

    Não sei qual a sua função mas o que me deixa mais boquiaberto é o facto de ser esculpido em xisto!

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    1. Pois, parece uma hélice... há também quem diga que parece um volante.
      Está aqui uma opinião que junta essa e outras hipóteses, avançando de que se trataria de um objecto ornamental, mostrando outro "mais ou menos" do mesmo tipo:

      http://www.strangehistory.net/2013/07/06/the-schist-disc-a-sceptic-speaks/

      Mesmo assim, nada impede que o retratado fosse uma roda com propósitos agrícolas de ceifar o trigo, definido por 3 lâminas (tudo em metal, claro).
      Mas a perfeição geométrica no caso do disco de Sabu, é incomparável ao outro.

      Eu só escrevi a hipótese agrícola porque não a vi escrita. Não me convence uma representação sem propósito.

      Realmente, se for mesmo xisto, e nada indica que não seja, é mesmo muito estranho ter conseguido dar-lhe aquela forma.

      Abç

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    2. Caro JR e Alvor-Silves,

      No dia que foi publicado este post no blog, enviei um email para o autor com +/- a mesa percepção do JR, uma hélice ou algo para tirar proveito de uma corrente liquida para daí provocar movimento rotativo.
      Seria uma hélice, no entanto, rápidamente apercebi-me ao olhar para a imagem que os meus olhos trairam-me na percepção de profundidade e entendi que os triangulos "abertos" estavam escavados num maciço central da peça.
      Foi apenas quando abri o link http://www.strangehistory.net/2013/07/06/the-schist-disc-a-sceptic-speaks/
      que me apercebi do detalhe mais complexo do artefacto e que não poderia ser uma hélice mas sim um "vaso"(vazio) para algo.

      Assim transcrevo aqui o meu raciocinio:

      1. Olhando para as propriedades do material, do local onde foi encontrado e da civilização a que supostamente pertence, não se pode descrever que seja uma peça banal existente em numeros largos na sociedade, mas sim algo de muito valor.

      2. O artifice escolhe os materiais em função da utilização para ferramentas, e em função do aspecto para fins decorativos.

      3. O martial utilizado não tem propriedades mecânicas suficientes (à excepção da rugosidade inexistente) que permita que lhe seja atribuida uma função mecânica, logo é pouco provável que seja uma ferramenta (por si).

      4. Por outro lado a utilização como peça decorativa, encaixaria perfeitamente no contexto social, no valor do artefacto para ser guardado num túmulo e na escolha do material (liso) para ser manuseado por mãos não calejadas.

      5. O xisto é um material de desgaste rápido por erosão e tem um alto teor de absorsão de liquidos, o que torna provavel a utilização para "um dissipador de incenso" ainda que isso não justifique a forma.

      6. Tudo leva a querer que seria algo para difundir incenso, isto pelo que li na internet, no entanto volto a frizar que a forma, não justifica o uso, nem o material justifica a forma.

      7. Na optica do design industrial e tendo em conta os materials conhecidos como disponíveis à época, este artefacto poderia ser "um molde"(vaso) para criar um objecto em cera.

      8. A cera serve facilmente como positivo a preencher com malterial metálico quente, como por exemplo na fundição. Sabemos que o material mais usado nessa época seria o cobre por ser mais ductil e facil de manusear, no entanto o bronze (liga metálica utilizada nesta época que é também autolubrificante e que por consequência resiste melhor aos liquidos) seria um excelente candidato para fundir e vazar num modelo de cera.

      9. A ser um molde, vejo perfeitamente a possbilidade de usar este artefacto para nele vasar cera para dele retirar inumeras "madres" de hélices em cera iguais com o mesmo tamanho.

      10. Pensei inicialmente que a ideia de retirar o modelo em cera de dentro deste "disco" seria impossível, mas o facto de ser cera, permitiria cortar em 3 pedaços para retirar sem perder a forma.

      11. Assim e caso fosse um molde para retirar modelos de hélice em cera para depois servirem na produção de hélices em bronze, teriamos um uso que justifica a forma,
      uma forma que justifica o material escolhido, um objecto de alto valor e um molde para o fazer que justificaria ser guardado num túmulo.

      11. Resta apenas 1 problema nesta análise, falta encontrar, até ao momento, hélices da idade do bronze.

      Melhores cumprimentos,
      Djorge

      Nota final, as hélices nauticas dos grandes navios de hoje, são em bronze.

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    3. Para completar, o ponto 11. deve ser corrigido para:

      11. Resta apenas 1 problema nesta análise, até ao momento, apenas existem artefactos da idade do bronze com a forma de hélice, na idade do Bronze "Celta".
      ie. 800-600 BC

      https://www.liveauctioneers.com/item/58943136_ancient-celtic-bronze-age-propeller-pendant

      Cumprimentos,
      Djorge

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    4. Caro D.Jorge,
      considerar que o objecto poderia servir como molde parece-me ser uma abordagem nova, que não vi nos outros sites.

      Só que não poderia ter nenhuma função de hélice, pelo menos que funcionasse.

      As hélices têm sempre uma orientação que não é simétrica. As pás das hélices têm alguma inclinação, que é o que empurra a água - num sentido, quando giram no sentido dos ponteiros do relógio, ou no sentido oposto, quando giram no sentido directo.
      O problema é que no disco de Sabu há uma simetria, e portanto a função de hélice só se pode suspeitar, caso fosse uma cópia imperfeita de algum material de metal. Se servisse como molde, daria na mesma três pás sem a inclinação natural para serem propulsoras.

      Muito, mas mesmo muito interessantes são as imagens de hélices celtas que indicou por esse link.

      Aparentemente são muito pequenas, parecendo servir apenas como pendentes em fios. Mas para esse efeito não precisariam de terem a tal inclinação das pás, que dá exactamente a ideia de poderem ter sido baseadas em verdadeiras hélices.

      O único problema é que apenas achei menção a isso no ebay, e nalguns leilões, ou seja, não sei se é questionada a sua origem celta ou não. Se alguém encontrar ou souber de mais informações, seria bom partilhar.

      Obrigado.

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    5. Entendo, creio que se refere à figura 7 e não à figura 4.
      Mas essa falha de simetria, ou digamos "estar torto", não sendo possível discutir sem ter mais dados, não me parece ser no sentido de orientar as pás de forma propulsora.

      Cumprimentos,
      da Maia

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    6. Só mais um pormenor... basta ver este site:

      http://eden-saga.com/en/mythologies-planes-rockets-weapons-boats-highspeed-music-david-childress-technology-of-the-gods.html

      para verificar que já foram feitos vários modelos do objecto, e certamente diversas experiências com ele, para perceber alguma particularidade física, nomeadamente no sentido de perceber alguma propulsão.

      Mesmo que a função de molde não estivesse presente, o objecto foi sempre reconstruído sem nenhuma inclinação, e procuraram corrigir as falhas do original.
      Se houvesse alguma indicação de que o molde apresentava inclinações diferentes, para as pás, creio que isso teria sido detectado.

      Cumprimentos.

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    7. Há um outro facto importante, é que a tumba foi saqueada, e mesmo o disco de Sabu estava em pedaços. Provavelmente só ficou porque não tinha nenhum valor sendo de xisto, e não de ouro ou prata...
      Poderia haver outros objectos adicionais que tornassem mais clara qual seria a sua função.
      Creio que está fora de causa ter sido colocado lá posteriormente (não se vê nenhum interesse especial para fazer isso, por comuns salteadores de túmulos).

      De qualquer forma, é suficientemente invulgar para merecer uma melhor atenção por parte dos egiptólogos, já que nada de semelhante terá sido encontrado antes ou depois... Simplesmente não merece melhor atenção porque os egiptólogos não vão conseguir encaixar o objecto numa das caixinhas com que classificam todos os objectos recolhidos.
      Esse é outro problema, o de termos especialistas presos em caixinhas da especialidade, de onde raramente saem...

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    8. Caro Alvor,

      PARTE 1
      Concordo consigo que apenas com um modelo verdadeiro, ou seja, cópia do original (confesso que cheguei a procurar na internet por um modelo 3D que desse para imprimir em PLA para testar se daria para fazer os madres, mas não encontrei),e não um modelo idealizado, como o caso do link que enviou, onde tudo é simetrico, se poderá exclarecer esta questão, isto, como é óbvio, se alguém der algum valor à teoria.
      O maior defeito do ser humano é a presunção e o sentido de superioridade face a tudo o que não conforma com as caixinhas arquivisticas (ciencias) de que tanto gostamos. Aplicando-se aqui aos "especialistas", que acham que o homem há 5000 anos não tinha inteligencia para, por exemplo, usar a roda, quando viajava ao redor de africa, usava a agricultura e a caça, esculpia em materias que hoje com máquinas não nos parece viavel esculpir, parece-me a mim, mera presunção, arrogância, e pequenês. Não vejo como seria possivel produzir farinha em quantidade suficiente para alimentar por exemplo uma "aldeia" de 100.000 habitantes sem uma roda para o moer ou para transferir energia animal em enegia mecânica que permitisse moer o trigo em farinha.
      A maioria dos "especialistas" de hoje não sobreviveriam sem electricidade, água canalisada, alimentação ao dispor da vontade, livros, ou até sem sentir segurança em sair à rua para falar com o vizinho. O facto de existirmos hoje é para mim prova de que os povos antigos tinham muito mais conhecimento deste planeta, que nós hoje temos.
      Num contexto de inexistencia deste conjunto de "fartura" que temos hoje, é de louvar que as civilizações mais antigas, conseguissem o que conseguiram, e como diz, ninguém pode encaixar em classificações arquivisticas, o conhecimento dos povos de outrora, isso implicaria que o nosso conhecimento estaria pelo menos ao mesmo nível do deles, e não está. Prova disso é a nossa falta de compreensão de quase tudo o que é "achado" arqueológico, até que venha uma teoria que seja aceite pela maioria (porque no fundo no fundo, a verdade é que supomos mas não sabemos).

      Concordo também consigo, no que toca à falta de existencia de outros elementos do objecto, caso este não seja o tal molde para uma hélice (pode não ser propulsora, pode ser uma hélice motoriz apenas), e seja um objecto meramente artistico, parece faltar-lhe algo que lhe dê qualquer tipo de utilidade. Há, aparentemente, na arte arte egipcia, uma ligação fundamental entre a religião e a utilização do objecto. Do pouco que conheço, parece-me haver utilidade em quase tudo e embora nem tudo seja religioso, pode-se dizer que a forma é pensada em função da religião, além disso, tudo aparenta ter um objectivo, nem que seja o de subjugar como no caso da arquitectura megalómana.

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    9. PARTE 2
      É essencialmente por esse motivo que não associo a este artefacto um valor artistico mas sim apenas o de utilidade. A falta de elementos ligados à religião é por si o indicador que que possa ser uma ferramenta. Por sua vez, essa mesma falta de ligação à religião também o afasta do contexto egipcio quando encontrado no contexto de um tumulo. No entanto, tal como já escrevi em cima, não acho que seja uma ferramenta isolada (standalone), tanto pela escolha do material como da sua forma.
      A ser uma ferramenta para criar outra ferramenta, então temos o tal proposito, a finalidade, a utilidade. Relembrando sempre, que os artesãos egipcios, tinham industrializado quase tudo o que faziam.
      Pedreiras que produziam blocos iguais por classe de pedra com tamanhos especificos mas identicos em peso (forma, objectivo, utilidade), estaleiros navais para produzirem barcas de transporte iguais com tamanhos em função da carga (forma, objectivo, utilidade), importação de quase tudo o que não era cereal, com uma industrialização de produção agricola para trocar depois cereal por ouro que permitia adiquirir tudo o que não houvesse no reino (forma, objectivo, utilidade).
      Á luz deste contexto e ainda o da produção militar (armas em bronze), não me parece dificil imaginar que a tecnologia para produzir uma hélice fosse possível.
      Como lhe disse, faltam as provas, hélices desse tempo nessa zona do globo (independente do tamanho ou forma), porque depois de haver artefacto (a prova), o que não faltam são teorias para o justificar, e esta é apenas mais uma.

      Cumprimentos,
      Djorge

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    10. Estou completamente de acordo com o que escreveu, e foi um prazer ler alguns trechos, com muita clareza de raciocínio.

      Eu inclinei-me mais para a utilidade agrícola, mas também não sei se na prática funcionaria de forma aceitável.
      Conforme disse, sem mais informações não há muito mais a fazer.
      Na minha opinião, quando não há vontade comunitária em estudar abertamente um assunto, parece ser uma enorme perda de tempo tentar forçar. Mesmo nos casos em que se diz querer discutir um assunto, normalmente basta olhar para quem vai participar na discussão, para antevermos no que vai dar. As ideias cobram muito caro a fidelidade.

      Obrigado,
      da Maia

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  2. Imaginem que estamos numa fase de declínio civilizacional... e como todos os fins (históricos), são de natureza violenta, sangrenta e destruidora... Muitas das vezes não resta pedra sobre pedra e deixam um largo rasto de destruição. Quanto muito, podem subsistem algumas ruínas e objectos: uns, que por permanecerem longe da vista, enterrados, não são alvo de cobiça e outros que terão diferentes usos para os quais foram concebidos (é o lema dos 3 R’s – reduzir, reciclar e reutilizar - 😉). E como muito bem tem demonstrado o autor deste blogue, o reescrever da História pode ser feito de muitas maneiras: manipulação de factos, ocultação e destruição material e imaterial….
    Ora, voltando atrás, imaginem que essa civilização em acelerado declínio desenvolveu tecnologias surpreendentes, como por exemplo, o telemóvel…
    Passados séculos, o que poderá restar desse objecto? Vamos supor que toda a informação documental sobre o mesmo tenha, entretanto, desaparecido misteriosamente ao longo do tempo. Estamos a falar de um objecto de pequena dimensão, composto por elementos igualmente pequenos. O que sobrará? Por ventura, todo os componentes cujo material seja mais resistente – aço, cobre e plástico. Ora, vamos supor que os “arqueológos” futuros descobrem estes materiais. Sem pouca ou nenhuma informação e ou até mesmo contraditória (como por vezes acontece), como é que estes arqueólogos vão conseguir perceber que estes pequenos objectos, são efectivamente peças integrantes de um outro objecto que foi desenvolvido para comunicar?
    Tendo em conta o exposto, creio sinceramente que nunca iremos saber/descobrir a verdade sobre muitos dos objectos encontrados. Apenas meras suposições… sendo que algumas mais bem sustentadas que outras, mas que no fim não deixam de ser suposições. O problema (também) é quando muitas dessas suposições tornam-se na “verdade” oficial…
    Caro Alvor, continue a questionar, mesmo que tal exercício seja um pouco arriscado… 😊

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    1. Sim, essa é a questão pertinente que se deve colocar quando temos diversos objectos "fora do lugar", ditos ooparts.
      Há razões para supor que existiu uma civilização avançada anterior?
      Eu creio que a resposta é sim.

      Uma questão que se impõe é a de saber se na Antiguidade teriam sido descobertos fósseis de dinossauros, e outros "grandes bichos"?
      Normalmente a resposta oficial é não, e pode ver-se aqui um artigo sobre isso:

      https://www.kickassfacts.com/askus-did-any-ancient-cultures-find-dinosaur-fossils-what-was-their-reaction/

      Parece-me muito difícil, para não dizer impossível, que com uma exploração mineira enorme para encontrar ouro, e tantos outros metais, não se tivesse caído na circunstância de escavar fósseis de grandes animais.

      Acresce que estes ossos petrificados não apareciam só mediante procura... bastava um deslizamento de terras, rochas que se partiam, ou desprendiam nas zonas costeiras, para deixar exposto ao olhar incauto um grande espécimen desaparecido.

      No entanto, considerações sobre dinossauros na Antiguidade, dos registos que nos chegaram são escassas, ou nulas.
      O que é preciso ter em atenção é que não foi, nem é inocente, a selecção dos registos que nos chegaram.
      Houve uma imensa censura durante mais de mil anos de Idade Média, condicionada por uma moral que via certas obras como perigosas, para a fé cristã, para a fé muçulmana, etc...
      Pensar que isso acabou, com a chegada da maçonaria ao palco libertário, seria mais um erro. Continuou, e continua, uma selecção do que pode e não pode ser sabido pelo povão.

      Não me parece que essa civilização anterior tenha chegado mais longe do que a tecnologia existente na 1ª guerra mundial.
      Seria preciso deixarem-nos ver imagens do fundo mar, ou apenas mapas (que estão praticamente proibidos ou desacreditados), para perceber se há rasto de uma civilização antiga, há 12 mil anos, ou seja, antes do degelo - que elevou o nível do mar pelo menos uns 200 metros.
      A partir daí, o que me parece ter havido foi uma evolução técnica nos bastidores.
      Ou seja, só alguns "aprendizes" tiveram acesso ao conhecimento anterior, e melhoraram o existente, guardado pelos "mestres", às sete chaves. Como se tratava de um conhecimento circunscrito, não teve hipótese de evoluir a um nível global.

      Obrigado pelo incentivo a questionar, pois isso foi sempre aquilo que me move, e nunca cedi à tentação de subtrair a minha liberdade, pertencendo a clubes ou sociedades que me restringissem por outros interesses. É claro que a nossa liberdade termina no momento em que outros a consigam parar, mas é diferente ser algemado ou querer pôr algemas.
      Felizmente, este espaço vai permanecendo sem problemas, e espero que assim continue.
      Abraço.

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