Atendendo à descrição que Galvão faz da desaparecida ilha de Calex - "tamanha que se juntava à terra de Espanha", a mais apropriada ilustração será algo da forma:
Mapa com um grande abaixamento do nível do mar, conforme post anterior. |
Haveria múltiplas coisas a comentar, mas este mapa é meramente ilustrativo do contorno que a costa poderia ter quando, conforme relata Galvão, poderiam estar unidas as terras africanas e europeias, aparecendo nesse caso também uma grande ilha Atlântica ou Atlantida nos Açores.
O nome "Calex" deveria ser lido como "Cales" (som "ch" e não "cs" para o "x", como na Galiza), e o território então existente na Idade do Gelo iria desaparecer, aquando do fim do ciclo gelado e regresso a temperaturas bastantes mais quentes. O degelo teria um efeito de dilúvio, mais ou menos repentino, consoante a queda das massas de gelo no mar, fazendo desaparecer povoações em terrenos costeiros. A certa altura, a ligação poderia perder-se definitivamente... vendo que o aumento do nível do mar deixa ilhas, que ainda irão submergir, com novo aumento.
Ora, este nome Calex, faz lembrar outro tema que aqui abordámos:
que resultou de um comentário de Bartolomeu Lança, que se ligava à versão antiga do Caminho de Santiago, que antes de ser Callix Iago, seria Callix Ianus - um Caminho até Lugo, no rio Minho... o rio que desagua em Caminha.
Os que viviam mais próximos da anterior linha da costa atlântica, podem até ter subido para montanhas altas, mas essas montanhas locais não seriam suficientes para os territórios que vemos como "ilhas verdes", hoje submersas por completo.
Portanto, a situação terá sido bastante dramática para os que se viram ali isolados, e para os que assistiam do lado da Ibéria... também eles sem saberem se seriam suficientes as alturas de Espanha para a subida de águas. Seria a serra da Estrela ou os Pirinéus, suficientes, ou precisariam ir ainda para paragens mais altas, os Alpes?... ou ainda mais alto, na zona do Cáucaso, até à Anatólia do Monte Ararat, afinal os refúgios mais altos e mais próximos (excluindo os Himalaias na Ásia).
O nome "Calex" deveria ser lido como "Cales" (som "ch" e não "cs" para o "x", como na Galiza), e o território então existente na Idade do Gelo iria desaparecer, aquando do fim do ciclo gelado e regresso a temperaturas bastantes mais quentes. O degelo teria um efeito de dilúvio, mais ou menos repentino, consoante a queda das massas de gelo no mar, fazendo desaparecer povoações em terrenos costeiros. A certa altura, a ligação poderia perder-se definitivamente... vendo que o aumento do nível do mar deixa ilhas, que ainda irão submergir, com novo aumento.
Mapa com um menor abaixamento do nível do mar (conforme post anterior) Ao nível da Galiza, por exemplo, aparece uma ilha que seria submergida com a subida do mar. |
que resultou de um comentário de Bartolomeu Lança, que se ligava à versão antiga do Caminho de Santiago, que antes de ser Callix Iago, seria Callix Ianus - um Caminho até Lugo, no rio Minho... o rio que desagua em Caminha.
Os que viviam mais próximos da anterior linha da costa atlântica, podem até ter subido para montanhas altas, mas essas montanhas locais não seriam suficientes para os territórios que vemos como "ilhas verdes", hoje submersas por completo.
Portanto, a situação terá sido bastante dramática para os que se viram ali isolados, e para os que assistiam do lado da Ibéria... também eles sem saberem se seriam suficientes as alturas de Espanha para a subida de águas. Seria a serra da Estrela ou os Pirinéus, suficientes, ou precisariam ir ainda para paragens mais altas, os Alpes?... ou ainda mais alto, na zona do Cáucaso, até à Anatólia do Monte Ararat, afinal os refúgios mais altos e mais próximos (excluindo os Himalaias na Ásia).
Nesse eventual drama de se terem perdido as gentes da ilha de Calex, nesse dilúvio que se seguiu à Idade do Gelo, era natural ficar uma nostalgia marítima intemporal, sobre os territórios para sempre perdidos - um lema como "por tu Calex" seria apropriado para recordar um caminho doutrora, que terminava em Finisterra, na Galiza, mas que antes prosseguia para a ilha situada em frente ao Porto de Cale, onde Cale, hoje Vila Nova de Gaia, coincide com o limite inferior para essa plataforma submersa.
Nesse contexto, pareceria então natural que os que escapassem, quisessem render ali na Finisterra, uma homenagem aos que não teriam salvo na sua fuga. E sabe-se que a rota do Callix Ianus reunia celtas de toda a Gália para efectuar essa antiga peregrinação, que não parava em Lugo, tal como a de Santiago, é habitual continuar até à Finisterra... onde ficou definido o fim da terra.
Numa conversa há cinco anos atrás, com o José Manuel, falámos do relato do S. S. Jesmond em 1882, que dava conta do avistamento de uma ilha no meio do Atlântico, conforme está registado nos comentários aqui:
e sobre o qual deverei fazer um post... pois nem me lembrava que não o tinha feito!
É significativo que seja de 1882, época que deve ter correspondido a uma pequena glaciação, a que levaria o Príncipe Wiasemsky a propor-se atravessar o gelo no Estreito de Bering em 1885.
Isso levaria a um significativo abaixamento do nível do mar (e por exemplo ao fim de Alfeizerão, e outras localidades, como portos)... que poderia sido tão grande que estas plataformas submersas fizessem uma fugaz aparição.
Perante o eventual aparecimento de novas terras, qual seria a reacção da liderança europeia?
O ano de 1885 é o ano da Conferência de Berlim, onde é efectuado um reajustamento das pretensões coloniais, o que vai levar à crise do "Mapa Cor de Rosa".
Tudo o que capitão Robson trouxe da ilha (que nem consta da listagem da wikipedia) ficou guardado em Londres... até que tudo desaparece em 1940, na 2ª Guerra Mundial:
Several reporters examined Robson's unusual finds and were infomormed by him that he planned to present the artifacts to the British Museum. Unfortunately for Atlantian research, however, the log of the Jesmond was destroyed during the London blitz of September 1940, along with the offices of the Jesmond's owners. There is no record at the British Museum of their having received Robson's collection. Although it is possible that the artifacts are files in the capacious attics and basements common to all museums. Nor was the island ever heard of again, existing only in the sworn testimony of the captain and crew of the Jesmond.
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DESCOBRIMENTOS
em diversos anos & tempos,
& quem foram os primeiros que navegaram.
por António Galvão (1563)
A mesma ilha de Calex se afirma ser tamanha que se ajuntava à terra de Espanha, e que as Ilhas dos Açores era uma ponta das serras da Estrella, que se mete no mar na Vila de Cintra [Sintra]. E que a serra Verde que se mete na agua junto da cidade de Safim em Teracucu, que é a própria de Monchim [Monchique], que do Algarve , & que em estas arrebentam as ilhas do Porto Sancto, e a Madeira, porque dizem que todas as ilhas têm as raizes na terra firme, por muito apartadas que estejam dela, que doutra maneira não se susteria. Outros querem que Despanha [de Espanha], a Ceyta [Ceuta] se passasse por terra, & que as Ilhas de Cerdenha [Sardenha] & Corcega [Córsega] se juntassem uma com outra, Cecilia [Sicília] com Itália , Negroponte com a Grécia. Assim contam que acharam cascos de naus, âncoras de ferro, nas montanhas de Suissa [Suiça], muito metidas pela terra, onde parece que nunca houve mar, nem água salgada.
Também dizem que na Índia & terra do Malabar que é tamanha & tão povoada, foi já tudo mar atá o pé da serra: & que o Cabo de Comorim, & a Ilha de Ceilão era tudo uma coisa, & a Ilha de Samatra que fora pegada com a terra Malaca, por uns baixos de Capasia [Amazon Maru Shoal], e junto dela está uma ilheta que não há muito que ela e a terra firme tudo era uma coisa. Ptolomeu em suas Tábuas põe esta terra de Malaca ao Sul da linha, em três ou quatro graus de altura, ficando agora a ponta dela, que se chama Ojentana, em um grau da banda do Norte (como se vê no Estreito de Sincapura [Singapura]), onde cada dia passam para a costa de Syão [Tailândia], & China, onde está a ilha de Aynão [Ainão - Hainan] que também dizem que foi junta com a terra da China que Ptolomeu assenta da parte do Norte muito além da linha , ficando agora mais de vinte graus dela da parte do Norte, de maneira, que assim Ásia como Europa, ambas agora estão desta banda.
Bem podia fer que nos tempos passados, a terra de Malaca, e China fossem acabar além da linha da banda do Sul, como Ptolomeo as pinta, porque pegaria à ponta da terra de Ojentana com as ilhas de Bintão [pulau Bintan], Banqua [pulau Bangka], e Salítres [pulau Belitung?] que há por ali muitas, e seria a terra toda maciça; e assim a ponta da China com as Ilhas dos Luções [Luzon, Filipinas], Borneos [Bornéu], Lequios [Formosa ou Okinawa], Mindanaos [Mindanao, Filipinas], & outras que jazem nesta corda, que também tem por opinião ainda agora, que a Ilha de Samatra foi pegada com a Jaoa [Java], pelo canal de Sunda, e a Ilha de Baly [Bali], Anjane [Lombok], Sinbaba [Sumbawa], Solor, Hogaleao [Pantar], Maulua [Ombai], Vintara [Wetar], Rosolanguim [Rosyngain, (pulau) Romang], & outras que há nesta corda, e alturas, todas foram pegadas com a Jaoa, e a terra uma, & assim o parece a quem as vê de fora, porque aindagora [ainda agora] há nestas partes ilhas tão juntas umas com as outras, que parece tudo uma coisa, e quem passa por antrellas [entre elas] vai tocando com a mão os ramos do arvoredo de uma banda, e da outra. E não há muito tempo que ao Levante das Ilhas de Banda se fundiram muitas; e também dizem agora que na China se alagaram mais de sessenta léguas de terra: por onde senão deve aver [haver] por muito o que Ptolomeo e outros antigos deixaram escrito, que também eu deixo por tornar a meu propósito.
Depois do Dilúvio 800 anos, diz que foi fundada a Cidade de Troya pelos Dardanos [de Dardano, neto de Atlas pela filha Electra, nome do Estreito de Dardanelos], & que antes disto traziam das Índias à Europa pelo mar Roxo [Mar Vermelho], especiarias, drogas, e outras muitas, e diversas mercadorias, que hi avia [ainda havia] naquele tempo mais que agora. E se assim foi isto bem se pode dar crédito que havia muito tempo que os mares se navegavam, pois naquele tinham tanto comercio o Levante com o Ponente que se traziam estas mercadorias a um porto que se chama Arsinoe, que querem dizer alguns, que seja aquele que agora dizemos Çuez [Suez] que está em trinta graus da parte do Norte neste estreito Arábico.
Declaram mais os escritores, que deste porto de Arsinoe, Suez (ou como lhe quiserdes chamar) traziam estas mercadorias em caravanas de camelos, asnos, e azemolas [machos ou mulas], ao mar de Levante, a uma Cidade que está nele em xxxij (32) graus de altura que se chama Cazom [Gaza] haverá por aqui de um mar a outro xxxv (35) léguas, dando a cada grau xvii & meio (17,5), como se costumava : pela terra ser quente, e darea [de areia] não andavam senão de noite, governando-se por estrelas, de que tinham conhecimento, & por balizas de paus, e canas que na terra tinham metidas. Vendo que esta estrada não era tal como eles desejavam, diz que duas vezes o mudaram.
Novecentos anos, pouco mais ou menos, depois do Dilúvio, antes da destruição de Troya houve um Rei no Egypto [Egipto] que se chamou Sesostres [talvez Senusret III], o qual vendo que estes caminhos, e diligências que eram feitas não escusavam muitos custos, homens, bestas, carregas, e descarregas, determinou fazer uma vala do mar Vermelho a um braço do rio Nilo, que vai ter à cidade de Seroum [Seróm, Corom - porto junto a Meca], por onde as naus pudessem ir e vir com as mercadorias das índias à Europa , sem serem tiradas, nem descarregadas até Itália. E por isso foi este o primeiro Rey do Egipto qus mandou fazer carracas grandes para efte caminho, o qual não teve efeito, porque se o tivera ficava Africa em uma Ilha toda dagoa [da água] rodeada, por não ter mais de vinte léguas este jsmo [istmo] de terra.
Neste meio tempo dizem que os Gregos fizeram uma Armada que chamam dos Argonautas, e iam por capitães dela Jasom [Jasão] & Alceo [Alceu], uns querem que partissem da Ilha de Creta, outros da Grécia, como quer que seja, foram pelo mar Pontico [Pontus], e braço de S. Jorge [Georgia] ao mar Euxino, onde se perderam. Jasom tornou à Grécia, Alceo diz que com tormenta foi ter à lagoa Meotis [supostamente, o mar de Azov], onde se desfez de todo, e os que escaparam com muito trabalho, atravessaram por terra ao mar Oceano Dalemanha [mar Báltico] onde reembarcaram, e pela costa Xaxonia [Saxonia], Frisia, Holanda, Flandres, França, Espanha, Itália, tornaram a Peloponeso, ou Morea,e Grécia, atè a Província da Trácia, deixando descoberto por costa a maior parte da Europa.
Strabon [Estrabão] citando Aristonico, diz que depois da destruição de Troya el Rey Menalao [Menelau] saiu do estreito, e mar do Levante ao Athlantico, & Costa de Africa, & Guine, & dobrou o cabo de Boa esperança, e em certo tempo foi ter à Índia. Disto se pode tomar aos autores mais estreita conta. Este mar Mediterrâneo, também se chamou Adriatico, Egeo, Hercoleo, e outros nomes, segundo as terras, costas & ilhas, que banha ao mar grande Athlantico & costa de Africa.
No ano de 1300, depois do Dilúvio mandou Salamão [Salomão] fazer huma Armada no mar do mar Roxo que se chamava Eylam, para ir a Levante da Índia onde dizem estar aquela ilha & terra a que chamavam Tarcis & Offir, & que puseram três anos neste caminho, de que trouxeram muito ouro, prata, aciprestes, pinho. Por onde parece que aquelas terras & ilhas deviam ser as que agora chamam Luções [Filipinas], Lequios [Formosa ou Okinawa-Japão], & Chinas, porque não sabemos lá em outras partes haver prata, aciprestes, pinhos nem navegação de tantos annos.
Também deixaram escrito os passados que houve um Rey no Egypto que se chamou Neco, que desejou muito ajuntar o mar Roxo com o rio Nillo, e mandou aos Fenicios que deste estreito de Meca navegassem até o fim do mar Mediterraneo para ver se tornavam ao Egypto, eles assím o fizeram, indo ao Sul ao longo da costa & terra de Melinde, Quiloa, Sofala, até o cabo de Boa esperança, ficando-lhe sempre o Sol à mão esquerda. Mas dobrando este Cabo, e vendo o Sol à mão direita, espantaram-se muito: com tudo fizeram ao Norte seu caminho pela Costa de Guinè, & mar Mediterrâneo até tornar ao Egypto donde partirão, e puseram dois anos neste descobrimento, & querem alguns que fossem os primeiros que o fizeram, & andassem a costa Dafrica [de África] toda em roda.
No ano de 590 - Antes da encarnação de Christo partiu de Espanha uma armada de mercadores Cartagineses feita à sua custa, e foi contra o Ocidente por esse mar grande ver se achavam alguma terra : diz que foram dar nela. E que é aquela que agora chamamos Antilhas, e nova Espanha que Gonçalo Fernandez de Oviedo, quer que nesse tempo fosse já descoberta, ainda que Christovão Colom nos deu dela mais vera certeza, & todos os que escreveram como falam em cousa duvidosa & terra não descoberta, logo acodem com esta da nova Espanha.
(continua)
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Nota: Entre parentesis rectos estão algumas associações modernas às designações originais usadas por Galvão, uma boa parte das quais resultou de consulta ao Glossário do Visconde de Lagoa.
editado em 17-01-2016
Vou sair um pouco do tema mas... Em vez de Caminho de Santiago não será antes Caminho de Prisciliano?
ResponderEliminarCumpts
Sim, o priscilianismo foi bastante activo na Hispania, até ao tempo das invasões bábaras.
EliminarCompostela foi um pequeno arranjo, a coisa não ficou composta, foi só uma compostela, que é como quem diz correctamente "com postela", ou seja com uma postela na ferida (e não a variante avariada de bostela, que vem de bosta).
Abraços.
Seria interessante e elucidativo ver mapas mundo com as várias descrições do nível das águas que A. Galvão nos dá. Com tantas subidas e descidas de água, torna-se quase viável que a Atlântida possa realmente ter sido no Algarve, mais propriamente em Silves. Silves ainda no tempo da Reconquista, enquanto esteve em mãos do mouros e não foi destruída pelas mãos dos Cruzados ainda mantinha um estatuto de grande metrópole faustosa e opulenta.
ResponderEliminarAlgo a equacionar.
Ab
Bom dia,
ResponderEliminareu tenho colocado aqui diversos mapas, de como seria a costa, com mais/menos altura de água, mas estão dispersos, e podem ser difíceis de localizar, pelo que fica aqui este:
http://alvor-silves.blogspot.com/2011/02/afonso-henriques-e-ourique.html
... que de certa forma foi confirmado num comentário de um leitor:
http://alvor-silves.blogspot.com/2013/09/afonso-henriques-e-ourique-2.html
Mas quanto ao Algarve aparecer mesmo como ilha, precisa de aumentar ainda mais o nível das águas, e no post sobre o Lago Tritonis, que se adequa ao relato descritivo da viagem de Jasão, aparece então o Algarve como ilha - o que associei à denominada Ilha Eritreia, anteriormente também conhecida como Gades, Cadiz ou ainda Calis.
http://alvor-silves.blogspot.com/2011/03/lago-tritonis.html
Isso bateria certo com o mito de Gerião (que assim seria algarvio...), e mesmo com a colocação do templo de Hércules - que seria no Algarve (como muito insistiam os cronistas portugueses) e não em Cadiz. Ou seja, havia aquela ilha Eritreia, mas depois o mar desceu, o Algarve colou ao território nacional, e a única ilha que era identificada naquelas paragens era a de Cadiz.
Agradeço bastante ter trazido o assunto com o Wiasemsky, porque recuperando as coisas de novo, acho que tenho uma série de peças do puzzle a encaixar com uma Estória, que já tinha iniciado há muito tempo, mas que deixei parada:
http://alvor-silves.blogspot.com/2014/01/estoria-alternativa-1.html
Ou seja, obtenho uma "estória" do dilúvio bastante interessante, que permite encaixar várias informações aparentemente não relacionadas. Espero colocá-la aqui brevemente.
Abç.