1. O último dilúvio
A data registada para o fim da Idade do Gelo, início do degelo, com a subida do mar em pelo menos 200 metros de altura, é suposto ter ocorrido há 12 mil anos.
Omite-se que se tratou de um dilúvio, mas faz-se um drama de destruição quase apocalíptica, quando o nível do mar sobe 10 cm. Omite-se, mas não se nega, o assunto é aceite. Só que não se pode falar em "dilúvio" porque isso seria dar alguma razão à Bíblia, etc, etc, vade retro Satanas.
Ao lado temos uma pequena ilustração do Dilúvio, a que voltaremos.
Para já, continuemos com o tal dilúvio ocorrido há cerca de 6 mil anos.
Mas não seriam 12 mil anos?
O detalhe é pouco relevante no que se segue, mas convém notar que uma datação para 4000 a.C. será mais concordante com as datações dos textos antigos, antes da especulação científica que se implantou no Séc. XIX.
A datação por Carbono-14 é uma hipótese de trabalho, nada tem de sagrado.
Admite que enquanto vivos, respiramos uma micro-quantidade de C14 que fica nos tecidos no momento em que morremos.
Depois o radioactivo C14 vai decaindo e vai desaparecendo...
Ao fim de ~ 5730 anos resta metade.
Ora, isto deu um processo de datação giro, já que restando um quarto, seria porque morreu há 11460 anos, etc. Basta fazer contas da escola primária.
Impecável, certo? - Sim, porque confirmou com coisas de que se sabia a data, e se não confirmou, não sendo divulgado, vai dar ao mesmo...
Vamos admitir que sim, porque praticamente não se usa outra coisa!
Confirmando até às coisas que sabíamos, havia a extrapolação para o que não sabíamos.
Toda a arqueologia ficou à solta, e começou a datar tudo o que podia.
Só que há um pequenito detalhe... muito pequeno, o que acontece se houvesse mais C14 na atmosfera numas épocas do que noutras (ou mais nuns sítios que noutros)?
A resposta basicamente é - não nos estraguem a brincadeira, que isto está a correr bem!
Haverá meia-dúzia de investigadores que se preocupam com isso, mas raramente apoquentam.
Depois, há outros processos de datação análogos que só são aceites se derem o mesmo...
A questão é que se tiver ocorrido um drástico fenómeno, há 6 mil anos, que aumentou a actual percentagem de carbono-14 para o dobro, as coisas que ocorreram antes passam a ser datadas como tendo 12 mil anos. Entre há 12 mil anos e há 6 mil anos, encontrar-se-iam poucos registos, resultantes de naturais anomalias de medições. Ora, é um pouco isso que se passa!
Foram escassas as coisas, que se conheciam antes, datadas entre 10 mil a.C. e 4 mil a.C.
Há diversas razões que podem explicar esse aumento de C14 radioactivo, uma das quais será actividade nuclear, e aqui não falo de actividade humana, mas sim do centro da Terra. Por exemplo, após os testes nucleares no Pacífico, o C14 aumentou para o dobro nas medições australianas. Para futuros monos, quem nasceu antes de 1950 terá mais 6000 anos que os nascidos em 1970.
Outra razão é um aumento das emissões radioactivas vindas do Sol, etc.
Em qualquer caso, conjuga bem com uma mudança climática, aumento de temperatura, que levou ao tal dilúvio.
A partir daqui vou entrar na simples especulação...
Quando o dilúvio ocorreu, existia uma civilização avançada, e disso já especulei num texto anterior Mito Atlante - de Minos ao Minus. Perante a invasão do território pelas águas, nessa altura devido à real "mudança climática", a ordem mundial "atlante", que estava estabelecida, colapsou.
Grande parte da elite procurou refúgio nos pontos mais altos e amenos, que eram as Montanhas do Taurus, da Turquia até ao Cáucaso, onde se inclui o Monte Ararat, enquanto a restante da parte, o grosso contingente da populaça que sobreviveu ao caos seguinte, teve que reaprender a reorganizar-se sozinha.
O caos de que falo inclui a subida da água além do Estreito de Gibraltar.
O Mediterrâneo que seria uma zona de grandes lagos, passou subitamente a um imenso mar, do dia para a noite.
Uma inundação desse género terá tido efeitos inimagináveis, especialmente psicológicos, na população. Isto não é especulação, no sentido em que há mesmo cavernas pré-históricas que hoje estão bem debaixo de água, como é o caso da Gruta Cosquer, cuja entrada está 36 metros abaixo do nível do mar. Como não tem outro acesso, e a menos que os homens pré-históricos nadassem como peixes, debaixo de água, só conseguiriam ter lá feito gravuras rupestres se o mar estivesse pelo menos uns 35 metros abaixo do nível actual.
Ou seja, este dilúvio existiu mesmo há poucos milhares de anos, e teve consequências devastadoras.
Todas as zonas costeiras de grandes falésias são produção recente do mar... porque se tivessem milhões de anos, junto à costa já estariam em praia ou tão planas quanto possível.
Representação da possível linha de costa, antes do dilúvio ocorrido em 10 mil a.C.
A linha a branco representa a possível localização dos gelos quase-permanentes.
2. Babel
Poderia dizer-se que a elite teria levado consigo a tecnologia, etc, mas convém aqui notar que no meio de caos e conturbação social, sem se restaurar a anterior competência, poucas coisas iriam funcionar... e além disso uma tecnologia antiga dificilmente seria superior à existente no Séc. XIX, na melhor das hipóteses.
Momentos fulcrais do dilúvio terão sido o afundamento de grandes ilhas em frente à costa portuguesa/galaica, e depois o coup de grace - o estrondo das águas atlânticas a varrerem tudo à sua frente no Mediterrâneo.
Só muitos anos depois, quando houve alguma certeza de que as águas não continuariam a subir, é que essa suposta elite refugiada nas paragens do Ararat, começou a ganhar confiança para retomar o seu modus operandi...
Em Portugal, é possível que as águas tenham subido até à zona das Beiras. Só desceram muito depois, quando o nome da Estremadura espanhola, passou para a Estremadura portuguesa.
Bom, agora vem o relato mítico, grego, bíblico ou sumério, pouco importa. Interessa notar que esses relatos eram patrocinados pelos bons da fita, ou seja o lado da elite reinante, e da reinação, que passou a funcionar como "deuses", enquanto do outro lado, no lado mau, estariam os que desafiaram essa ordem.
Aquilo que me parece natural acontecer numa situação destas é que mais facilmente a sociedade se organizou do lado popular sobrevivente, do que a elite dominante recuperou o seu anterior poder. Simplesmente porque uns nada tinham a perder, e os outros nada queriam perder...
Provavelmente do lado popular, organizaram-se as primeiras repúblicas, e uma vez estabilizada a situação, sem necessidade de grandes conflitos, procurou-se mais a reconstrução do que a constituição de grandes exércitos, ou dispositivos de guerra...
Ideia oposta teria a elite, entretanto resguardada a Oriente, mas pronta a retomar o seu efectivo poder.
Enquanto a Ocidente, a língua anterior era preservada, a Oriente usava-se a estratégia habitual de camuflagem dos "deuses", e confusão de todos, com diversas línguas, ao estilo Babel. Essa elite favoreceu assim o aparecimento de reinos fortemente hierarquizados, com grandes exércitos obedientes.
A população mais civilizada teria ficado a Ocidente, próximo da antiga costa Atlântida, agora completamente submersa, e os restantes sobreviventes, mais a Oriente, seriam montanheses distantes dessa civilização atlante, agora desaparecida.
Em paralelo com Babel surge a Torre, suposta construção humana de Nimrod, para desafiar os desígnios de Deus. Parece-me credível que o trauma diluviano levasse a que a primeira civilização reerguida do Caos (que tinha língua única, a atlante latina), viesse a desenvolver estruturas suficientemente altas para assegurar que poderia estar a salvo de novo dilúvio, e é esse o nexo da história bíblica.
Só que não seria nenhuma ameaça a nenhum Deus, mas seria visto como um progresso tecnológico que ameaçaria os "deuses", ou seja uma elite residente refugiada em paragens turco-caucasianas.
Segue assim como natural que os supostos deuses procurassem a mezinha adequada para tratar o problema... Ou seja, desenvolver rapidamente civilizações que se equiparassem em poder guerreiro, e fossem controláveis por deuses inacessíveis. Isso teria levado a erguer a Suméria e o Egipto, próximas do seu raio de acção, mas mantendo-se disfarçados e ocultos, enquanto entidades divinas.
No caso da Mesopotâmia passaram por Anedotos (hoje chamados Annunaki).
3. Hércules
É mais ou menos neste ponto que entra a figura da Hércules. Para os portugueses, na Crónica de 1344, ou depois com Bernardo de Brito, na Monarquia Lusitana, é um rei do Egipto que vai fazer mossa com a maça, por todo lado onde passa...
Representa a fúria dos "deuses" que manda abaixo as construções reerguidas pela populaça, claramente contra o desígnio dos "deuses". Mandar abaixo não será bem o termo, poderá ter sido mais apropriar-se do existente, fazendo-o passar por seu.
Gerião (ou Gedião) terá primeiro feito frente a Jupiter/Zeus/Osiris, e o filho Hércules/Herácles/Hórus terá liquidado os seus filhos, os 3 Lomínios, e daí a representação de Gerião com 3 cabeças.
Seguindo a sugestão de GMR, em comentário anterior, coloco aqui a imagem do prólogo do livro da genealogia do infante D. Fernando, filho de D. Manuel.
Nele se figuram não um mas dois possíveis Hércules, ambos com maça, mas só um deles com pele de leão, tendo o outro uma pele de leopardo. É muito provável que do lado esquerdo esteja Hércules e do lado direito o seu pai. Isto pode ainda corroborar a existência de dois faraós com maças recuperadas, conforme fizemos referência no texto anterior.
É neste Prólogo que está também a imagem do dilúvio que colocámos no início do texto.
Será interessante reparar na figuração "peluda", e nos escudos com dragão, em campos de prata e vermelho, que ambos ostentam.
O dragão tem uma possível representação de um grande perigo criado na mente da população, que as imobiliza e desorienta. Há duas inscrições "Salus Vite" e "Sal Vite" que, não sendo perito, posso entender como "vida salutar" e "sal da vida".
Interessa que, no final da excursão de Hércules, o lado ocidental teria ficado pacificado e obediente, celebrando o grande guerreiro invasor. Talvez nem todo o lado ocidental, porque a menção "Non plus ultra", de proibição de navegação além do Estreito de Gibraltar, remeteria a população obediente ao lado oriental do estreito. Tudo o resto seria "mar proibido"...
Bom, agora vem o relato mítico, grego, bíblico ou sumério, pouco importa. Interessa notar que esses relatos eram patrocinados pelos bons da fita, ou seja o lado da elite reinante, e da reinação, que passou a funcionar como "deuses", enquanto do outro lado, no lado mau, estariam os que desafiaram essa ordem.
Aquilo que me parece natural acontecer numa situação destas é que mais facilmente a sociedade se organizou do lado popular sobrevivente, do que a elite dominante recuperou o seu anterior poder. Simplesmente porque uns nada tinham a perder, e os outros nada queriam perder...
Provavelmente do lado popular, organizaram-se as primeiras repúblicas, e uma vez estabilizada a situação, sem necessidade de grandes conflitos, procurou-se mais a reconstrução do que a constituição de grandes exércitos, ou dispositivos de guerra...
Ideia oposta teria a elite, entretanto resguardada a Oriente, mas pronta a retomar o seu efectivo poder.
Enquanto a Ocidente, a língua anterior era preservada, a Oriente usava-se a estratégia habitual de camuflagem dos "deuses", e confusão de todos, com diversas línguas, ao estilo Babel. Essa elite favoreceu assim o aparecimento de reinos fortemente hierarquizados, com grandes exércitos obedientes.
A população mais civilizada teria ficado a Ocidente, próximo da antiga costa Atlântida, agora completamente submersa, e os restantes sobreviventes, mais a Oriente, seriam montanheses distantes dessa civilização atlante, agora desaparecida.
Em paralelo com Babel surge a Torre, suposta construção humana de Nimrod, para desafiar os desígnios de Deus. Parece-me credível que o trauma diluviano levasse a que a primeira civilização reerguida do Caos (que tinha língua única, a atlante latina), viesse a desenvolver estruturas suficientemente altas para assegurar que poderia estar a salvo de novo dilúvio, e é esse o nexo da história bíblica.
Só que não seria nenhuma ameaça a nenhum Deus, mas seria visto como um progresso tecnológico que ameaçaria os "deuses", ou seja uma elite residente refugiada em paragens turco-caucasianas.
Segue assim como natural que os supostos deuses procurassem a mezinha adequada para tratar o problema... Ou seja, desenvolver rapidamente civilizações que se equiparassem em poder guerreiro, e fossem controláveis por deuses inacessíveis. Isso teria levado a erguer a Suméria e o Egipto, próximas do seu raio de acção, mas mantendo-se disfarçados e ocultos, enquanto entidades divinas.
No caso da Mesopotâmia passaram por Anedotos (hoje chamados Annunaki).
3. Hércules
É mais ou menos neste ponto que entra a figura da Hércules. Para os portugueses, na Crónica de 1344, ou depois com Bernardo de Brito, na Monarquia Lusitana, é um rei do Egipto que vai fazer mossa com a maça, por todo lado onde passa...
Representa a fúria dos "deuses" que manda abaixo as construções reerguidas pela populaça, claramente contra o desígnio dos "deuses". Mandar abaixo não será bem o termo, poderá ter sido mais apropriar-se do existente, fazendo-o passar por seu.
Gerião (ou Gedião) terá primeiro feito frente a Jupiter/Zeus/Osiris, e o filho Hércules/Herácles/Hórus terá liquidado os seus filhos, os 3 Lomínios, e daí a representação de Gerião com 3 cabeças.
Seguindo a sugestão de GMR, em comentário anterior, coloco aqui a imagem do prólogo do livro da genealogia do infante D. Fernando, filho de D. Manuel.
Nele se figuram não um mas dois possíveis Hércules, ambos com maça, mas só um deles com pele de leão, tendo o outro uma pele de leopardo. É muito provável que do lado esquerdo esteja Hércules e do lado direito o seu pai. Isto pode ainda corroborar a existência de dois faraós com maças recuperadas, conforme fizemos referência no texto anterior.
É neste Prólogo que está também a imagem do dilúvio que colocámos no início do texto.
Será interessante reparar na figuração "peluda", e nos escudos com dragão, em campos de prata e vermelho, que ambos ostentam.
O dragão tem uma possível representação de um grande perigo criado na mente da população, que as imobiliza e desorienta. Há duas inscrições "Salus Vite" e "Sal Vite" que, não sendo perito, posso entender como "vida salutar" e "sal da vida".
Interessa que, no final da excursão de Hércules, o lado ocidental teria ficado pacificado e obediente, celebrando o grande guerreiro invasor. Talvez nem todo o lado ocidental, porque a menção "Non plus ultra", de proibição de navegação além do Estreito de Gibraltar, remeteria a população obediente ao lado oriental do estreito. Tudo o resto seria "mar proibido"...
Não li ainda nada.
ResponderEliminarVim só deixar isto que encontrei na wikipedia, penso que lhe será relevante:
Cadmus was the first Greek hero—and along with Perseus and Bellerophon, the greatest hero before Heracles—as well as the legendary founder of Thebes, one of the most powerful and influential Greek city-states. Heracles was inspired by the Phoenician god Melqart, whom the Greeks sometimes called the Tyrian Heracles, and was venerated equally.[270] Various Mediterranean ports during the classical period hosted Phoenician temples sacred to Melqart, which the Greeks recognized as sacred to Heracles. An inscription in Malta, made by Tyrians between the second and third centuries BC, was dedicated to Heracles/Melqart in both Phoenician and Greek.
https://en.wikipedia.org/wiki/Phoenicia#Connections_with_Greek_mythology
Cumprimentos,
IRF
Sim, há o contexto de Hércules ser um nome transversal, ou como disse no texto anterior (1):
EliminarÉ também nesse contexto que convém mandar para as urtigas a ideia de que se trata de mitologia exclusivamente grega. Foi Herácles entre os gregos, Ercles entre os Etruscos, Hercules para os romanos, Melqart para os cartagineses, etc...
Já não é tão claro que isso ocorra com os outros heróis (Cadmo, Perseu e Belerofonte)...
Obrigado.
Cadmo, estive eu a ler hoje, é na própria mitologia Grega um Fenício. Tal como Europa.
ResponderEliminarMas não me lembrava que o Alvor Silves tinha escrito esse parágrafo.
Cumprimentos,
IRF
Caso ao Alvor lhe apeteça ou possa algum dia escrever um livro compilando toda esta informação e actualizando todos os "posts" conforme ao que veio apurando ao longo dos anos...
ResponderEliminarConsidere organizar as entradas por ordem cronológica, ou por século, dos assuntos tratados... seria fascinante.
Considere antes ganhar o euromilhões e ter todo o trabalho feito por assistentes ou secretárias competentíssimas... e muitas... porque o trabalho deverá ser hercúleo. Mas creio que no final ficaria com uma Magnus Opus de valor internacional e civilizacional!
Cumprimentos,
IRF
Agradecendo de novo a oferta de trabalho hercúleo, o que é uma boa piada, dado o tema ser o próprio Hércules, informo adicionalmente que:
Eliminar- Uma das razões pelas quais eu continuei a escrever foi justamente porque este formato, que pode parecer algo desconexo, é o que não me obriga a fixar fastidiosamente num único tópico.
- Quando compilo os escritos, no final do ano, o resultado é diversificado e isso deixa-me satisfeito.
Mas, sim, sinto também a falta de uma coisa mais organizada e estruturada, só que não me apeteceu ainda fazê-la, porque o trabalho é imenso, e ficará horroroso até para o leitor.
Eu tenho a tendência de ir buscar coisas de múltiplos assuntos, diversas fontes, e depois gosto de cruzar as coisas para mostrar a sua eventual coerência.
Tópico a tópico, dá trabalho, mas não é algo monstruoso.
Depois, ainda que fizesse tudo isso, conforme é fácil ir percebendo, não interessa.
Não interessa, porque não há disposição, nem vontade de mudar coisíssima nenhuma.
Haveria ao contrário, uns caramelos que estariam prontos para atacar os mais pequenos detalhes, remetendo como é hábito para coisas ridículas, sem fazerem a mínima ideia do contexto global... e o tempo e a paciência têm limites.
De qualquer forma, isso não impede que, de vez em vez, pegue de novo nos tópicos antigos e os reveja. Até comecei a fazer uns postais "Ré-vista", mas ao fim de uns quantos, aborreceu-me, creio que este foi o último:
https://alvor-silves.blogspot.com/2014/10/re-vista-4.html
Obrigado.
"Uma das razões pelas quais eu continuei a escrever foi justamente porque este formato, que pode parecer algo desconexo, é o que não me obriga a fixar fastidiosamente num único tópico."
EliminarEu compreendo-o perfeitamente.
Estimula a diversidade mas de certa forma impede a profundidade.
Eu percebo porque considero isso uma das minhas grandes fraquezas! Sem descurar que por vezes também serve de força... mas a partir de um momento torna-se sempre em fraqueza... no meu caso.
E é claro que interessa!
Não porque vá mudar alguma coisa mas porque serviria de testemunho para que outros podessem tentar mudar, se assim quisessem... pelo menos na sua visão do mundo própria e intrínseca à sua pessoa.
Interessante isso da revista... tenha calma e não force quando se aborrece. A menos que queira fazer algo que "Ré alma_ente importe".
Cumprimentos,
IRF
... que é como quem diz, que a "Ré aumente o importe".
EliminarEsse é o capítulo seguinte da pandemia viral - a nossa ré aumenta a importação!
;)
Então o dilúvio só aconteceu aqui para os lados do Mediterrâneo? E noutras partes do planeta, quais são as 'testemunhas visíveis' do mesmo acontecimento?
ResponderEliminarTambém dizem que o dilúvio teria acontecido devido a uma explosão vulcânica, milhares de anos anterior e ainda muito mais potente que a de Santorini. Também teria sido naquela zona, e que provocou uma extraordinária evaporação da água em toda a região, que deu aso à 'passagem dos Hebreus pelo Mar Vermelho', e depois toda a água evaporada 'choveu' dando lugar ao grande 'dilúvio'
Cumprimentos
A observação é pertinente, o mito diluviano está inscrustado noutras culturas, em quase todo o planeta. Por exemplo, segundo Schwenhagen os índios americanos falavam de Caribe como continente/terra afundada.
EliminarAcerca da Lemuria, portanto o correspondente Pacífico da Atlântida, já escrevi aqui:
https://alvor-silves.blogspot.com/2014/02/lemuria.html
A Índia tem um mito com Manu e os sete sábios (que se escapam do dilúvio):
https://en.wikipedia.org/wiki/Manu_(Hinduism)
Igualmente se encontra na China o mito do Gun-Yu:
https://en.wikipedia.org/wiki/Great_Flood_(China)
Mas é verdade que eu estava a tentar concentrar a história aqui... mais em concreto no que diz respeito à Ibéria, pois não conheço bem os mitos chineses e indianos.
Quanto a Santorini, terá sido um evento semelhante à erupção do Vesúvio ou do Cracatoa, e toda a especulação acessória é muito bem vista, por não fazer sentido nenhum.
Atlantis foi um nome que passou a designar a América:
https://alvor-silves.blogspot.com/2012/10/atlantis.html
e poderá ter acontecido Platão, Solon ou os egípcios, terem concatenado as duas informações.
A informação da existência de uma América, com a informação de que o Oceano Atlântico teria comido muita terra, e toda uma civilização "avançada".
Acerca do Sinai:
https://alvor-silves.blogspot.com/2011/06/sinais-vermelhos.html
https://alvor-silves.blogspot.com/2012/04/obelisco-de-7.html
... e o problema é que havia dois Mares Vermelhos:
- A ocidente junto às colunas de Hércules; chamado Mar Eritreu e a Ilha Eritreia (Algarve);
- A oriente, ainda antes fechar, havia um estreito que ligava ao actual Mar Vermelho (não podiam passar além desse mar);
Seriam ilustrativamente vermelhos, porque seria de sangue a pena para quem ousasse cruzar as passagens proibidas. Tal como depois foi Mar Vermelho o mar da Califórnia:
https://alvor-silves.blogspot.com/2011/01/mar-vermelho.html
https://alvor-silves.blogspot.com/2011/02/mar-eritreu-vulgo-vermelho.html
desculpe estar a remeter para os links, mas já escrevi bastante sobre o assunto.
Cumprimentos.
Li, finalmente.
ResponderEliminarParece-me uma colectânea de pensamentos e raciocínios interessantes.
Só não consegui "acompanhar" o fio condutor...
Sinto que... não apanhei a piada...
Cumprimentos,
IRF
O que quero perceber é se há um fio condutor que se sustenha no mito de Hércules e uma sua eventual conexão com a "realidade histórica" aceite.
EliminarCom o lapso de 6 mil anos esta história não faria muito sentido, ou colocaria os intervenientes fora do tempo histórico.
Por isso, foi importante notar que aquele lapso temporal não faz sentido, e eu já tinha notado isso antes.
Só que, por causa dessa datação induzida como dogma pelo status quo, não tinha associado que se após o Dilúvio, o tempo passasse não em 6 mil anos, mas em algumas centenas de anos, para os primeiros registos de civilizações na Suméria e no Egipto, aí a coisa ganha um certo corpo de consistência.
Haverá ainda uma possível identificação de Gilgamesh com Hércules, mas não sei se irei incluir isso. A descrição do dilúvio em Gilgamesh é muito semelhante à da Bíblia, não acrescenta muita informação.
Quanto à piada, não há nenhuma... o subjacente é sempre o mesma teoria especulativa de que existe uma elite que se mantém no poder... mais ou menos em bastidores.
Só que agora dou um remate final à descrição das Sete Monarquias de Figueiredo:
https://alvor-silves.blogspot.com/2011/07/as-sete-monarquias.html
pelo menos, para mim, isto tem imensa piada.
Cumprimentos.
A Aldeia de Picote em Miranda do Douro tem um miradouro para a Fraga do Puio no Rio Douro, é agora Rota de Castros e Berrões, já foi refúgio durante a última era glacial,
ResponderEliminarestive lá vindo de Espanha e fiz fotos que publiquei na Wiki :
https://pt.wikipedia.org/wiki/Picote
muito se esforçam de esconder “berrões” em Portugal…
Cumprimentos
Ainda não fui lá, José Manuel, mas é uma boa dica de visita.
EliminarSim, os berrões parece que berram qualquer coisa do passado que incomoda, mas julgo que não se aplica apenas aos berrões, aplica-se um pouco a tudo que invoque alguma cultura passada, pré-histórica, em Portugal.
Cumprimentos.