Este assunto foi trazido pelo Djorge em resposta a um comentário de João Ribeiro, e também por email.
- hesta terra descobrio fernãdo de magalhães
(...) fut vraisemblablement fabriquée par Jorge Reinel en 1519 et apportée à Istanbul par Pigafetta, l’un des dix-huit survivants du voyage de Magellan. Pigafetta déserta le camp chrétien peu de temps après son retour en Espagne, le 18 octobre 1522 ; il gagna l’Empire ottoman probablement après août 1524 et alla offrir ses services à Soliman le Magnifique (...)"
ver também de Dejanirah Couto Em torno do globo: Magalhães, Pigafetta e a carta Hazine 1825.
Em opinião de poder ser mesmo anterior a 1519, está Djorge que adiantou:
A dificuldade em conseguir uma resolução suficientemente boa para ler a toponimia, tb corrobora com a duvida se ela não será até anterior a 1519.
De facto, esta é uma observação importante, porque tem todos os nomes indicados até ao Rio da Prata, e a partir daí, ao longo da costa da Argentina não aparece um único nome, excepto a menção que já referimos sobre a descoberta de Magalhães, mas que parece ser adição posterior.
Ora, ainda que a hipótese na PMC faça sentido, pois as informações de Estevão Gomes seriam recentes, isso não justificaria que não soubesse ou mencionasse os nomes com que haviam designado os diversos sítios onde tinham estado, nomeadamente o Porto de S. Julião e o Porto de Sta. Cruz, onde tinham invernado durante longos meses.
Teria sido esta a carta que Fernão de Magalhães teria usado, e que depois ficou na posse de Pigafetta, indo parar a mãos turcas? Bom, aqui é de duvidar que fosse a que indicava o Estreito, porque nela não encontramos essa passagem, parecendo mais sugerir uma possibilidade de contornar o Cabo Horn.
Em postal anterior, onde em comentário, Djorge já tinha sinalizado esta carta Hazine, parece-nos claro que a chamada carta de Piri Reis, é muito parecida, com as cartas de Reinel ou Lopo Homem no Atlas Miller:
Acresce, no entanto que, ao contrário de Piri Reis, o Atlas Miller tem mesmo uma possível continuação por um estreito... mesmo estando numa cartografia deformada, alargada a um continente antárctico.
Parece-me que há múltiplos factores que apontam no sentido de não haver grande dúvida que os portugueses tinham chegado ao extremo sul do continente americano, muito antes de Magalhães, e segundo Pigafetta, Magalhães era o primeiro a reconhecê-lo.
O que os impediria? Continuo a pensar que poderá ter sido Diogo Cão com Martin Behaim, ou João Afonso do Estreito com Fernão Dulmo, a explorarem esta parte sul. Mas sem outros dados, essa nomeação concreta mantém-se uma simples suposição.
Ainda mais concreto, é a referência ao mapa que o Infante D. Pedro trouxe, cem anos antes, e que mencionava a "Cauda do Dragão", a tal Draco Cola, na versão mais popular, Coca Cola.
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