Índia foi um topónimo grego relativo à região do rio Indo, até porque em sânscrito a palavra para rio era "sindo", e portanto, era praticamente a mesma (ainda hoje usada na região).
Do grego, é suposto ter passado igualmente ao latim.
Do grego, é suposto ter passado igualmente ao latim.
Por outro lado, "indicar" tem no latim a forma "indicare" que resulta da concatentação do prefixo "in" com "dicare", que é uma forma de dizer, ditar, proclamar. Talvez devesse ser escrito em português como "inditar", e ganhou outra forma em "indigitar". Em "indigitar" vemos a raiz no digitar, no "dígito", significando "dedo". Ora, quem aponta usa a ponta do dedo "indicador".
De forma aparentemente ocasional, vemos como desde os tempos romanos havia na linguagem uma indicação que remetia a indicar o oceano Índico, ou indo para o rio Indo, a Índia de outrora, hoje Paquistão.
Noutro ponto, a ponta em apontar apontava provavelmente para Ponto, o mar, que tanto serviu como divindade marítima, precedente a Poseidon, primeiro referindo o Mediterrâneo, e especialmente o Mar Negro (Pontus Euxinus)... onde na costa norte da Turquia, se definiu o Reino do Ponto. Foi nessa direcção que partiu Jasão com os seus Argonautas, numa pretensa viagem à Pontica Cólquida que seria mais famosa na Antiguidade, quanto foi a viagem de Gama no estabelecimento da ligação à Índia, e depois a todo o Oriente.
Quanto à palavra "orientar", dá a indicação do Oriente como direcção a tomar. A razão para essa orientação tem explicação numa razão de construção - as igrejas deveriam estar dirigidas ao oriente, ao nascer do Sol, à direcção da alvorada, da aurora (assunto que já abordámos).
Neste aspecto, mistura-se com essa indicação de oriente com uma cruz nas rosas-dos-ventos, por referência a Jerusalém, indicação que passou a ser apresentada nos mapas, a partir do Séc. XVI, por directiva papal.
Oriente resulta do nominativo latino "Oriens", palavra associada a "origem", a "nascente", pelo nascimento do sol. Mas a partícula "ori" é similar a "auri", tal como em "aurora", sugerindo o elemento "ouro", do dourado brilhante das alvoradas. É natural que originalmente "hora" se referisse a essa "aura" matinal, e só depois fosse optado como medida do tempo, por divisão do dia. Fazendo notar que "aura" enquanto "ao Rá", reportaria directamente ao nome egípcio para o Sol.
Especulamos assim que, como nome mais adequado, seria "auriente".
Independentemente das razões, propositadas ou ocasionais, não deixa de ser curioso que na história nacional o verbo "indicar" indicasse o Índico, e que a orientação marítima fosse o Oriente. As palavras têm mais ligação latina, já que "nascente"/"poente" seriam palavras mais comuns, tal como "apontar" versus "indicar". Existindo já em tempo romano, essa vocação de direcção oriental estaria já estabelecida na Antiguidade.
Noutro ponto, a ponta em apontar apontava provavelmente para Ponto, o mar, que tanto serviu como divindade marítima, precedente a Poseidon, primeiro referindo o Mediterrâneo, e especialmente o Mar Negro (Pontus Euxinus)... onde na costa norte da Turquia, se definiu o Reino do Ponto. Foi nessa direcção que partiu Jasão com os seus Argonautas, numa pretensa viagem à Pontica Cólquida que seria mais famosa na Antiguidade, quanto foi a viagem de Gama no estabelecimento da ligação à Índia, e depois a todo o Oriente.
Rosa dos ventos em Reinel - flor de lis azul para Norte e uma cruz apontada para Oriente (Jerusalém). |
Neste aspecto, mistura-se com essa indicação de oriente com uma cruz nas rosas-dos-ventos, por referência a Jerusalém, indicação que passou a ser apresentada nos mapas, a partir do Séc. XVI, por directiva papal.
Oriente resulta do nominativo latino "Oriens", palavra associada a "origem", a "nascente", pelo nascimento do sol. Mas a partícula "ori" é similar a "auri", tal como em "aurora", sugerindo o elemento "ouro", do dourado brilhante das alvoradas. É natural que originalmente "hora" se referisse a essa "aura" matinal, e só depois fosse optado como medida do tempo, por divisão do dia. Fazendo notar que "aura" enquanto "ao Rá", reportaria directamente ao nome egípcio para o Sol.
Especulamos assim que, como nome mais adequado, seria "auriente".
Independentemente das razões, propositadas ou ocasionais, não deixa de ser curioso que na história nacional o verbo "indicar" indicasse o Índico, e que a orientação marítima fosse o Oriente. As palavras têm mais ligação latina, já que "nascente"/"poente" seriam palavras mais comuns, tal como "apontar" versus "indicar". Existindo já em tempo romano, essa vocação de direcção oriental estaria já estabelecida na Antiguidade.
(...) Os bombardeamentos aéreos turcos no nosrte da Síria destruíram parcialmente o templo neo-hitita Ain Dara, com três mil anos. De acordo com informação fornecida pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos, o local foi atingido na sexta-feira.
ResponderEliminar“O alcance das destruições é de 60%. Três mil anos de civilização destruídos”, disse o diretor desta organização à agência de comunicação APF.
[ver pegadas de "gigantes"]
https://es.wikipedia.org/wiki/Templo_de_Ain_Dara
Cpts José Manuel CH-GE
Muito interessante, esse esculpir de pegadas gigantes... há também a tradição de se considerar a "Pegada de Adão" no templo de Kerala, no Ceilão, mas estas são mais próximas do que é esperado.
EliminarNão conhecia esse registo, e parece-me singular dentro daquilo que se conhece na Antiguidade. É ainda curiosa a figura do Leão, porque é uma escultura com traços orientais... os leões seriam representados de forma bastante distinta, no ocidente, no médio-oriente e no oriente!
Quanto à devastação dos bombardeamentos... só saberemos bem o que restou, depois de todo o conflito terminar, mas é claro que nestas alturas os registos arqueológicos são a menor das preocupações para o pragmatismo militar.
Obrigado pelo comentário, José Manuel.
Abraços.