domingo, 7 de outubro de 2018

Detroit Electric (1907) - autonomia até 340 Km

Quando nos dias de hoje se procuram carros eléctricos com uma autonomia considerável, esquece-se, como não poderia deixar de ser, os exemplos com mais de 100 anos.

Um exemplo notável era o Detroit Electric, que em 1911 circulava com uma autonomia garantida de 130 Km, podendo atingir uma distância de 340 Km, sem recarregar a bateria eléctrica.


(Wikipedia)

Dado o estado a que chegámos, será altura de ir buscar os anúncios com 100 anos, para percebermos a grande diferença face à actualidade.

Por isso, talvez comecemos a ter alguma sorte, e algumas das invenções com mais 100 anos comecem de novo a ser conhecidas e comercializadas. Claro que não serão comercializadas aos preços de há cem anos... aí não teremos muita sorte.

Ah, sim... isto porque, estamos praticamente há 100 anos com uma completa e total restrição sobre tudo o que pode ser inventado ou comercializado. Que se conheça, os únicos que tentaram fugir a essa total restrição, não querendo ter o seu génio metido na garrafa, foram os alemães... mas depois deram-se mal, muito mal, de 1939 a 1945. Ficou-nos a televisão a cores.

Entretando, se alguém souber de alguma tecnologia inventada neste milénio... é favor dizer.
Já lá vão 20 anos, a fazer de conta que a internet e os telemóveis são sempre novidade.
Qualquer dia, reinventam os walkie-talkies....

2 comentários:

  1. Num artigo via "The Telegraph", foram colocadas aí as "maiores invenções do Séc. XXI":

    https://www.msn.com/en-us/news/technology/most-important-inventions-of-the-21st-century-in-pictures/ss-BBt15bx

    ... ou seja, uma lista engraçada, mais ou menos previsível.

    Começando pelas "tangas" do Steve Jobs:
    - Existiam iPod antes, chamavam-se MP3 players.
    - Existiam iPad antes, chamavam-se tablets, como o ThinkPad, ou o Newton.
    - Existiam iPhones antes, chamavam-se smartphones.
    Ainda assim, tudo era tecnologia existente nos computadores, muito antes.

    O Kindle (da Amazon) era um tablet LCD, tal como o primeiro portátil nos anos 90 tinha também um écran LCD. O Android (da Google) é apenas uma plataforma como tantas outras antes.

    A lista de software é também uma paródia:
    Mozilla Firefox, Skype, Facebook, Youtube, BBC iPlayer, Spotify...
    - O primeiro browser decente era o Netscape, protocolos de partilha de vídeo e mensagens, eram comuns na década de 1990... Na década de 1980, nas universidades, já se usava muito o Email, e lembro-me disso perfeitamente porque tinha um. Na década de 1990 construí uma espécie de facebook, mas apenas para malta amiga... ainda assim para aí uma meia centena de pessoas usou a coisa.

    O Bluetooth, como o 4G, não era tecnologia nova, era um protocolo wireless.
    A Nintendo Wii... bom, lembro-me de na década de 1970 jogar numas máquinas ligadas à TV, uma espécie de ténis com barrinhas.

    Quanto ao Nissan Leaf, este Detroit Electric dá o mote de 1907.

    O IBM Watson é outra paródia. Houve um ganho nos algoritmos de processamento de linguagem, mas não é tecnologia, é computação. Não faz mais do que processamento trivial, tal como fazia o Deep Blue que ganhou ao Kasparov em 1997.

    Como ninguém o coração artificial AbioCor não substituiu corações danificados, nem foi feito o mesmo para outros órgãos, estamos a falar de projectos na gaveta.

    Finalmente restará o carro Google, que é ainda um projecto no estaleiro, tal como foram tantos projectos de mobilidade nas cidades, sem condutor, como o Orlyval em Paris em 1991, que cheguei a usar.

    Nada disto representa qualquer acréscimo tecnológico.
    Pretende-se manter a ideia de constante evolução, e há alguma evolução prática de aplicações.
    No entanto, estamos a usar tecnologia que teve os seus princípios no século passado, ou ainda antes disso, tal como o carro eléctrico, que data do Séc. XIX.

    Diz-se, à boca fechada, que "avançámos demasiado depressa"...

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  2. A BBC confirmou ontem o que tinha aqui escrito há 3 anos:

    "The battery invented 120 years before its time"

    https://www.bbc.com/future/article/20210223-the-battery-invented-120-years-too-soon

    Falando das baterias de ferro-níquel, reconhecem agora:

    Nickel-iron batteries are extremely durable, as Edison proved in his early electric car, and some have been known to last upwards of 40 years

    Depois vêm com a conversinha para dar crédito a Edison (coitado do Elon Musk) e fazendo o povo esquecer que estupidez generalizada, não é só corrupção, é mesmo conspiração:

    Much of the potential of the battolyser has been hiding in plain sight, ever since Thomas Edison first began experimenting with his nickel-iron battery at the turn of the 20th Century.
    He may have been wrong in believing his battery would supplant the other vehicles on the road.
    But the nickel-iron battery may yet play a role in replacing fossil fuels more broadly, by helping hasten the transition to renewables.


    Pronto, falta mais um bocado, mas qualquer dia a BBC em vez de se armar em mentecapta, promovendo bicicletas voadoras parvas, finalmente reconhece que já houve bicicletas voadoras que atravessaram o Canal da Mancha há mais de 40 anos:

    https://odemaia.blogspot.com/2012/04/homem-ciclo-voador.html

    e dá-se conta que toda a população grega soube do vôo Daedalus entre Creta e Santorini em 1988.

    Mas isso, significaria que a BBC estava a esconder informação... ora, como é que uma coisa dessas seria possível?
    Quem quiser, pode acreditar que a BBC não tinha correspondentes na Grécia, que não conseguia consultar páginas na Wikipedia... ou mesmo, que não tinha correspondentes no Reino Unido, porque afinal o Canal da Mancha é lá, e realizava-se anualmente no Reino Unido uma competição para estabelecer recordes de voo.

    Tudo isto é muito conspiratório...
    Enfim, esta malta cumpre a lei confinados, mas desobedece ao pôr-se a ler coisas que não deve.
    Vamos lá meter mais filtros, para ver se esta porcaria não aparece no Google, de vez.

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