O tema deste texto ficaria simplesmente ilustrado pelas imagens das Ilhas Faroé, que não apenas lembram Faraós pelo nome similar, mas também por estas formações geológicas notáveis, que lembram perfeitas pirâmides:
Ilhas Faroé - formações geológicas piramidais. |
Esta seria uma forma típica, com que comecei aqui muitos textos, notando semelhanças fonéticas que deram títulos interessantes. No entanto, uma grande e principal diferença é que já não estou a trilhar nenhum caminho exploratório. Trata-se agora mais de um passeio, e o interesse de fazer este texto é residual, no sentido de não encerrar o blog por completo.
A semelhança fonética entre as Faroés e os Faraós existe também em inglês, e é até talvez maior, conforme se pode ver neste relato sobre uma marcação de viagem:
"I said the Faroe Islands, not the Pharoah Islands".
Como curiosidade adicional, fiz uma simples pesquisa para saber se havia alguma etimologia que ligasse uma coisa à outra, e não encontrei nada de relevante.
No entanto, encontrei um interessantíssimo livro
Bayley dá como exemplo o caso do lugar de Palmira, uma cidade síria (de que já aqui falei a propósito de Zenóbia), para enfatizar que a origem da toponímia se pode perder em milénios de história. Não tanto pelas ruínas de Palmira que seriam influência greco-romana, mas por uma cidade ainda anterior a essa, cujo nome mais antigo era Tadmor. Hoje a cidade recuperou o nome da tradição árabe, mas à época de Bayley, antes da independência síria, era mais natural aos ocidentais considerar Palmira como o nome antigo. Provavelmente estão ambas ligadas a "palmeiras" ou "tâmaras", indicando um talvez antigo oásis. Palmira fez entretanto notícia televisiva, pelo medo ao novo papão chamado "Estado Islâmico", e a associada destruição do património greco-romano.
[É sempre curioso saber que os exércitos de "drones" vigilantes são afinal muito selectivos nos inimigos que deixaram crescer, e que Israel se preocupa mais em bombardear escolas em Gaza, do que em incomodar os vizinhos lunáticos cortadores de cabeças em fatos de ninja... isto, é claro, sem duvidar da qualidade da produção em cena. Ninguém ousa confundir o filme transmitido às 19h55 com a notícia transmitida às 20h05... a entrada do logotipo do "telejornal", tal como uma campaínha de Pavlov, faz passar do modo ficção para o modo realidade.]
Bayley refere ainda uma tradição de ligar o deus Thor ao touro: "a bull, the symbol of the god Thor was called thor", algo já aqui falado algumas vezes (aqui e ali), entre outras múltiplas relações facilmente sugeridas pela simples fonética. Porém, não é minha opinião que estas coisas tenham resistido simples e puramente duramente milénios, apenas por perservação linguística na tradição popular... Ao contrário, é possível que as modificações ocasionais tenham partido a porcelana, mas a sucessiva colagem permite ver onde se encaixavam as peças.
Bom, quanto às pirâmides da Ilhas Faroés, não é impossível que sejam naturais, mas parece um caso ainda mais evidente que a propalada "pirâmide da Bósnia", e não é de excluir que possa ter havido uma alteração humana a escopro e martelo sobre a rocha.... para obter aquele aspecto mais quadrangular.
Convém não esquecer que, não muito longe, entre as Faroé e a Escócia, estão as Shetland, onde foram encontradas grandes torres megalíticas. Ver p.ex. notícia final em
A semelhança fonética entre as Faroés e os Faraós existe também em inglês, e é até talvez maior, conforme se pode ver neste relato sobre uma marcação de viagem:
"I said the Faroe Islands, not the Pharoah Islands".
Como curiosidade adicional, fiz uma simples pesquisa para saber se havia alguma etimologia que ligasse uma coisa à outra, e não encontrei nada de relevante.
No entanto, encontrei um interessantíssimo livro
Archaic England de Harold Bayley (1919)
onde podemos ler uma folclórica ligação em que os habitantes das Faroé viam as focas como representações dos soldados do Faraó, afogados quando perseguiam Moisés pelo Mar Vermelho.In all probability the phoca was a token of the Phocean Greeks who founded Marseilles: the phoca was pre-eminently associated with Proteus, and in the Faroe Islands they have a curious idea that seals are the soldiers of the Pharaoh who was drowned in the sea.Provavelmente não seriam os únicos a usar esse mito, mas foi essa ligação remetida às Faroés que me permitiu encontrar o livro de Bayley. Esse livro começa com um capítulo chamado "Magic of Words", que remete ao fascínio da antiguidade das palavras... ou como é dito, a língua carrega uma história enorme que só parcialmente foi alterada pelas alterações gramaticais, impostas contra a tradição popular.
Bayley dá como exemplo o caso do lugar de Palmira, uma cidade síria (de que já aqui falei a propósito de Zenóbia), para enfatizar que a origem da toponímia se pode perder em milénios de história. Não tanto pelas ruínas de Palmira que seriam influência greco-romana, mas por uma cidade ainda anterior a essa, cujo nome mais antigo era Tadmor. Hoje a cidade recuperou o nome da tradição árabe, mas à época de Bayley, antes da independência síria, era mais natural aos ocidentais considerar Palmira como o nome antigo. Provavelmente estão ambas ligadas a "palmeiras" ou "tâmaras", indicando um talvez antigo oásis. Palmira fez entretanto notícia televisiva, pelo medo ao novo papão chamado "Estado Islâmico", e a associada destruição do património greco-romano.
[É sempre curioso saber que os exércitos de "drones" vigilantes são afinal muito selectivos nos inimigos que deixaram crescer, e que Israel se preocupa mais em bombardear escolas em Gaza, do que em incomodar os vizinhos lunáticos cortadores de cabeças em fatos de ninja... isto, é claro, sem duvidar da qualidade da produção em cena. Ninguém ousa confundir o filme transmitido às 19h55 com a notícia transmitida às 20h05... a entrada do logotipo do "telejornal", tal como uma campaínha de Pavlov, faz passar do modo ficção para o modo realidade.]
Bayley refere ainda uma tradição de ligar o deus Thor ao touro: "a bull, the symbol of the god Thor was called thor", algo já aqui falado algumas vezes (aqui e ali), entre outras múltiplas relações facilmente sugeridas pela simples fonética. Porém, não é minha opinião que estas coisas tenham resistido simples e puramente duramente milénios, apenas por perservação linguística na tradição popular... Ao contrário, é possível que as modificações ocasionais tenham partido a porcelana, mas a sucessiva colagem permite ver onde se encaixavam as peças.
Bom, quanto às pirâmides da Ilhas Faroés, não é impossível que sejam naturais, mas parece um caso ainda mais evidente que a propalada "pirâmide da Bósnia", e não é de excluir que possa ter havido uma alteração humana a escopro e martelo sobre a rocha.... para obter aquele aspecto mais quadrangular.
Convém não esquecer que, não muito longe, entre as Faroé e a Escócia, estão as Shetland, onde foram encontradas grandes torres megalíticas. Ver p.ex. notícia final em
Assim, havendo construções megalíticas nas Shetland, parece mais facilmente possível uma modificação do relevo das rochas, para obter o aspecto piramidal.... isto sugere uma possível utilização até das Faroés como Faróis de referência, para limite da navegação a norte. Se o grande Farol de Alexandria, referência egípcia, foi proeza dos Faraós Ptolomaicos, nessa altura seria perfeitamente possível navegar até aos limites do Norte da Europa.
Se terminar com o blog, por favor, diga onde continua a escrever!
ResponderEliminarObrigado pela mensagem, Olinda.
EliminarConforme referi, não penso terminar o blog, apenas não conto manter a mesma assiduidade anterior.
Abraço.
Ora boas...
ResponderEliminarMais uma achega importante sobre o ADN nos tempos idos da Idade do Bronze.... 170 amostras e a explicação natural é a imigração ... em barda, claro está! Afinal.. a coisa é até bastante simples... Anda aqui o caro Alvor-Silves com tanta pesquisa e estudo... e a explicação é tão simples...;-)
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/adn-antigo-da-pistas-sobre-revolucao-cultural-da-idade-do-bronze-na-europa-1698773?page=2#/follow
Olá Amélia.
EliminarDigamos que 170 elementos para amostra, parecem as sondagens eleitorais, que com base numa amostra pequena concluem muita coisa, mais ou menos o que esperamos ouvir, ou quase, para confirmar a "narrativa".
Do que pude perceber, não vi nada de surpreendente face ao que se conhecia antes.
Houve para ali confusão, para os lados da Crimeia, até porque seria o caminho natural entre a Ásia e a Europa.
Quando falei sobre o assunto aqui:
http://alvor-silves.blogspot.pt/2014/03/dos-comentarios-6-volta-do-mar-negro.html
achei muito interessante aquele desenho na caverna, mais concretamente este aqui.
Agora nessa história antiga há sempre muitas confusões, especialmente, como a Maria da Fonte e o José Manuel, já aqui referiram, a propósito da múmias da bacia do Tarim, não se percebe bem se (na época reportada) estavam a ir da Ásia para a Europa ou vice-versa.
Muito obrigado por indicar a notícia.
Um abraço.
Boa tarde caro Da Maia
ResponderEliminarTambém eu tenho estado ausente, mas por outro motivo.
A minha tia faleceu no final de Março, e eu nunca aprendi a lidar com a perda dos afectos.
A minha tia, morreu de desgosto, porque um bando de alienados, nos destruiu a casa, ao construir um jardim sobre a cobertura. Eu só refiro isto, porque a casa era em Lagos. Não tenho por hábito trazer questões pessoais,por mais dolorosas que sejam, para os meus comentários, dada a completa irrelevância para aquilo que se discute.
Mas o seu Blog, chama-se Alvor-Silves em homenagem a Dom João II. Deveria talvez ter-se chamado Alvor-Lagos, já que o Porto onde o Rei embarcou era em Lagos.
Até aqui, nada de novo, o Da Maia sabe da minha absoluta convicção, sobre a falsa morte do Rei. Sabe da minha convicção sobre o destino da viagem que Dom João então iniciou.
Se pensar bem, até sabe o local exacto que o Rei pisou, e qual era o legado que transportava.
E é por isso, que o Da Maia, não vai deixar de escrever, como eu não deixei.
Passei por aqui, à procura do Mar Vermelho e da Eritreia, e deparo-me com o Mar Negro e os Yuezhi.
Foi um ramo dos Yuezhi, que originou o Império Kushan, e naquela época, eu creio que vinham para o Oeste.
Os Yuezhi, são R1a, sobreviventes dos Balcans, nós, os sobreviventes do Oeste, somos R1b.
Tal como os Faraós do Egipto, eram R1b.
Existe uma Lenda muito interessante, sobre a queda de Lúcifer, derrotado por Miguel, e a fragmentação da pedra Ex Caeli, que lhe conferia o poder sobrenatural.
De um dos fragmentos, Cristo terá mandado esculpir o Cálice.
Sei que não liga a este tipo de divagações....
Mas o rei David, era Tutmosis III, o enteado da Rainha Hatshepsut, o que explorou a Amazónia em conjunto com Hiran, Rei de Tiro, que aprendera a navegar com os Tartesos....
Recorda-se?
Abraço
Maria da Fonte
Maria da Fonte
Cara Maria da Fonte,
Eliminarjá se passaram 5 anos desde que falamos, umas vezes melhores que outras, e ainda que não tenhamos deslumbres sobre as entidades virtuais que temos, e que não substituem as relações directas, deixe-me pelo menos agora tratá-la por - minha amiga.
Minha amiga, porque de facto, tal como o José Manuel, ao fim de tantos anos que me acompanharam aqui, não posso considerá-los doutra forma.
Digo isto, para lamentar a sua perda, que dada essa ligação a Lagos, acaba por ter significado, mesmo aqui, naquele plano das coincidências que bem conhecemos.
Objectivamente, tento menosprezar a relação da minha ida a Lagos naquele Agosto/Setembro de 2009, mas já o aqui referi, que pessoalmente tem para mim um significado diferente... um mês depois e já via os mapas que sempre vira, de forma diferente, já tudo me começava a soar de forma diferente.
Não voltei lá, e como aqui já disse, fiquei-me pela Meia-Praia, nem sei se dei meia volta ao Alvor, e certamente que nunca me lembro de ir a Silves.
Por isso, seria até simpático pensar que o rei não se findou no Alvor, nem foi a enterrar em Silves, e todo o embarque foi em Lagos.
Mantenhamos esse desfecho em aberto, já que nunca pretendi que este blog Alvor-Silves fosse o fim de nada, mas apenas o princípio, ou melhor, o retomar de muitas viagens perdidas no nevoeiro que o tempo, e o culto de ocultar, tinham ensombrado no esquecimento forçado.
Sobre a lenda de Lúcifer, creio que podemos encontrar um traço semelhante com a mitologia grega, no sentido filosófico.
A questão permanente na geração das divindades gregas foi a questão da sucessão - Urano destronado por Cronos/Saturno, e este por Zeus/Jupiter... considerando-se ainda a profecia de que mesmo Zeus seria destronado por uma divindade saída da cabeça de Atena.
Ou seja, a questão pai-filho foi sendo vista como levando a uma disputa divina pelo poder universal.
No caso judaico, o filho anjo Lucifer apresenta-se em eterna disputa, enquanto o filho homem Cristo passou no cristianismo a representar a junção de pai-filho numa única entidade, não sujeita a separação.
Tendo em conta as proximidade fonética dos nomes, como Jove é alternativo a Júpiter, parece-me consistente ver em Jove/Zeus a mesma entidade grega que os judeus chamaram Jeová/Deus. Ora Jove é também significado de "jovem", já que seria filho de Saturno.
EliminarAcresce a semelhança entre Satã e Saturno, que os gregos entendiam como Cronos, e que a mitologia judaica encarou como "cornos" em Satã.
Assim sendo, dá-se uma inversão face ao entendimento grego, já que Saturno seria o pai e não o filho de Jove.
Na chamada Titanomaquia, a guerra que Jove levou contra Saturno, do pai contra o filho, foi uma guerra de titãs e não de anjos, mas levou ao encarceramento de Saturno/Cronos nas profundezas da Terra.
Há assim algumas semelhanças, que são menores dado o carácter único de Deus no Céu, diferente de Zeus no Olimpo.
No entanto, o problema na relação pai-filho e o levantamento dessa questão como crucial no Cristianismo, mostram que o especial entendimento da separação ou união das duas entidades seria fundamental.
Eu tendo a dar mais importância ao poder simbólico do que ao poder material, até porque um poder sobrenatural nunca é um último poder, seria apenas maior para humanos, mas vulgar para entidades superiores. A supremacia entre entidades superiores precisaria então de um sobre-sobrenatural, e esta sequência nunca mais teria fim. Esse era a ideia das primeiras religiões que faziam uma hierarquia de poderes entre as suas divindades.
Dito isto, uma pedra "Ex Caeli" (do céu) só teria importância entre humanos, e serviria para os separar, tal como qualquer outra qualidade superior dividiria o Céu.
Por isso, acabo por considerar que a "pedra filosofal" é mesmo o conhecimento filosófico, a simples resposta a estas questões fulcrais que foram consideradas desde a noite dos tempos. Seria dado mais valor à resposta sobre o verdadeiro valor do poder, do que a ter qualquer poder.
Porque ter poder só interessa se estivermos certos do seu uso. Se estivermos certos de que suprimir A é sempre melhor que suprimir B. Ora isso só é claro para quem pode conhecer todo o futuro, e quem conhece todo o futuro não pertence ao tempo presente... aliás, já se findou no significado da sua existência. Porque sabendo o futuro, nada mais tem a saber, e o tempo termina para si.
Já quanto à questão do rei David, enquanto enteado de Hatshepsut, pois isso é diferente, e faz sentido que se liguem os registos egípcios aos mitos hebraicos, até porque essa ligação foi sempre conhecida. O que poderá ser mais controverso é o ajustar o personagem egípcio ao personagem judaico.
Termino, lamentando a sua perda, e enviando um abraço.
Abraço.
Olá a todos,
ResponderEliminarPassei por Alvor numa Via do Infante, modelo de estrada a esportar aos marroquinos, que não honra nada D. Henrique. Grande decepção o Algarve ao fim de 20 anos sem lá ir (Tavira com forte escondido e abandonado etc.) quem diz que o país está uma maravilha que vá a Ilha Canela para copiarem algo aos castelhanos... fuii a Silves para visitar o Castelo esbarro com tudo cerrado às 17:30 e duas funcionárias sem nada fazerem dentro, quando saíram pareciam"doutoras", perdi a compostura e lá ouviram indiretamente umas farpas ao sistema que continua a esconder o que Portugal teve de melhor!
Idêntico caso ao ir à fortaleza deste Infante que tanto se esforçam por encobrir, como o seu passo na rua das escolas em Lisboa. Subi depois ao castelo de Aljezur de carro a pique, a cavalo não iam lá certamente, e vi o espelho de Portugal:
UMA RUÍNA histórico-cultural.
Mais tarde subi ás minhas origens maternas, terra de Viriato para alguns.Perguntei aos locais onde era a sepultura de reis suevos que lá viveram e nem sabiam o que são suevos, nem dizem para visitarem a ponte romana e suas calçadas, da Cabeça da Velha e do velho tão pouco querem saber, mas dá-lhes jeito o dinheiro que o turista lá deixa. Claro que a jovem sirigaita do posto de turismo de Loriga lá ouviu as minhas críticas por não porem em evidência estas figuras graníticas (naturais ou megalíticas) recolhi evidências que apontam para mão humana, tenho fotos a mostrar quando e se chegar inteiro a Genebra.
Mas a cereja sobre o bolo é Piodão para quem quer portugueses romanos e árabes de origem que se engane pois esta "aldeia" o desmente. Só por isto não estou arrependido de ter vindo a Portugal, do muito que percorri nestes 3 meses, se por cá ficasse seria no Baleal pela vista das Berlengas e formações geológicas. Ali há algo de enigmático como nos Montes Hermínios, nome já não falado, e que não ficará submerso quando os gelos derreterem no Árctico...!
A Serra da Estrela é mais bonita que a Suíça (geologicamente falando) dá ainda para imaginar cheia de castanheiros e lobos que uma tia desaparecida de Loriga me falava. Os meus sentimentos pela perca da tia da cara Airmid-Maria da Fonte.
Ao Alvor Silves as minhas melhores saudações, depois de registar na Wiki fotos proponho de desenvolverem o tema das figuras antropomorfas.
Até breve
Cpts.
José-Manuel CH-GE
Caro José Manuel, muito obrigado por essa excelente partilha de viagem, bastante instrutiva.
EliminarFui marcando uma série de sítios a visitar, mas em pouco tempo eram tantos que nem sabia bem por onde começar... e de facto ainda não comecei, tirando umas visitas ocasionais. Desta vez vou ver se não falho uma melhor visita ao Algarve, pelo menos à zona de Lagos, de novo.
É uma excelente ideia disponibilizar essas suas fotos, talvez seja melhor no seu blog, porque na wikipedia já sabe como é. A partir daí, farei então ligação aqui.
O Piódão é de facto muito notável, porque mostra um aspecto tipo construção-Lego com as lajes de granito... a ponto de terem feito pontes dessa forma, algo que dificilmente vemos noutro lado fora de Portugal. Aliás, muito provavelmente a descoberta da pedra-angular deu-se dessa forma. Simplesmente colocaram várias lajes em fila, e ao transportar podem ter reparado que aquilo se aguentava mesmo torto... e o resto foi aperfeiçoamento. É muito mais fácil isso ter ocorrido inicialmente com estas lajes pequenas, do que directamente com grandes blocos apropriados. Portanto, a própria característica do solo e das pedras pode ter desenvolvido esse lado construtor, como crianças com blocos Lego.
No Baleal já andei por lá há uns anos, mas não vi propriamente nenhum registo histórico muito antigo. A natureza ali entre Peniche e Nazaré é de facto bastante interessante, com as Berlengas como pano de fundo. Mas, que eu saiba não há por ali muitos registos históricos antigos, apesar de na Lourinhã terem pegadas de dinossauro! Os mapas antigos indicam que Peniche foi ilha tal como o Baleal, depois colada pela areia ao continente.
Ficamos então combinados com essas fotos.
Muito obrigado e um abraço!
Fico grata a ambos, Da Maia e José Manuel, pela simpatia
EliminarCreio que cada um de nós, ao seu modo, foi seguindo a Estrela de Belém, a Conjunção de Vénus/Júpiter, do passado dia 30.
A mesma que há dois mil anos guiou até nós, o Rei de Saka, Rustaham-Gondophares, que foi casado com a mãe de Madalena, e passou à História como o Rei Mago Gaspar.
Um abraço a ambos e um pequeno esclarecimento.
Não é Granito.
Pelo menos a Rocha de Monsanto e da Serra da Gardunha, não é Granito. É Anónima, como Madalena.
E quem a vê e toca, sabe a quem pertence.
Grata por tudo.
Maria da Fonte
Cara Maria da Fonte,
Eliminarambos os planetas estão próximo do horizonte ao pôr-do-sol, e nestes dias, p.ex. a 20 de Julho, teremos também um ténue quarto crescente a juntar-se... dará para ver bem nas praias ocidentais, se não houver nebulosidade.
http://www.tecake.com/need-know-moon-venus-jupiter-conjunction/10499/
... além disso, a Lua irá mesmo ocultar Vénus, mas não penso que seja visível em Portugal.
Estes eventos não são assim tão pouco frequentes, já em 2012 tinha feito referência a algo semelhante, mas têm ocorrido mais nestes últimos anos... No entanto, tudo conforme o previsto. Parece que dá quase para acertar o relógio com a previsão, o que só mostra que a mecânica estelar não causa as mesmas dúvidas fáceis, e os alarmes à população, como gostam de fazer com o clima.
Depois, a qualidade destas previsões não é de agora, conforme mostrou o relógio de Anticitera.
Desde o tempo dos Caldeus que todo o movimento de Sol, Lua e planetas estava bem calculado, e portanto não me parece que nenhum "mago" ficasse surpreendido com estas conjunções naturais.
Apesar de toda a história da carochinha que nos contam, o modelo heliocêntrico de Aristarco de Samos é que era o modelo considerado, e o modelo geocêntrico de Ptolomeu só se pode considerar como grande novidade na época, porque conseguia prever as coisas, mesmo assumindo a Terra no centro. Aliás, creio que Ptolomeu argumenta isso, para fazer valer a novidade do seu modelo. Mesmo no caso de Ptolomeu não era considerado que o movimento do Sol era diário, era apenas anual, ou seja para qualquer um deles, a Terra rodava!
A única questão, era a necessidade do Sol ter que se mover, porque a Bíblia falava da sua paragem (Josué 10:13)
http://biblehub.com/joshua/10-13.htm
... mas seria uma paragem na rotação da Terra, o que estaria errado, mesmo na concepção de Ptolomeu.
Simplesmente, houve algum compromisso para aceitar essa versão, já que assumia o movimento do Sol. E é claro que todo o movimento é relativo, e mesmo hoje se deveria considerar errada a versão heliocentrica, já que o Sol se move à volta da Via Láctea.
Todas estas coisas resultam de atitudes obsessivas de fanáticos, religiosos e não só... e continuam nos dias que correm.
Gostei da referência à rocha da Gardunha como "anónima"... bastante poético!
Um grande abraço.
Caro Da Maia
EliminarA Rocha é Anónima porque não está classificada. Mas o que nela existe, não estará nunca à vista dos que não podem ou não querem vêr.
Tal como o Mosteiro do Priorado do Sião na Batalha, onde o Rei Dom Duarte encheu de iniciais um Pórtico, para onde nunca ninguém olhou.
TÃ YA SEREI (Serei sempre Fiel) envolto na dupla aliança eterna do Priorado.
Tal como, na Igreja da Consolação em Elvas, tudo o que resta do Antigo Convento das Dominicanas, construído sobre o Templo de Madalena é uma Cúpula Pirâmidal decorada como O Taj Mahal, de base octogonal, por onde os raios de Sol iluminam o Túmulo do Leão, para onde todos olham sem vêr.
A Viagem de Vasco da Gama à Índia, foi o regresso do Rei Dom João II, e o culminar de cinco séculos de Demanda dos Reis de Portugal.
O Rei não chegaria vivo a Portugal, e quando foi sepultado na Capela da Piedade do Mosteiro dos Dominicanos na Batalha,dizem os cronistas que o Corpo estava incorrupto, e que o Povo clamava Milagre e afirmava que o Rei era Santo.
Um abraço a todos e votos de Boas Férias
Maria da Fonte
Cara Maria da Fonte,
Eliminarboas referências que coloco aqui links para melhor ilustração:
As divisas no Mosteiro da Batalha:
http://www.mosteirobatalha.pt/pt/index.php?s=white&pid=182
... e é verdade que ligamos menos à divisa de D. Duarte
http://2.bp.blogspot.com/_VTy2N32sNeA/TIa3V2lGqnI/AAAAAAAADww/8Q8pFBV9foE/s1600/P7130201.JPG
que acaba por ser a figura de destaque em todo o Mosteiro, dado o seu Panteão octogonal formado pelas chamadas "capelas imperfeitas".
Nunca tinha ouvido falar nessa igreja de Elvas, mas sem dúvida que é muito significativa, a estrutura octogonal, ligada aos templários, e de facto uma cúpula aberta muito interessante:
http://www.portugalnotavel.com/igreja-de-nossa-senhora-da-consolacao-dominicas-elvas/
http://www.portugalnotavel.com/wp-content/uploads/2010/04/elvas-igreja-dominicas.jpg
Quanto a D. João II, pois juntamente com os octogonos, é um assunto que aqui falámos há já 5 anos...
http://alvor-silves.blogspot.pt/2010/04/jerusalem-no-livro-de-marinharia.html
isto também para ver se não me esqueço de trazer aqui a descrição de Manuel Sousa Coutinho, ou seja Frei Luís de Sousa, sobre a abertura do túmulo de D. João II por D. Sebastião.
A descrição vale a pena...
Abraço, e acho que vou aproveitar as férias para compensar o tempo que estive aqui sem escrever.