sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Ponta, ponte, ou ponto de situação

Há uns anos atrás (01/2014), escrevi um "ponto de situação" que dizia respeito à abertura de diversos caminhos para um possível entendimento do nosso percurso histórico.
Tendo compilado agora os 7(+1) volumes do que ficou no blog, é tempo de fazer um certo balanço, na sequência daquele que fiz em 2015, quando tive o blog parado durante uns meses. Por um lado, tendo fechado as actas dos anos transactos, há uma certa tentação de fazer uma longa pausa, por outro lado, ainda há uma boa quantidade de assuntos que gostaria de abordar.

Curiosamente neste último mês foi quando o blog teve mais visitas (ainda que sejam falsas visitas), conforme é facilmente verificado no registo do Blogger:

O registo começa em Julho de 2010 com cerca de 700 visitas mensais, para rapidamente atingir cerca de 3000 visitas mensais em Novembro de 2010, e a partir dessa altura estagnou... variando entre 3 e 5 mil visitas, segundo as contas do Blogger. (Aqui se inclui curiosamente o período entre Outubro de 2011 e Março de 2012, com pelo menos 4 meses em que basicamente larguei o blog.)
A novidade neste último mês de Dezembro (e ainda agora em Janeiro), é uma máquina nos EUA (um Mac correndo Chrome), que de 3 em 3 horas, marca cerca de 30 visitas, o que dá aproximadamente 200 visitas diárias... somando à média de 100 visitas/dia, que ao longo destes 7 anos, tem-se mantido praticamente constante (mesmo quando ninguém cá aparecia). 
Portanto neste último mês, devido a essa ligação de maquinaria, o número de visitas quintuplicou face ao habitual, atingindo o recorde de 15609 visitas em Dezembro. Conforme é possível ver pelo boneco das "Contas" o aspecto do último mês foi este:
 

... com um máximo de 1302 visitas diárias, no dia 19/12/2016 (vá-se lá saber porquê), basicamente para as quais somaram perto de mil visitas russas nesse dia.
Que pela parte americana se trata de uma máquina, é fácil de verificar porque funciona como um relógio, conforme se pode ver pelo registo horário semanal: 
 
Comparação entre visitas nos blogs Alvor-Silves (esq) e Odemaia (dir) na última semana.
Para além de uma diferença de 10 vezes... no Alvor-Silves tem havido uma periodicidade notória, 
de 3 em 3 horas, e no outro apenas um certo caos... perfeitamente natural.

Bom, isto apenas para referir que não será por falta de visitas declaradas que um blog passa a ter mais ou menos frequência, sendo certo que o número de comentadores é reduzido.

Três fases
Posso dizer que o blog teve três fases. Se no final de 2009 me dei conta do problema da "grande mentira histórica", nos dois primeiros anos (2010 e 2011) o assunto não me descansou enquanto não encontrasse para ele uma resposta satisfatória, e pode ser visto nos Volumes, que a minha opinião não é bem a mesma antes e depois de 2012. As conclusões (praticamente finais) chegaram só em meados de 2012, e o ano de 2013 foi especialmente complicado porque foram postas a teste, a nível pessoal, de forma algo complicada. Mas desde 2014, que o resto não tem passado de uma continuação algo artificial... na prática não considero que tenha muito mais de significativo a dizer, e para efeitos de não poluir o fundamental com o acessório, teria até sido aconselhável ter parado por ali... 
Não é que não haja interesse no que fui escrevendo desde 2014, simplesmente já não segue propriamente nenhum objectivo tão bem delineado, e servirá mais um entretenimento para manutenção dos blogues.

Por exemplo, neste momento estou a ler um livro de Charles Fort, que também lançava fortes críticas à mentalidade (pseudo-) científica, positivista, que grassava na sua época, e que continua hoje.
Mas esse, ou outros tópicos, mesmo estando ligados aos tópicos do blog e reforçando as conclusões que aqui foram sendo apresentadas, constituem apenas mais páginas laterais, estando o principal assunto arrumado, há praticamente 4 anos.
Portanto, estando numa ponta, e tendo já feito uma extensão do assunto nos últimos anos, o ponto de situação é mais o de saber se faço nova ponte para extensão, sendo certo que estas matérias não têm fim à vista, nem há vontade que mais seja conhecido....

Assim, se em Dezembro de 2009 a pergunta era - "estamos a ser enganados que nem uns patinhos, o que é que vou fazer?", e a resposta foi - "em vez de perguntar pela hierarquia contaminada, vou divulgar isto, e logo se verá". Porém, logo percebi no mês seguinte, que a contaminação era completa, e fiquei sem saber muito bem o que fazer... 
Assim, entre 2010 e 2011, fui tentar investigar desde quando a mentira histórica generalizada estaria implantada, para perceber de que forma poderia ser ultrapassada. A pergunta era - "de que forma é que poderá ser confrontado o poder no topo da pirâmide?". E a questão já nem envolvia apenas entidades terrenas, desta ou doutras dimensões. Por isso, nalguns dos textos dessa altura ainda não negligenciava a possibilidade de condicionamento por ET's ou outras entidades... A única consolação para esse tipo de questão, é que havendo um poder, haveria certamente um contrapoder, porque as coisas só estabilizam depois de encontrarem um certo equilíbrio. Tendo ficado cada vez mais claro que tudo poderia ser explicado exclusivamente nesta terrinha, pela simples vantagem que a herança leva dos mais velhos para os mais novos, a influência de outras entidades era indiferente. Não precisamos de saber se quem manda é um reptiliano (como diz David Icke), ou se é o vizinho do lado. Interessa apenas que é alguém indeterminado, e que tem um tipo de inteligência semelhante à nossa.

Tiro à cabeça
A arma mais poderosa contra todas as armas, é mostrar a inutilidade de as usar.
Portanto essa arma deve ser usada contra a cabeça mandante. Se a cabeça mandante entender que é inútil disparar, todo o seu arsenal não será usado. É verdade que não muda o poder, mas muda a cabeça do poder, mudando as suas ideias... o que vai dar no mesmo. Se as nossas ideias forem entendidas como correctas, a luta é apenas com a obstinação em manter as incorrectas...
De certa forma, Ghandi usou o mal estar causado pela agressão contra a não-violência, para mudar a cabeça do império britânico, relativamente à Índia, e que se repercutiu noutras colónias. Mas Ghandi procurava apenas uma solução para o seu problema - o problema da Índia, não pretendia com isso resolver os problemas do mandante. 
Um tiro eficaz à cabeça, é quando se mostra que as novas ideias não são apenas melhores para uns, são melhores para todos.
Poderá colocar-se a questão - "mas como se fazer ouvir, se não há nenhuma divulgação...". Porém, se a divulgação é parada é porque há quem ouça e não goste do que ouve, mas não deixa de ouvir. Bom, e se as nossas ideias não estiverem certas? - Mas se as nossas ideias tiverem objecções válidas, então é porque estávamos enganados, e cabe-nos perceber porquê. Aí não há nada a mudar, porque não estamos do lado da razão. Só interessa uma mudança, se seguirmos o lado da razão... e não o nosso lado, só porque é o nosso lado. Nesse caso, estaríamos a fazer o mesmo que os outros - em vez de procurar uma solução global, estaríamos simplesmente a substituir um poder a outro.
De forma que até 2012, procurei atingir a cabeça, sendo que o mais difícil era perceber quais as objecções ou ideias persistentes que a cabeça tinha, para as poder contrariar. 
A meio de 2012, consegui solidificar as minhas ideias por completo, e era-me indiferente se a cabeça mudasse ou não... simplesmente ficaria para trás no processo. Porque um processo natural de evolução é que quem não acompanhe uma melhor modelação universal, torna-se num processo previsível e obsoleto.
Só no início de 2013 tive uma resposta complicada, a um nível que não dá bem para descrever aqui, porque a cabeça manifestou-se facilmente na minha cabeça, ou seja, algo que facilmente um psiquiatra de alguidar classificaria de bipolaridade ou esquizofrenia - e não deixou de haver tentativas externas de ver sintomas nesse sentido. As perguntas foram-se complexificando, e as respostas também. Os textos Hélgia (e outros) no blog Odemaia, dão um pouco conta do assunto. Esse pseudo-interrogatório durou até Dezembro de 2013, e em que nem sempre foi fácil fazer de conta que nada se passava. Na prática, nada se passou, e tudo foi uma mera ilusão da minha parte. Ambas as respostas são equivalentes, para quem está de fora.
Simplesmente haverá vários universos, se assim o quisermos entender, mas mantendo a lógica, só um se vai mostrar consistente do princípio ao fim, e é aquele em que estamos, enquanto prezarmos a nossa racionalidade. Senão, podemos vaguear num mundo de bipolaridade, ou até multipolaridade, que levando a tudo ser possível, afasta-nos do referencial de racionalidade, que este universo impõe. 
Isso pode ser um problema de seres a outro nível... mas não é certamente o nosso, pelo menos enquanto prezarmos a condição limitada com que nascemos - a que chamamos racionalidade.

A oeste nada de novo
Portanto, resolvido esse assunto "complicado" em 2013, desde aí que as coisas voltaram à mais normal das normalidades... Ou seja, com todos os problemas de uma terrinha que ainda preza muito a irracionalidade, mas que não é só defeito, é também feitio. Feitio, porque como outros universos descambam em irracionalidades, o último refúgio é a terrinha que preza a racionalidade. E se no delírio entre génio mau e génio bom, nos fazem entrar presentes inspirados, que nos dão grandes saltos tecnológicos, tanto melhor... a única coisa que aqui não se aceita é magia, sem fundamentação racional. O tempo dos magos magoou, mas já passou... ficou preso em universos que nunca existiram no nosso passado, excepto na sua imaginação, na ilusão de ervinhas, cogumelos e outros alucinogénios, bem como na imaginação e crendice de muitos que ainda acreditam em soluções logicamente inconsistentes.

Contando não abusar da verborreia, e passar o número de postais a um número mais reduzido, penso ainda abordar alguns assuntos pendentes, que são interessantes per se, ou como complemento, durante este ano.

2 comentários:

  1. Olá boa noite,

    Queria dar-lhe, caro Alvor, os meus parabéns por os seus blogues, existem ainda muitos temas “novos” que poderia aborda ou debruçar-se sobre eles aqui… fico contente por si que tenha encontrado o que procurava.

    É pena que tão poucas pessoas tenham a coragem de comentar os seus artigos.

    Tenho centenas de pequenos artigos das muitas revistas antigas da http://www.science-et-vie.com/ onde há pano para mangas, muitas notícias que passaram despercebidas e só dão atenção quem acredita numa civilização, ou várias, existentes antes da última grande era glacial, muitos indícios interessantes, vou procurar o dos ossos das muralhas castelhanas.

    Grato pela sugestão do pdf para o meu blog, cheguei ao ponto de desaceleração da vida em que tudo começa a ficar “sem importância”, a bater à porta dos 60, a minha consolação é a de ver que algumas das minhas predições se estão a realizar, mesmo que não as tenha anunciado, são somente deduções previsíveis, e a de outros olhares atentos, são poucos mas bons. Sei que consegui fazer despertar poucas, mas boas pessoas.

    Este ano passado foi para me instalar em Portugal, compra de casa, os seguintes serão, os que forem, para fazer algo mais consistente com as muitas photos que tirei em Portugal.

    Abraços, melhores cumprimentos, saúde e paz de espírito são os meus votos.

    José Oliveira GE-CH

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  2. Caro José Manuel,
    muito obrigado pelo agradável comentário.
    Se lhe sugeri o PDF foi justamente porque o blog Portugalliae foi muito importante, e agora que os blogs ficaram "fora de moda", e que cada vez mais vão desaparecendo os links para fotografias e vídeos, era bom guardá-lo nesse formato.
    Não tanto pelos leitores, mas pela satisfação própria de ver uma obra feita. Tal como há quem edite livros como edição de autor. Aliás, uma vez feito o PDF, há tipografias que fazem directamente o livro, sem passar pelas questões legais com as editoras.
    Se enviar 14 exemplares para a Biblioteca Nacional, eles atribuem um número ISBN, e fica formalmente registado.

    Depois, há uma coisa muito importante...
    Ter razão em questões controversas, é um acto normalmente solitário e ingrato.
    Mas o que precisa do apoio de muitas pessoas envolvidas, não é o lado que tem razão, é o lado que não tem. Porque, faltando-lhe razão, só consegue ganhar importância pelo número de pessoas aparentemente envolvidas.
    Como na questão do "aquecimento global", aparentemente tudo leva a acreditar que há um grande número de cientistas que não tem dúvidas sobre o assunto. E a medo, sob pena de parecerem malucos, vão questionando aqui e ali, começando a aparecer um número maior, que mesmo assim vão se sentindo isolados e assim silenciados.
    Quando houver ordem de destruir essa fabricação (algo que estará para breve), não se vai dar muito crédito a quem esteve contra desde a primeira hora. Vai-se promover um troca tintas de serviço, que passará por ter feito o brilharete sozinho. Vai-se usar um actor como protagonista de uma história falsa, que copiará a história de alguém verdadeiro.
    Este sistema é cruel, e tem hábito de punir dissidentes, ao ponto de até lhes retirar a história, e inventar um actor para a interpretar.

    Apesar de tudo isso, a vitória da razão é inevitável, e esse é o lado bom. Ou seja, de uma maneira ou doutra, quem estava errado acabará por ter que se render ao lado correcto, mais cedo ou mais tarde.
    O lado mau dessa vitória, é que o sistema tem mau perder, e prefere usar protagonistas errados para factos certos.
    E acaba por ser fácil perceber porque é assim...
    Inicialmente não é nenhum negócio arregimentar ninguém pelo lado da verdade.
    A verdade é o lado fácil, porque é o lado em que as pessoas não têm que mentir.
    Quando se compromete alguém com a mentira, arregimentam-se adeptos pelo lado da mentira, e isso cria o sentimento de pertença a um grupo. Como se comprometeram com algo que só tem importância enquanto a mentira persistir, as pessoas vão-se enganar até a si mesmas, para se manterem no grupo, alimentando a própria mentira.
    Foi assim com a tulipomania holandesa... certamente que a certa altura era óbvio que era uma patranha dar imenso valor a bulbos de túlipa. As pessoas sabiam disso, mas como já estavam tão comprometidas com a mentira, aceitavam-na como se fosse uma verdade que interessava proteger.
    Depois, a mentira não se susteve, a verdade transpareceu, e os bulbos de túlipa devem ter feito os holandeses sentirem-se como os mais estúpidos seres do planeta.
    Mas será que deram algum valor a quem os teria avisado desde o início? Certamente que não, e até teriam ressentimento, por ter havido algum esperto que resistiu, fazendo-os sentir-se mais parvos ainda.
    A razão e a verdade constituem um caminho solitário e ingrato, mas no final de contas são o único caminho que nos serve de referência e nos une.

    Um abraço,
    da Maia

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