terça-feira, 1 de maio de 2012

Mayday

Mayday... é um sinal de socorro.
Mayday... é o primeiro de Maio. 
Um dia da Maia, deusa-da-Terra, comemorado por trabalhadores/servos/escravos no mês de Maio.

O sinal de socorro pode ser entendido de muitas maneiras. Eu entendo-o como um pedido de ajuda de decisores para controlarem o Demo nas suas Demonstrações (Demonstrations=Manifestações).
Quem é o Demo?
Não precisamos falar das Terras do Demo... o Demo vê-se no grego e significa Povo.
O Demo foi e sempre será o "povo", a multidão que vive na escuridão, controlada por alguns iluminados.
Por isso, quando S. Jerónimo introduz a designação "Lucifer", transforma a expressão "portador da luz", que antes se aplicara a Cristo, no pior inimigo dos homens e de uma concepção de Deus.
O povo irá aprender a temer o "Demo", que é afinal o próprio povo, e ainda "Lucifer" que era designação de Cristo - ou seja iria ter como principal inimigo aquele que traria a luz, que libertaria o povo das trevas.
Do ponto de vista da lógica de manutenção do poder, é algo tenebrosamente bem pensado.

Na lógica do poder, podemos ter um sistema de classes, que estabelece uma hierarquia bem definida, mas que arrisca a ser pouco eficaz.

1) A primeira etapa, a escravatura, que remonta à Hera do Cobre.
Escrevo propositadamente Hera e não Era.
Os que descansam nas informações exclusivas dos livros do passado, dos testamentos dos Velhos, conhecem, desconhecendo, um detalhe importante sobre a História que virou Estória... e não se trata apenas desta História poder ficar ocultada numa nova Estória. Sobre a mentira não se erguem vencedores que reescrevem a História, erguem-se ilusões.

O sujeito que nascia na condição de escravo não era obviamente um trabalhador motivado.
A sua produção era claramente destinada a incrementar o poder de quem oprimia a sua família, a sua tribo, o seu povo. Pior que isso, os escravos reconheciam facilmente os opressores e estes podiam ser alvo de uma revolta. O exemplo que marcou esta ira foi a revolta de Spartacus, e o erro crasso, de Crasso, em reprimi-la de forma exemplar com 6000 crucificações na Via Ápia... a Cruz tornou-se definitivamente num símbolo do sofrimento dos escravos, algo continuado com o cristianismo.

2) A segunda etapa, o servilismo, que irá fundar a Hera Média, ou Idade Média.
O cristianismo teve a virtude de incutir nos escravos uma religião de aceitação do sacrifício, uma recompensa numa vida posterior, e a ideia de um juízo final. Talvez não fosse ainda motivante como factor produtivo, mas apaziguava o espírito de revolta.
A progressiva integração do cristianismo no Império Romano levou mesmo a uma substituição funcional do poder na Idade Média. Roma não caiu, apenas deixou de ser o centro de decisão política e passou a centro de decisão religiosa... No entanto, este centro religioso era afinal um centro de consenso político, que harmonizava as pretensões individuais dos diversos reinos. Os laços familiares entre as diversas famílias reais europeias eram o corpo comum às várias cabeças coroadas, uma Hidra portanto.
Os Godos serviram a ilusão de vários poderes, mas mantinham o mesmo centro... o poder reconhecido era o outorgado pelo Papa, em Roma.
Nessa transição cumpriu-se ainda uma pretensão cristã, há muito adiada... o fim da escravatura! Para além disso, a liberdade do escravo, agora servo, acabava por ser mais "barata" já que o seu senhorio não estava "obrigado a alimentá-lo".

Só que o fim da escravatura teve alguns preços... Primeiro, para os próprios escravos, que não tinham terras outorgadas, e assim ficavam completamente dependentes do trabalho em terra alheia.
Da condição de escravos, remetiam-se à condição de servos, para subsistência própria. Essa dependência, essencialmente alimentar, tornava-os na prática em novos escravos.
O sistema requeria ainda uma efectiva regressão civilizacional, por forma a não permitir grandes progressos tecnológicos, mantendo uma constante necessidade de trabalho. Os impostos seriam uma desculpa, mas o que se procurava efectivamente seria manter as cabeças dos servos concentradas na produção. Houve revoltas, mas os grupos que se revoltam seriam sempre frágeis pela falta de organização, pelas rivalidades e invejas internas... e pior, desconheciam o efectivo poder da força que enfrentavam. Em caso de necessidade, o conhecimento guardado, herdado dos Romanos (e de muitos outros antes) revelaria armas completamente desconhecidas ao uso comum do povo.
O sistema foi aparentemente eficaz durante um milénio... e não caiu, mudou de novo a sua face.

O problema principal foi a pimenta... ao fim um milénio, era necessário apimentar o sistema!
Um sistema destes vive da ocultação, de regressão, de proibição de viagens... não só de barcos, mas até de carroças (excepto para transportar alimentos). Aguenta, mas novamente não é produtivo!

A sua extensão e concertação ultrapassou a Europa, esteve presente de igual forma no mundo islâmico, e também nas sociedades asiáticas. Essa espantosa harmonia de desenvolvimento seguido de não-desenvolvimento revela uma extensão global.
No meio, entre a Europa e a Ásia, estavam os Tártaros... que de Genghis Khan a Tamerlão constituíram vastos impérios, denominados Mongóis, ou Mogol.
O Tártaro era afinal o Inferno grego... nos terrenos de Gog e Mogog
Muralha de Ferro construída pelos persas (com ajuda dos 
"sobrenaturais" Jinn) para conter a invasão dos bárbaros Gog e Magog

"In verno"... (entre escravos) o inferno da elite seria de facto uma desprotecção, no meio do povo. Por isso, a primeira evolução medieval começa com o aparecimento de literatura vernacular, na linguagem popular, fora do latim, como é o caso da Divina Comédia, de Dante.
Tal como antes o Tártaro dos Hunos ameaçara e fracturara o Império Romano, também o Tártaro de Tamerlão ou Khan parece ameaçar de novo a estabilidade euroasiática... Marco Polo atesta-o, aparecem depois os Otomanos como novo foco de preocupação, e a Velha Europa é forçada a abrir o véu a novas fronteiras. Os Tártaros desaparecerão depois com a expansão russa de Pedro e Catarina, e da memória dessa civilização ficou muito pouco, se atendermos ao esplendor relatado de Samarcanda e outras cidades.

3) Terceira etapa, o trabalhador e "cidadão", que irá definir a Hera Moderna e Contemporânea.
A solução para evolução medieval começara já a ganhar corpo com os Templários. No início, o argumento principal seria uma extensão da influência da fé, mantendo o mesmo corpo de união na expansão e consolidação ultramarina. Porém, a ideia, que beberá de influência judaica, do Templo de Salomão, e da maçonaria, será uma estrutura de base económica.
Ao beber nos clássicos, recolocar-se-ia a ilusão como base de sustentação.

De início a expansão pelos "descobrimentos" era tímida e muito controlada. Começava a surgir a pimenta que iria apimentar a sociedade europeia, mas necessitava de uma Inquisição activa, que controlava a publicação de material subversivo. Ao mesmo tempo, estas explorações iniciais eram paralelamente conquistas e destruição de civilizações e vestígios anteriores. Caíram Aztecas, Maias, Incas, mas também outras culturas, cujo nome nem sobreviveu.
Um problema efectivo seria evitar uma migração descontrolada da população para outras paragens, e por isso a ideia de colonização acabará apenas por ocorrer já no fim da Idade Moderna, Séc. XVII. 
Se por um lado os servos se tornavam mais livres, e migravam para outras paragens, aparecia uma nova servidão, novamente sob a forma de escravatura, que libertava parcialmente os trabalhadores europeus. Agora os servos podiam ter escravos, e criava-se um novo degrau, que mantinha a estrutura.

O apimentar da sociedade medieval fez o Renascimento, e o conhecimento perdido foi rapidamente recuperado. Apareceu uma nova classe média, burguesa, que aceitava as regras sob condição do seu enriquecimento. O dinheiro, antes escasso, demasiado preso ao valor do metal, passou a circular abundantemente, pelos suplementos de ouro, gerando um circuito de confiança mercantil.
A produtividade conseguia-se com esse estímulo mercantil, e os produtos deixaram de ser fabricados apenas para consumo local, iniciou-se um efectivo comércio de grande troca de bens.

Podemos distinguir duas fases. No início o comércio foi principalmente desenvolvido pelo circuito de navegação com o Oriente. No Ocidente, no continente americano, houve "conquistadores", e as colónias demoraram a desenvolver-se, pelo que não havia propriamente necessidade de trocas, havia um envio de mercadorias para Espanha. Na parte Oriental foi diferente, não houve conquista portuguesa, e foi por esse lado que se consolidou a importância comercial, depois através das diversas Companhias das Índias Orientais.
O principal foco de comércio seria interno à Europa, e não teve o mesmo impacto de desenvolvimento pelo lado da Índia ou da China. Foi dentro da Europa que se desenvolveram as estruturas de comércio, centradas nas Companhias das Índias. Com Henrique VIII em Inglaterra, e com o favorecimento à Reforma de Lutero, noutros reinos, o centralismo do poder papal em Roma foi perdendo a sua importância, e mesmo a Contra-Reforma não alterou isso.

Com a Guerra dos Trinta Anos, a decisão passou por uma independência das nações face ao poder centralizado em Roma, mas principalmente permitiu ainda uma autonomia dessas Companhias das Índias Orientais, que iriam consolidar o comércio. Gerou-se um poder comercial independente do poder real, e a estrutura de poder das nações complexificou-se. O governo deixou de estar centrado na aristocracia, já que passava a depender fortemente do comércio dominado pela burguesia.
Por um lado, há experiências no sentido de libertação total da aristocracia, que começam com a Guerra Civil Inglesa, e em que Cromwell será o primeiro regente de ascendência não real na Europa, desde o Império Romano. Por outro lado, há tentativas de libertação do poder comercial das Companhias das Indias, que no caso francês pela bancarrota levaram à Revolução Francesa.
A burguesia tenta reinstalar a ideia de República, mas a sua fragilidade, e a facilidade de manipulação do ímpeto popular, caem nas armadilhas cortesãs, na falta de referencial unificador (o rei), e acabam por adiar o projecto. As primeiras grandes repúblicas só vão aparecer na transição do Séc. XIX para o XX, se excluirmos os exemplos americanos, onde não havia cortes instaladas, ou ainda "pequenas" repúblicas, como a Holanda (que regressará a monarquia) ou Veneza.

O atraso na descoberta e colonização de novos territórios teve inicialmente a responsabilidade no centralismo de Roma, mas prosseguirá com as várias Companhias das Índias. Uma razão, entre outras, terá sido a necessidade de consolidar e fortalecer o poder comercial. As colonizações sob controlo das regências europeias funcionariam no sentido de exploração dos territórios, e não propriamente no sentido do desenvolvimento comercial.
O grande projecto será a criação de raiz um Estado de modelo comercial, que serão os Estados Unidos. Uma burguesia, unida de forma trans-nacional através da maçonaria, aparece assim apostada num modelo de um "mundo novo", liberto da influência aristocrática.

O problema da real escravatura, que ocorre em simultâneo, aparece como algo relegado para segundo plano, na consolidação da estrutura americana. O modelo de libertação dos servos, deixara esquecida a escravatura, na lógica economicista. Os próprios trabalhadores acabam por ficar desprotegidos no pragmatismo do livre capital. De escravos a servos, e depois a cidadãos trabalhadores, os sistemas acabam por não conseguir impedir o estabelecimento de uma nova aristocracia que exige servos.
É nesta lógica de problema trans-nacional que surgem as ideias marxistas, e o palco escolhido será uma Rússia sob a forma de União Soviética. Esta lógica trans-nacional acaba por abafar as nacionalidades, reduzindo-lhes a História e a margem de manobra.

As experiências republicanas europeias (Itália, Portugal, Espanha, Alemanha) acabam por reeditar esse espírito nacionalista, entretanto submerso ou humilhado, sob a forma de regimes ditatoriais. As monarquias liberais, menos susceptíveis a tomadas súbitas de poder, e ligadas entre si, reagem.
A essa aliança trans-nacional, juntar-se-ão EUA e URSS, regimes aparentemente antagónicos, mas com génese idêntica, que derrotarão a visão nacionalista na 2ª Guerra Mundial.
Qualquer visão nacionalista é reprimida, pois não resolveria o problema global, e a médio prazo retomaríamos as guerras habituais entre nações, mas numa escala bem maior. Quanto à URSS, o sistema de controlo centralizado acabou por criar vícios de poder semelhantes aos da aristocracia, acabando por sucumbir à própria experiência.

Com tanto para esconder, tudo se vai mantendo escondido... mas raramente esquecido!
Por isso, os problemas nacionalistas, que resultam da falta de verdade histórica, acabam por ser o maior problema para ordem trans-nacional, firmemente alicerçada no comércio, e o seu controlo é habitualmente associado à maçonaria e ligação judaica, enquanto poder trans-nacional.
A exposição da verdade histórica é reprimida, pelo exemplo traumático da Revolução Francesa, e pela constatação de que a verdade social, a crença, consegue ser facilmente manipulada e sobrepor-se a qualquer racionalidade... especialmente se essa racionalidade tiver atingido limites não racionais!

Ao mesmo tempo acaba por se sobrepor uma visão relativa, ou relativista... da verdade e da felicidade.
Cada indivíduo cresce e forma as suas expectativas de acordo com a sua educação e do que conhece, por isso a felicidade, ou a verdade, acabam por estar condicionadas pela orientação dessa informação. Crê-se assim ser perfeitamente possível oferecer uma ilusão de vida com expectativas de felicidade, onde alguns acidentes podem ser nefastos ou agradáveis, não precisando de justificação.
Os mais ambiciosos, ao subirem demasiado alto, levados na tentação de um Fausto de Goethe, podem confrontar-se com uma realidade completamente diferente... e exprimem esses sentimentos de censura e frustração sob forma artística ocasionalmente apreciada e recompensada, mas também facilmente esquecida.

Na base da pirâmide pode criar-se a ilusão de felicidade e de verdade, mas as falhas são notórias quando se começa a subir, e o risco de boicote começa com quem se apercebe da prisão em que está encerrado, comprometendo toda a estabilidade do sistema ilusório... e que, apesar de tudo, de poder ser visto apenas como uma forma de aumentar a produtividade do trabalho, trouxe um grau de liberdade sem precedentes, quando olhado o início desta história.


In the Kingdom of the Blind the One-Eyed Are Kings

If it were within, within our power
Beyond the reach of slavish pride
To no longer harbour grievances
Behind the mask's opportunist's facade
We could welcome the responsibility
Like a long lost friend
And re-establish the laughter
In the dolls house once again
For time has imprisoned us in the order of our years
In the discipline of our ways
And in the passing of momentary stillness
We can see our chaos in motion, our chaos in motion
We can see our chaos in motion
View our chaos in motion


(1 e 2 de Maio de 2012)

8 comentários:

  1. Gostei muito deste! Espero pela continuação (mas não auguro nada de bom...)

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  2. Olá Olinda, e obrigado.
    Pois, o texto ficou longo, e tentei sintetizar ao máximo.
    Como fui fazendo vários textos de análise, convinha aqui fazer um síntese, até porque acabam sempre por ficar mais claros vários aspectos.
    É claro que isto é apenas uma linha de raciocínio, onde evitei especular sobre coisas menos palpáveis.
    Com mais dados poderia complementar, ou até alterar, parte do que aqui escrevi.
    Porém, quando escasseia a luz, vamos tateando o caminho...

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  3. 'demo' quer dizer 'escória', já que era o termo usado pelo agricultores da antiga Grécia
    'povo' em Grego traduz-se como 'laós'

    A ribeira de Lucefecit não tem Jerónimo mas tem Juromenha.

    abc
    B

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    1. "Demo" é daquelas... tendo como boa a informação abundantemente divulgada, por exemplo:
      http://www.etymonline.com/index.php?term=democracy
      https://en.wiktionary.org/wiki/demos

      mas tem razão, também consta "laos" que passa depois como um "laico" latino
      https://en.wiktionary.org/wiki/%CE%BB%CE%B1%CF%8C%CF%82

      O significado alternativo de "demo" como "escória" é revelador para a noção de democracia, mas é certo que "escumalha", "piolheira", etc... eram adjectivos nalguma aristocracia e monarquia quando se referiam menos comprometidamente ao povo. Isso segue na linha que menciono no texto.

      Aqui a referência a Lucefecit é muito hermética, meu caro... fez-me puxar pela mona lisa.
      Poderia até compreender a problemática, mas passa-me ao lado, porque é certo que o pentágono não vai parir nenhum círculo de chamas, e creio que as chamas do outro lado foram para chamar o mesmo com outro nome.
      É muito importante manter a nossa racionalidade sem nomes, nem nomeações.
      Se X destruiu, convém atribuir o valor a X sem olhar para o nome de X.
      Um nome é um som.
      Sondar é palavra antiga, e de "som+dar" não sei que som é que dava, mas parece claro que lançando alguns sons, algumas palavras, se poderiam saber as reacções.
      O insondável, pelo contrário, refere-se ao que não se pode sondar - não vale a pena mandar sons, fazer experiências, que não se sabe mais por isso. Isso corresponde sempre a conceitos equivalentes de impossibilidade. Não de uma impossibilidade deduzida, mas de uma impossibilidade declarada. Ora, é uma mera confusão literária chamar por palavras diferentes coisas iguais. Eu não perco tempo com o que sei que não posso saber, mas sei que há contradições lógicas, e uma delas é a identificação da parte com o todo.
      Por exemplo, podemos associar todos os pares (uma parte) a todos os números naturais (o todo)... basta dividir por 2, mas não faz isso sem a divisão por 2. Ora, essa divisão por 2 é algo que não está na parte donde partiu. Qualquer identificação remete sempre para uma estrutura de relação superior, que lhe permite a associação. Dito doutra forma, qualquer olho nunca se consegue ver a si mesmo, pode é acreditar que se vê, usando um espelho.

      Abraço.

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    2. 'ethnos' também é daquelas, já 'demos' soa a lavagem, pese embora os termos possam ser congruentes mas desde os vastos impérios e até mesmo nos de Hasburg, Prússia, Romanov ao Otomano que 'demos' não foi usado e sim 'ethnos' já que os povos eram compostos de etnias e não aglomerados políticos - estes sim seriam 'demos' na antiga Grécia e no Grego antigo referentes aos grupos de pessoas que geriam o município - apesar de 'demos' ter sido o termo utilizado pelos antigos historiadores gregos para denominarem os povos sovietes que viviam do negócio da escória (algures na The Baltic States from the Soviet Union to the European Union: States and Nation Building : The Politics od Identity...pode ser que o autor até esteja errado e os dicionários é que estão certos)

      abc

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    3. Uma evolução: http://web.stanford.edu/group/dispersed_author/docs/OriginalMeaningDemocracy_Ober.pdf
      Outra: http://www.olinrevelation.org/NewWebsite/DemocracyEtymology.htm
      E por vezes 'república' aparece como 'Δημοκρατία' (Di̱mokratía)
      Plutarco descreve que os demos ganharam a liberdade e dominaram os ricos. em Megara 7-6 AEC, assinalando o kratos que eles conseguiram reunir na anarquia. Teógnis e Aristóteles referiram 'pessoas comuns', Plutarco referiu 'pobres', gente que não tinha direito à propriedade.

      abc

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    4. Interessante, Bartolomeu.
      Não me constava que se disputasse o significado dessas palavras gregas.
      Mas, como é natural, dado o "cobre" que cobriu tudo, isso nem surpreende.

      No entanto, também já percebi que na tal "inteligência das coisas" é um bocadinho indiferente as alterações que se fizeram propositadamente, porque se o sentido de umas foi mudado, outras mudaram em concordância... porque há mecanismos que puxam para um lado, e outros para o outro.
      E se os eslavos eram "slaves" dos gregos, também o rebanho era "gregário", "agregado", e via-se grego para sair das balizas de Hércules, perdendo-se em odisseias.
      Isto muito antes dos rebanhos cristãos serem agregados nas "egrejas"...

      O episódio de Megara no Séc. VII a.C., com o ditador Theagenes
      https://en.wikipedia.org/wiki/Theagenes_of_Megara
      terá sido certamente importante, mas eu diria que isso foi uma revolta de escravos contra os capatazes, e não contra os senhores - externos e condicionantes do desenvolvimento grego.
      Por isso, os Anedotos continuaram a brincar aos Atuns ou aos bacalhaus, puxando aqui e ali os medos dos Medos, com supervisão dos Caldeus.

      Muito provavelmente "Crato" que faz a outra parte de demo-kratus, pode ter sido também o nome de um tiranete, com os sucessos e insucessos próprios a quem não controla nada, mas julga controlar tudo.

      Abraços.

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  4. É uma pena ter descontinuado a escrita, pois agora seria uma boa altura para retomar e continuar este texto. Motivos não faltam...
    A. Saavedra

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