Rafael Bluteau, num preâmbulo à renovação da Academia dos Generosos, em 1717, diz o seguinte:
Maravilhosas, mas tristes, inúteis, e sempre fúnebres foram as tão celebradas lâmpadas ou lucernas inextinguíveis dos Egípcios. Que maior maravilha, do que luz perene de uma incombustível matéria, sempre ardendo e sempre luzindo, sem socorro de novo alimento, porque sem consumo do primeiro?De que lâmpadas fala Bluteau, que seriam inextinguíveis?
Quando olhamos para estas representações podemos não querer ver as ampolas, e percebe-se que até ao Séc.XX, antes da generalização das lâmpadas, ninguém visse nada de especial. Porém, quando vemos cabos ligados à extremidade fica difícil não fazer a associação. Mas de onde viria a energia eléctrica? Essa resposta já foi mencionada aqui, foram encontradas as Pilhas de Bagdad, com mais de 2 mil anos, descobertas em 1936, que funcionavam como baterias eléctricas primitivas:
Juntando o registo de Bluteau a estas representações e descobertas arqueológicas, torna-se plausível a hipótese de que os antigos egípcios, sumérios, conheciam a electricidade e faziam uso dela semelhante ao uso corrente - por exemplo, iluminação.
A principal diferença face aos tempos actuais seria que tal tecnologia seria do estrito conhecimento da elite dominante, e por isso de uso e acesso muito restrito, tendo-se mantido assim durante milénios.
Outra prova deste avanço civilizacional, de que se perdeu registo, ou melhor, cujo registo não é publicado ou publicitado, é o caso da Máquina de Anticítera (assunto já abordado por JM no blog Portugalliae)
Vestígios do mecanismo encontrado em Anticítera.
A complexidade do mecanismo foi estudada, por Raio-X, em vários artigos científicos,
concluindo tratar-se de um relógio astronómico, similar em complexidade aos do Séc. XVIII,
modelando os movimentos da Lua, Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter e Saturno.
Este achado arqueológico do Séc I a.C, recolhido de um navio naufragado, em 1901, confirma outras referências em textos antigos sobre mecanismos deste género (p.ex. Cícero). Está aí gravado o nome ΙΣΠΑΝΙΑ que seria a primeira referência ao nome Hispania (os gregos usavam a designação IBEPIA : Iberia). Outros mecanismos como os de Al-Jazari (1205) podem ter seguido alguma tradição árabe recuperada deste legado perdido dos gregos.
É claro que da literatura árabe chegou-nos ainda a fábula de Aladino e o génio da lâmpada
e estas histórias acabam sempre por revelar um outro significado.
Como um novo olhar para o mesmo quadro...
Afinal, há um mago que persuade Aladino a entregar-lhe o génio escondido na lâmpada.
Como um novo olhar para o mesmo quadro...
Afinal, há um mago que persuade Aladino a entregar-lhe o génio escondido na lâmpada.
O segredo escondido na lâmpada revelou um Génio eléctrico que permitiu um progresso tecnológico sem precedentes. Estará na altura do mago reclamar de Aladino a lâmpada, e voltar a encerrar o nosso génio?
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