Mapas no Tratado de Marinharia achado por João de Lisboa em 1514
1. INTRODUÇÃO. Não querendo falar aqui sobre a enigmática inexistência de mapas, sejam eles egípcios, sumérios, gregos, romanos, etc… fica claro que só temos acesso a uns poucos mapas do final da Idade Média (catalães, italianos), e a verdadeira produção só é começada a partir de 1500. Há alguns mapas que merecem uma atenção e um relevo especial, mas que pouco têm de tão informativo e surpreendente quanto o conjunto de mapas incluso no Tratado de Marinharia (ou Livro de Marinharia) de João de Lisboa, de 1514. Desde a representação do Estreito de Magalhães, às quinas nos castelos em território Inca, ou numa bandeira em Jerusalém, tudo isto deveria merecer a máxima atenção. No entanto, a obra é quase desconhecida, relegada para terceiro plano, e conheço apenas um trabalho de Luís de Albuquerque no final do Séc. XX, sobre uma parte escrita inclusa – que é o Tratado da Agulha de Marear.
Não vamos falar aqui dessa parte escrita, a que parecem faltar muitas páginas. É demasiado evidente o que está nos mapas, e são esses que prendem a nossa atenção imediata.
2. DATAÇÃO. Na página 26 do Tratado de Marinharia surge a primeira indicação sobre a sua data.
Aqui se começa o tratado da agulha de marear achado por João de Lisboa o ano de 1514 - pelo que se pode saber em qualquer parte que homem estiver quanto é arredado do meridiano verdadeiro pelo variar das agulhas.
O ano de 1514 é aqui referido e serve como datação para o Tratado da Agulha de Marear. Não é preciso ser perito em caligrafia para perceber que há duas formas, mas pelo seu uso ao longo do texto percebe-se que terá havido alguma simultaneidade temporal.
A caligrafia para os títulos dos capítulos é diferente, mas alterna com uma caligrafia corrida, de forma natural. Uma excepção é esta inclusão da datação, fora das margens da página. Ou o próprio autor fazia uso de duas formas, o que nos parece difícil, ou houve duas pessoas a escrever o texto, talvez pai e filho, ou mestre e aluno.
A menção “achado por João de Lixboa” deve ser entendida como “encontrado por João de Lisboa”. O corrente sentido popular do verbo achar (no sentido “considerar”, “julgar”) não faz aqui qualquer sentido. É dito claramente que João de Lisboa encontrou um tratado anterior a 1514, que dá conta.
Os problemas de datação continuam com os mapas inclusos. Essas dificuldades são brevemente relatadas na Portugalia Monumenta Cartographica. Aí estabelece-se como data limite superior o ano de 1560, já que as referências ao Estreito de Magalhães, ao Japão, ou aos bancos de D. João de Castro, obrigariam a uma datação posterior a 1540.
A análise feita na Portugalia Monumenta Cartographica parece-nos feita de forma propositadamente pouco detalhada. Não são mencionados problemas nos mapas, inconsistentes com a teoria oficial, que colocam bandeiras portuguesas em território Inca (Perú), em Jerusalém, etc. Seria talvez mais importante publicar os mapas do que entrar em polémicas que poderiam comprometer a publicação da obra em 1960.
3. MAPA DO GLOBO.
(página 104)
O mapa do globo, em representação polar, é talvez a peça mais fascinante do conjunto de mapas no Tratado de Marinharia. Encontramos uma representação que em traços gerais não é muito diferente dos mapas actuais. Mais, é globalmente superior às representações encontradas posteriormente noutros mapas até 1770.
Em vários aspectos este será talvez o melhor mapa-mundi de que há registo durante os 250 anos seguintes à data da sua publicação.
Analisemos a disposição das bandeiras no hemisfério português de Tordesilhas
Reparamos que não há qualquer bandeira na península arábica. Isso só seria possível antes das conquistas levadas a cabo por Afonso de Albuquerque, nomeadamente de Ormuz, e dá-nos uma indicação clara para ser anterior a 1515. Há uma bandeira na China, o que se ajusta aos primeiros contactos em 1513, e também bandeiras em Java e Timor (1512). Não há qualquer bandeira no Japão. As bandeiras seguem a costa africana, indicando as possessões portuguesas, e encontram-se ainda na Índia.
Uma análise desta parte leva-nos a uma consistência com a datação de 1514.
Surge agora o problema oficial, com as bandeiras colocadas na parte americana
Vemos que praticamente toda a costa do continente americano está coberta com bandeiras. Perante a datação de 1514, estamos no ano seguinte à chegada de Balboa à costa do Oceano Pacífico. Portanto, nenhuma das bandeiras na costa do Pacífico se pode referir a presença espanhola (nem a nenhuma outra).
A diferença entre bandeiras azuis e vermelhas tem apenas a ver com a distinção entre as bandeiras de quinas (reais, azuis), e as bandeiras com a cruz de Cristo (vermelhas).
A parte da costa americana que não tem bandeiras, é exactamente a que já se encontraria sob reserva espanhola – uma parte no golfo do México (Cortés desembarca em 1519), e uma parte na costa venezuelana (onde Colombo teria desembarcado em 1502).
Este é na nossa opinião o mapa de 1514 que não sofreu alterações posteriores, tal como o mapa da Europa, que mostra uma situação política anterior a Carlos V, fazendo notar uma bandeira de Castela em Sevilha (Juana I, mas sob influência do pai Fernando), e uma bandeira francesa com o arminho bretão, justificado apenas para o reinado com Ana da Bretanha (que morre em 1514).
(página 81)
Com os outros mapas notam-se algumas inclusões, que “justificariam” a datação posterior do conjunto, e que passamos a explicar.
4. COLA DO DRAGÃO. António Galvão faz referência ao prévio conhecimento do Estreito de Magalhães, que teria sido chamado Cola do Dragão (i.e. Cauda do Dragão).
No ano de 1428 diz que foi o Infante D. Pedro a Inglaterra, França, Alemanha, à Casa Santa, e a outras daquela banda, tornou por Itália, esteve em Roma, e Veneza, trouxe de lá um Mapamundo que tinha todo o âmbito da terra, e o Estreito de Magalhães se chamava "Cola do Dragão", o Cabo de Boa Esperança: "Fronteira de África" (…)
Portanto, não é novidade que poderia haver um prévio conhecimento do Estreito, muito antes de Magalhães ter efectuado a sua viagem.
No mapa do globo não encontramos referência ao “Estreito de Magalhães”, porém um destaque é dado ao Cabo da Boa Esperança. Situação inversa é encontrada nos mapas de pormenor. Aí não encontramos destaque para o Cabo da Boa Esperança, mas um grande destaque é dado ao “Estreito dos Magalhãis”:
(página 72)
Trata-se de uma inclusão posterior facilmente exequível. Acresce que, à saída do Estreito, encontramos uma outra referência a vermelho que ultrapassa os limites do mapa, notando-se a inclusão limitada pelo espaço dizendo “estreito de fernão magalhãis ”. Tudo indica tratar-se de inclusão posterior, a que acresce a designação portuguesa “porto de são Julião”, entre outros detalhes.
5. COSTA DO PERU
(página 68)
No mapa de detalhe sobre a costa do Peru, vemos então castelos com bandeiras nacionais (as cinco quinas são indiscutíveis), e ainda uma possível bandeira islâmica. Não havendo qualquer registo de presença portuguesa nestas paragens, a execução é anterior à conquista castelhana de Pizarro, ou seja, anterior a 1535. Há uma mistura de nomes portugueses e castelhanos, resultado de possíveis inclusões posteriores de nomes, adaptados à conquista em curso. É de suspeitar que as inclusões sejam posteriores a Balboa e a Cortés, anteriores a Pizarro.
6. TERRA NOVA. Outro caso onde se poderia colocar em causa da datação do conjunto, relaciona-se com um mapa da Terra Nova e Labrador, onde se pode ler o nome “Estreito do Franceses”. Este nome poderia ser antigo, relacionado com viagens bretãs, mas pode também ser relacionado com a viagem de Jacques Cartier, sugerindo data posterior a 1535. No entanto, mesmo aqui, parece-nos notória a inclusão de nomes, pela própria necessidade em cortar a palavra “franceses” para adaptar ao espaço existente.
(página 66)
Uma das poucas designações que referem a presença francesa é a de “c. dos bretões”, ou seja Cap Breton (que curiosamente, sob domínio francês, foi chamada Île Royale). O frequente aparecimento do arminho bretão nos mapas de Reinel, na zona de França, faz supor um eventual entendimento com os bretões na exploração da zona da Nova Escócia e Terra Nova.
7. JERUSALEM. Num dos mapas aparece de forma surpreendente uma bandeira azul com as 5 quinas em Jerusalém. Não é um facto menor… todas as Cruzadas tiveram como propósito a reconquista da Terra Santa, por isso não seria ligeiramente que alguém colocaria uma bandeira portuguesa em Jerusalém, perdida para Saladino em 1187. A terceira cruzada, com Ricardo Coração de Leão, e todo o esforço templário durante vários séculos tinha esse propósito.
De que forma isto faz sentido? Como tal facto passaria despercebido na História?
(página 94)
A bandeira não é exactamente igual às restantes bandeiras com 5 quinas. São conhecidos os relatos de Afonso de Albuquerque no sentido de recuperar Jerusalém, havendo referência a uma possível troca com Meca (que após a conquista do Suez estava à mercê dos portugueses). A cidade estava sob controlo Mameluco, com capital no Cairo, e a esse império já o vice-rei Francisco de Almeida tinha infligido uma pesada derrota naval em Chaúl. Afonso de Albuquerque teria pedido autorização ao rei, mas ao invés foi imediatamente substituído no cargo de vice-rei por Lopo Soares de Albegaria, tendo morrido na viagem de retorno.
A partir desse momento, e com a queda do domínio Mameluco pelo império Otomano, o desígnio de conquistar Jerusalém parece ter deixado de figurar como prioridade nas conquistas portuguesas, e em geral, deixou de figurar como objectivo principal, mesmo no Séc. XIX, quando os ingleses possuíam um poder naval completo. A incursão napoleónica chegou apenas a Jaffa, e não prosseguiu pela peste…
NOTA: As imagens aqui apresentadas estão acessíveis no Arquivo da Torre do Tombo.
Caro Alvor,
ResponderEliminarComo nota, alerto que João de Lisboa retrata as terras da Alemanha Alta e Alemanha Baixa, na Suécia, de hoje.
Em 1514 não havia Alemanha, nos limites que conhecemos hoje, e a Germania Alta seriam no interior da Europa, pelo que penso que ele se refere aos Suevos?!
Assim, a minha pergunta, é será que António Galvão também se refere ao mesmo povo, quando diz que D. Pedro foi visitar a Alemanha?
Faria todo o sentido, pois traria conhecimento de eventuais explorações a Oeste pelo mar do Norte.
Trazendo luz à dúvida se João Vaz Corte-Real terá mesmo ido com Didrik Pining para Oeste via Gronelândia.
Cumprimentos,
Djorge
Curiosamente tenho mesmo um postal chamado «Alemanha Escandinava»:
Eliminarhttps://alvor-silves.blogspot.com/2011/04/alemanha-escandinava.html
referindo exactamente o mesmo mapa de João de Lisboa, e que na altura surgiu a propósito de notícias de acampamentos romanos desencantados perto de Hanover e também registos até na Dinamarca.
Aquilo que me parece, e indo ao encontro do que refere, é que na perspectiva romana poderia não ser considerada a diferença entre os alemães e os suecos.
Se calhar nem existia mesmo, ou seja, umas tribos estavam acima do Mar Báltico e outras tribos estavam abaixo, mas poderiam ser todos vikings.
Isso é de certa maneira concordante com a língua sueca ser tão próxima da alemã quase como o espanhol é próximo do português. É concordante com a mitologia escandinava e alemã ser muito próxima.
Portanto, podemos entender que o problema romano com os alemães é que mesmo que eles progredissem no território - e terão ido até Hanover pelo menos, nunca conseguiriam desembarcar na Suécia e conquistá-la, como fizeram na Grã-Bretanha.
A separação entre a Alemanha e a Suécia pode ter ocorrido depois, quando o frio obrigou a deslocação e invasão desses povos, dos Suevos e Godos, e sim os Suevos seriam os da parte baixa (Alemanha), enquanto os Godos viriam da Suécia (há uma ilha sueca que se chama Gotland, que dá o nome à província sul).
Na época medieval como a Alemanha ficou associada império de Carlos Magno, essa parte nunca mais deixou de ser associada à Alemanha, e só a restante, a parte Sueca, foi depois associada aos vikings e normandos.
O infante D. Pedro foi prestar serviço ao imperador do Império Sacro-Germânico, e portanto seria claramente na actual Alemanha.
Agora, apesar de ser habitualmente negligenciado, o acordo de Afonso V com os dinamarqueses de Cristiano I, fazia todo o sentido, quando se queriam explorar mares gelados.
Nem seria preciso outra coisa, para suspeitar desde logo que os portugueses se estavam a meter por mares excessivamente gelados, para os quais precisavam da experiência de navegação nórdica.
Nesse sentido, parece ser plausível que Pining e Corte-Real possam ter navegado numa missão conjunta, conforme foi teoria do Sofus Larsen no Séc. XIX, baseada nas recompensas de Pining (governador na Islândia, 1478) e Corte-Real (governador nos Açores, 1474).
Mas eu não creio que eles estivessem minimamente com missão de descobrir a América, porque essa era sobejamente conhecida, e para ela os portugueses não precisariam de dinamarqueses.
A missão deles era mesmo a descoberta da Passagem Noroeste... se o conseguiram ou não, não sabemos, mas devem ter progredido bastante, provavelmente além da Baía de Hudson.
Abraço.
Caríssimo,
ResponderEliminarEra exactamente a essa passagem que me referia quando escrevi "a Oeste".
Estamos em sintonia, também acho que foram até à "baía de Hudson", lembro-me de ver num mapa, essa área demarcada como "lago doce" ou talvez noutra língua mas com o mesmo significado, só não sei o quão posterior é a 1497.
Falta-me a fonte, vou procurar e faço uma adenda quando encontrar.
Relembro a primeira vez que trocamos correspondência, acerca do mapa atribuído a Pedro Lemos e/ou Sebastião Lopes, com data oficialmente atribuída de 1590?, mostra a passagem e a baía claramente.
Se a "estoria estabelecida" não reconhece as explorações Portuguesas conseguidas pela passagem a Noroeste, então esse mapa não deveria existir.
Por outro lado, esse mapa, mesmo com uma data de 1590 é antecessor de qualquer outro mapa que "aproximadamente" demonstre a área acima do circulo polar Árctico.
Hudson só em 1610 é que a explora.
E agora uma surpresa, o que me diz deste mapa: https://en.wikipedia.org/wiki/Henry_Hudson#/media/File:Henry_Hudson_map.JPG
Típico dos registos da Wikipedia, este mapa não tem fonte de origem, não se encontra em biblioteca, o autor não é conhecido oficialmente.
Muito embora o site: https://ottawarewind.com/2014/02/06/finding-henry-did-henry-hudson-spend-his-last-days-in-the-ottawa-valley/ credite o mapa ao próprio Hudson, apenas encontrei registo do mesmo no wikipedia.
Agora a parte curiosa, se o mapa é de Hudson:
Porque razão, estão os nomes em Português?
A Ilha de Bacalhau (tipicamente um nome Inglês), ou a Baía das Merces (traduzido para Bay of Goods mas ainda com menção a merces) mais tarde nomeada a Baía de Hudson.
Abraço,
Djorge
Afinal não demorou muito, encontrei a fonte da imagem do Wikipedia:
EliminarHessel Gerritsz, Tabula nautica qua repraesentantur orae maritimae, meatus, ac freta, noviter a H Hudsono, Anglo ad caurum supra Novam Franciam ndagata anno 1612, Amsterdam, 1612, Library and Archives Canada NMC 19228
Vou ver se é possível encontrar uma cópia do mapa em alta resolução, se houver posto aqui o link.
Abs,
Djorge
Quase que como uma anedota, a Libary and Archives Canada, apresenta o registo do mapa na seguinte listagem:
Eliminarhttp://www.bac-lac.gc.ca/eng/collectionsearch/Pages/collectionsearch.aspx?q=Hessel%20Gerritsz&
Item 10.
Ao clicar no link, temos a seguinte mensagem:
http://www.bac-lac.gc.ca/eng/CollectionSearch/Pages/record.aspx?app=fonandcol&IdNumber=4145717&new=-8586341034200411209
C"ollections and Fonds – 4145717
Work on this record display is under way. Some features may be unavailable or non-functional."
Há a opção de "comparar" uma cópia ou consultar presencialmente, mediante a aquisição de um cartão de leitura.
Teria ficado por aqui a pesquisa, não fosse a BNF também ter uma cópia do documento em alta definição aqui:
https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b84923859/f1.item.zoom
Abs,
Djorge
Sim, há diversos mapas anteriores à expedição de Hudson que mostram essa baía.
EliminarPor exemplo, os mapas de Ortelius (que eram também os melhores conhecidos da sua época), evidenciam essa baía no topo da América, por exemplo:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e2/OrteliusWorldMap1570.jpg
Esse mapa de Sebastião Lopes é de facto ainda mais claro:
https://alvor-silves.blogspot.com/2016/03/base-cartografica.html
É curioso, porque me lembro de ter lido a história do Hudson, ainda em criança, e a situação dele ter sido deixado a gelar junto com o filho, pela tripulação amotinada, tocou-me na altura.
Sim, parece bastante provável que o mapa pudesse ser de Hessel Gerritsz que foi um dos melhores cartógrafos holandeses - já com um traço moderno simples, e sem floreados desnecessários. No entanto a exibição do símbolo da Ordem da Jarreteira ("Honi soit qui mal y pense"), é estranha porque isso significaria que o trabalho tinha sido encomendado pela ordem a um estrangeiro.
É mais ou menos claro que os portugueses mantinham uma pequena colónia na Terra Nova, que era frequentada pelos múltiplos bacalhoeiros que saíam de Portugal.
Assim, tendo ali um posto estabelecido, o nome "Ilha dos Bacalhaus" era incontornável.
Provavelmente manteve-se Portuguesa, não obedecendo a Filipe II, e terá depois tido uma invasão simpática na "descida dos franceses à Terra Nova":
https://alvor-silves.blogspot.com/2010/12/acadia.html
Ora, os barcos com base na Terra Nova podiam fazer com muito menos custo a exploração da passagem noroeste, tendo vasculhado toda aquela parte do Canadá.
Como o Djorge bem assinala, o nome português da Baía de Hudson, seria provavelmente Baía das Mercês, conforme consta dessa carta.
Isso parece-me ser completamente novo, ou seja, que eu saiba é a primeira pessoa a (re)descobrir o nome português da Baía de Hudson!
Obrigado e abraço.