Se fosse pretendido fazer-se um estudo conclusivo e minimamente sério sobre migrações, ele teria que tomar em consideração vários aspectos, nomeadamente incluir as migrações animais e das plantas.
A evolução genética das plantas cultivadas permitiria sem grande dúvida seguir o traço da agricultura.
A maioria da informação é herança cultural, que nos diz que o milho e a batata vieram da América, o arroz da Ásia, etc... porém, era muito conveniente fazer-se o traço genético completo para perceber se assim foi.
mt-DNA caprino
Um dos poucos estudos que encontrei no sentido complementar de estudar as migrações humanas diz respeito... a cabras, ao Haplogrupo mt-DNA das cabras domésticas!
Aparentemente há o grande domínio de um haplogrupo A, e quase todos os outros são razoavelmente minoritários. O sucesso desse haplogrupo A está bem evidenciado nos mapas que se seguem.
Haplogrupos da Cabra doméstica
(Distribuição do Haplogrupo A e restantes)
Naderi S, Rezaei H-R, Taberlet P, Zundel S, Rafat S-A, et al. (2007)
Large-Scale Mitochondrial DNA Analysis of the Domestic Goat Reveals Six Haplogroups with High Diversity.
PLoS ONE 2(10): e1012. doi:10.1371/journal.pone.0001012
(Árvore de descendência, dominada pelo Haplogrupo A)
O artigo em questão, de Naderi et al., fala numa domesticação de há aproximadamente 10 mil anos, na zona do Crescente Fértil (... uma hipótese conservadora, dada a história oficial).
Portanto, seria a partir de um ponto algo impreciso no Médio Oriente que teríamos o desvio restante.
Haverá várias interpretações, e por isso focamos uns pontos objectivos:
i) Há um domínio quase total do A, em especial na zona ibérica e mediterrânica.
ii) Esse domínio só não existe na zona malaia-indonésia, onde domina o B. Este B descende do A.
iii) Há uma ascendência comum do B e C, e o C está essencialmente na zona europeia.
iv) Uma parte do B surge na África do Sul.
As razões para isto podem ser várias, desde a adaptação dos animais ao gosto dos humanos.
No entanto, podemos considerar uma hipótese interessante. A primeira domesticação do A deu-se a ocidente, tendo migrado para oriente onde sofreu uma transformação para B na zona indonésia. Essa transformação teve elementos C que acompanharam nova migração em direcção à Europa, e espalhou elementos B pela Ásia. Para além da chegada a Madagáscar, devemos considerar uma chegada dos humanos de haplogrupo O (austroasiáticos, chineses) mesmo à África do Sul. As variações D e G são directas do A, mas a variação B e C tem a mesma origem, e podemos pensar ligar o grupo C a uma migração do haplogrupo humano R em direcção à Europa (encontra-se em zonas semelhantes).
Finalmente! Caro da Maia.
ResponderEliminarAo menos as Cabras são Atlantes!
Abraço
Maria da Fonte
Eh eh eh, Maria da Fonte... essa está muito boa.
EliminarRepare só da utilidade das cabras, neste artigo muito bom:
http://www.publico.pt/ecosfera/noticia/antes-cabras-que-avioes-1629038
Ah! Ah! Ah! Ah!
ResponderEliminarBem visto! Gostei!
Não seria, é nada bom, para os negócios subterrâneos e enluvados das governanças, e de certas empresas estrangeiras, de aluguer e/ou venda, abençoadas pelas respectivas governagens...com bençãos pagas a peso de ouro...claro!
Coisas assim como TGVs, Submarinos, Canadairrrres etc.
Credo! O lucro que damos à francesada!
Bom! A loira gorda, também não ficou mal!
Abraço
Maria da Fonte
Compadris, Abel nã era pastori?
ResponderEliminarJá repararam onde se passa a cena com o avô de Noé, Matusalém?
Já agora, no mundo dos trapos é sabido que a raça Merino é alentejana, e que 'voou' do Alentejo para a Austrália.
abcs diluvianos
B