Vieira.
Já aqui tínhamos apresentado uma moeda que tinha o símbolo da empresa de D. Sebastião:
Baptista
Não longe, encontramos a Igreja Matriz de Vila do Conde, cuja a entrada é interessante.
De construção biscainha, apresenta de um lado as armas de D. Manuel (num caso raro, em que ainda aparece a dupla esfera armilar, sugerida por D. João II), e do outro lado temos: a âncora da Póvoa de Varzim, o antigo barco de Vila do Conde, e um outro brazão com uma figura humana que emerge de uma concha (símbolo associado à localidade de S. Pedro de Rates).
Como a Igreja é dedicada a S. João Baptista (que aparece no topo da porta), a concha será baptismal, mas também referente à mítica presença do Apóstolo Santiago, que teria ordenado S. Pedro de Rates como primeiro Bispo de Braga (45 a 60 d.C.).
Há assim essa dupla ligação a conchas, cuidando ambas para o simbolismo do renascimento, numa igreja renascentista emanuelina. O homem que sai da concha aparece depois, com D. Sebastião, na forma de peixe, invocando esse Renascimento cristão, que seria o renascimento de Cristo, na forma humana.
O ritual baptista parece remeter para uma origem aquática, pela imersão do baptizado, ou mais simbolicamente vertendo água na sua cabeça.
No entanto, há variações baptistas.
Um outro aspecto de baptismo, era o baptismo com óleo, aplicado na unção de sacerdotes.
Aí podemos ver outro aspecto das vieiras que, virtude dos tempos, são reencontradas no símbolo de uma famosa companhia petrolífera:
O petróleo, também designado como "ouro negro", passou a encerrar outros véus, ou velos de ouro negro... mas para essas considerações remetemos para um texto anterior.
Poderíamos ainda falar de outros aspectos interessantes das vieiras, nomeadamente pela sua geometria.
Há uma confluência entre parte de um quadrado e parte de um círculo, podendo ser usado para simbolizar a relação do número Pi na quadratura do círculo.
Por outro lado, as divisões naturais das vieiras (ou outras conchas) poderiam servir para marcar ângulos, constituindo um simples instrumento de posicionamento, semelhante a um vulgar quadrante, para simples uso náutico, em navegações primitivas. Esse seria um aspecto prático de orientação astral para qualquer peregrino, associando a vieira ao cajado do pastor.
Já aqui tínhamos apresentado uma moeda que tinha o símbolo da empresa de D. Sebastião:
Serena Celsa Favent, era o moto, e se o esclarecimento favorece a excelência, aqui temos uma concha, a vieira venusiana, e um peixe, símbolo cristão, sob uma constelação estelar (Pleiades?) enquadrada com o crescente selene, lunar.
Devemos notar que as conchas estão ligadas ao baptismo, havendo mesmo pias baptismais com essa forma:
Portanto, há uma ligação da concha à libertação do "pecado original", da expulsão do Paraíso.
Bom, e tendo acabado de falar nas ilhas polinésias, do Taiti no texto anterior, de forma algo natural estabelecemos a noção de "ilha paradisíaca"... como se congenitamente o fosse reconhecido naquelas paisagens.
Pelicano.
Para além do peixe, também o pelicano, pelo auto-sacrifício pela prole, é considerado um símbolo de Cristo, tendo sido primeiro adoptado por D. João II como seu símbolo.
Vamos encontrar esse símbolo com um influente conselheiro dos reis ingleses Henrique VII e Henrique VIII, tratava-se de Richard Foxe, bispo de Winchester:
Leito de morte de Henry VII Tudor (1509) com destaque para Richard Fox, Bispo de Winchester,
vêem-se as quinas portuguesas e o pelicano de D. João II.
O que faria o Bispo de Winchester, o conselheiro mais influente de Henrique VII, e depois de Henrique VIII (até ser substituído por Wolsey), usar armas com quinas e o pelicano, símbolos do já defunto D. João II?
Estava aqui implícito que a política de D. João II teria uma continuação pelo lado inglês?
Richard Foxe vai fundar o Colégio Corpus Christi de Oxford, que ainda hoje usa o símbolo do pelicano:
Richard Fox, o pátio central com o Pelicano do Corpus Christi de Oxford, e as armas do colégio,
que incluem ainda as armas de Hugh Oldham (com 3 mochos e rosas vermelhas de Lancaster)
Mais tarde, também Isabel I, filha de Henrique VIII, a rainha que determinará a expansão inglesa, irá adoptar o pelicano como símbolo no seu papel de "mãe" da Igreja Anglicana. A simbologia cristã do pelicano remontará a S. Tomás de Aquino, a sua ligação às quinas portuguesas só fica evidente através de Fox, e da influência que terá tido na regência dos Tudor.
A tomba de Fox está na catedral de Winchester da Santíssima Trindade, que era a mais influente à época, e que curiosamente esteve em perigo de colapso por inundação das fundações, sendo "salva" pelo trabalho contínuo de um escafandrista, William Walker, entre 1906-11, que tem um busto na catedral cuja cripta ainda se encontra imersa em água.
A tomba de Fox está na catedral de Winchester da Santíssima Trindade, que era a mais influente à época, e que curiosamente esteve em perigo de colapso por inundação das fundações, sendo "salva" pelo trabalho contínuo de um escafandrista, William Walker, entre 1906-11, que tem um busto na catedral cuja cripta ainda se encontra imersa em água.
Catedral de Winchester, o escafandrista Walker, e a cripta inundada (com escultura moderna).
Cordeiros.
Curiosamente, 50 anos antes, outro Bispo de Winchester, Henry Beaufort, ficou famoso por dirigir o processo inquisitório que condenou Joana d'Arc à fogueira. Tratava-se de um meio-irmão de Filipa de Lancastre, sendo um dos muitos filhos de John de Gaunt (com Katherine Swynford, no terceiro casamento que originou a linha Beaufort).
Henry Beaufort, o inquisidor, e Joana d'Arc...
um cordeiro entregue à fogueira.
um cordeiro entregue à fogueira.
Joana d'Arc tinha sido entregue por Philippe III de Borgonha (casado com Isabel de Portugal, filha de D. João I, sobrinha do inquisidor). Margaret Beaufort, também sobrinha deste Henry, será mãe do rei Henrique VII, que derrota Ricardo III, tornando-se o primeiro dos Tudor. Henrique VII usa a rosa de Lancaster, mas ao casar com uma rosa de York, terminará a Guerra das Rosas com a união.
Um detalhe importante é Henrique VII usar num retrato o colar do Tosão de Ouro, o símbolo da Ordem fundada por Philippe III de Borgonha, aquando do casamento com Isabel de Portugal.
Phillipe III de Bourgogne, fundador da Ordem do Tosão de Ouro (esq.)
Henry VII Tudor, membro da Ordem do Tosão de Ouro (dir.)
Ambos usam o colar da ordem, com o cordeiro sacrificial.
Duque de Kent, chefe da Grande Loja de Londres, com colar da Maçonaria.
Juntei uma imagem de colar da maçonaria porque o compasso, ou o esquadro, descaindo em forma de V invertido, assemelham-se ao cordeiro sacrificial, que vemos nos colares da Ordem do Tosão de Ouro.
Conforme já referi noutros textos, o cordeiro tem vários significados, não apenas ligados à lenda de Jasão e dos Argonautas. É claro que a Ordem surgindo no contexto do casamento da irmã do Infante D. Henrique, carrega um aspecto dos Descobrimentos ligado aos "Argonautas" e ao Velo de Ouro.
Descobrir foi desvelar, tirar véus... na forma Ariana deste carneiro, o Velo seria a pele de Aries, uma pele de Ouro, ou de Oro, forma abreviada de Hórus, o olho vigilante que se pode ligar ao verbo Orar.
Descobrir foi revelar, levantar Velas e não tanto retirá-las. As cara-velas do Infante velaram pelo véus antigos, e a Ordem do Tosão ou "Velo de Ouro", pode ser vista como preservação do "véu de Hórus".
Jasão teve que vencer o Dragão da Cólquida para obter o Velo de Ouro, tal como Hércules teve que vencer o dragão Ládon, que guardava as ocidentais Hespérides, num dos 12 trabalhos (ou 12 Oras...).
Ao mesmo tempo aparecia a Ordem do Dragão, de que fez parte o Infante D. Pedro, e que já ligámos à Dra-cola, ou Cola do Dragão, em que o "Colar" se refere ao pescoço, tal como Coço e Cola se referem à retaguarda, entrelaçada ao pescoço... (sobre o significado antigo de "coço da procissão" ser "atrás da procissão", ler D. Manuel Clemente)
A história do cordeiro tem ainda o aspecto hebraico que remete à Páscoa, ou à paz-côa, quando Abraão é sujeito ao teste de obediência divino, e o seu filho Isaac é substituído pelo cordeiro no sacrifício:
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis... dona nobis pacem
É um bocado complicado falar deste ponto, porque o sacrifício do cordeiro ordeiro envolve aqui um conceito perverso, no outro verso interpretativo. Deus não permitiria o sacrifício do filho eleito, apenas dos cordeiros... e por isso os cordeiros poderiam ser sacrificados, até que Deus se manifestasse em sentido contrário. E quem eram os cordeiros a sacrificar? O sacrifício indiscriminado traria a presença de Deus?
Pois... até que ponto os Árias foram pastores de Aries, cordeiros? Até que ponto os pastores sacrificariam os seus cordeiros para reencontrarem Deus, ou o Messias?
Esta filosofia continha uma aposta tripla 1X2, se Deus não interviesse perante a iniquidade, os pastores beneficiariam do velo de ouro, uma opção hedonista face à ausência divina. De forma oposta, justificariam a sua acção perante o divino, requerendo a sua presença, afinal a sua omnipotência só permitiria o sacrifício dos sacrificáveis. A incógnita X seria a recusa teológica de outras possibilidades... obviamente possível por crença, mas afinal insustentável racionalmente. Azar, este universo foi definido justamente pela racionalidade, e os absurdos levam ao vazio contraditório - o caos irracional fica no seu exterior. O tempo permite o absurdo diferido, temporário, mas não o simultâneo e permanente. Todos os filhos de Gaia são introspectivamente recuperáveis, pela lógica do arrependimento, do reconhecimento de erros, mas não é possível a recuperação dos irrecuperáveis. A persistência eterna no absurdo foi simplesmente excluída, nem tampouco poderia ser humana. Logicamente, não poderia ser doutra forma... os erros podem viver nas ilusões temporárias, que acolhem elementos do caos, mas não o caos completo. Desse oceano caótico importamos a imprevisibilidade, elementos artísticos e sentimentais, mas esses impulsos devem sujeitar-se ao enquadramento racional, sob pena de serem o convite ao estabelecimento do irracional, e à recusa da principal faculdade humana, que nos distingue das alimárias, a racionalidade.
Conforme já referi noutros textos, o cordeiro tem vários significados, não apenas ligados à lenda de Jasão e dos Argonautas. É claro que a Ordem surgindo no contexto do casamento da irmã do Infante D. Henrique, carrega um aspecto dos Descobrimentos ligado aos "Argonautas" e ao Velo de Ouro.
Descobrir foi desvelar, tirar véus... na forma Ariana deste carneiro, o Velo seria a pele de Aries, uma pele de Ouro, ou de Oro, forma abreviada de Hórus, o olho vigilante que se pode ligar ao verbo Orar.
Descobrir foi revelar, levantar Velas e não tanto retirá-las. As cara-velas do Infante velaram pelo véus antigos, e a Ordem do Tosão ou "Velo de Ouro", pode ser vista como preservação do "véu de Hórus".
Jasão teve que vencer o Dragão da Cólquida para obter o Velo de Ouro, tal como Hércules teve que vencer o dragão Ládon, que guardava as ocidentais Hespérides, num dos 12 trabalhos (ou 12 Oras...).
Ao mesmo tempo aparecia a Ordem do Dragão, de que fez parte o Infante D. Pedro, e que já ligámos à Dra-cola, ou Cola do Dragão, em que o "Colar" se refere ao pescoço, tal como Coço e Cola se referem à retaguarda, entrelaçada ao pescoço... (sobre o significado antigo de "coço da procissão" ser "atrás da procissão", ler D. Manuel Clemente)
A história do cordeiro tem ainda o aspecto hebraico que remete à Páscoa, ou à paz-côa, quando Abraão é sujeito ao teste de obediência divino, e o seu filho Isaac é substituído pelo cordeiro no sacrifício:
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis... dona nobis pacem
É um bocado complicado falar deste ponto, porque o sacrifício do cordeiro ordeiro envolve aqui um conceito perverso, no outro verso interpretativo. Deus não permitiria o sacrifício do filho eleito, apenas dos cordeiros... e por isso os cordeiros poderiam ser sacrificados, até que Deus se manifestasse em sentido contrário. E quem eram os cordeiros a sacrificar? O sacrifício indiscriminado traria a presença de Deus?
Pois... até que ponto os Árias foram pastores de Aries, cordeiros? Até que ponto os pastores sacrificariam os seus cordeiros para reencontrarem Deus, ou o Messias?
Esta filosofia continha uma aposta tripla 1X2, se Deus não interviesse perante a iniquidade, os pastores beneficiariam do velo de ouro, uma opção hedonista face à ausência divina. De forma oposta, justificariam a sua acção perante o divino, requerendo a sua presença, afinal a sua omnipotência só permitiria o sacrifício dos sacrificáveis. A incógnita X seria a recusa teológica de outras possibilidades... obviamente possível por crença, mas afinal insustentável racionalmente. Azar, este universo foi definido justamente pela racionalidade, e os absurdos levam ao vazio contraditório - o caos irracional fica no seu exterior. O tempo permite o absurdo diferido, temporário, mas não o simultâneo e permanente. Todos os filhos de Gaia são introspectivamente recuperáveis, pela lógica do arrependimento, do reconhecimento de erros, mas não é possível a recuperação dos irrecuperáveis. A persistência eterna no absurdo foi simplesmente excluída, nem tampouco poderia ser humana. Logicamente, não poderia ser doutra forma... os erros podem viver nas ilusões temporárias, que acolhem elementos do caos, mas não o caos completo. Desse oceano caótico importamos a imprevisibilidade, elementos artísticos e sentimentais, mas esses impulsos devem sujeitar-se ao enquadramento racional, sob pena de serem o convite ao estabelecimento do irracional, e à recusa da principal faculdade humana, que nos distingue das alimárias, a racionalidade.
Chapéus...
Há muitos, vários formatos de chapéus. Assim, para além do colar com o cordeirinho sacrificial, também o chapéu usado por Filipe III de Borgonha fez moda, ficou conhecido como "chapéu borgonhês", e resistiu aos tempos, sendo ainda hoje uma indumentária usada pela Confraria do Vinho do Porto:
É claro que no caso da confraria de vinho usa-se no colar uma taça de escanção, para averiguar da cor do vinho, afinal simbolicamente tratado como "sangue de Cristo".
A taça do vinho da Última Ceia foi habitualmente designada como Graal, e houve já quem sugerisse que o nome Portugal encerraria um críptico "por-tu-graal", que assim se complementaria, pela associação de Porto e Gaia, nas caves do famoso vinho, que sozinhas asseguravam as contrapartidas do Tratado de Methuen. Para adivinhos, há outros vinhos... os famosos vinhos da Borgonha, ou de Bordéus, da antiga região da Guiana occitana-basca, entre outros preciosos néctares de um Baco divino di-vinho, cuja preservação de antiguidade necessita do devido arrefecimento em caves bem seladas.
A taça do vinho da Última Ceia foi habitualmente designada como Graal, e houve já quem sugerisse que o nome Portugal encerraria um críptico "por-tu-graal", que assim se complementaria, pela associação de Porto e Gaia, nas caves do famoso vinho, que sozinhas asseguravam as contrapartidas do Tratado de Methuen. Para adivinhos, há outros vinhos... os famosos vinhos da Borgonha, ou de Bordéus, da antiga região da Guiana occitana-basca, entre outros preciosos néctares de um Baco divino di-vinho, cuja preservação de antiguidade necessita do devido arrefecimento em caves bem seladas.
Baptista
Não longe, encontramos a Igreja Matriz de Vila do Conde, cuja a entrada é interessante.
De construção biscainha, apresenta de um lado as armas de D. Manuel (num caso raro, em que ainda aparece a dupla esfera armilar, sugerida por D. João II), e do outro lado temos: a âncora da Póvoa de Varzim, o antigo barco de Vila do Conde, e um outro brazão com uma figura humana que emerge de uma concha (símbolo associado à localidade de S. Pedro de Rates).
Igreja Matriz, de S. João Baptista, em Vila do Conde (imagem).
Como a Igreja é dedicada a S. João Baptista (que aparece no topo da porta), a concha será baptismal, mas também referente à mítica presença do Apóstolo Santiago, que teria ordenado S. Pedro de Rates como primeiro Bispo de Braga (45 a 60 d.C.).
Há assim essa dupla ligação a conchas, cuidando ambas para o simbolismo do renascimento, numa igreja renascentista emanuelina. O homem que sai da concha aparece depois, com D. Sebastião, na forma de peixe, invocando esse Renascimento cristão, que seria o renascimento de Cristo, na forma humana.
O ritual baptista parece remeter para uma origem aquática, pela imersão do baptizado, ou mais simbolicamente vertendo água na sua cabeça.
No entanto, há variações baptistas.
Um outro aspecto de baptismo, era o baptismo com óleo, aplicado na unção de sacerdotes.
Aí podemos ver outro aspecto das vieiras que, virtude dos tempos, são reencontradas no símbolo de uma famosa companhia petrolífera:
A vieira usada como símbolo de petróleo pela Shell.
O petróleo, também designado como "ouro negro", passou a encerrar outros véus, ou velos de ouro negro... mas para essas considerações remetemos para um texto anterior.
Poderíamos ainda falar de outros aspectos interessantes das vieiras, nomeadamente pela sua geometria.
Há uma confluência entre parte de um quadrado e parte de um círculo, podendo ser usado para simbolizar a relação do número Pi na quadratura do círculo.
Por outro lado, as divisões naturais das vieiras (ou outras conchas) poderiam servir para marcar ângulos, constituindo um simples instrumento de posicionamento, semelhante a um vulgar quadrante, para simples uso náutico, em navegações primitivas. Esse seria um aspecto prático de orientação astral para qualquer peregrino, associando a vieira ao cajado do pastor.
Caro Alvor
ResponderEliminar1477, é perturbador.
Abdica Dom Afonso V e morre Carlos O Temerário.
Os Retratos são confusos.
A Carlos é atribuído o rosto de Henrique o Navegador, que tem o rosto do Afonso V, das Tapeçarias de Pastrano. Baralham-se os rostos e, e é difícil saber quem é quem.
Sobre Fox, o caos é total.
Suge do nada, em 1477, aos 35 anos, mas a avaliar pela data do nascimento, surgiria do nada aos 29 anos.
E depois, a ligação dos Tudor aos Reis Católicos, e aos Habsburgos, é exagerada.
Ninguém é o que parece!
Abraço
Maria da Fonte
Cara Maria da Fonte,
Eliminarse me souber dizer algo sobre uma armada espanhola que era suposto ter partido ao encontro da armada portuguesa em 1477, agradeço.
Eu sei que vi isso, mas não sei onde... na altura era só mais uma informação entre tantas, mas depois fui de novo à procura e não encontrei.
Por exemplo, uma coisa que irrita bastante é estar sempre a repor as imagens, porque simplesmente desaparecem dos sítios onde estavam.
A história que li então era mais ou menos esta... os espanhóis esperavam que Portugal declarasse a passagem de África em 1477 - ou seja, a expedição de "Bartolomeu Dias" ou do "DiaS. Bartolomeu", era suposto ter sido uns 11 anos antes.
E decidiram ficar à espera com uma grande armada, para os surpreender, mas ao que parece eles é que foram surpreendidos.
Só encontrei essa história uma vez, e já procurei, mas não vi outros registos, por isso nunca disse nada. Mas agora que fala nesse ano, se encontrar algo, diga-me por favor.
1477 é um século depois de 1377 e esse número aparece no globo do Livro de Copos... provavelmente terá sido D. Fernando a enviar a primeira expedição, e como os portugueses comunicavam as descobertas com muito atraso, pode ser que os espanhóis pensassem na comemoração dos 100 anos... foi essa a ideia com que fiquei na altura. Não sei...
Tem razão, o personagem Foxe é muito estranho, e parece que se trata de alguém ao serviço do pelicano, e mesmo do pelicano português... vendo pelas quinas.
Os primeiros ligados ao Tosão de Ouro são Borgonheses e Portugueses, ou pelo menos portuguesa - a filha de D. João I. A passagem para Habsburgos e Espanhóis é já muito posterior, posterior até aos Tudor. Pode-se tentar não parecer o que se é, mas nem sempre o disfarce resulta....
Por exemplo, ao que parece os judeus não ligam a Páscoa ao sacrifício do cordeiro de Abraão, e ligam apenas à saída do Egipto. Mas se sacrificam cordeiros, tal como fazem os cristãos, fica um bocadinho difícil de negar, tanto mais que a Páscoa parece que já se comemorava ao tempo de Moisés e das pragas.
Nem interessa saber se o registo é válido, ou a que é que corresponde, interessa apenas notar que os seguidores se contentam nessa contradição.
Agora é óbvio que estava em curso uma mudança no Séc. XV, e muitos foram os movimentos feitos, seja com o símbolo do pelicano, do carneiro, da vieira, ou fosse o que fosse. O mundo nunca mais seria o mesmo, quando se abriam as descobertas e o comércio global.
Abraços
Caro Alvor,
ResponderEliminaressa história da esquadra Espanhola em 1477, é aquela em que D. João II espera por eles no cabo de S. Vicente e arruma a questão?
Melhores cumprimentos,
Calisto
É bom lê-lo de novo, Calisto.
EliminarPara reunir os comentadores de há 4 anos acho que só falta o KT, que deve andar a velejar em parte incerta.
Pois, sobre a história de 1477 não sei muito mais.
Já fui ver a sua referência à Batalha do Cabo de São Vicente, mas creio que não era isso, pois essa parece meter um corsário normando Coullon... e como se o nome não fosse já parecido, temos ainda isto:
1.476: 13-8 . Combate naval do Cabo de Sam Vicente. Guillaume Casanove-Coullon ataca quatro galeras genovesas e umha urca flamenga. Agarrado a um remo, Cristóvao Colombo consegue chegar a umha praia do Algarve, onde tardará muitos dias em se recuperar. (desta página galega)
(Engraçado - um Casanova francês que é Coullon e um Colombo genovês que é Colon...)
Também não me parece ser a Batalha da Guiné:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_Naval_da_Guin%C3%A9
Se calhar era uma mistura dos vários acontecimentos, ou entretanto eu misturei-os... como disse, sei que li, mas perdi o rasto.
A ideia com que fiquei é que os espanhóis tinham ficado à espera dos navios portugueses que iam passar África, e contavam apanhá-los de surpresa.
Pode ter sido a expedição da Guiné... de qualquer forma, devo acrescentar que a existência desses confrontos navais, e em particular dessas batalhas está muito pouco divulgada.
A ideia de Colombo safar-se a nado para a costa algarvia depois de uma batalha no Cabo S. Vicente, daria para um embelezamento adicional na abundante filmografia... mas nem isso!
Acho que essa menção foi suficiente para encontrar o resto que procurava.
Dá para perceber melhor que a situação era complicada a vários níveis, e os resumos que somos forçados a fazer escondem sempre a imensa complexidade do detalhe. Jogam-se sempre muitas coisas ao mesmo tempo, desde o interesse da quintinha ao interesse mundial.
Obrigado, e um abraço.
Caro Calisto
EliminarNão é nessa Cena, que Cristóvão Colombo, se salva do ataque do Pirata Colombo o Novo, que há quem diga, ser afinal, Colombo o Velho, e agarrado a um remo partido, vai boiando até ao Cabo de São Vicente, de onde embarca para Lisboa?
É que assim, além da Abdicação do Rei, Dom Afonso V, da Morte do Duque da Borgonha, Carlos O Temerário, e do apareciento de Fox, vindo do Nada, ainda temos o aparecimento de Colombo, vindo do Nunca, com um Pirata a tiracolo, o tal Colombo o Novo, que se calhar era o Velho.
Embora isto seja confuso, porque era suposto o tal Colombo O Velho, ter morrido, sete anos antes.
Mas também ainda não se descobriu o Bartolomeu, do Dia de S. Bartolomeu, porque o melhor candidato, parece que terá morrido em 1457, portanto nove anos antes do tal Bartolomeu ter feito a passagem.
Quem se lembrou de codificar os textos, deveria ser obrigado a ressuscitar, para revelar a Password....
Melhores Cumprimentos
Maria da Fonte
Caro Da Maia
ResponderEliminarO KT, não está em parte incerta, já deve ter chegado a St Martin.
Felizmente, desta vez tem corrido tudo bem.
Abraços
Maria da Fonte
Já não sei do KT há algum tempo, espero que esteja tudo bem.
EliminarPortanto, desta vez a Guarda Costeira dos EUA não o abordou?
Abraços.