Alvor-Silves

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

A grande conjunção

Hoje, um pouco depois das 17:15 se olharmos para céu após o pôr do Sol, veremos uma estrelinha... que afinal são dois planetas, em conjunção, ou seja - Saturno e Júpiter.
Ao que consta, nunca estiveram tão juntos para a nossa visão, desde há séculos, alguns dizem desde há 800 anos, etc, etc, dizem que é a estrela de Natal, que é o princípio da Era de Aquário, etc, etc.
Mesmo que não seja uma fonte que recomende, a NASA dá um relato aceitável, ou então:


O que isto interessa? 

Não há nada de espectacular, aliás será melhor olhar nos dias seguintes, porque sempre se vêem os dois planetas próximos, mas separados. Mas dizer que não interessa nada, seria ignorar o efeito que isto tem na cabeça de certas pessoas, o que por sua vez, já fez rolar tantas outras. 

Portanto, não há de facto coisa nenhuma, por mais insignificante que seja, a que não se possa atribuir um significado transcendente, e por via disso, ganhar efectivamente uma importância transcendente.
Daqui poderia partir para uma análise histórico-sociológica muito profunda, ou seja, estéril...
Deixo isso ao trabalho da inutilidade.

O que está em cena, no teatro do nosso quotidiano, é uma peça do mesmo calibre.
Com o mesmo grau de credibilidade, poderíamos ter tido uma dramatização da "grande conjunção", como se de um fim do mundo se tratasse, até se reduzir a coisa nenhuma, como aconteceu em 2012.
Estamos a variar temas, e agora é um micro-vírus o causador do pânico, na entrada de 2021.

Sabíamos que havia malta hipocondríaca, mas agora temos quase a certeza de que foi educada uma população moderna de flores-de-estufa.
A dita comunidade intelectual, ou científica, é um completo barrete que não vale 5 tostões furados. 
Tal como os anteriores monges medievais, esta nova comunidade científica é uma corte de um poder religioso, que se disfarça como poder científico, mas que não são coisa nenhuma, excepto uma metamorfose de relações hierárquicas de poder, onde uns falam e os outros se calam. Sobre o que versa o assunto, pois isso não interessa.

Se um poder mundial quisesse averiguar da resistência da sua comunidade científica, atolando-a com balelas que cairiam no ridículo de gerações que hão-de vir, que não vão saber se se hão-de rir ou chorar com o que se passou, pois aqui está um bom teste. 
O melhor que poderia acontecer a essa comunidade de larilas, seria poderem dizer que foram vítimas de uma censura do politicamente correcto, e que a comunidade foi manobrada, orquestrada, para dizer o que a política queria ouvir.

O pior que pode acontecer será cair no ridículo de ter que admitir que nada disso se passou.
A maior descredibilidade da comunidade científica será admitir que dá pareceres num sentido ou no seu oposto, consoante quem pagar mais, consoante isso soar melhor à política, à hierarquia mandante.

É isto bom para a hierarquia?
Se a hierarquia quiser efectivamente saber o que se passa com o clima da Terra, pode contar com o quê?
Com juristas que lhe perguntam - quer um parecer num sentido ou no outro? 
- É que somos tão bons, que podemos argumentar nos dois sentidos.
Se a hierarquia quisesse saber como poderia contar com a comunidade científica, para detectar a presença de um vírus manipulado por terroristas instalados numa farmacêutica, o que poderia fazer?
- Agora já sabemos, não poderia fazer coisa nenhuma, desde que esse circuito terrorista controlasse os focos de comunicação.

No fundo o poder instalado é esse circuito terrorista, que nos vai mostrando - estão cheios de sorte, porque somos nós, se fossem outros piores, já estariam todos mortos e enterrados.

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