Alvor-Silves

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

dos Comentários (71) Prata da Casa e Bom Sucesso

Este texto em quatro partes resulta de dois comentários: 

  • O comentário de José Manuel, sobre o conquistador português Aleixo Garcia, que oficialmente foi o primeiro europeu a tentar chegar ao ouro dos incas, explorando uma rota antiga, usada pelos incas, que dos Andes, atravessava a América do Sul, passando por São Paulo até à costa de Santos. Aproveito para falar também de João Dias de Solis.
  • De igual forma menciono Luís do Carvalhal e Gaspar Castanho de Sousa, outros exploradores portugueses, que em 1589-90 exploraram território do actual Texas e Novo México (EUA), e que são raramente mencionados.
  • O comentário de IRF, desvenda uma viagem num barco de pesca, que em 1808 foi de Olhão ao Brasil, para dar notícia a D. João VI, de que o Algarve tinha-se livrado dos franceses numa semana.
  • Aproveito para esclarecer certa confusão entre São Brandão, Sancho Brandão, e as Sete Cidades.

1. Aleixo Garcia, João Dias de Solis, e o Caminho do Peabiru

José Manuel faz referência à wikipedia para dar conta que Aleixo Garcia em 1524 terá seguido a partir de Santa Catarina (Brasil) uma rota pelo interior da América do Sul, que levaria a Cuzco. Esse caminho é denominado "Peabiru" , e Aleixo Garcia terá chegado por aí até ao Perú.

Estamos habituados a entender estradas de pedra como sendo produto romano, o que na península ibérica me parece algo excessivo (há diversos troços que nada têm a ver com estradas romanas), mas também os incas tinham as suas vias de comunicação, datando possivelmente antes da si.

Caminho do Peabiru (vestígios) e rotas incas na América do Sul.

Aleixo Garcia participa numa expedição que João Dias de Solis comandou, a cargo do rei de Espanha, e que levou à descoberta do Rio da Prata, em 1516. Há quem indique que Solis era português de nascimento, os espanhóis têm argumentos de que viveu em Lebrija, mas há argumentos que mostram que esteve na armada de Tristão da Cunha em 1506. Fugiu para França para escapar à acusação de ter morto a mulher e acabou a servir Espanha. 

Solis acabou nas bocas dos guaranis, porque parte da expedição, incluindo o próprio, foi canabalizada pelos índios. No regresso a Espanha, a nau de Aleixo Garcia naufragou e foi deixado na ilha de Santa Catarina, durante 8 anos. Nessa altura, tendo ganho ascendente sobre os companheiros (14 espanhóis e 4 portugueses), e sobre os índios guarinis locais, e tendo ouvido falar de um rei branco com imensa riqueza em ouro e prata, Aleixo Garcia comandou uma expedição pela selva. 

Seguiu o caminho do Peabiru, que o levou até Assunção na Bolívia, ao fim de 8 meses, e estando próximo de Potosi, onde existia a maior mina de prata, recolheu riqueza suficiente para regressar, nomeadamente em prata. No regresso, o grupo foi atacado por outros índios, e Aleixo Garcia foi morto (havendo versões diferentes).

Martim Afonso de Sousa fez seguir depois os passos de Aleixo Garcia, tendo mesmo chegado a Potosi, e arrecadado daí prata para o reino português. 

Quando uma outra expedição espanhola chegou ao Rio da Prata, encontrou vários índios com objectos de prata, supostamente índios que tinham participado na expedição de Aleixo Garcia, e deram o nome Rio da Prata, de onde a Argentina veio a tomar o seu nome.

Ou seja, também neste aspecto, os portugueses ao serviço de Espanha tiveram um papel importante, abrindo o caminho da prata, neste caso o rio por Solis, e a notícia da riqueza inca, por Aleixo Garcia, oito anos antes de Pizarro iniciar a devastação do império inca.


2. Luís do Carvalhal, Gaspar Castanho de Sousa, no Texas e Novo México

Luís do Carvalhal (Luis de Carvajal y de la Cueva) e Gaspar Castanho de Sousa (Gaspar Castaño de Sosa), cujos nomes nem se encontram na wikipedia portuguesa(!), tinham origem marrana, e estando ao serviço do reino conjunto de Portugal e Espanha, partiram com uma centena de famílias portuguesas (supostamente de origem judaica), no sentido de colonizarem e povoarem o norte do México em 1589-90, incluindo-se aqui uma parte do Texas e Novo México.

Luís do Carvalhal foi o primeiro a atravessar o Rio Grande, mas sendo depois vítima da inquisição, fez com que Gaspar Castanho procurasse um estabelecimento, ainda mais a norte, perto do Rio Pecos, mas não se livrou de acusação de judaísmo. Ambos foram acusados também de escravizar os índios, e de conduzir expedições ilegais, sendo presos e acabando por morrer pouco depois. 

A entrada dos espanhóis naqueles territórios americanos iria demorar mais uns séculos...

A Gaspar Castanho está associada uma certa teoria de veículos rolantes, a que não tive acesso.


3. Viagem do Bom Sucesso, de Olhão ao Rio de Janeiro, em barco de pesca

Este episódio peculiar referido por IRF, está reportado num trabalho de Joaquim Alberto Iria (de 1936)

Do Algarve ao Brasil no caique de pesca “Bom Sucesso” em 1808

que mencionou o resumo da wikipedia. A proeza do piloto da embarcação, Manuel de Oliveira Nobre, mereceu o mais vasto elogio do padre José Agostinho de Macedo, no opúsculo "Novo Argonauta".

Chegada do caíque Bom Sucesso ao Brasil, em azulejo de Jorge Colaço.

A situação era conhecida, em Novembro de 1807, D. João VI opta pela fuga para o Brasil, quando Portugal estava prestes a ser invadido por Junot, o que aconteceu no fim desse mês. Em Junho de 1808 eclodem rebeliões, nomeadamente a batalha de Évora, e numa acção rápida, ao fim de uma semana, o Algarve fica liberto. A viagem do Bom Sucesso foi uma rápida tentativa de informar o rei de que já estava formado um Supremo Conselho de Regência, com sede em Faro.

Não constando que nenhum barco de pesca alguma vez tivesse cruzado o Atlântico, a viagem causou larga surpresa nos contemporâneos, mas foi sendo depois ignorada, e é praticamente hoje uma curiosidade entendida como marginal.

Igualmente notável será uma história trazida por Rainer Daehnhardt:

Um piloto português veio da Índia para Portugal num pequeno barco a remos com uma só vela, tendo o Rei D. João III mandado queimar a minúscula embarcação para não constar que uma viagem destas fosse possível.


4. "Sancho Brandão" ou São Brandão, e as Sete Cidades.

Este assunto ficou numa troca de comentários com IRF, mas pode ter utilidade para quem procure por Sancho Brandão e venha aqui parar...

Em suma, a estorieta de "Sancho Brandão" está bem contada neste link (que tem outros pormenores interessantes), assim, e passo a citar:

Segundo uma "teoria alternativa" sobre a descoberta do Brasil, muito difundida na internet, um certo capitão Sancho Brandão, da armada do rei de Portugal Afonso IV (que reinou de 1325 a 1357), teria descoberto "uma nova terra, habitada por homens nus e opulenta em tinta vermelha". A origem dessa lenda moderna é um livro do jornalista, escritor e historiador Francisco de Assis Cintra, intitulado Nossa Primeira História, de 1921.

(...)

Assis Cintra, é preciso dizer, foi nessas passagens muito mais ficcionista que historiador. Não existiu Sancho Brandão algum fora de sua imaginação e tanto a Ilha Brasil quanto a Ilha de São Brandão à qual supostamente teria dado o nome eram citadas nas lendas e nos mapas antes de Afonso IV.

Também poderia ter havido um Sancho Brandão, e que face ao escândalo, tivessem inventado e divulgado a história de um Santo Brandão. No entanto é suposto já estar uma ilha de S. Brandão num mapa antigo (de Ebstorfer).

Há ainda uma confusão entre S. Brandão que no máximo se referirá a uma fuga aos bárbaros circa 500 d.C. e à lenda das Sete Cidades, uma outra fuga, que teria partido do Porto em 734, com um grupo de cristãos, para Ocidente, para fugir à invasão árabe. Cito a wikipedia a este propósito:

O primeiro documento ibérico referente às Sete Cidades é uma crónica em latim da cidade de Porto Cale (a moderna cidade do Porto), aparentemente escrita, cerca de 750 AD, por um clérigo cristão. Nessa época, o reino ibérico dos Visigodos já tinha entrado em colapso, sob a pressão da invasão muçulmana (iniciada em 711 AD) que avançara inexoravelmente até ao norte peninsular. O arcebispo de Porto-Cale, querendo esquivar-se à dominação muçulmana, deliberou partir para a grande terra das Sete Cidades (Sete Civitates) que os marítimos lhe asseguravam existia no meio do oceano ocidental. No ano de 734, o arcebispo, acompanhado por outros prelados, aos quais se juntaram cinco milhares de fiéis, embarcou-se numa frota de vinte veleiros.


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Nota Adicional:
(15.09.2020)

Em comentário a este postal, Djorge observou uma eventual ligação da Lenda das Sete Cidades à identidade indígena canadiana conhecida como Sete Nações, que aliás desempenhou um papel relevante na Guerra dos Sete Anos, por alianças com franceses e ingleses, que então disputavam o domínio sobre a América do Norte. Uma certa persistência do 7 neste assunto...
Estas nações eram com efeito aglomerados populacionais, ou cidades. Se o termo latino utilizado foi Civitates, plural de Civitas, isso significava uma comunidade unida por uma mesma lei, ou seja, uma nação. Há assim uma correspondência entre Sete Civitates e Sete Nações. 

As sete cidades, ou sete nações canadianas, ao longo do Rio S. Lourenço.

Conforme Djorge observou, todas elas estavam na costa do Rio S. Lourenço.
Ora isso significa também que eram acessíveis a embarcações vindas do Atlântico, em particular a embarcações de pesca que os pescadores ("os marítimos") que fossem à pesca de bacalhau pudessem encontrar, ou saber da sua existência. 
Poderá duvidar-se da capacidade de embarcações de pesca antigas cruzarem o perigoso Atlântico?
Se houvesse dúvidas, creio que o caso do Bom Sucesso, que o IRF aqui trouxe, mostra bem que era possível, bastava ter a mesma coragem que aqueles pescadores de Olhão tiveram.

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2ª Nota Adicional:
 (18.09.2020)
João Ribeiro (comentário abaixo) chamou à atenção para uma ligação do Bom Sucesso às barcas de Sesimbra, remetendo para este link. Acontece que este tipo de embarcações de pesca, com pequena vela, eram também chamadas pescareza, talvez  querendo significar pesca-reza
Acontece que Gaspar Correia (1492-1561), nas suas "Lendas da Índia" refere um episódio semelhante ao descrito por Rainer Daehnhardt, mas que teria acontecido antes, em 1517, no reinado de D. Manuel. 
Passo a citar:
"Mas fez grande espanto no Reyno ver tão pequeno barqo hir da India; porque o carauellão era como huma barqua pescareza de Lisboa, sómente tinha cuberta em que guardaua os mantimentos; e foy tomar Qacotorá, e d’ahy correo ao longo da costa pera Moçambique (...)"

Não se tratando de uma viagem tão complicada em termos de navegação como foi a do Bom Sucesso, que passou meses em mar alto, com os mantimentos que aí cabiam; esta pescareza de Lisboa a que chamavam "caravelão" (talvez jocosamente), não seria muito maior do que o Bom Sucesso, e arriscou a viagem em 1517, em tempos que naufragavam diversas naus.

21 comentários:

  1. Caro Alvor,

    Mais um link para alimentar "lendas".
    7 Nations «-» 7 Cidades
    https://en.wikipedia.org/wiki/Seven_Nations_of_Canada

    Curiosamente o Rio de São Lourenço, banhava a costa de cada uma destas "nações" ou "povos".

    Cumprimentos,
    Djorge

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    1. Caro Djorge,
      muito obrigado pela pertinente observação, que juntei ao postal, como nota adicional.
      Cumprimentos.

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  2. Sem relação, vim só deixar algo que pode achar interessante que encontrei na wiki:

    "To resolve the China–Cathay controversy, the India Jesuits sent a Portuguese lay brother, Bento de Góis on an overland expedition north and east, with the goal of reaching Cathay and finding out once and for all whether it is China or some other country. Góis spent almost three years (1603–1605) crossing Afghanistan, Badakhshan, Kashgaria, and Kingdom of Cialis with Muslim trade caravans. In 1605, in Cialis, he, too, became convinced that his destination is China, as he met the members of a caravan returning from Beijing to Kashgar, who told them about staying in the same Beijing inn with Portuguese Jesuits. (In fact, those were the same very "Saracens" who had, a few months earlier, confirmed it to Ricci that they were in "Cathay"). De Góis died in Suzhou, Gansu – the first Ming China city he reached – while waiting for an entry permit to proceed toward Beijing; but, in the words of Henry Yule, it was his expedition that made "Cathay... finally disappear from view, leaving China only in the mouths and minds of men".[18]"

    Tirado daqui:
    https://en.wikipedia.org/wiki/Cathay

    O Zé Tuga em questão - ainda não li sobre ele:

    https://en.wikipedia.org/wiki/Bento_de_G%C3%B3is

    Cumprimentos,
    IRF

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    1. Obrigado, IRF. Mas sobre o Bento de Góis ou Goes, já tinha mencionado o relato do Cardeal Saraiva:

      https://alvor-silves.blogspot.com/2020/04/dos-comentarios-62-descobrimentos.html

      a propósito de um comentário que o João Ribeiro deixou sobre o padre António de Andrade.

      Nessa altura (e parece que foi há muito tempo, mas foi só há uns meses!) citei todo o relato do Cardeal Saraiva sobre explorações terrestres portuguesas.

      Por acaso, agora reparo que ele não falou, nem de Aleixo Garcia, nem de Luís Carvalhal ou de Gaspar Castanho de Sousa... talvez porque esses fossem ao serviço de Espanha, ou não tivesse notícia deles. O que há em português sobre essa "prata da casa", especialmente Carvalhal ou Castanho... é praticamente zero!

      Tendo isso em conta, acabei de fazer os artigos da Wikipedia relativos aos dois:

      https://pt.wikipedia.org/wiki/Luis_do_Carvalhal

      https://pt.wikipedia.org/wiki/Gaspar_Castanho_de_Sousa

      Como foram essencialmente traduções, não custou muito... mas custou o suficiente, especialmente ver que estas coisas continuam "ao Deus dará"...

      A comunidade da Wikipedia portuguesa são uns 200 carolos, que mal dá para se livrar dos vandalismos, tão simples quanto o puto que quer pôr o seu nome num artigo para a namorada ver...

      Cumprimentos.

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    2. Só pelo facto de ser português sinto-me obrigado a agradecer-lhe. Os wikis estão excelentes, obrigado! Gabo-lhe e invejo-lhe a energia com que produz estes posts - com toda a pesquisa inerente - e ainda tem tempo e força para criar além disto. Houve tempos que desconfiei de que seriam vários "Da Maias" a criar e a tomar conta do(s) blogue(s). Você é uma força da natureza, continue o bom trabalho.

      Ab.

      JR

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    3. Caro João,
      obrigado pelas palavras, mas será mais persistência do que energia, porque quando comecei ainda não tinha 50, e agora já começo a ver os 60 a chegarem. Deste lado está só um, mas desse lado espero que continuem a estar mais, e pelas contribuições que trazem são também outros "da Maia", não é?

      Abç
      da Maia

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    4. Não tinha pensado nisso... mas não pensei que fosse tão velho.

      Agora acho que devia tratá-lo por senhor...

      Cumprimentos,
      IRF

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    1. Ora bem,

      não fiquei convencido com aquela cena do Sancho Brandão.
      Para mim é mais simples: Ou o documento que o Rei de Portugal enviou ao Papa declarando a descoberta do Brasil no século XIV existe, e a história é verdadeira qb, ou não existe e tudo fica mais complicado...

      Quanto ás sete cidades no Canadá, é muito interessante.
      Mas esse trajecto é demasiado longo para haver de facto essa ligação sem ser por imposição Europeia.

      Remontariam a que tempos, essas sete cidade?
      A Guerra dos Sete Anos é já no século XVIII e creio que essa área já estava sob forte influência Francesa... área essa que é essencialmente o Quebeque.

      Cumprimentos,
      IRF

      P.S. - Tem sido difícil passar os comentários, deve ser por causa das conversas protocolares...

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    2. Bom, o que há no documento é S. Brandão, San Brandam, ou qualquer coisa do género, e nisso não posso responder com certeza porque não vi o documento.
      Parece-me plausível que alguém tenha querido ver aí uma abreviatura de Sancho em San.
      Nunca vi nada, excepto mexericos de internet, que refira esse Sancho, nem há nenhum mapa referindo Sancho Brandão.
      Mas conforme disse, não sendo impossível a existência, parece-me muito improvável.

      Bom, duvido que se saiba a que tempo remontariam as Sete Nações.
      Se quisermos dar nexo à ligação à lenda das Sete Cidades, então teriam que ter mil anos ou mais.
      Para aguentarem sem grande mudança durante mil anos, justificaria serem uma lenda...
      Por isso, fica essencialmente como nota de interesse. Até que haja mais informação.

      Cumprimentos.

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  4. "Por acaso, agora reparo que ele não falou, nem de Aleixo Garcia" , eu já aqui lhe escrevi há muito... mas foi preciso esperar por 2019 para alguém o fazer na Wiki. tenho dezenas de Aleixos para ajudar a divulgar mas não será aqui. De toda a maneira parabéns pelo blog Alvor-Silves.

    Boa noite.


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    1. José Manuel,
      é verdade que a primeira vez que aqui falou de Aleixo Garcia foi há 9 anos:

      https://alvor-silves.blogspot.com/2011/04/governantes-na-lusitania-idade-media-1.html

      e eu respondi-lhe... por acaso não respondi, nem sequer me lembro de ter lido ou visto o comentário que está a seguir de alguém assinado "Petronilho de Aveiro".
      Mas enfim, está lá... deveria ter um registo fixo PDF de comentários, tal como tenho com o blog, mas com mais 4000 isso é quase impraticável.
      Por isso, tento remeter para esta série "dos Comentários", que começou muito depois, aquilo que me parece que vai faltando falar no blog a uma só voz.

      Sempre que quiserem enviar um texto estruturado, indicando links, referências, que seja sobre factos históricos, é só enviar por comentário ou por email.

      É claro que o José Manuel divulga onde quiser, isso está fora de causa.
      Apenas reafirmo que o blog está sempre aberto às suas contribuições sobre matéria histórica, e que já foram muitas.

      Abraço.

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  5. Vim só largar uma coisinha interessante:

    https://en.wikipedia.org/wiki/Suppression_of_the_Society_of_Jesus

    Cumprimentos,
    IRF

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    1. Ok, mas não quererá acrescentar mais nada?

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    2. Não, apenas achei a supressão ter sido Papal e antes disse práticamente em toda a Europa Cristã - tendo começado por Portugal - digna de nota.

      Cumprimentos,
      IRF

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    3. Mesmo que me esforce, não estou a ver nenhum seguimento, de que não tenha aqui falado.
      A supressão foi papal, porque a CIA não gosta de ter o FBI a meter-se onde não deve.
      Neste caso, maçonaria e jesuítas.
      Normalmente, o Presidente do EUA, não controlava nem uns nem outros, mas era suposto deter poder sobre ambos. Neste caso, acreditamos apenas que só sobre o FBI.

      Cumprimentos.

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  6. Apenas uma mera curiosidade sobre a pintura de Jorge Colaço... A embarcação na imagem é uma Barca da Pesca do Alto e é típica de... Sesimbra. A ter fé no site que deixo a seguir, tem a mesma origem que a Caravela.

    https://www.amoraooficio.pt/Amor-Ao-Of%C3%ADcio/

    Fica o apontamento.

    Ab.

    JR

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    1. Obrigado pela informação, João.
      Já coloquei nova nota adicional.

      Lá está, graças a si, e à curiosidade, fui procurar sobre o assunto, na wiki

      https://pt.wikipedia.org/wiki/Barca_de_Sesimbra

      e depois encontrei esta página:

      https://www.ancruzeiros.pt/ancdrp/navios-dos-descobrimentos

      onde se fala da tal barca, que também se chama pescareza.

      De onde encontrei esta observação nas Lendas da Índia, de Gaspar Correia:

      "Mas fez grande espanto no Reyno ver tão pequeno barqo hir da India; porque o carauellão era como huma barqua pescareza de Lisboa, sómente tinha cuberta em que guardaua os mantimentos, (...)"

      Não será o mesmo caso a que se refere Rainer Daehnhardt, porque este é de 1517, mas de qualquer forma é bastante parecido.

      Abç

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    2. Bom dia,

      Um documentário isento com vários interlocutores nacionais e estrangeiros sobre a tecnologia portuguesa na expansão marítima. Não chega a uma hora, é muito bom e interessante. Recomendo vivamente.

      https://www.youtube.com/watch?v=7xUEZt0_osc

      Cumpts,

      JR

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    3. Obrigado, João. Creio que tentarei fazer um postal sobre isso. Abç

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