Alvor-Silves

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

dos Comentários (55) manuscrito Casanatense

Ainda no seguimento do postal anterior sobre Ludovico Varthema e o seu Itinerário, pela página da wikipedia segue-se a um manuscrito da Biblioteca Casanatense, biblioteca italiana que tem um original português com diversas gravações reportando os povos com os trajos típicos desde o Médio Oriente ao Extremo Oriente.
Num comentário mais extenso, que enviou por email, Djorge dá justamente conta deste manuscrito, datado de circa 1540, juntando informação adicional, que transcrevo em baixo.


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Para adoçar, mais ainda, a vontade de ler este belo itinerário, segue o link para o Codex Casanatense MS. 1889 (mais um documento Português a habitar em terras alheias), na Biblioteca Casanatense em Roma.

METADADOS
Data: A wikipedia justifica assim a data de 1540 
Several of its inscriptions provide information as to the date it was made, namely the allusion to the Siege of Diu of 1538, but the absence of any mention of the Japanese, whom the Portuguese contacted in 1541-43. It is therefore possible it was made circa 1540
Autor: A mesma wikipedia “The creator has not been identified and many hypotheses have proven inconclusive” 

ITINERÁRIO ACOMPANHADO DA DISCRIÇÃO VISUAL NO CODEX 1889
Ao leitor do itinerário, poderia parecer-lhe que Ludovico certamente preencheria os requisitos para ser o autor das pinturas, ou que de alguma forma, estas poderiam ter sido executadas a seu pedido para ajudar o seu relato. No entanto, os factos não são favoráveis a esta tese. As imagens não constam no dito itinerário, não é conhecida a veia artística plástica de Ludovico, e a sua morte em 1517 é anterior à data atribuída às pinturas. Factos que, neste momento, são suficientes para, à partida, afastar o seu nome da autoria deste manuscrito. 

SOBRE AS PINTURAS (AUTOR/PINTOR)
A ideia transmitida em algumas teses recentes aponta para as seguintes origens:
"The artist’s complete reliance on faces in three-quarter profile indicates he was trained in a Sultanate studio further north, at a date earlier in the century than that of the Codex. Either Mandu or Gujarat would seem to be the most obvious candidates for where he received his training.” …” We would suggest that he must have moved to Goa soon after his initial training in order for him to become acclimatised to the different female costumes of the Deccanand the south, so that they become a stereotyped part of his output.
ou outra:
"Our artist has been divorced from the elegant stylisations of the human figure seen inthe Sultanate schools”… “and trained to draw by his Portuguese patrons in a more naturalistic European manner.”…”this artist’s most extensive landscape painting, which with its broad strokes of brushwork, and alert and intelligent peasants, is surely not too far from what was going on in the early Mughal school."
in» http://tiny.cc/b4qwdz
Ambos os casos apontam para uma origem Indo com influência mista Cristã e Persa.
Já Maria Manuela da Mota em 2001 afirmou confiantemente que o autor seria de origem Indo-asiático (Persa?) tendo como base o estilo artístico.

SOBRE O PATRONO (CLIENTE)
Noutro estudo, Rui Manuel Loureiro em 2013 publicou in “Anais de Historia de Além-mar” a seguinte tese INFORMATION NETWORKS IN THE ESTADO DA ÍNDIA, A CASE STUDY: WAS GARCIA DE ORTA THE ORGANIZER OF THE CODEX CASANATENSE 1889? 
Cujo abstrato cito:
Several Portuguese writers working in India during the sixteenth century on specific cultural projects were able to mobilize important information networks across maritime Asia. Outstanding examples, among many others, include Duarte Barbosa, Gaspar Correia, Dom João de Castro and Garcia de Orta. Each one of them worked and wrote under diverse circumstances, using different methods and receiving dissimilar support from the Portuguese authorities. But they were able to muster many of the official textual resources available from the Estado da Índia, while at the same time availing themselves of the collaboration of countless European and Asian informers.

FANTASIAS
Relembrando a teoria maioritariamente aceite sobre a origem do autor/pintor das imagens no Codex 1889, juntando a possibilidade ter sido Garcia da Orta o “Cliente” e misturando com a vontade e desejo renascentista de passar conhecimento a livro, especulo um pouco sobre a data de origem de todas as folhas do Codex. Se algumas (as que nitidamente são menos cuidadas no seu traço, as das últimas páginas do manuscrito), poderiam ter sido adicionadas depois, mais tarde, por outro autor que não o original. Fantasio se ter-se-á encontrado este manuscrito já parcialmente preenchido?
Considerando outros possíveis autores contemporâneos com a mesma experiência exploratória de Ludovico, não deixa de ser interessante fantasiar o que terá acontecido ao companheiro de viagem “Persa”, que acompanhou Ludovico até à data em que deserta o Samorim para os Portugueses na India.
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10 comentários:

  1. De entre as várias figuras, veja-se por exemplo:
    http://dr.casanatense.it/IIPServer/ils.html?image=ILS\\83092603\\18571.tif&server=&credit=&zoom=&title=Ms.1889%20c.29

    que diz o seguinte:

    gente portuguesa de Ormuz que estão comendo dentro de água por ser a terra muito calmosa

    Este é um relato simples que evidencia as dificuldades com o calor que os portugueses tinham - neste caso em Ormuz, na entrada do Golfo Pérsico.

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  2. Caro Alvor Silves,

    lá vou eu ser um bruta montes e despejar coisas que espero lhe sejam interessantes aqui. Vou tentar ser rapido - e portanto bruto - porque não quero perder muito tempo, não posso mesmo... (gostava de ser mais bem organizado)

    Portanto, isto é referente à presença Portuguesa no Canadá, na zona do "Canadá Atlântico", Terra Nova, Nova Escócia, quiçá Nova Brunswick e no impossívelmente frio Labrador:

    Encontrei isto numa das minhas pesquisas nas internetes:
    De certo conhece melhor que eu as viagens de Álvares Fagundes, aparentemente datadas do primeiro quartel do século XVI, que tem sido mais ou menos homenagiado pelo governo da província Canadiana de Nova Escócia como "mais ou menos o descobridor":

    https://en.wikipedia.org/wiki/File:AlvaresFagundesMonumentHalifaxNovaScotia.jpg

    Enfim... conhece também que os Vikings lá estiveram por essas bandas, embora não tão a Sul.
    Conhece o "reconhecimento" feito por Giovanni Caboto para os Ingleses em 1497 e as intromissões dos Franceses por Gauttier (?) à volta de 1530...

    Mas mais importante: Conhece o facto que os Portugueses já tinham descoberto essa zona antes de Colombo chegar ás Bahamas em 1492, ter descoberto um bocadinho continental da Venezuela em 1498, que tendo em conta as dimensões das ilhas de Cuba e Hispaníola, certamente não lhe permitia saber com certeza que era "a Terra Firme" do continente Americano, e que finalmente encontrou a América Central em 1502 quando foi ordenado a passar daquilo que pensava ser o Japão para a tão almejada Índia.

    Ora aqui ficam os mapas da wikipedia que parecem ser muito bons a explicar o percurso de Colombo, tendo em conta tudo o que até aqui tenho lido, que admito não ter sido assim tanto... aqui vai:

    1492:
    https://en.wikipedia.org/wiki/File:Columbus_first_voyage.jpg

    IRF (1)

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  3. 1493:
    https://en.wikipedia.org/wiki/File:Columbus_second_voyage.jpg

    1498:
    https://en.wikipedia.org/wiki/File:Columbus_third_voyage.jpg

    1502:
    https://en.wikipedia.org/wiki/File:Columbus_fourth_voyage.jpg

    Pelo que se levanta em mim esta interrogação que gostaria realmente de ver respondida:

    Quando é que os Espanhóis descobriram realmente a América?

    Outra pergunta que se levanta é... dada a presença Portuguesa na América desde meados do século XV, que nos parece ser clara, terão os Portugueses mesmo reivindicado os seus territórios? Terão povoado com Portugueses esse território? Terão deixado sinais e deixado a marcas na sua toponomia local?

    A resposta varia entre o sim e o mais ou menos sim ou parece que sim ou provávelmente sim. Mas isso não basta.

    Ao ler o "Descoberta do Brasil" - e de certeza sabe a que me refiro apesar de não me lembrar do nome do autor agora - parece-me claro que o Rei D. João II, o Príncipe Perfeito, em 1480 e tal oferceu em mercê ou feudo ou o que o valha, parte do que hoje é o Canadá a D. Fernão Ulmo, "governador" da Ilha Terceira (ou Madeira?). Seria interessante encontrar o documento em questão. Mais "emocionante" foi ler que tal documento afirmava que o Rei de Portugal estava disposto a ir para a guerra com Fernão Ulmo caso pusessem em questão a autoridade deste, e portanto da coroa Portuguesa.

    Também nesse livro encontrei vários escritos, desde Colombo a Las Casas, que afirmavam já ter estado os Portugueses na América. Bem como indícios de que Colombo vai para a América - ou as Bahamas de hoje - seguindo exactamente relatos e rotas Portuguesas...

    O mais chocante é contar, parece-me, nos registos históricos, por intermédio de Colombo e Las Casas, a brutal e clara asserção de que quando chegaram a Cuba, os nativos afirmaram-lhes que já tinham tido contacto com outros "Homens brancos e barbudos como nós"... e não há muitos anos!

    Acresce também aquilo que é sabido por todos nós, que apesar das viagenzinhas de Caboto pelos Ingleses e Gauttier (?) pelos Franceses nunca a Terra Nova ou o Nordeste da América do Norte - a parte mais próxima à Europa Ocidental - foi colonizada ou realmente reivindicada por outras potências.

    Porquê?

    Porque parece que havia o reconhecimento, senão claro pelo menos táctico, que essa zona correspondia ao Reino de Portugal, tal como a Gronelândia ou a a Islândia correspondiam aos Reinos da Noruega/Dinamarca.

    Eram terras que já tinham dono. Um dono Cristão. E por Cristão quero dizer Católico. Pelo que seria interessante dar uma olhadela ao quê que o Vaticano teria a dizer... (Tordesilhas e mais especialmente aquele tratado que o precede que diz que os Portugueses têm direito ás terras não Cristãs que descobrirem e conquistarem são claros...)

    Nunca os Franceses ou Ingleses ou quaisquer potências reivindicaram a sério aquelas terras até 1580, quando, dois anos após a morte de D. Sebastião, a coroa Portuguesa passa para a Coroa dos Habsburgo Espanhóis. E é como se Portugal deixasse de existir e a América do Norte Portuguesa se torna "fair game" para todas as potências Ocidentais, geralmente em guerra com o Império "Castelhano-Germânico" de Carlos V.

    Bem, já me perdi...

    IRF (2)

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  4. Será que os Portugueses povoarem aquela área nos séculos XV e XVI?

    Voltemos a João Fagundes e ao Tratado das Ilhas Novas e Descobrimento Delas e Outras Cousas, escrito (aparentemente) pelo Capitão Donatário da Ilha da Madeira (posso estar enganado) Francisco de Souza por volta de 1570 (?).
    Que diz algo como: Alguns nobres se juntaram em Viana do Castelo, tendo informação da Terra Nova dos Bacalhaus, que estavam determinados a povoá-la e que receberam licença do Rei para tal...
    Quantas vezes isso aconteceu?
    Não continua o tal escrito com algo como: Achando aquela terra muito fria, foram descendo até que se instalaram noutra e ainda hoje lá estão porque foram encontrados à pouco pois já se tinha perdido o contacto com eles, e estão no Cabo Bretão?

    Não havia umas famílias nobres do Minho que tinham no seu registo que alguns partiram para a América do Norte em finais do séc. XV / inícios do XVI?

    Que podemos nós saber do povoamento Português nessa zona, se é que realmente foi povoado? E toponomia? E sinais? Portugal Cove, etc...

    E agora vou ser ainda mais bruto, que o tempo escasseia cada vez mais:

    Aparentemente João Álvares Fagundes foi o descobridor da Nova Escócia.
    (O "Gauttier" a que me referi neste "escrito" é o senhor Jacques Cartier, lol... Tenho me referido a ele como "Gauttier")

    Álvares Fagundes parece ter descoberto a "Baía de Fundy", entre outras zonas daquela parte do mundo. A wikipedia diz que as ainda hoje Francesas ilhas de Saint Pierre et Miquelon à beira da Terra Nova foram descobertas por Fagundes e chamadas de "Ilhas das Onze Mil Virgens".

    Álvares Fagundes, parece ter chegado inclusive ao fim da Baía de Fundy*, entre a Nova Escócia e Nova Brunswick, províncias do Canadá actual.

    Atentemos para o nome da área mais ou menos pantanosas e mais ou menos pontuada por uma extrema variabilidade das marés.
    Chamam-se hoje "Tantramar Marshes", ou Pântanos de Tantramar. Que nome esquisito para a língua Inglesa... Fui ver a explicação:

    A Wikipedia diz que o nome derive do Francês do tempo da colonização Francesa da Acádia: "Tintamarre", falam de cenas inglesas como "din" e "racket" e depois explicam que "Tintamarre" é em referência ás barulhentas aves, provávelmente gansos e patos, que habitam a zona.

    Pois como é que o Inglês toma "Tantramar" desde "Tintamarre"?

    Como é que o Marrrrrrre francês passa par um simples mar Inglês? Como é que o Tinta passa para Tantra, como aparece o r???

    Já, se imaginarmos por ventura que aquela zona era de povoação Portuguesa e se chamava "Entre Mar" poderia facilmente passar para o Inglês "Antremar"
    Repare-se na perfeita terminação da palavra em Inglês e em Portugês nas pronúncias das duas línguas:
    "Entre Mar" vs "Tantramar" e o aberrante Francês "Tintamarre" que não só tem uma terminação bastante diferente como lhe falta o som tr.
    O T no início derivaria da expressão The Entre Mar. Que deveria ficar algo como Dantramar mas que por algum motivo passou a T.
    Entre Mar (o Inglês diria) "Antramar" e acrescentaria o som d/t do "the" Dantramar/Tantramar.

    Que mais motivos tempos para acreditar na origem Portuguesa do nome do povoado?

    É que a zona em questão, os Pântanos (Marshes) de Tantramar, ou de Entre Mar ou de Entre-O-Mar que seria dito em Inglês como qualquer coisa como "The" Antr-a-Mar...

    IRF (3)

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  5. É que essa zona fica mesmo no fim da Baía de Fundy, entre a Nova Escócia e Nova Brunsiwick, e do lado Norte tem um ístmo de terra que faz a ligação da Nova Escócia ao Continente Americano.
    Istmo esse que chega a ter apenas 25 Kms de largura.

    A Zona de Entre Mar está mesmo Entre o Mar!!! A Sul da cidade de Moncton em Nova Burnswick, no Canadá!

    E digo-lhe mais! Apresento-lhe Samuel de Champlain, fundador da cidade do Quebec, que andou por essas terram a partir de 1600, tendo feito "29 viagens até ao Canadá", de acordo com a Wikipedia, ao serviço do Rei de França, senco considerado "o Pai Fundador" da Nova França - e do actual Quebeque.
    É de ter em atenção que ele aparentemente era um Francês nascido à volta de La Rochelle, portanto, na costa Atlântica. No Sul (relativo) da costa Atlântica Francesa...
    E parece ter começado no mar da seguinte forma:

    1º Começou no mar com a família à volta de 1598 a transportar tropas Espanholas da Holanda para Cádiz, no Reino de Filipe II de Espanha e I de Portugal. Portanto, quando Portugal estava sob domínio Espanhol, ele fazia o transporte das nossas tropas ao longo do Atlântico...

    2º Infiltra-se lá com um Espanhol do mar por volta de 1598 e vai para o México e as Antilhas...

    3º Depois de compilar informações sob os afazeres dos Espanhóis pelas Américas, oferece-as em livro ao Rei de França e ganha sob o Monarca grande ascendente. A compilação oferecida por Samuel de Champlain ao Rei de França tinha o seguinte título:

    Breve Discurso das Coisas Mui Notáveis que Samuel Champlain de Brouage Reconheceu nas Índias Ocidentais Nas Viagens Que Fez de 1599 a 1601 E Como Assim É (Tradução minha, mui livre).

    E boom! Com isto faz-se dono e senhor do que viria a ser Nova França, Fundador do Quebeque, com todo o apoio do Rei.
    É também de notar que a wikipedia diz que isto foi escrito à volta de 1600 mas só foi "publicado" - isto é, só foi tornado público - em 1870.

    Acontece que, voltado ao Pântano de Entre-Mar, que à guarda da entrada nessa região pantanosa, na fronteira onde a terra se extende, a Baía de Fundy acaba e o Pântano de "Entre Mar" começa... temos a Baía de Advocate. Que é guardada pela cidade ou vila de Advocate Harbour.

    Dizem os locais que quando em 1607 chegou Samuel de Champlain àquela zona, repito, 1607, apontou nos seus escritos o seguinte comentário:

    "Encontrei por ali uma cruz muito velha, toda coberta de musgo, e quase toda já apodrecida".

    Samuel de Champlain é oficialmente o primeiro Europeu e o primeiro Cristão a estar naquela zona.
    Há quem diga que Álvaro Fagundes deixou lá um cruzeiro que nunca foi encontrado e que provávelmente seria este.

    Será que o Marsh de Tantramar ou Tintamarre era afinal o Pântano de Entre o Mar e que Fagundes deixou lá um cruzeiro e uma povoação?

    Mui, mui interessante...

    https://www.mta.ca/marshland/topic3_europeans/european.htm

    https://fr.wikipedia.org/wiki/Tintamarre

    P.S. - Sobre João de Álvares Fagundes e seus descendentes diz isto a wikipedia em Português:
    "(João Álvares Fagundes) a documentação veio revelar que casou apenas uma vez, com Leonor Dias (Boto), sepultada a 24 de Agosto de 1538 na Misericórdia de Viana do Castelo, e deixou duas filhas, D. Violante, que foi sua herdeira universal e casou com o fidalgo João de Souza de Magalhães, cujo filho sucedeu nos direitos do descobrimento da Terra Nova, que em 1589 vendeu a D. Filipe I por 2.000 cruzados"
    https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_%C3%81lvares_Fagundes

    Melhores cumprimentos,
    IRF (4 e FIM)

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  6. A Rota Marítima do Megalítico pelos portugueses nos Re descobrimentos

    Caro IRF, Canada foi uma próspera colónia portuguesa até D. Sebastião querer ser imperador e se ter virado para a porcaria da África, ou melhor, nisto já aqui por mim escrito:

    O Continente Americano não esteve encoberto, foi "contido" para evitar o esvaziamento da Europa, e até que a saída marítima da armada do Islão do Mediterrâneo para o Atlântico fosse controlada pela cristandade, não foi permitida sua colonização.

    Pode-se perguntar então porque não se colonizou antes do surgimento do Islão, a resposta seria longa e fora do assunto, mas o fator climático tem sido menosprezado pela historiografia, que não incorpora a Paleoclimatologia, Arqueologia e estudos das migrações pelo mapeamento do ADN das populações. O Gulf Stream no Atlântico Norte foi alterado várias vezes o que impediu viagens transatlânticas durante muito tempo, mas facilitou outras no Atlântico Sul.

    Mas o que continua encoberto é o que motivou as viagens marítimas e expedições terrestres dos portugueses? Uns dizem que foi para expandir a cristandade, outros que foi por os lucros comerciais das especiarias, outros dizem que foi para encontrarem um Reino perdido, e aí aflora-se o encoberto que é a "Rota Marítima do Megalítico pelos portugueses nos Re descobrimentos".

    Os portugueses procuravam, ou melhor os seus comanditários como o Infante D. Henrique e D. João II, que programaram a procura do que restou das civilizações depois da glaciação dá 12.000 anos, que sabiam serem mais avançadas que as deles medievais: "Sete Cidades", pois os portugueses deviam ter registos das suas localizações, porque num curto espaço de tempo foram a todas suas ruínas, e em todos os Continentes! Etiópia, Canárias, duas na Índia, uma no Tibete várias na América do Sul, foram os primeiros a oficialmente a contactar o Império Inca há documentos coevos sobre isto, no Vanuatu do pacífico (Pedro Fernandes de Queirós) desembarcaram nas Ilhas artificiais Megalíticas do Pacifico! Deram o nome de "Ilha de Pescadores" onde estão os Megalíticos submersos da zona do Japão, até o Vasco da Gama com tanto sitio para desembarcar foi faze-lo na única zona da Índia que tem Megalíticos "Neolíticos" iguais as Antas portuguesas! E agora venho a saber dum Viçente Pegado que foi o primeiro europeu a relatar sobre o Império Monomotapa / "Grande Zimbabwe" que parece ser na origem uma civilização avançada megalítica! Não esquecendo o Brasil que por si é o berço da humanidade ou um dos Éden ainda encoberto pela vegetação, donde vão surgir do que dar um ataque cardíaco a muita gente do establishment.

    Os portugueses da época dos descobrimentos visitaram todos os locais megalíticos, terão encontrado o que procuravam?

    Cpts.

    Onde ver mais das minhas “investigações”;
    Recordo que o primeiro carteiro real da Nova - França era um português... Pedro da Silva e teve 14 filhos!
    terá o topónimo Fatima algo a ver com os portugueses? no meu blog
    http://portugalliae.blogspot.com/2009/12/fatima-iles-de-la-madeleine-canada.html

    Portugal Cove-St. Philip's
    “é uma das mais antigas povoações do novo mundo. Supõe-se que terá sido fundada quando no século XVI Gaspar Corte-Real Mestre de uma embarcação de pesca, chegou às margens da região, para enterrar dois pescadores que haviam falecido na viagem desde Lisboa. Acredita-se então que desde essa data estes pescadores fundaram uma nova localidade, para servir de abrigo e apoio à pesca e secagem do Bacalhau que depois seria enviado para Portugal” in wiki
    https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal_Cove-St._Philip%27s

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    Respostas
    1. Caro José Manuel,

      com todo o respeito: De certeza que sabe coisas que eu não sei e digo-lhe que disse muitas coisas que me parecem interessante e que fiquei apenas com o sabor de que só apanhei metade...

      No entanto, creio que disse muita coisa difícil de ser crível pela minha pessoa... da próxima vez considere-me um céptico e tente convencer-me com explicações mais simples e claras. Começemos como se eu fosse muito estúpido ou muito desinformado, como se fosse um bebezinho...

      Assim só lhe posso dizer que li, achei interessante, vou dar uma espreitadela pelo seu blog mas não estou particularmente convencido embora gostasse de saber mais...

      Com os melhores cumprimentos, espero que não fique ofendido...

      IRF

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    2. não há de que ficar ofendido caro IRF, o meu blogue não tem espinha dorsal, são peças soltas foi uma experiência que terminou, se despertou alguns novos mágicos fico contente, é só isso,

      não sei o que o IRF procura, por mim tento intrigar, despertar, se me perguntarem algo respondo,

      recomendo esta leitura:

      O Despertar dos Mágicos
      https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Despertar_dos_M%C3%A1gicos

      Cpts.

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    3. Procuro respostas.
      O José Manuel parecia oferecer respostas mas foi apenas ao de leve, não me permitindo reconhecê-las como "respostas definitivas" (por agora).

      Mas também me pareceu que sabia muito mais do que disse. Pelo que me senti incapaz de o acompanhar...

      Quanto ao link: Acho o tema interessante mas o livro em questão não me parece tentador...
      Se não me levar a mal e tiver a mente suficientemente aberta, lanço-lhe um desafio... Lembro-me de ter lido parte creio que em inglês mas não creio que tenha lido toda...
      Experimente, se for capaz de a acompanhar, que creio ser difícil, se tiver paciência para ir até ao fim, não me recordo se consegui, e se tiver a mente aberta para sem preconceitos assimilar este maravilhoso pedaço de pura Verdade que explica (ou deixa claro a origem) tanto do mal que tem vindo ao mundo.

      Dez anos antes do milagre de Fátima, sete anos antes do início da I Guerra Mundial, 32 anos antes da II Guerra Mundial e dez anos antes do estabelecimento do primeiro Estado Comunista, a União Soviética de Lenine, datando de 1907:

      http://w2.vatican.va/content/pius-x/pt/encyclicals/documents/hf_p-x_enc_19070908_pascendi-dominici-gregis.html

      IRF

      P.S. - Diga-me depois o que acha do link e se está virado para lê-lo ou não.
      Recomendo vivamente, mas sem pressas, apenas quando tiver vontade.
      Aviso que é muito, muito difícil de acompanhar o raciocínio e que é preciso ter muita, muita paciência para ser capaz de o ler.

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