Alvor-Silves

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Visto isto

Desde o início não me preocupei muito com o aspecto do blogue, interessava-me bastante mais o que iria conseguir descobrir... por isso, basicamente o aspecto do blogue não mudou.

Decidi agora mudar um pouco o logotipo inicial, para ir ficar


o que não corresponde a nenhuma mudança significativa, nem nenhuma vontade especial de tornar o blogue mais esteticamente apelativo, até porque na minha opinião nem ficou melhor.

Continua a assentar no paralelismo África-América que, propositadamente, ou então por grande coincidência, faz com que o portulano de 1485 de Pedro Reinel representando a África vá bater de forma muito coincidente com a costa americana junto ao Golfo do México. Não apenas na forma, mas igualmente na latitude. Aqui uso a versão que fiz para a Wikipedia, porque aí não era permitido usar imagens do Google Maps... teve a vantagem de ficar melhor.

Esse paralelismo África-América senti-o também no logotipo do Infante D. Henrique, que Frei Luís de Sousa dizia ter "duas pirâmides dos reis do Egipto". 
Porque se o logotipo era entendido como tendo pirâmides, pois poderiam ser justamente as pirâmides egípcias e as pirâmides aztecas/maias. 
Acrescia então ter reparado que "Talant de bien Faire", seria "Atlant de bien Afrie", com um pequeno anagrama que trocava as letras de "talAnt" para "Atlant", e outro que trocava "fAi're" para "Afri'e" (note-se que há 2 "A" maiúsculos e apenas um "a" minúsculo).
O que significava isto?
O antigo nome para o continente perdido no Atlântico era "Atlant", e daí também o nome do Oceano, remetendo para o titã Atlas. No Séc. XV ninguém lhe chamava América, e o nome mais natural era a Atlântida de Platão. É isso que diz Poliziano, é isso que diz Sanson.
Acresce que os dois círculos fazem bem dois hemisférios. 
"América por bem África" dá a pista do engano propositado na descrição de Zurara.
Mas "vontade de fazer bem" ou mesmo "talento de fazer bem" é ainda um moto notável.

Finalmente as letras ALVOR SILVES foram retiradas de "OS LVSIADAS" de Camões, à excepção do "R"e do "E" que ficam propositadamente a destoar, retiradas de "REAL" em letra mais pequena. Isto porque tenho perfeita consciência de que ainda que tenhamos vontade de fazer bem, haverá sempre erros que irão contra a realidade. Neste caso, faltaram 2 às 10 letras de "OS LVSIADAS" para se ajustarem ao nome do blogue que tem 11 letras... paciência.

Ainda pensei em juntar uma imagem de D. João II, que está presente no nome do blogue, pelos locais de falecimento e enterro. Gosto especialmente da imagem que está nas tapeçarias de Pastrana, junto ao pai, D. Afonso V. Está ali ainda com cara de criança, com 16 anos, aquando da tomada de Arzila.
No entanto, o propósito do blog acabou por divergir muito do tema inicial, que se centrava na história dos descobrimentos portugueses. As imagens que ficam dizem respeito às imagens iniciais que levaram à constituição deste mesmo blogue.

De resto, verificando que a Descrição, Metodologia, Links e Referências, estão inalterados desde 2010, está na altura de dar uma volta ao blogue, e corrigir alguns aspectos que estão a precisar de reforma desde há muito tempo.



______________ Descrição  _____________

(de 27 de Junho de 2010 a 27 de Setembro de 2018)
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Imagem do blog
Comparação entre detalhe da Carta "Pedro Reinel me fez" (1485) e a costa do México.
Ver explicação neste knol.

Porquê Alvor-Silves?
  • Alvor e Silves são duas localidades algarvias, com importância na história de Portugal. 
  • Alvor foi identificada à cidade romana de Portus Annibalis, referindo a sua ligação cartaginesa a Aníbal.
  • Silves será mais conhecida pela importante Tarifa de Silves (reino independente árabe).
  • A sua associação é feita no contexto do relato da morte de D. João II.
  • D. João II depois de procurar tratamento nas Caldas de Monchique, decide morrer no Alvor, e solicita ser enterrado na Sé de Silves, só depois será transladado para o Mosteiro da Batalha.
As investigações que iniciei acidentalmente em Outubro/Novembro de 2009 levaram-me a várias inconsistências e mistérios sobre o período dos descobrimentos. Tal como o Infante D. Henrique, que escolhe Lagos para morrer, a opção de D. João II escolher como lugar de morte Alvor e Silves, não foi acidental... encerra um mistério, propositado, legado pelo maior protagonista da empresa dos descobrimentos.

Tese de Alvor-Silves
Foi o título colocado à primeira compilação de conclusões publicada até 31 de Dezembro de 2009, no knol.
A versão original encontra-se em
e depois de alguns polimentos, menos opinativos, foi colocada uma versão como pdf
com o essencial sobre a parte cartográfica.
O ponto fundamental será entender as informações documentais no contexto político para a sua divulgação. Ou seja, há informações contraditórias... e ou aceitamos uma versão oficial "bacoca", com muitos medos e erros, ou tentamos compreender que aquilo que foi divulgado estava sujeito a escrutínio da Inquisição. 
Por isso houve documentos perdidos, como se queixaram João de Barros e Damião de Goes, e na prática pouco ou nada nos chegou da época de D. João II. Grande parte das publicações interessantes, ainda sujeitas a controlo inquisitorial, acabaram por aparecer na transição para o reinado de D. Sebastião (e nesse reinado).

Assuntos do blog Alvor-Silves
O blog Alvor-Silves continua a colocar informação documental histórica, mais relacionada com o período dos descobrimentos marítimos, mas também com ligação a outros tempos. A referência a períodos de civilizações mais antigas, no contexto dos mitos de Tubal, Hércules, Ulisses, influenciaram a cultura portuguesa, até à sua quase anulação, primeiro na época pombalina, e depois após Alexandre Herculano.
Por isso, os diversos registos históricos, do Séc. XV até ao Séc. XIX são considerados de maior interesse, alargados a tempos anteriores, colocando-se em segundo plano assuntos de História do Séc. XX, ou XXI. 
É importante conhecer bem a história com mais de um século, e só depois conjecturar sobre o contexto recente ou actual. Assim se poderá compreender o que determinou a selecção dos escritos divulgados, e a quase supressão doutras obras valiosas.

Para assuntos com maior actualidade, foi definido um outro blog: 


14 comentários:

  1. Então é daí que vem o "Alvor-Silves"?! Eheheh o que eu conjecturei acerca do nome! Experimentei procurar por anagramas enfim, tudo o que me veio à cabeça. Até que concluí que teria optado pelas localidades históricas Alvor-Silves, roteiro da morte do insigne rei D. João II, porque por aproximação fonética esconderiam o seu nome Álvaro Silva. O que não corresponde minimamente à verdade, sei-o agora. Enfim teve a sua piada.

    Ab

    JR

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    1. Pois, eh eh, sempre fui um fã de D. João II, mas nem sequer sabia que tinha ido morrer no Algarve. Ou se sabia, nem sequer ligava muito.

      Porém, depois de fazer a interpretação dos Painéis de S. Vicente, e ter percebido toda a molhada em que ele se tinha visto envolvido, dei todo o relevo à escolha do local.

      Poderia ter escolhido Lagos, que era bastante maior, centro dos descobrimentos do tio, mas escolheu o Alvor, do outro lado da Meia Praia. Creio que isso não foi acidental, nem terá sido acidental escolher depois Silves para ser enterrado.

      Procurei perceber mais desse imbróglio, mas não consegui nada de muito claro.
      Creio que Lagos estaria demasiado ligada ao Infante D. Henrique.
      D. João II considerando ter sido envenenado, pela mesma quadrilha que tinha arrumado com o seu avô, ou seja, com o Infante D. Pedro, poderia ter algumas reticências nesse local.
      De qualquer forma, como dizia Garcia de Resende, tinha sido o primeiro rei a morrer fora de Portugal... porque o Algarve era visto em separado.
      O outro rei a morrer fora da pátria foi D. Sebastião (que também reúne o meu apreço). Aliás D. Sebastião tinha D. João II como modelo.

      À época, estava algo esperançado de que D. João II tivesse deixado à posterioridade algum legado dos (verdadeiros) feitos durante o seu reinado, e escrevi mesmo:

      https://alvor-silves.blogspot.com/2010/01/boeta-de-d-joao-ii.html

      Com as voltas que a coisa tomou nos meses e anos seguintes, o assunto deixou de ter interesse. Mas a princípio ainda andava com a ideia de que na Serra de Monchique se poderia encontrar alguma coisa "espectacular". Tinha coordenadas precisas onde procurar esse "tesouro"... mas nunca lá fui, e já não as sei (nunca as quis escrever, nem sequer em papel, tal era a minha confiança nesta malta toda...).

      Abç

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  2. Já agora, há uma coisa engraçada que se pode ver nesta tapeçaria de Pastrana.
    Temos praticamente uma cópia de D. Afonso V e D. João II, logo ao lado, no sujeito que é o porta-estandarte com a bandeira nacional, e no rapaz que está ao lado dele.
    A tal ponto que dá para duvidar de quem é quem...
    Porque, a bandeira sendo o mais visível ao longe, seria um alvo preferencial, mas por outro lado, as armaduras mais brilhantes e espampanantes também o seriam.
    O rapaz ao lado da bandeira tem um escudo vermelho protector, enquanto o rapaz de quem vemos melhor a cara, tem uma bandeira de S. Jorge.
    Poderia ser que pai e filho não estivessem juntos (seria pelo menos mais aconselhado).
    Sendo uma pintura, não sei até que ponto era representação fidedigna.
    De qualquer forma, deixa essa ideia de dissimular a presença real aos inimigos.

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    1. Caro da Maia
      O pormenor de o jovem segurar a bandeira de S. Jorge, só o confirma como o futuro D. João II,dado que este rei era devoto deste santo como está atestado no parágrafo do chamado "Manuscrito do Rio" imediatamente antes do trecho relativo aos Painéis.
      Regressando a este tema, repare como o capacete deste jovem se assemelha ao do barrete da figura do rapaz dos Painéis, e ainda como o par D. Afonso V/jovem João (II) da Tapeçaria, e no que respeita aos respectivos rostos, se podem confundir com o par pai/filho situado à direita do painel do Infante.
      Abraço

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    2. Caro Clemente,
      estou de acordo, e por isso o referi... só que, em campo de batalha, tenho dúvidas que o príncipe fosse colocado a servir de alvo, segurando numa bandeira. É verdade que bandeiras de S. Jorge não faltavam no campo de batalha, mas mesmo assim, duvido que fosse autorizado a tal coisa.
      É diferente em termos de representação, e nesse quadro mais ficcionado da batalha, apresentado na tapeçaria, conclui-se seguramente que aquele é o par rei/príncipe.

      A batalha já é em 1471 e as tapeçarias serão ligeiramente posteriores, mas seguramente anteriores a 1475.

      Se os Painéis de S. Vicente fossem anteriores às Tapeçarias de Pastrana, acha que o rei D. Afonso V tinha ficado agradado com o trabalho encomendado?

      Não considerará o caro Clemente que, os Painéis de S. Vicente são muito superiores em representação, quer das feições, quer da perspectiva geométrica, tendo em comparação as Tapeçarias de Pastrana?
      Aqui nem sequer se pode argumentar com a Duquesa de Borgonha, porque aparentemente as tapeçarias vieram de lá.

      Que haja registo, só houve dois momentos em que houve um retrocesso claro da pintura, em termos da representação "fidedigna":
      - no fim do Império Romano, e predomínio medieval cristão;
      - no fim do Séc. XIX, propositadamente, sobrelevando a pintura abstracta.

      Por isso, se todos vós estiverem certos, e eu errado, então temos aqui outro momento em que se preferiu um retrocesso na técnica de desenho e representação pictórica. Faltará justificar porquê...

      Estou ainda de acordo que a caraminhola tem algumas semelhanças, o que me parece natural, sendo ambas destinadas a príncipes. Esta é vermelha, porque o contexto é de guerra, a outra será negra, ou verde escura, estando num contexto fúnebre. Esta tem um grande penacho branco, a outra não. Ou seja, este barrete está bem mais decorado do que o outro, mas isso também não significa nada, porque os contextos são diferentes.

      Dado o quase nulo detalhe dos rostos na tapeçaria (em que os olhos são basicamente pontos), acho muito difícil concluir o que quer que seja. Aliás, em combate, até para poderem colocar o elmo, deveriam cortar significativamente a barba.

      Abraço,
      da Maia

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    3. Repare que os materiais utilizados nas duas obras são totalmente diferentes. Naquela época, por mais exímio que fosse o autor ou a oficina onde as Tapeçarias foram executadas, não se poderia chegar à qualidade da patente nos Painéis, ainda por cima executado por um mestre.
      Pode-se afirmar que houve, depois desta pintura, um retrocesso na técnica da pintura em Portugal.
      Abraço

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    4. Atendendo à complexidade do desenho e riqueza de cores exibidas nas tapeçarias, não parece de todo um problema de conseguir desenhar sobre o material, mas sim um problema do desenho de raiz.

      O que se pode argumentar é que o desenhadores que pintavam sobre os tapetes não eram tão dotados. Mas não é um problema de material, é um problema da pintura.

      Também haveria um problema de "retrocesso na pintura" se datassem o tecto da Capela Sistina no Séc. XV ou XIV.

      Eu percebo perfeitamente os argumentos contrários, que para subsistirem, clamam a excepção, um epifenómeno nacional, com os Painéis de S. Vicente.
      Cá dentro podem fazer brado, mas simplesmente ninguém os ouve lá fora.
      Enquanto os portugueses continuarem a "brincar aos segredos", os Painéis de S. Vicente nem constam da maioria dos livros de história da arte.

      Por acaso, deveria ter feito um postal sobre as Tapeçarias de Pastrana, mas não sei se já acumulei suficiente material de interesse para o fazer.

      Abraço e obrigado pelo comentário.

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  3. Bem topado! Aos meus olhos destreinados esse pormenor passou-me ao lado, para não variar...

    Assim sendo, poderíamos supor que seriam os Bragança que se sentiam praticamente em pé de igualdade com a casa reinante. Se bem que penso que a cor dos Bragança é o verde e não o vermelho.

    Cumpts,

    JR

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    1. Muito mais que treino, isto é mais que treino - é pura sorte.
      Não se trata aqui de procurar o Wally, porque no caso do Wally sabemos que ele está lá, e só isso é mais do que meio caminho para o encontrar.
      Também não reparei nisso à primeira.
      Só reparei porque ao seleccionar a figura com os dois, reparei que o estandarte com as quinas ia ficar fora. Ao ver quem o segurava e o miúdo ao lado, parecia uma cópia exacta do par real.

      O porta-estandarte era o Alferes-Mor do reino.

      Um cargo muito importante, neste caso de Duarte de Almeida (o Decepado), que 5 anos depois, na Batalha de Toro, ficando com as mãos cortadas, segurou a bandeira nacional com os dentes, antes de ser feito prisioneiro (mas não morreu, e os castelhanos deixaram-no regressar a Portugal).
      Provavelmente o rapaz seria um filho dele...

      Abç

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    2. Pois é que óbvio, tem toda a razão.

      https://pt.wikipedia.org/wiki/Alferes-mor_de_Portugal

      Por esta altura o cargo "Alferes-Mor" estaria em 3º lugar na hierarquia no Exército.

      Cumpts,

      JR

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  4. talAntde biefAirc
    Atlantde Abifirec
    Atlantde bAifriec
    Atlantide beAfric
    Atlantide b Africe
    Atlantide v Africe

    Cumprimentos,
    Djorge

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    1. Ainda bem que escreveu essas tentativas!
      O último é um "c" e não um "e".

      Portanto parece ser uma destas 3 hipóteses:
      - Atlant de bien Afric
      - Atlantide bien Afric
      - Atlantic bien Afric

      Estava a tentar cingir às letras e não ao aspecto delas, mas os últimos "e" podem bem ser vistos como "c".
      Além disso, estava com o francês actual de Afrique, mas a forma antiga era Afric.

      Pode-se ver aqui:
      https://books.google.pt/books?id=amU2rCccOBwC&pg=PA473
      no ponto 6 é dito:
      - Afric forme vieillie ou poetique, nom ou adjectif, pour Africa ou African.

      Nota:
      Há quem diga que deveria estar "fére" e não "faire", a propósito dos Painéis de S. Vicente, referindo-se ao francês antigo. Neste caso, o erro forçaria o propósito.

      Mas esquecem, ou não sabem, que o francês usado pelo Infante D. Henrique não é o francês de França.

      Será mais o francês da Normandia, da sua mãe, Filipa de Lencastre, porque a linguagem usada na corte inglesa foi o francês até ao fim da Guerra dos 100 anos.
      Os reis ingleses até aí nunca esqueceram as raízes normandas, e pretensões a França.
      Daí o nome Guiné, que também não é Guiné, é sim Guiéne (depois Guiana), que era como chamavam à Aquitânia, a parte distante de França com que ficaram.
      https://en.wikipedia.org/wiki/Guyenne

      Além disso, a parte francesa de onde o Infante terá tomado maior influência seria a da Borgonha, por via da sua irmã Isabel e do cunhado, Duque de Borgonha.

      ....

      Como diriam os normandos da minha terra, na mouche!

      Obrigado.

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  5. Caro da Maia,

    O meu ensaio, baseia-se, , sobretudo, na premissa de não adicionar mais vogais às que "aparentemente" se conseguem interpretar.

    Assim segue uma pequena nota explicativa do meu raciocinio.

    talAntde biefAirc
    t= 2, a= 1, l= 1, A= 2, n= 1, d= 1, e= 2, b= 1, i= 2, f= 1, r= 1, c= 1

    Atlantic bien Afric
    t= 2, a= 1, l= 1, A= 2, n=”2”, d=”0”, e= “1”, b=1, i=”3”, f= 1, r= 1, c 1

    Atlantide b Africe
    t= 2, a=1, l= 1, A= 2, n= 1, d= 1, e= 2, b=1, i= 2, f= 1, r= 1, c=1

    No entanto, se retirarmos o “e” a Africe passando a Afric, e denotarmos que ele tem um tilde ou acento circumflexo ficamos com outra opção:
    Atlantide bê Afric «=» Atlantide be(n) Afric

    A minha interpretação, “Atlantide v Afric” advêm de uma possível interpretação do “b” como “v”, onde poder-se-ia ler literalmente:
    Atlantida vê Africa (estão frente a frente)
    Ou
    Atlantida versus Africa (como no caso do título do livro da duquesa de Medina Sidonia, Luisa Isabel Álvarez de Toledo) Africa vs. America.

    Cumprimentos,
    Djorge

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    1. Eu já estava convencido da conexão Atlante-África, por isso quando o José Manuel em 2009 me indicou o livro da duquesa de Medina-Sidónia só fiquei mais convencido, e agora esta sua observação serve para me convencer ainda mais.

      Aliás, aquele rabisco do "d" que sobe, desenha o contorno do Golfo Mexicano com a península da Flórida, enquanto do outro lado o "b" ao descer também não fica mal como costa africana.

      Como o Infante D. Henrique era nascido no Porto, não ficaria mal a troca de "b" por "v", e em vez de "bien", se lermos "vien" no sentido "vient", vem parar ao mesmo.

      Aposto mais no "bien" porque já o lema do pai, D. João I, era "por bem".

      Abraço.

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