Alvor-Silves

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Porto de Mós e Dom Fuas

Há várias localidades cujo nome tem um associação marítima difícil de ignorar.
O caso mais singular é Porto de Mós, que teve como alcaide, Dom Fuas Roupinho, o primeiro almirante da Marinha Portuguesa.
Actualmente, Porto de Mós está bastante longe da linha de costa, aproximadamente a 20Km... que sentido colocar um almirante e um nome de Porto a uma localidade inserida na Serra dos Candeeiros?

Mais uma vez recorremos a simples mapa orográfico e a um aumento do nível do mar, abaixo de 50 m:
A costa da Estremadura, com um aumento de algumas dezenas de metros no nível do mar.

Torna-se evidente que há uma depressão que segue pela Marinha Grande, Leiria, até Porto de Mós. Ou seja, faz sentido considerar uma possível ligação marítima que tornasse estas cidades costeiras. Por outro lado, tornam-se ainda evidentes outras ligações marítimas... Uma delas avançaria até Coimbra, pela actual bacia do Mondego, começando em Buarcos/Figueira da Foz.

É claro que algumas destas depressões estão associadas a vales de rios, e pode admitir-se que foram os rios que provocaram por erosão essas depressões... porém, nada impede o cenário equivalente - os rios seguiram os percursos definidos pelas depressões. Aconteceria algo semelhante se o nível do mar descesse na costa da Galiza - algumas dessas entradas costeiras assemelham-se a erosão fluvial, e poderiam ser confundidas como tal.

Outro ponto interior que se revela no contacto marítimo é Alcobaça, pela entrada no antigo porto da Pederneira. Aqui é bastante revelador que a antiga vila da Pederneira, está algumas dezenas metros acima da actual Nazaré, que só se afirmou como lugar no séc. XIX. O mesmo se passa com Alfeizerão, uma pequena vila interior, e que até ao Séc. XVIII era considerada como porto de navios. 
Também é conhecido que Óbidos tinha uma ligação marítima através da sua lagoa, que Peniche chegou a ser uma ilha, e que o porto costeiro era Atouguia da Baleia, agora bem no interior.
Mapa do Séc. XVII com a costa da Estremadura, 
evidenciando ligações marítimas perdidas. O estuário do Mondego 
tinha ilhas interiores e seria semelhante à ria de Aveiro.

Citamos Lorenzo Anania, que no Séc. XVI faz um relato sobre os portos nacionais:
Vedesi por Viana, Possende, Villa del Conde, & poco discosto sbocca il Doro, maggior fiume di Spagna, il quale nascendo appresso Moncaio, prende tanti fiumi, che fattosi alla sembianza d'un stretto di mare, rende il debito all Oceano à canto à Porto, laquale é una città, dove hora si lavorano finissime arme: quindi si passa à San Giovanni della Fos, Hovar, & Avero; onde si parte ogni anno la flotta di molte navi, che và à pescare i Baccallai à Terra Nuova. Segue appresso Boarco su la bocca del Mondego, Pedernera, Alfizzaraona, Ataguia, & Pignieri: al cui rincontro si scuopre l'isola Barlinga, detta anticamente Landobria:
Para além de revelar que o Douro, seria o rio maior da Espanha, aparentava ter um estreito de mar na Foz (dita S. João da Foz), diz em 1576 que todos os anos partia de Aveiro uma frota de numerosos navios para a pesca do Bacalhau na Terra Nova. Os portos relevantes que se seguem são: Buarcos, Pederneira, Alfeizerão, Atougia. O nome Pignieri deve indicar Peniche, pela sua ligação às Berlengas. Continua directamente para o "Cabo de Cascais" e Sintra.
Conclui-se assim que há não muitos séculos houve portos relevantes que se tornaram interiores, resultado de um assoreamento e de duma fixação de dunas. 

Por outro lado, a imagem que gerámos computacionalmente revela-nos um Mar da Palha ainda mais largo, ao ponto de deixar a península de Setúbal como uma verdadeira ilha...
O que é significativo é que este aumento do nível do mar não submerge nenhuma das vilas antigas.
Para além disso, justifica melhor a sua localização, e vários nomes interiores claramente ligados a portos, a marinhas, ou a actividades marítimas.

Nota: É claro que não estamos aqui a falar de movimentos tectónicos, mais antigos... no entanto não deixa de ser interessante reparar num pormenor - é suposto cadeias montanhosas como os Pirinéus, os Alpes, ou os Himalaias estarem associados a esses movimentos, no entanto a cada um deles associa-se uma extensa parte de baixa altitude.  No caso dos Pirinéus, à "ilha ibérica" sucede uma planície da Aquitânia, no sul de França. No caso dos Alpes, o vale do Pó antecede a "ilha italiana". No caso dos Himalaias, o vale do Indo e Ganges antecede a "ilha indiana".

16 comentários:


  1. Caro Da Maia,
    o mapa do séc XVII é Português, ou feito pelos de cá?
    A pergunta é só para perceber se era uma cópia de algum mapa existente mais antigo, ou se antes reporta o que na altura existia.

    Melhores cumprimentos,
    Calisto


    Tratam-se de 5 mapas (ou de um mapa dividido em 6 partes)... falta a parte do Algarve!

    Neste caso aqui, juntei dois deles.
    A indicação que tenho é que são do séc. XVII e portugueses, pelo que julgo ser um mapa da situação à época.

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  2. …Bom…escrevi um texto acerca da costa portuguesa na vertente do estudo efectuado em várias estâncias balneares e as suas variações de costa…mas apagou-se…paciencia…
    …fiquei interessado no vosso estudo da costa portuguesa (mapa) e as suas relações com as cidades existentes, estudadas por mim…

    Eduardo Mascarenhas de Lemos

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  3. Caro Alvor,
    sobre a ligação marítma até Coimbra/Conímbriga...
    Lendas são lendas, mas aqui vai:
    Lenda do rei Arunce e de sua filha Peralta
    Ano 79 A.C., "(...)Arunce, que deu nome ao rio depois corrompido para Arouce, era rei de Conimbriga quando o general romano Sertório andava por aí em rebelião armada e à grande cidade romanizada chegavam um braço de mar e pesados veleiros - outra vesão encurta os séculos e diz que Arunce era mouro. Um dia aproou a Conímbriga aguerrida frota de assaltantes com o único fim de se apoderarem do imenso tesouro do rei Arunce."

    Com os melhores cumprimentos,

    Calisto

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  4. E qual é o papel de Peralta na Lenda, já que passou a nome de praia?

    Selinda

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  5. Caro Da Maia,

    Parece-me não existir(?) nenhum documento coevo sobre a existência de D. Fuas Roupinho. Retirou a informação: "O caso mais singular é Porto de Mós, que teve como alcaide, Dom Fuas Roupinho, o primeiro almirante da Marinha Portuguesa." do wikipédia da localidade? É que no wikipédia do próprio D. Fuas diz ser ele alcaide de Coimbra.

    Nas crónicas e cartas dos cruzados sobre a Conquista de Lisboa realmente mencionam um almirante da marinha portuguesa que calculo ser ele mas não mencionam o seu nome.

    A dúvida sobre a sua existência surgiu de J. Hermano Saraiva num dos seus programas sobre as lendas da Nazaré.

    https://www.youtube.com/watch?v=JcE03EYljMM

    Bem, agora que estou a escrever isto reparei nas referências no wikipédia de D. Fuas. Vou pesquisar melhor a personagem.

    Só queria mesmo saber se tem conhecimento de alguma fonte que me esteja a escapar que mencione D. Fuas?

    Cumpts,

    JR

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    1. Caro João, acerca de D. Fuas, há bastante desinformação.

      Creio que quando escrevi isso, baseei-me no que sabia, de ler várias coisas, mas tem aqui esta referência, que é crítica, faz alguma síntese e remete para outras referências:

      Ilustração Popular (1868), Volume 2, nº 2, páginas 5-6.
      "Primeira batalha naval que deram os portugueses", de Joaquim S. Firmo.

      https://books.google.pt/books?id=7zILAAAAIAAJ&pg=PA5

      O que acontece...

      1º) Há uma pandilha, que tem séculos, que chega a afirmar que D. Fuas não existiu, e que foi tudo invenção de Bernardo de Brito. Normalmente nessa pandilha, tudo o que é referido por Bernardo de Brito é falso, resultado de ser um frade fervoroso católico e nacionalista, desejoso de falsear a história.
      Essa pandilha é extremamente engraçada, porque apesar de muitos serem historiadores, não percebem nada de história, entram facilmente em contradição, e abraçam o ódio a Bernardo de Brito como terroristas fanáticos.
      São normalmente maçons, ou queriam ser, e dominam a divulgação.

      Feita esta má língua, há uns tempos (16 Abril 2018) vi na RTP2 um programa da Paula Moura Pinheiro acerca da Lenda da Nazaré:

      https://www.rtp.pt/play/p4530/e341684/visita-guiada

      onde a "Visita Guiada" foi feita com João Oliva Monteiro. O homem era nazareno e sabia bastante da história da Nazaré. Para alguma surpresa, o homem vai desfiando uma história que aqui contei, que é a de Manuel Brito Alão:

      http://purl.pt/12032

      https://alvor-silves.blogspot.com/2011/04/o-monte-oceano-ou-siano.html

      Surpresa, porque passar aquela história na TV sem censura, é tão raro quanto passar um comunicado do PCP durante o tempo de Salazar.

      Mas, pronto no final, a Paula Moura Pinheiro lá fez o favor de dizer que aquilo que o sujeito dizia eram coisas contestadas como fantasias pelos historiadores, etc., etc.
      Ora, o engraçado foi a resposta que João Oliva Monteiro deu, rebatendo como eu teria feito, ou até bastante melhor.
      Por exemplo, contra a ideia parva da lenda de D. Fuas ser invenção de Bernardo Brito, basta reparar que antes, já Camões falava de D. Fuas, ou que a Igreja do Sítio tinha sido fundada por D. Fernando, e que a capela existia antes disso. Em suma, mostrou que seriam os outros a estarem chechés e não ele. Ela fez-se de parva, figura que lhe assenta bem, e ele não querendo ser mais explícito, para não ser inconveniente, ficou na dele.

      Já apanhei uma vez com essa pandilha, e a coisa termina com os sujeitos a dizer que tudo o que vai contra a sua tese são documentos falsos, neste caso, dizem que tudo o que mostra D. Fuas existir são coisas fabricadas, primeiro por Bernardo de Brito... quando isso não cola, por outro qualquer. Ao fim de serem apanhados em contradição várias vezes, insistem, e eu perco a paciência, como você sabe...
      D. Fuas, tenha ou não existido, e eu estou-me a borrifar para o assunto, é um daqueles personagens que está formalmente banido da História de Portugal. Isso resulta do tempo do afrancesamento das pseudo-elites nacionais, que só aceitavam documentos que os franceses aceitassem... e dura até hoje.
      Enfim, uma tristeza ver tanta alma penada junta, que talvez julguem que estando juntos minoram o sofrimento.
      Abç

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  6. Bom dia,

    A tal conversa da ocultação da história nacional por maçons portugueses aos interesses estrangeiros por mera fantasia sexual de submissão à la Freud a mim não me convence, ou melhor, "ainda" não me convenceu. Parece-me mais um trabalho de investigação histórico mal feito ou mesmo por fazer e que acabou por cair no comodismo. Parece-me que essa malta que afirma não acreditar, também não deixa de acreditar, porque acabam sempre por falar no almirante. Realmente basta ler os Lusíadas e nas teses do convidado do episódio da visita guiada para nos apercebermos da existência desse vulto, que aliás nunca pus em causa tal como a veracidade do trabalho de B. Brito. Bem mas o que me interessava era bibliografia e já consegui alguma, aproveitando também um comentário do Calisto.

    Também costumo ver o programa Visita Guiada se bem que na verdade não seja mais que um re-make dos programas do JHS e valendo o que valem, eu até gosto.

    Obrigado caro Da Maia!

    JR

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    1. Conforme já escrevi, corrupção e incompetência são a mesma coisa, porque não se consegue distinguir se a incompetência é natural, ou é propositada, tendo em vista outro objectivo.
      Isto foi-me dito por um brasileiro, que nesta coisa são especialistas...
      Por isso, eu deixei de desculpar coisas por incompetência, que é uma arma sonsa, mas temível.
      Há imensas pessoas que não têm nenhuma vergonha, não se importam de se declarar incompetentes, se com isso evitarem ter trabalho. Foi moda, e ainda é, ser-se info-excluído... mas quando deu jeito telemóveis com SMS, emojis, e outras brincadeiras, subitamente até as sopeiras passaram a ser desenrascar-se, a ter conta no facebook, email, etc. Foi como se uma varinha mágica os tivesse capacitado a todos.

      Por isso, meu caro, não aceito a incompetência grosseira.
      Neste caso, sendo partilhada por muitos "peritos", a única explicação natural é uma cumplicidade entre a maioria deles, e os outros vão atrás...

      Sim, tem razão o Visita Guiada é um remake e não é mau de todo, ou seja poderia ser pior, mas não beneficia nada do ar pseudo-intelectualóide da apresentadora. Pessoalmente, afastando-me sempre dessa malta, apanhei com alguns em vernisages, onde era convidado (e ia comer à pato), e a coisa não é muito má, é pior que isso. O nível de conhecimento dessa malta não é zero, é pior que isso, porque para falarem de alguma coisa, trocam tudo, misturam tudo, e adoram esse caos zoológico de palavras pomposas. Por exemplo, uma vez lembro-me que tive que explicar a uns artistas geniais que o Padrão dos Descobrimentos não tinha sido feito ao mesmo tempo que o Mosteiro dos Jerónimos... mas sim para as comemorações dos 800 anos da nacionalidade.
      Mas essa malta anda aí, e normalmente tem cargos inversamente proporcionais à sua inteligência.

      Abç

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    2. Nem mais caro Alvor, nem mais...

      Com os melhores cumprimentos,

      Calisto

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    3. Caro Calisto,
      há quanto tempo!
      Faz falta nesta paragem, mas imagino que saiba disso.
      Um abraço.

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  7. Óbviamente não defendo a malta corrupta e/ou anti patriótica simplesmente tem de se ter algum cuidado quando se mete toda a gente no mesmo saco, podemos acabar por ser injustos. Ehehehe Caro Da Maia o rebelde da turma.

    Bom mas já percebi o porquê da incredulidade sobre a existência de D. Fuas Roupinho. Parece que tudo começa pela Crónica de 1419 pedida pelo ainda infante D. Duarte e que continha notória agenda política que justificasse a dinastia de Avis e a intervenção bélica no norte de África. É nela que (aparentemente)pela primeira vez se menciona o almirante e é através dela que tanto B. Brito como Camões têm conhecimento do personagem. Por aqui se compreende porque essa malta não considera os cantos d'Os Lusíadas como prova. A crítica maior é que não existe nenhum documento coevo que mencione D. Fuas Roupinho mas, e e isto é super interessante, existe uma crónica árabe que corrobora as façanhas descritas na Crónica de 1419!! Se bem que não mencione nunca o nome do Almirante. Eu acho bastante normal não mencionar o seu nome, o cronista árabe podia muito bem desconhecer de quem se tratava. De resto parece-me que tudo ficou em águas de bacalhau e mais ninguém meteu mãos ao trabalho caindo o assunto no cómodo plano lendário. A mim parece-me um assunto super interessante e completamente viável a existência do almirante.

    http://www.academia.edu/Documents/in/Cronica_De_Portugal_De_1419

    Cumpts,

    JR

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    1. Ora João, essa conversa é habitual, e usa-se para não fazer saco nenhum e assim meter todos no mesmo saco, que é... fora do saco. Tanto se é injusto acusando inocentes, como ilibando culpados. E a questão principal não é acusar ninguém, é simplesmente reconhecer que há um problema grave, e quem não o reconhecer faz parte desse problema, por acção ou inacção.

      Creio que já tinha lido sobre isso, e este documento deve ser o mesmo (o seu link não funciona):

      "Os feitos de D. Fuas Roupinho na Crónica de 1419"
      Tiago Queimada e Silva. Revista Portuguesa de História, 2012. pág. 91-104.
      https://digitalis-dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/28048/3/RPH43_artigo3.pdf

      Mesmo havendo uma crónica arábe, a parte oposta pode sempre argumentar que os árabes o fizeram baseado no relato "falso" português, etc...

      Haverá ainda documentos anteriores, como pode depreender disto:

      Dom Sancho II mandava comprar nos estaleiros da Italia os galeões com que ia atacar os Mouros, invadindo as costas do Algarve. Começaram immediatamente a crear-se as lendas maritimas, como a de Dom Fuas Roupinho.

      https://books.google.pt/books?id=46GfEQWK6kEC&pg=PR212

      ... na altura encontrei mais dados, mas agora já não sei onde estão.

      Em suma:
      - Se houve, digo melhor, se houveram batalhas entre portugueses e árabes, atestadas por fontes dos dois lados, havia uma marinha portuguesa, em 1180-81.
      - Se havia uma marinha, havia um almirante.
      - Se a tradição fez com que esse almirante se chamasse D. Fuas Roupinho, estivesse associado a Porto de Mós, à Nazaré, etc... pois cabe mais à história encontrar provas em contrário, apontado certamente outro personagem, do que estar a falsear estórias, baseando-se na sua ignorância efectiva.
      - Mais, se os factos concordam nas batalhas com os mouros, no período 1179-1181, pois esses historiadores têm é que refazer o seu caminho enviesado...
      - Sobretudo, perdem qualquer credibilidade, inventado estórias da treta, culpando Bernardo de Brito.
      - Quem o faz, deveria ter um chumbo retroactivo ao ensino secundário, e escrever 100 vezes as passagens dos Lusíadas que falam de D. Fuas. Para além de ficar proibido de se abrir a boca sobre a História de Portugal, até ao final da sua triste vidinha.

      Abç

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  8. Bom dia,

    Sim, a culpa é dos "maçons", okay já percebi o seu ponto de vista. Por enquanto para mim é um termo demasiado abstracto. Talvez ainda não tenha amadurecido o suficiente para o entender devidamente e não me sinto à vontade para culpabilizar tudo e todos inclusive a incompetência com a "maçonaria".

    Sim o documento é esse mesmo e boa esse link é muito bom!! De resto o que diz em "suma" é basicamente o meu ponto de vista também.

    Obrigado pelo link!

    Cumpts,

    JR

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    1. Meu caro,
      eu não mantenho um blog a dizer "a culpa é dos maçons", para isso usava o twitter, e ainda podia usar o resto dos caracteres para a Opus Dei, ou ainda para judeus e islamitas.
      Abç

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