Alvor-Silves

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Versão PDF

Encontra-se disponível uma versão PDF
(centrada essencialmente na parte de cartografia e registo de viagens) em

Esta versão tem algumas adições e correcções (5 de Fevereiro de 2010), e será continuada no sentido de minorar a componente de opinião, centrando-se na matéria em análise.

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Nota posterior: 
Correcção de link, porque a Google desactivou as páginas web que estavam nos Google Groups
http://groups.google.com/group/alvor-silves

A Boeta de D. João II

No antepenúltimo Capítulo da Crónica de D. João II, Garcia de Resende relata:

Depois do falecimento d'el-rey o bispo de Tanger e o prior do Crato, secretamente e sós, com a casa despejada, por os outros senhores serem idos a suas pousadas ordenar sua partida para Silves, como ambas eram feituras d'el-rey e muy aceitos a ele, abriram uma sua boeta de que ele sempre trouxe a chave; por ouvirem dizer e haver entre alguns suspeita que el-rey trazia ali peçonha com que mandara matar o bispo Dom Garcia, para que sendo assim a deitassem no mar, e não se soubesse tamanha vergonha. E abrindo a boeta com esta boa e leal tenção de bons criados, acharam nela um confissionário e umas disciplinas, e um áspero silício, que era bem desviado do que cuidavam e tornaram a fechar a boeta. (...)

Garcia de Resende faz uma cuidada descrição dos últimos dias de D. João II, desde a sua ida às Caldas de Monchique até Alvor. Aqui tenta desmistificar que D. João II pudesse ter guardado algo inconveniente, mas ao fazê-lo desta forma, dá ainda a entender que todos estariam à espera que houvesse algo escondido, pelo menos na boeta.
A única coisa estranha nessa boeta parece ser o "áspero silício"... a que se pode associar uma descrição de uma cavalgada solitária pela Serra de Monchique, conforme descrito no Capítulo 209:

E ao outro dia terça-feira também entrou nas Caldas pela manhã, e à noite muito contente de si, e dizendo que se achava melhor. E assim entrou a quarta-feira pela manhã, e à tarde porque aí perto estavam porcos emprazados para monte, perguntou aos físicos se poderia lá ir, e disseram-lhe que sim. E bem forrado para o frio e coberto para o ar embuçado com touca e um chapéu por ordem dos físicos foi lá em cavalo muito manso, em que vinha no caminho. E sendo lá, ou pelos quatro banhos que tinha tomados, ou pelo abalo que fez se achou mal, e veio com muito grande dor de estômago e com fluxo que logo muito apertou, com que ficou muito agastado e triste porque por se achar os dias dantes bem, tinha muita esperança de sua saúde e com este fluxo ficou duvidoso dela; e por não poder mais esteve nas Caldas a noite da quarta-feira, e a quinta e a sexta-feira com grandes agastamentos.

Fica sempre aquela questão de saber se D. João II levou consigo todos os seus segredos, ou se ainda poderá ter deixado algum "Tesouro" na Serra de Monchique...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Dom Fuas

Um dos primeiros personagens da história das navegações portuguesas é D. Fuas Roupinho (séc. XII). 
Há uma lenda interessante no Sítio da Nazaré, que considero instrutiva.


D. Fuas perseguia um veado numa caçada, e ter-se-ia precipitado para um abismo, não fora o aviso atempado de Nª Sra. da Nazaré. Esta estória pode ser vista no sentido em que o veado representa uma tentação, e que há limites humanos que nos são avisados providencialmente. Creio que nesta lenda há ainda a possibilidade de haver nevoeiro, o que dificultaria a percepção do precipício.

Independentemente da versão, a pequena estória é muito interessante, sob vários aspectos.
(i) Na perspectiva de estar associada a D. Fuas, e ao início das navegações, pode representar o aviso de que a empresa marítima deveria ser feita dentro da dimensão racional, e que não deveria haver a tentação de prosseguir sem o devido cuidado. O terreno onde se cavalgava tinha precipícios que o nevoeiro ocultava. Talvez D. Fuas tivesse pretendido iniciar a empresa de descobrimentos que só mais tarde se veio a concretizar.
(ii) Esta mesma estória serve para uma reflexão introspectiva sobre as precauções devidas ao prosseguir um caminho enevoado. O aviso surge sob uma forma que se situa acima da informação sensorial que não lhe mostra o precipício. Há uma informação adicional, que também poderá ser encarada como instintiva, que permite detectar o perigo à frente.
(iii) Outra interpretação mais interessante é aquela em que se assume que poderia mesmo não haver nevoeiro. Ou seja, D. Fuas estaria ciente do precipício, mas de tal forma confiante na sua montada que julgaria estar em cima de um Pégaso. Esta hipótese mais fabulosa é ainda mais instrutiva. Caso fosse esse o caso, quais seriam os possíveis destinos de D. Fuas? Na dimensão humana, encontrar-se-ia com os elementos, com o mar no final do precipício, e a estória terminaria com esse desfecho trágico. Numa outra dimensão fabulosa, admitindo que estaria mesmo montado num excelso Pégaso, terminaria a estória? Não! Nessa dimensão de fábulas, há Pégasos, mas também há dragões. Poderia superar aquele primeiro evento... mas o equilíbrio balança um poder com um contra-poder. Esse seria o aviso, nesta outra versão.
A lenda terminaria ainda assim com uma opção ao regresso à vida normal, após esse providencial aviso.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Tese-Alvor-Silves


Aspectos da História dos Descobrimentos (versão de apresentação : 16 Jan 2010)

Sumário:

E se de repente, se percebesse que toda a "História dos Descobrimentos", estava tão mal contada, que só havia uma outra história, "Estória dos Encobrimentos", que fazia sentido?
Contactos de Portugal com a América, com Aztecas, Incas...
Um país delapidado de memória e cultura, mas que "navegou toda, mesmo toda, a Terra"?
Não sou eu que o digo - é Pedro Nunes que, tal como D. Sebastião, morreu em 1578...


É inverosímel que no espaço de 3 anos, no reinado de D. Manuel, os portugueses tenham descoberto e cartografado paragens tão distintas quanto a Índia (1498), Brasil (1500) e Gronelândia (1500).
Aquilo que se passou foi apenas um declarar de explorações prévias, por todo o globo, de forma a reivindicar rapidamente o seu espaço atribuído pelo Tratado de Tordesilhas.

Este trabalho que levou-me 2 meses de investigação... e uma vez começado, tudo se foi colando naturalmente. Haverá imaginação para colar tanta coisa?... ou foi a realidade que o permitiu?
Ao leitor de decidir, se estiver preparado para esta Estória... a dos vencidos, que não fez História!

Esta versão (16 de Janeiro) tem apenas 3 capítulos e ainda uma parte final, mais apropriada a novas contribuições.

Alteração após 2012 para corrigir link obsoleto 
http://knol.google.com/k/alvor-silves/tese-de-alvor-silves/10x5ras0vyboy/4#
por motivo da desactivação do Knol pela Google
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Tese-Alvor-Silves (i)


Encoberto

ver


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Desde Maio 2012 que o Knol foi desactivado pela Google. Link obsoleto:
http://knol.google.com/k/encoberto?collectionId=10x5ras0vyboy.4#
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Tese-Alvor-Silves (ii)


Adamastor

ver


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Desde Maio 2012 que o Knol foi desactivado pela Google. Link obsoleto:
http://knol.google.com/k/adamastor?collectionId=10x5ras0vyboy.4#
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Tese-Alvor-Silves (iii)

em


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Desde Maio 2012 que o Knol foi desactivado pela Google. Link obsoleto:
http://knol.google.com/k/nuno-gon%C3%A7alves?collectionId=10x5ras0vyboy.4#
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Nota adicional - actualizações em Janeiro de 2013 :






Tese-Alvor-Silves-comentários


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Caminho ... 
começando por uma verdade antiga, com a razão e a alma em equilibrio.



Desde Maio 2012 que o Knol foi desactivado pela Google. Link obsoleto:
 http://knol.google.com/k/alvor-silves/caminho/10x5ras0vyboy/8?collectionId=10x5ras0vyboy.4#