Alvor-Silves

domingo, 11 de dezembro de 2016

de Calisto ao contrário Pólo

A propósito da Nova Suévia (NeuSchwabenLand) a província inventada pelos nazis na Antárctida, (de que falei no blog odemaia, no contexto as expedições do Almirante Richard Byrd), convém notar que esse território se encontra praticamente ao sul de África.
Mais precisamente, encontra-se a 69º ou 70º de latitude sul, lembrando que o Cabo da Boa Esperança está a 35º S. Ou seja, a viagem para sul, de São Tomé ao Cabo da Boa Esperança, teria a mesma extensão de latitude, do que uma viagem desse cabo até às paragens antárcticas da Nova Suévia.
A questão remanescente é muito simples...
... teriam tido os navegadores portugueses a capacidade de fazer a viagem para sul, atingindo a Antárctida, no mesmo ponto onde os nazis desembarcaram em 1938-39?

Como não há registo, e o consenso será que não, "porque sim", inventando razões com o mar alto, o clima frígido, etc, vamos contextualizar.
Falamos de uma viagem de 35º para sul. Os espanhóis tiveram carreiras regulares entre as Filipinas e o México, ao longo do Pacífico, sem escalas, que correspondiam a 130º. Isto para não falar em Fernão de Magalhães, que terá ido do Sul do Chile até às Filipinas, numa distância muito maior, e também sem escalas (reconhecidas). Portanto estamos a falar de extensões 4 a 6 vezes superiores, em mar alto, sem escalas, e onde pelo menos no caso de Magalhães, não podemos dizer que não tivesse experimentado o frio antárctico.
Todas as dificuldades de orientação no imenso Pacífico parecem desaparecer para Fernão de Magalhães, como que por magia. E se no Oceano Atlântico ele parece obrigado a seguir a linha da costa argentina até ao Estreito de seu nome, depois a viagem (muitíssimo mais complicada) ao longo do Pacífico, não tem orientação costeira, mas parece ter sido um passeio no parque, que ninguém comenta. Ora o mais natural seria seguir na direcção da Nova Zelândia, que ficaria a 110º de diferença em longitude (com menor distância do que o grau equatorial), ou da Austrália, caso soubesse da sua existência, ou então na direcção da Nova Guiné. Seja como for, durante o Séc. XVI houve uma extensa terra a sul, chamada Terra Magallanica.

Porém, interessa-nos aqui apenas tornar evidente que nada tinha de "dificuldade assombrosa" atingir a costa Antárctica, quando se navegava pela Patagónia, ou pela Terra do Fogo, e depois se faziam grandes extensões no Pacífico, sem linha de costa, nem escalas.

Já sabemos que não é politicamente correcto citar Ramusio (1560) que, conforme já referimos dizia o seguinte (traduzindo):
... [o Rei de Portugal] não quer que saiba nem esta nem muitas outras coisas. E sobretudo, é proibido navegar para além do Cabo da Boa Esperança, em linha direita para o Pólo Antárctico, onde é opinião expressa de todos os pilotos portugueses que se vê um grandíssimo continente de terra firme, o qual corre nascente e poente, sobre o Pólo Antárctico. E dizem que doutra vez um excelente homem florentino, dito Amerigo Vespuccio, com certos barcos do dito Rei a encontrou e correu por um grande espaço, mas que depois foi proibido que algum aí possa andar.
Portanto, só restam dúvidas para quem as quer ter.
Conforme dizia Ramusio, os portugueses seguiram a linha da costa da Antárctida, e cartografaram-lhe o contorno. Depois, por causa das insanas proibições, começaram na confusão habitual de misturar o continente austral - Austrália, com o continente mesmo austral - Antárctida.
Vespúcio deu com a língua nos dentes, e falou demais, e em vez de ficar com fama ligada à Antárctida (o continente não cartografado pelos Antigos), ficou com fama ligada à América (que supostamente, também não era conhecida dos Antigos... pois!)

Agora, como o continente antárctico aparece à navegação com enormes paredes glaciares, com mais de 10 metros de altura, nalguns casos... a sua exploração interna foi sendo adiada, e os portugueses nem seriam os melhores para paragens geladas. Porém convém notar que até ao Séc. XVI a temperatura era mais alta, e não haveria provavelmente o mesmo contorno da costa, podendo haver até algumas partes "verdes" no continente antárctico.

Qual a razão da proibição?
Para os que não acreditam nas proibições, e acham que a história vendida, é uma História séria, teriam aqui mais um problema sério, em explicar «navegações proibidas», mas o assunto terá uma explicação simples... simplesmente a Antárctida (tal como a Austrália), teriam vistas, que não era bom serem vistas. Ou seja, vestígios claros de presença antiga naquelas paragens!
Pior, no caso da Antárctida, poderia haver mesmo pessoas congeladas, em excelente estado de preservação, tal como se poderá ainda hoje encontrar algum desgraçado explorador português congelado na Antárctida. Nesse sentido, todo o degelo, "todo o aquecimento global" aparece como muito incomodativo, porque nem sempre é fácil conter todo o pessoal desbocado, que veja alguma coisa que não devia ter visto.

Damos como exemplo, uma notícia que apareceu este ano (26 Julho 2016):
Ou seja, uma suposta equipa do Smithsonian teria descoberto três crânios enlongados na Antárctida.... mas com efeito a notícia apareceu mais vezes, havendo questões sobre a existência do investigador Damian Waters, que é mencionado no vídeo, podendo o vídeo ser uma simples fraude... ou não.

Voltando ao relato de Ramusio de 1560, lembramos que D. Sebastião ainda não tinha começado o seu reinado, e se há menino que poderia ter vontade de completar a exploração cartográfica (que Pedro Nunes tinha classificado como "nem sequer deixar de fora um rochedo, um ilhéu, ou baixio") seria "o desejado".
Como vimos sobre a Passarola o projecto de visitar "as regiões mais vizinhas dos Pólos", continuava bem presente no reinado de D. João V, pelo que é natural que D. Sebastião não tivesse conseguido a proeza, ou não conseguisse tê-lo feito saber às gerações posteriores.

Terminamos com uma referência ao décimo canto dos Lusíadas, onde se fala do pólo sul.
Camões coloca Tétis a revelar ao Gama o futuro passado, num presente ainda mais passado, dizendo:

» Vês a grande terra que, contínua, vai de Calisto ao seu contrário pólo?
» Que soberba fará a luzente mina, do metal, que a cor tem do louro Apolo?
» Castela vossa amiga, será digna de lançar-lhe o colar ao rude colo
» Várias províncias tem de várias gentes, em ritos e costumes diferentes

... que é como quem diz: - Vês a América, que continuamente vai do pólo norte ao pólo sul? - a soberba humana será acesa pela sua Mina, de ouro. Castela irá lançar-lhe uma coleira ao rude pescoço, aos vários povos, rituais e costumes diferentes.

» Mas que onde mais se alarga ali tereis parte também com pau vermelho nota
» De Santa Cruz o nome lhe poreis, descobri-la-á a primeira vossa frota 
» Ao longo desta costa que tereis, irá buscando a parte mais remota
» O Magalhães, no feito com verdade português, porém não na lealdade

... e Tétis continua: - Ficareis com Santa (ou Vera) Cruz, na parte onde a América mais se alarga, com o seu pau brasil, e ao longo desta vossa costa, vereis o Magalhães buscando a parte mais remota, um feito português, excepto na lealdade.

» Desde passar a via mais que meia, que ao Antartico pólo vai da linha
» Duma estatura quase Giganteia, homens verá de terra ali vizinha
» E mais adiante o estreito, que se arreia, com nome dele agora, o qual caminha
» Para outro mar e terra, que fica onde com suas frias asas o Austro a esconde


Passando mais de metade (45º) do caminho que do Equador vai ao Pólo Sul, verá os Patagões, quase gigantes, E mais abaixo, o Estreito de Magalhães, que leva a outro mar (Pacífico) e terra (Austrália? Antárctica?), que com frias asas o Austro (ou Austríaco) a esconde.

______________
Nota (12.12.2016) 
- Foi corrigido o texto (parte relativa à equipa ser do Smithsonian não é fiável).
- Uma planta feita pelos alemães, onde se vêem os postos nazis em NeuSchwabenLand (a direcção do pólo sul é para cima).
planta nazi da "Nova Suévia" (território antárctico entre longitude 5ºW e 25ºE) (ampliar) 

- Outros links, fornecidos por Bate-n-avó, com material de interesse 
(nomeadamente sobre o livro "Dos Açores à Antárctida" de Rainer Dahenhardt):
- Links adicionais (por J. Manuel)

19 comentários:

  1. Caro Alvor,
    pode acompanhar uma das páginas minhas, onde inseri dois vídeos sobre o tema do Almirante Bird e da nova suábia (NEU-SCHWABENLAND), onde tirei muita informação do livro do Prof. Rainer Daehnhardt "Dos Açores à Antárctida", livro um pouco difícil de encontrar e o seu autor está proibido de fazer qualquer intervenção que seja sobre o seu escrito!!!
    Escusado será dizer que tenho o dito em minha posse, há alguns anos!

    > https://youtu.be/icdX6sRY8QU
    > https://youtu.be/vgsr74pt7P8

    http://artedeler.blogspot.pt/1999/02/dos-aores-antrctica.html
    http://euandoaler.blogspot.pt/2015/02/livro-dos-acores-antarctida-rainer.html

    outra página que não tinha conhecimento: https://brunodemarques.com/category/antarctica-the-key-to-the-future/
    http://nonas-nonas.blogspot.pt/2007/04/livro-ler-antrtida-1947.html

    espero que goste?!?
    Abraço.

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    1. Caro Bate-n-avó,
      muito obrigado pela informação.
      Desconhecia esse livro do Rainer Daehnhardt, e ainda mais, não sei se percebo, ou se quero perceber, o que significa neste país estar "proibido de fazer qualquer intervenção sobre o assunto".
      A hipótese de que a 2ª Guerra se poderia ter prolongado na Antárctida é plausível.
      De forma alguma seria um território fácil de abordar militarmente, e as perdas ocorridas pelos americanos, podem bem justificar essa hipótese. As outras páginas são igualmente bastante informativas e interessantes.
      Não me tinha ainda debruçado muito sobre o assunto, e também encontrei este apontamento que pode ser interessante:
      http://www.bibliotecapleyades.net/tierra_hueca/esp_tierra_hueca_16.htm

      ... que dá uma versão diferente, mas que conjuga a oposição britânica à posição norueguesa, o que se justificaria pela invasão do território antárctico.
      O nome "Queen Maud" é justamente duma Rainha norueguesa que morre em Nov.1938, e que era filha do rei inglês Eduardo VII.
      Também acabaria por ser estranha a rápida intervenção alemã na Noruega, até porque deixou a Suécia como neutral.

      Ainda pensei que a localização do território escolhido pudesse ter qualquer coisa a ver com eventuais segredos, mas estou agora mais convencido que a escolha alemã foi apenas reclamar "o seu quinhão" no continente antárctico, tal como antes quis um quinhão em África, que veio a perder.
      Se repararmos, a posição de NeuSchwabenLand parece estar exactamente por debaixo da longitude do território alemão.
      Ainda não confirmei (por isso deixei em edição), mas fiquei com essa sensação.
      Se assim for, parece apenas que estavam a reclamar o que consideravam ser "a sua parte do bolo" antárctico.

      Há um outro dado importante, e que pode contribuir para a história... é que a maioria dos nazis em fuga foi escolher paragens argentinas e chilenas. Pode ter tido apenas a ver com o clima mais próximo, ou então com a proximidade de chegar ao tal refúgio antárctico.

      Vou procurar informar-me ainda mais.
      Muito obrigado pela ajuda, e um abraço.

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    2. E o Mare Suebicum seria mesmo no Báltico?

      Cpts.

      José Manuel

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    3. ... ou ainda, se Suévia se identificava com toda a Alemanha, e não apenas com a província a sul, ao ponto do nome ter sido usado mar a norte, então a primeira Nova Suévia, ou Nova Alemanha, passou por estar instalada ali entre a Galiza e o Porto.
      Abraços!

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  2. Caríssimo,
    fico satisfeito por ter gostado!
    Digo-lhe já, o seu site tem um manancial de informação muito importante, espero que tenha vida longa para continuarmos a aprender com tudo o que insere nestas suas páginas! Obrigado, nós!

    o site da biblioteca pleyades, já o conheço há bastantes anos! a parte sobre a terra oca leva-nos para outro caminho, acredite-se ou não!
    há alguns livros editados por esse mundo fora sobre este tema! um dos melhores cá pelo burgo, talvez, ...oradores e conhecedores sobre a terra oca, é o amigo Aparício, da Apovni ou Apo, com as suas palestras! convido-o a visitá-lo!

    quanto ao professor Rainer, pode crer que o silêncio dele sobre a Antárctida é Verdadeiro, entre outros, posso garantir-lhe!

    Outro português a saber muito sobre a Antárctida, ovnis nazis, é o nosso melhor investigador José Garrido, que teve um site sobre esta matéria, e que actualmente, fecharam-lhe a página! penso que era o ovnis.no.sapo!
    http://www.apeiron-edicoes.com/products/jose-garrido-os-filhos-dos-anunnaki/

    esse mapa/planta da localização da Nova Suábia ou Suévia que tb aparece com bastante detalhe no livro, esteve ou está proibido de ser divulgado, por conseguinte a pessoa que for apanhada com alguma cópia está sujeito a passar tempos no cárcere com a chave esquecida num bueiro!

    ainda me falta um site australiano, penso que seja a revista, site Nexus (?), com um artigo sobre ovnis nazis na Antárctida, ...só que, já passaram mais de 10 anos e eu não sei em qual dos meus discos externos esteja... Bolas!!!

    Tudo isto é tema para muitas mangas, a informação anda de mãos dadas com a contra-informação e é difícil saber-mos mais do que sabemos!

    I Want to Believe!

    Abraços, Meu Caro,
    Bom trabalho de divulgação.

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    1. Meu caro, claro que gostei, informações muito interessantes.
      Não sabia que a coisa com o Rainer Daehnhardt e a Antárctida era tão complicada!

      Esta questão dos nazis usarem "ovnis" levanta a questão de saber se os que entretanto foram avistados, seriam cópias que os americanos (ou russos) fizeram depois... ou se seriam de origem alemã. Ou seja, não se percebe se a base antárctica terá caído ou não e quando isso aconteceu...
      Ao que parece terá sido pelos anos 60, mas isso ainda deixaria margem para diversas chantagens.
      É que estando os nazis na Antárctida, se conseguissem explosões nucleares isso poderia provocar um substancial degelo.
      Ou seja, a base antárctica teria ainda essa chantagem sobre o nível dos oceanos, e impacto no clima...

      Sim, é como diz... para além de informação, recebemos de igual forma falsificações, umas porque o sujeito achou que tinha piada fazer uma graça como este
      http://www.panoramio.com/user/8236690
      e noutros casos porque se lançam notícias falsas para encobrir as verdadeiras, usando palavras parecidas, etc.
      Muito complicada, e dificilmente se separa o trigo do joio.

      Mais uma vez, obrigado. Abraço.

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    2. Ah... e afinal a NeuSchwabenLand não estava exactamente por debaixo da Alemanha, até ultrapassaria longitudes portuguesas, pelo que a zona terá sido escolhida propositadamente.

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  3. Para quem desejar aqui melhor mapa:
    http://www.hohle-erde.de/body_flaggen.html
    tirado daqui:
    http://www.hohle-erde.de/body_neuschwabenland.html
    do meu post;
    Neu - Schwabenland versus Britische Dependency
    http://portugalliae.blogspot.pt/search?q=Nova+Su%C3

    e o vídeo da expedição:
    https://www.youtube.com/watch?v=HF_rHXoqrLo
    passaram ao largo de Lisboa.

    Cpts.
    José Manuel

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    1. Obrigado José Manuel, já adicionei os diversos elementos.

      Curiosamente, dá para ver que o placa de gelo no mapa alemão tem a linha da costa a mais de 70º o que significa que o gelo terá aumentado cerca de meio a um grau, o que dá mais de 50 Km de avanço do gelo. Portanto, estando certos os mapas, a tanga sobre o degelo da Antárctida, na mudança climatérica, é ainda maior.

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  4. Caríssimos, acabei de escrever o novo postal... e é tarde, depois responderei mais atentamente.
    Muito obrigado pelos comentários. Abraço.

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  5. A tal revista Nexus que tinha falado: http://www.nexus-magazin.de/artikel/lesen/grossbritanniens-geheimer-krieg-in-der-antarktis-teil-1
    mas, ainda não era isto que lhe queria mostrar, enfim, não encontro!!!

    fica mais outro link penso q já o deixei aqui uma vez, peço desculpa por não ter a certeza!
    http://www.911-truth.net/11th_of_September-the_Third_Truth_NEXUS_magazine_Portuguese.pdf

    Um Abraço.

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    1. Obrigado. Encontrei a tradução para inglês no site "bibloteca-pleyades":
      Britain's Secret War in Antarctica

      Esta parte retrata confrontos que teriam existido entre os ingleses e nazis, ainda antes da expedição americana do Almirante Byrd, certo?
      A questão que não parece reunir muito esclarecimento, é que se não foram os americanos nessa altura a acabarem com as bases na Antárctida, então quando e quem o fez?
      Outra coisa engraçada, que li, é dizer-se que o nome Nasa era uma variante secreta para dizer Nazi, ou seja, que na prática os americanos permitiram aos nazis continuarem as suas investigações científicas, com grandes fundos nacionais, usando a Nasa como pano de fundo.
      Abraço.
      PS: o texto do 911, já tinhamos falado no odemaia:
      http://odemaia.blogspot.pt/2016/05/as-demolicoes-de-11-de-setembro-de-2001.html

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  6. Caro da Maia

    Sabe, eu também tenho o tal Livro Proíbido:
    "Dos Açores à Antártida".
    E quando quis comprar o segundo volume:
    "Da Antártida aos Açores", soube que se tratava de uma Viagem sem volta.
    Escusado será dizer, que adorei o livro de Rainer Daehnhardt, até pela visão clara, que nos dá sobre as pessoas, envolvidas na Expedição.
    Como é sabido, eu não sou devota do politicamente correcto, até porque abomino a estupidez reinante, e não é porque me dizem que o preto é branco, porque ganhou a guerra, que eu acredito.
    E no caso da dita IIª Guerra, não acredito na versão imposta.
    No Caso da Expedição Alemã à Antártida, foi só comparar com o Mapa de Dom Sebastião...que ficou claro, porque o Rei se define como Mensageiro e Guardião, e guardou parte dos Fólios dos olhos cegos que abundavam e abundam por aí.
    Já agora Nasi ou Nazi, significa Príncipe.
    Sempre as Palavras, não é....
    As Palavras que teimam em persistir.

    Quanto ao Almirante Byrd, teve aquilo que merecia.

    Abraço

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    1. Cara Maria da Fonte,

      sim, "nasi" é príncipe, e vejo que faltou dizer isso neste postal:

      https://alvor-silves.blogspot.com/2018/03/dos-comentarios-34-um-judeu-nasi.html

      que se liga a Yosef Nasi, um judeu português, que ao contrário do que é habitual entre os sefarditas, pretendia o regresso dos judeus à Palestina.
      Curiosamente, morreu um ano depois de Alcácer Quibir.

      Não li o livro "Dos Açores à Antárctida", por isso não vou comentar sobre ele.
      Mas quanto à 2ª Guerra Mundial, é óbvio que a história, apesar de próxima, ficou toda mal contada e recontada.
      Também não é assim tão claro quem foram as empresas que ganharam a guerra, ou que ganharam com a guerra, ou que ganharam apesar da guerra:

      https://alvor-silves.blogspot.com/2019/01/boss-bottled.html

      Abraço.

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  7. Afinal havia algo que interessava na Terra Nova dos Suevos…

    Evidências de um universo paralelo descoberto na Antártica?

    A descoberta de partículas estranhas na Antártica poderia provar a existência de um universo paralelo, onde tudo está de cabeça para baixo, incluindo o tempo.

    ANITA detetou partículas de alta energia na Antártida, em vez de virem do espaço “pareciam explodir do chão”,

    a única explicação possível avançada pelos pesquisadores para explicar esse sinal seria a existência de um universo paralelo, de certa forma invertido e que seria criado ao mesmo tempo que o nosso, durante o Big Bang, neste mundo espelho, o positivo é negativo, a esquerda está à direita e o tempo passa ao contrário.

    NASA news: High-energy particles in Antarctica could prove parallel universes
    SCIENTISTS studying a "fountain of high-energy particles" using NASA instruments in Antarctica may have discovered evidence of a universe parallel to our own.

    https://www.express.co.uk/news/science/1284659/NASA-news-parallel-universe-particles-neutrino-Antarctica-ANITA-study

    ANITA is a balloon-borne experment that attemmpts to turn an entire continent, Antarctica, into a gigantic neutrino telescope

    https://www.hep.ucl.ac.uk/uhen/anita/

    Cumprimentos

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    1. Interessante, José Manuel.
      Bom, mas mesmo dando de barato a gigantesca bizarria que é a Teoria do Big-Bang, esse projecto, na página que é indicada como principal, está desactivada desde 2010:
      https://www.phys.hawaii.edu/~anita/
      e a que indica, parece estar parada desde 2016-17.

      O artigo é de facto da semana passada, mas digamos que se insere em toda a mitologia recente envolvendo o S. Hawking e acólitos, pelo lado fascinado na ficção científica.

      Cumprimentos.

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  8. Austo neste verso refere-se não a Austríaco mas a Austral. Ou seja, a Sul.

    Isto parece-me uma claríssima referência à Antárctida.

    A Sul do Estreito de Magalhães está a Antárctida - a outra terra; O outro mar refere-se à passagem do Atlântico para o Pacífico.

    Cumprimentos, IRF

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    1. Caro IRF,
      algumas coisas ficam para especulação futura.
      É o caso dessa menção ao Austro... apenas quis deixar em aberto o conhecimento australiano por parte de Carlos V, da casa austríaca Habsburgo, e que possa ter sido por acordo entre ele e D. João III, que se optou pela sua exclusão.
      Com efeito o interesse espanhol pela parte oriental só começa com Fernão de Magalhães, sob patrocínio de Carlos V.
      Aquando do ano dos Lusíadas, 1572, os espanhóis com Filipe II, filho de Carlos V, tinham tomado conta das Filipinas.

      « Para outro mar e terra, que fica onde com suas frias asas o Austro a esconde.»

      Estas "frias asas" são algo enigmáticas, não literais, e fazem sentido no contexto das asas imperiais bicéfalas.

      Mas... era só para deixar essa possibilidade em aberto, nada mais.

      Cumprimentos.

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  9. Ok.
    Mas mantenho a minha ideia e fico surpreendido por Camões ter escrito um verso tão "claro" apesar de enigmático

    Cumprimentos,
    IRF

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