Alvor-Silves

sábado, 4 de outubro de 2014

Temor

É frequente ouvir-se falar na dificuldade em transportar e erguer grandes monumentos megalíticos, normalmente como aperitivo para invocar depois tecnologias alienígenas, ou algo semelhante.
Sendo claro que a tarefa não seria propriamente fácil de executar, foram deixadas pistas claras sobre o processo. Relativamente ao erguer de megalitos, ainda que ninguém se dedique hoje a erguer pedras de grande dimensão manualmente, há a chamada 
 "festa do mastro" - maypole 
onde se repete uma técnica ancestral em eventos culturais.
(perto de Penafiel, em Julho) - (perto de Munique, em Maio)

Por toda a Europa (e não só - no Brasil também ocorre), especialmente em zonas de conhecida tradição celta, temos esta tradição pagã, praticamente igual após muitos milénios. A festa acontece habitualmente em Maio ("May Day" - ver texto anterior), e não será acidental a cultura ser comum, porque guardará um velho conhecimento de como erguer grandes estruturas verticais, usando apenas a força de um grande número de homens. Claro que estas tradições pagãs foram combatidas de forma repressora... e depois no Séc. XX de forma sedutora, com maior sucesso, por deixarem de estar na "moda".

A ideia de dólmens, mouras ou antas, está espalhada não só na Europa, mas também na Ásia, havendo mesmo registo de que serviria como pedestal para chefes. Para isso fomos parar à Oceania-Indonésia, confirmando uma tendência persistente de "origem celta" vinda dessas paragens, que deduzimos de uma interpretação descomprometida da informação recente sobre os haplogrupos.

Para juntar à festa do mastro, encontrámos estas fotos antigas da Indonésia no princípio do Séc. XX, e que são elucidativas:

A primeira imagem mostra bem como se transportava manualmente um grande megalito na Indonésia, até há 100 anos atrás, e a segunda imagem evidencia vários menires megalíticos.
Por isso, quando virmos discussões de "como seria possível antigamente levar megalitos, etc, etc..." bastará pegar no link da fotografia, que está na wikipedia, e enviar a quem tem dúvidas.
Mas essas dúvidas são naturais, porque há todo um cozinhado educacional que tem suprimido este tipo de provas que desvanecem automaticamente mistérios. É claro que com megalitos maiores seria mais difícil, ninguém duvida, mas estamos aqui a considerar o caso de uma tribo duma pequena ilha - Nias (na costa ocidental de Sumatra), que usava até ao Séc. XX os métodos mais rudimentares.

Portanto, apesar de se ignorar sistematicamente a ocorrência megalítica em paragens indonésias, ou da Oceania, vislumbra-se aqui de novo a ligação cultural do rendilhado das ilhas da Melanésia, nos confins do Oriente, até às manifestações culturais do Ocidente, em particular nesta técnica megalítica.
Um quadro de propaganda ao Império Holandês do início do Séc. XX, é ilustrativo da jóia da coroa holandesa, centrada em Jacarta (Batavia):
____________
Poderíamos falar de como os holandeses se dedicaram a substituir-se aos portugueses, depois da anexação filipina. Para isso convém notar que, para além dos segredos que Cornelius Houtman obteve em Lisboa (já falámos aqui do cozinhado nas ilhas australianas de Houtman Abrolhos), houve contribuição interna para o ascendente marítimo de holandeses e ingleses, assim que o "démon du midi", Filipe II, anexou o reino de Portugal. O fenómeno também se deu ao contrário - afinal, a bem sucedida invasão holandesa da Inglaterra, protagonizada com Guilherme de Orange, acabou por iniciar o declínio holandês, e talvez mostrar que a Holanda pouco mais serviu do que um trampolim para um império comercial maior - o império britânico.

Aqui interessa-nos referir a Holanda, pela estranha partilha que acabou por ser feita em Timor. De todas as ilhas indonésias, o último reduto português foi aquela ilha, aliás, apenas uma parte dela. A reduzida população portuguesa nunca teria conseguido grande implantação num império tão vasto, mas foram significativas as perdas de Malaca e Maluco. Malaca era importante no controlo do estreito de comunicação com a China e com as especiarias das ilhas Malucas. Se Houtman usou o caminho alternativo para as Malucas pelo estreito de Sunda, os holandeses não descansaram enquanto não atacaram Malaca, bem como todas as importantes possessões portuguesas.


Timor significa em latim "temor", associa-se à divindade grega Phobos, mas a origem do termo é reportada à palavra "Timur" que significa "Leste" em bahasa indonésio. Ainda que hajam muitos mais territórios a leste, é suficientemente a leste para justificar o termo. Malaca era também a designação latina para a cidade de Málaga, também cidade às margens de outro estreito - o de Gibraltar. Quando aumentamos o número de linguagens, torna-se quase forçosa a coincidência de termos simples, e isso não revela nada de especial. Fica apenas a curiosidade dos muitos termos com sonoridade semelhante como Mataram - um dos maiores reinos indonésios. Se encontramos Timor que é Phobos, não encontramos Metus que seria Deimos, e portanto o par de divindades associada a Marte não está presente na nomenclatura.

Interessa aqui que, após os sucessivos abandonos de territórios indonésios pelos portugueses, havia uma grande quantidade de população mestiça (característica típica da actuação portuguesa), que se revia apenas no controlo do rei português e recusava o domínio holandês. Esse foi o caso dos Topas, ou Topasses, que podem bem justificar a persistência final dum enclave português rodeado por hostilidade holandesa.
Os Topas reclamavam origem portuguesa 
e eram caracterizados pelo uso de chapéu.

Com efeito, a única razão que justifica o enclave timorense de Oecussi-Ambeno, parece ter sido a ferocidade com que os Topas defenderam a sua autonomia - não só contra holandeses, como até contra o vice-rei português, reclamando sempre a sua afiliação directa ao rei português. Essa identidade própria acabou por desvanecer-se sob o domínio português, mas ainda hoje é traçada uma ligação directa às famílias Topas que dominam esse enclave timorense com o estatuto de rajas.

Apesar de ser uma pequena ilha, verifica-se mais uma vez, o fenómeno de multiplicidade linguística, ainda que o tetum possa ser dominante

Não chegando a 800 línguas, como no caso da vizinha ilha da Papua - Nova Guiné, há várias dezenas de línguas, algumas das quais, a oriente, aparentadas com as línguas da Papua. Ora também isto mostra como conviveram, num certo equilíbrio, uma quantidade razoável de tribos muito distintas.

__________
Jaoa ou Iaoa, aparece em mapas antigos como nome para a ilha de Java.
O "homem de Java", homo erectus, foi considerado durante bastante tempo como um elo na transição dos símios para humanos. Não se trata aqui de referir a teoria darwiniana, que assenta num caos evolutivo aleatório, mas sim um facto óbvio - a inteligência é precedida de não-inteligência, qualquer observador só ganha sentido com um observável prévio. Isto aplica-se a homens, ETs, deuses, ou qualquer uma outra entidade que se entenda como inteligência primeira - foi sempre antecedida por uma entidade não inteligente. Mas é preciso entender que, se é o olho que permite ver, o que vê é o que lá estava antes. Assim o papel da inteligência consciente é reencontrar em si a inteligência prévia, que só não era inteligência por não ser consciente.

O homem de Java enquadra-se bem na hipótese natural, esta sim darwiniana, de terem sido as ilhas os locais a favorecerem a evolução separada de espécies singulares, como foi também o caso que abordámos dos pigmeus homo floresensis, onde se mencionava também os Topas da Ilha das Flores, entendidos como "portugueses pretos" pelos holandeses. A esse assunto acresce outro comentário de José Manuel, sobre as stupas no templo de Borobudur em Java (c. Séc. VIII):
Este templo de Borobodur tem detalhes muito interessantes, nomeadamente ao mito dos elefantes brancos no nascimento de Buda pela Rainha Maya. Dificilmente será acidental o nome Maia corresponder no ocidente à mãe de Hermes, com um papel religioso-filosófico igualmente crucial na vertente de Hermes Trimegisto.
Igualmente curioso é o desenho em Borobudur de uma embarcação, muito semelhante a uma caravela
... sendo claro que o budismo não chegou à Indonésia sem travessias com barcos, mesmo que este aspecto nos pareça estar algo deslocado da típica embarcação do Índico e Melanésia.

Um nome de embarcação que nos surge a este propósito é a Carraca, notando que este termo é muito semelhante ao irlandês Currach ou ao galês Coracle
... notando que, ao contrário da carraca quinhentista, estas embarcações eram incipientes, parecendo-se até com alcofas, e estavam espalhadas no seu uso popular da Irlanda ao Vietname. O termo alcofa é apropriado ainda pelo nomes que a embarcação tem no Iraque (quffa) e no Tibete (kowa).

Há uma série de relações e factos interessantes que acrescem, e que nos dispensamos agora de acrescentar, nomeadamente os habitáculos em pedra em Gunung Kawi, em Bali, ou o monte piramidal de Gunung Padang
Gunung Kawi

Terminamos com um apontamento sobre Timor que podemos ler na wikipedia:
In 2011 evidence was uncovered in neighbouring East Timor showing that 42,000 years ago these early settlers were catching and consuming large numbers of big deep sea fish such as tuna, and that they had the technology needed to make ocean crossings to reach Australia and other islands.     
Portanto, se já tinhamos falado sobre o mito polinésio de Tuna, que era suposto ser afinal uma enguia, temos esta evidência de pesca pré-histórica de atum. Atum, tema de que faláramos há uns dias atrás, serve assim para fechar este apontamento.
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6/10/2014

18 comentários:

  1. Parece mais o velho conhecimento de como erguer grandes estruturas verticais, usando a força de um pequeno número de homens...pese embora o facto que hoje nem muitos nem poucos o sabem fazer.
    Na transição para o século XIV, um grupo de poucos construiu ~250 cidades com suas catedrais (na dimensão actual seriam Vilas) na Europa em ~35 anos...alienígenas que sabiam fazer tinto. Hoje, a nova palhaçada, sem uma parafernália de máquinas e gabinetes com gente, não consegue fazer UM arco em ogiva.

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    1. Tem razão, Bartolomeu. Houve essa tendência de se fazer pensar que sem máquinas nada é possível, porque se fizeram esquecer as técnicas e engenhos antigos.
      Um dos generais de Napoleão em Austerlitz (Holanda e não na outra), mandou erguer uma pirâmide como exercício de rotina para as tropas, que a fizeram num mês... ainda hoje lá está - não é tão alta quanto as egípcias, e é apenas um monte de terra, mas é ilustrativo da capacidade de construção quando há organização.

      Abraço.

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    2. Há moinhos (recentes) de vento em Portugal, construídos por um único homem. São máquinas de alta precisão e harmonia.

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    3. Não conheço, mas acredito que sim.
      Uma pena minha é não me dedicar a construir coisas mais palpáveis do que o alinhar de caracteres de um lado para o outro! Dá um grande prazer fazer uma máquina que funcione bem. Depois, também sei que feita essa, quer-se logo fazer outra e outra... também por isso me custa a acreditar que a capacidade inventiva, uma vez accionada, poderia parar. Não compro essa - compro mais a história de que quem junta tijolos para uma casa, pensa logo em juntar tijolos para uma Torre de Babel.
      E por isso, o génio inventivo foi metido na lamparina.

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  2. Caro José Manuel,
    eu não tenho grandes dúvidas que existiram retrocessos civilizacionais propositados, desde a Idade do Gelo. Para além disso, o que vemos neste erguer do mastro, é algo muito claro - havia conhecimento popular para aquele tipo de construções megalíticas. Se houve algum conhecimento mais sofisticado, esse não passou bem, ou não o sabemos interpretar bem.
    Há provas claras de que houve uma regressão civilizacional - como diria Picasso - depois de Altamira foi só decadência... e se foi em termos de pintura, também me parece que não deve ter ficado por aí.
    Agora, esse conhecimento superior não passou para toda a população, mas a população lá foi mantendo tradições que lembravam os eventos para as quais era chamada - para trabalhos de força, como erguer megalitos.
    Quem mais mal faz a hipóteses de intervenção com conhecimento superior é quem omite estas técnicas esquecidas de construção exigente, que não envolviam tecnologia especial, nem espacial.

    Abraços.

    PS: verei depois o vídeo que indicou.

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  3. Finalmente descobriram o segredo das pirâmides egípcias... areia molhada, eis o segredo... ;-)

    http://www.sabado.pt/Ultima-hora/Sociedade/Como-os-egipcios-construiram-as-piramides.aspx

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    1. Olá Amélia.
      Esse piscar de olho está muito bom... pois quem haveria de se lembrar que com água, com um bocadinho de lama, a coisa escorrega melhor - foi preciso virem os holandeses explicar isso. Certamente holandeses emprisionados, pois não devem ver televisão, filmes ou documentários, há muitos anos.
      Abraço.

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  4. Re: "Finalmente descobriram o segredo das pirâmides egípcias..."

    Cada vez se afunda mais o establishment em areias movediças, que a torre de marfim do estapafúrdio catedrático faz tudo para que não seja submergida, o que gostaria eu era que os holandeses descobrissem uma explicação menos arenosa para o fenómeno de apothème em Khéops:

    "La Grande Pyramide possède en réalité huit faces et non quatre, car chacune est légèrement mais très précisément incurvée, cette forme géométrique étant très délicate à réaliser sur de telles dimensions"

    Sem falar nas galarias subterrâneas obstruídas... que ai é tabu desobstrui-las, mas continuem alegremente a acreditar no papai noel que é o melhor que a humanidade sabe fazer, lendas e narrativas, com muitas canções de embalar.
    Exemplo, podiam dizer que o Einstein entrava em transe místico para visualizar antes de produzir as tais 4 teses provavelmente copiadas no departamento dos brevets dos relógios onde trabalhou, pois em Zurich ninguém lhe quis dar trabalho como professor, enfim, mundo de vigaristas manipuladores, não é de admirar que de tempos em tempos se queimem bibliotecas, só falta voltarem queimar bruxas outra vez...

    José Manuel CH-GE

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    1. O que eu acharia mesmo interessante é se abaixo das pirâmides houvesse uma construção com uma pirâmide invertida, assim fazendo explicitamente um octaedro!
      Conforme diz, José Manuel, há ainda as galerias que vão para baixo, mas dessas sabemos pouco, porque aí parece que pára a investigação.
      Interessante, a questão das oito faces. Não conhecia, mas também não percebo o que é que isso tem de extraordinário do ponto de vista da construção - se tem algum significado simbólico, isso é diferente.

      Se quer que lhe diga, a maior razão que posso ver para controlo externo, sem ser humano, é justamente a inumanidade. Porém, também posso ver isso como uma simples bestialidade - ou seja, houve umas bestas que se julgaram superiores às outras. Por isso, fico sempre na dúvida entre bestas e ETs... como nunca vi nenhum ET, mas já conheci muitas bestas, aponto sempre para a hipótese da bestialidade.

      Abraço.

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  5. Vi agora o vídeo, e parece-me que as conclusões fazem bastante sentido.
    Não sei se é o caso das marcas que ele encontrou, mas que os ciclos da natureza não eram só uma curiosidade constatada, que se ligavam à caça, às plantas que recolhiam, isso parece-me tão natural que é difícil que não fosse notado.
    Agora, também é claro que o mecanismo celeste só passou a ser mais crucial para o sucesso agrícola, e como já aqui referi, foi aí que passaram a fazer mais sentido as divindades de cariz agrícola.

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  6. Caro amigo, aqui há material ainda com indicação de mais antiguidade http://rense.com/general24/civ.htm

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  7. Respondi a ambos no texto do novo postal.
    Cumprimentos.

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  8. Utensílios pré-históricos com 20 milhões de anos... descobertos pelo geólogo Carlos Ribeiro na região da Murganheira Alenquer Portugal.

    Especialmente para o caro B. Lança, e demais leitores deste blog (muito establishment vem aqui beber a esta fonte...):

    Pia esculpida numa rocha na ilha Terceira datada com 950 anos
    Ler mais: http://expresso.sapo.pt/pia-esculpida-numa-rocha-na-ilha-terceira-datada-com-950-anos=f893776#ixzz3GanymSV7

    e mais antigo "apanhados" da minha autoria :
    A História Secreta da Raça Humana (Michael A. Cremo e Richard L. Thompson)
    http://portugalliae.blogspot.ch/2009/07/historia-secreta-da-raca-humana-michael.html

    (...) Utensílios pré-históricos com 20 milhões de anos... descobertos pelo geólogo Carlos Ribeiro na região da Murganheira Alenquer Portugal.

    (...) Scientists have discovered ancient 1.5 million-year-old footprints in Kenya that resemble the structure and gait of modern humans.

    (...) "Prefácio por Graham Hancock;
    É para mim um grande prazer e uma honra apresentar esta versão condensada de Arqueologia proibida [Forbidden Archeology].
    Permitam-me dizer, desde logo, que acredito que este livro é um marco dentre as realizações intelectuais do fim do século XX.
    OS ESTUDIOSOS MAIS CONSERVADORES VÃO DEMORAR UM POUCO MAIS, PROVAVELMENTE MUITOS ANOS, PARA ACEITAR AS REVELAÇÕES QUE ELE CONTÉM.
    Contudo, Michael Cremo e Richard Thompson deixaram suas revelações à mostra e agora o relógio não pode voltar atrás.
    MAIS CEDO OU MAIS TARDE, GOSTEMOS DISSO OU NÃO, NOSSA ESPÉCIE TERÁ DE SE AJUSTAR AOS FATOS DOCUMENTADOS de maneira tão impressionante nas páginas que se seguem, e esses fatos são espantosos.
    A tese central de Cremo e Thompson é que, infelizmente, o modelo da pré-história humana, cuidadosamente elaborado por estudiosos nos últimos dois séculos, está completamente errado.
    Além disso, os autores não estão propondo que esse modelo seja corrigido com pequenos ajustes e retoques.
    É preciso que o modelo existente seja jogado pela janela e que recomecemos com a mente aberta, sem quaisquer posições preconcebidas.
    Esta é uma posição próxima da minha; com efeito, constitui a base de meus livros Digitais dos deuses e O mistério de Marte.
    Neles, porém, meu foco se deteve exclusivamente nos últimos vinte mil anos e na possibilidade de que UMA CIVILIZAÇÃO GLOBAL AVANÇADA POSSA TER FLORESCIDO HÁ MAIS DE DOZE MIL ANOS, TENDO SIDO ELIMINADA E ESQUECIDA NO GRANDE CATACLISMO QUE PÔS FIM À ÚLTIMA ERA GLACIAL.

    EM A HISTÓRIA SECRETA DA RAÇA HUMANA, CREMO E THOMPSON VÃO MUITO ALÉM, RECUANDO O HORIZONTE DE NOSSA AMNÉSIA NÃO APENAS DOZE OU VINTE MIL ANOS, MAS MILHÕES DE ANOS NO PASSADO, MOSTRANDO QUE QUASE TUDO QUE NOS ENSINARAM SOBRE AS ORIGENS E A EVOLUÇÃO DE NOSSA ESPÉCIE SE APÓIA NA FRÁGIL BASE DA OPINIÃO ACADÊMICA E EM UMA AMOSTRA ALTAMENTE SELETIVA DE RESULTADOS DE PESQUISAS."
    http://portugalliae.blogspot.ch/2009/07/historia-secreta-da-raca-humana-michael.html

    Cpts.
    José Manuel CH-GE

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  9. Obrigado, José Manuel, já fiz post com a notícia de Felix Rodrigues.

    Sobre o outro assunto, já falámos muito, e sempre lhe direi uma coisa simples:
    - explique-me o que faz uma espécie inteligente durante um milhão de anos?

    Note que sabemos o que fez durante, digamos, no máximo, nos últimos 10 a 20 mil anos.
    E do ponto de vista de história escrita, contamos no máximo uns 5 mil anos.

    Agora, dê-me uma ideia do que julga que se pode fazer nos próximos mil anos?... já nem falo do milhão de anos!
    Sem ser um sucessivo recomeçar tudo de novo, como acha que se mantém entretida uma população inteligente durante milhares de anos?
    Ou se evolui para um estado de comunhão diferente, ou o caos emerge naturalmente pelas diferenças instáveis.

    Abraços.

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  10. Não tem que ser forçosamente um modelo único dum "sucessivo recomeçar tudo de novo" (aniquilação caótica), ou duma "evolução para um estado de comunhão diferente" (estagnação e evolução civilizacional paralela).

    Re: " explique-me o que faz uma espécie inteligente durante um milhão de anos?"
    O mesmo que actualmente: gera e degenera...

    Em 2014 temos povos a fabricar machados de pedra (Nova Zelândia) e o outros naves interestelares (Harold White projecto IIXP4).

    Temos provas do mesmo ter acontecido antes da ditadura darwiniana proscrever entre outros o geólogo Carlos Ribeiro, mas para se acreditar teriam que ler o maçudo livro do Michael Cremo "A História Secreta da Raça Humana", e principalmente cruzar dados de disciplinas académicas diferentes...
    (paleoclimatologiacoisa/arqueostronomia/filogeografia/processos de datação como o CL36 etc.)
    que historiador não adenite nem o arqueólogo, assim cada qual conta a sua patranha e o circo com pão de borla continua.

    Neste planeta entre aniquilações caóticas periódicas ficam os novazelândias, para as estrelas partem e vêm há milhares de anos outros que não se dedicam somente ao Kama Sutra.

    Re: "como acha que se mantém entretida uma população inteligente durante milhares de anos?"

    Como sempre: pão e circo com Kama Sutra e ópios à mistura.

    Referências:

    Nova Zelândia
    Vídeo da fabricação de machados de pedra, perdi o registo... vem da ARTE TV provavelmente.

    Icarus Interstellar X-Physics Power and Propulsion Project (IIXP4)
    Na CNN :
    http://mexico.cnn.com/tecnologia/2014/06/12/la-nasa-revela-el-diseno-de-una-nave-espacial-con-velocidad-warp
    No seu website:
    http://www.icarusinterstellar.org/a-ship-worth-fighting-for/?lang=fr
    No YouTube conferencia de cerca duma hora:
    http://www.youtube.com/watch?v=9M8yht_ofHc

    Processos de datação:
    DATATION AU CHLORE 36
    Cette méthode de datation a été mise au point en 1994 par le professeur David Bowen, du département des Sciences de la Terre de l'Université du Pays de Galles. La technique de datation au chlore 36 fournit une estimation de la durée écoulée depuis qu'une roche a été exposée pour la première fois à l'atmosphère.
    En 1994, David Bowen a mené une série de tests préliminaires sur les pierres de Stonehenge en Angleterre. Ces pierres étaient datées jusqu'alors aux alentours de 2250 avant JC. Les tests au chlore 36 ont révélé que ces 123 monolithes de quatre tonnes auraient, en fait, été taillés pendant la dernière période glaciaire, peut-être dès 12000 avant JC.
    Dans le Times du 1er décembre 1994, David Bowen faisait remarquer “ Il y aurait peut-être un moyen de résoudre la controverse sur l'ancienneté des pyramides et du Sphinx en appliquant la méthode de datation au chlore 36... On pourrait ainsi remonter jusqu'au moment où les pierres de ces monuments ont été extraites de leur carrière ... ”

    Lamento mas não sigo o método "fontes históricas dividem-se em documentais e não documentais", o meu é observo o que quero comparo e deduzo não conclusivamente, não se consegue reconstruir um puzzle universal seguindo somente os tais documentos coevos ou não, somente produzir teses que são o que são, e é de lamentar que as imponham como verdade inalienável nas escolas e sociedade.

    Cpts.
    José Manuel CH-GE

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    1. Muito obrigado pela clara resposta, José Manuel.

      O problema que tentei levantar é que não temos qualquer ideia do que poderemos evoluir no próximo milénio.
      As visões mais futuristas foram sempre algo limitadas, e em muitos casos tacanhas; ou pelo contrário ilimitadas, e em vários casos absurdas.

      O José Manuel fala-me de tribos na idade da pedra "versus" NASA made in Hollywood.
      Ora a minha questão não era sobre a conformação de uns, era mais sobre a ambição dos outros.
      A opção de regressar à idade da pedra está sempre lá, ao alcance de todos.
      A minha questão era onde levaria a ambição dos outros? Especialmente no curso de milhares de anos...

      Não foi preciso mais do que 100 anos para ver onde levou a ambição tecnológica posta ao serviço da competição, posta ao serviço da guerra. A guerra é apenas um aspecto mais radical da competição, mas o problema é na génese a competição como forma de estar.
      A competição tanto estará na pancada com machados de pedra, como na pancada com naves interestelares, comprando de barato esse filme da NASA.
      Sob esse ponto de vista, o Warp drive que alimentará a evolução de uns é o mesmo do que o outro.

      Não há nenhuma evolução civilizacional paralela, quando o contacto existe.
      O que há é opções morais e murais.
      A opção mural que se viu no caso do Ébola é a de colocar um muro de "não propagação de doenças", protegendo o "mundo civilizado".

      Essa é uma opção mural, mas sem eficácia moral.
      Porquê?
      Porque o mural físico não entende o buraco que deixa na moral, que é o mural intelectual.
      Qual?
      Simples - é a regra de deixar para trás semelhantes.
      Porque essa regra é um buraco na confiança, é o buraco que diz a qualquer um - se agora foram estes deixados à sua sorte, o que me garante que de futuro não sejamos nós a ser deixados para trás?

      Por isso, todas as ideias de desenvolvimento paralelo só colhem se houver fundamento moral.
      Senão, ainda que se tenham isolado da doença física, não se livram da doença moral. E sobre a doença moral nada há a fazer - se está lá, destrói civilizações, mais tarde ou mais cedo.

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    2. Por isso, meu caro, se houve algum substrato mural que permitiu a uns, há uns milhares ou até milhões de anos, de fazer a sua vidinha em paralelo, não houve cimento moral. O substrato moral implica que eles não se tenham aguentado muito tempo sem os mesmos males morais que presidiram à sua partida. Nomeadamente, a segregação. Ora, as segregações votam as comunidades ao isolamento e à decadência, por falta de ligações de confiança duradoura. Começam por ser os outros segregados, mas o espectro moral da segregação incide sobre todos.

      Assim, nesta dança só fica para trás quem quer ficar para trás, mas isso é bastante diferente de os obrigar a ficar para trás com Kama Sutras e ópios à mistura. A diferença é moral e é um muro muito mais imponente, que desaba com toda a força em cima de quem o ignorar.

      Por isso, nem seriam precisos mil anos, para uma civilização desse género colapsar por deficiência estrutural. Porque a moral é um muro, é uma estrutura sólida contra o caos.
      A única outra hipótese que vejo seria a tal ideia de "deuses alienados vigilantes"... ou seja, como gente sem vida própria, que fazem da sua vida o influenciar e brincar com a vida dos outros.
      Um estado mais ou menos infantilizado em que os terráqueos seriam bonecos para traquinices. Pois, mas nesse caso é preciso entender que uma criança com uma faca, com um canhão, com uma bomba convencional, com uma bomba nuclear, ou com uma "death star" será sempre uma criança. A única diferença é o perigo que representa.

      Sobre os "documentos coevos" creio que sempre estivemos de acordo, e é óbvio que aqui é sítio onde a documentação oficial surge em plano igual à restante. O que sempre tive como método foi a sua coerência e consistência, e por estranho que pareça essa coerência lógica leva mais longe do que se pode julgar.
      Não preciso de nenhum processo de datação para saber que os processos de datação vivem de crenças, tanto os científicos como os documentais. Basta ver o caso da vela Champion, que foi considerada sedimentar em 40 anos, ao mesmo tempo que aparecia como tendo meio milhão de anos!
      http://alvor-silves.blogspot.pt/2013/10/contas-antigas.html

      Por isso, a ciência é para ser consumida com moderação porque é feita por cientistas, que apregoam mais as conclusões do que as inúmeras hipóteses que as sustentam.

      Abraços.

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  11. Re " a ciência é para ser consumida com moderação porque é feita por cientistas"
    Na parte que me toca não corro risco de indigestão pois não consumo o que o establishment apregoa.

    Não perdiam em dar um pouco mais de atenção às declarações de quem trabalha para a NASA, dizem coisas interessantes, prontamente desmentidas pelo patrão, mas enfim.

    Isto é assim, nem que metam um UFO na Praça do Comércio iriam acreditar que é real, dariam mais importância provavelmente ao arraial gay dum tal Costa, o UFO seria alvo do mesmo sarcasmo que a passarola de Gusmão.
    Vi há pouco uma antevisão do que aconteceria se viesse à TV um cientista dizer: "dentro de 30 anos a vida no nosso planeta Terra vai ser varrida pela explosão duma supernova " diriam lá está outro que viu demasiados filmes de ficção, e lá voltavam todos para o tal arraial...

    Entre tanto ia-se construindo uma Icarus Interstellar onde só seriam levados os seleccionados, partiriam e bye bye Sodoma e Gomorra do século 23.

    O problema sempre foi a moralidade, a minha é boa a tua é má, faz-se uma guerra para ver quem tem razão, mas não é só esse o problema, o maior está no ADN bom e mau, não nos deixaram comer do fruto da árvore da vida, ficámos somente simples sabichões mortais.
    Ficam os que ficarem para trás, pois a tal nave não terá espaço nem quererá levar toda gente para um novo mundo, pois este não vai durar muito mais. A vela que acenderam para aquecer as águas mais antigas desta Terra que o Sol não vai durar para sempre, um dia apagasse. Outros cenários foram considerados como causa desta inevitável partida (ver YouTub) Para os adeptos dos arraiais nada se está a passar de errado neste planeta desde que não lhe faltem o ópio kamasutra com pão e circo.

    Mas a turma não tem que se preocupar que isto é somente guião do filme "O fim do planeta dos macacos".

    Cpts.
    José Manuel CH-GE

    P. S.
    Re: " O problema que tentei levantar é que não temos qualquer ideia do que poderemos evoluir no próximo milénio."

    Há quem tenha... mas não se pode dar os nomes aqui, por isso se utilizam Jules Vernes desde sempre, e agora youtubes... ver aqui 51 minutos : http://www.youtube.com/watch?v=qypAr6HUrM0

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