Alvor-Silves

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Computus

A marcação do tempo não é a história dos relógios.
O registo temporal começou por ser um registo da alternância entre dia e noite, seguindo-se a observação das fases lunares, e só depois do calendário solar.

Computo foi uma palavra associada ao cálculo pascal. 
A Páscoa é definida no primeiro domingo após a primeira lua cheia da Primavera. A marcação da data pascal era o cálculo mais importante a realizar na Idade Média, pois dele dependiam as outras festividades (nomeadamente a Ascenção de Jesus, comemorada 40 dias após a Páscoa, a uma Quinta-feira, chamada Quinta-feira de Espiga, ou seja, foi ontem...).
Capela da Ascenção - Jerusalém - Monte das Oliveiras

Nem sempre foi consensual a marcação da Páscoa, até porque referia a tradição judaica do mês Abib (ou Nissan ~ Abril) e por outro lado a execução de Jesus. Mesmo sendo consensual a definição, implicava observações astronómicas correctas, e as diferenças entre calendários lunares e solares complicavam os cálculos.

Putare
Computar, tal como imputar, reputar e disputar... têm atribuída origem latina a putare.
Ora, o verbo Putar, apesar da sua sonoridade inconveniente, correspondia a pensar, supor ou calcular.

"Não percebes puto" será uma maneira engraçada de dizer que não se entende "puto" como "penso".
várias teorias acerca das palavras puto e puta, e foi interessante ver doutra parte essa confirmação de "Puta" enquanto divindade associada à agricultura. 
Não há que ter pruridos induzidos por falsa cultura inibidora, que remeteu nomes de divindades para conotações sexuais puritanas. Puta é um apelido comum na Roménia, e na minha opinião é equivalente a Maia, Cíbele ou Vénus, enquanto deusas da Terra. 

Ficou claro no texto Puto de Vénus, que Puto era uma forma de Cupido. Associada ao Puto estaria obviamente no feminino, Puta, ou seja Vénus... (e "vê nus" ou "vê-nos", são alternativas).
Isto nada tem de estranho, atendendo a que os cultos de Dionísio e Cíbele promoviam orgias, e portanto as sacerdotisas do culto da divindade Puta podiam perfeitamente ser chamadas putas. Não tem que ser verdade, mas seria consistente. Por exemplo, a palavra "deputado" remeteria ao verbo "putare", de pensar, calcular, ou a um sacerdote eunuco de Puta?
Depois, a própria palavra puta não se refere só à conduta sexual, refere-se ainda hoje a um certo calculismo, a uma certa forma de ludibriar e tirar vantagem de situações por meios imorais. Por exemplo, é natural que essa facilidade sexual pudesse servir estratégias do culto.

Assim, o calculismo, tanto poderia servir para designar uma inocente computação numérica, como poderia ser posto ao serviço de outras computações, com cálculos de poder. Convém notar que as sociedades matriarcais não se impuseram pela força... já que a força física dos homens suplantaria a das mulheres sem dificuldade. 
Porém, a partir de certa altura, deixou de ser a força física a determinar a liderança social. Assim, uma sociedade matriarcal poderia ter sido imposta com computação, calculismo. Adquirida essa força mental, seria possível ao lado feminino manter um ascendente sobre a parte masculina... não tanto como amazonas guerreiras, mas como simples cultura sacerdotal. A manifestação de uma divindade masculina, um Puto, apenas como uma criança, como um cúpido destinado ao amor idealizado, pode reflectir uma rejeição ao lado violento do homem adulto, e apenas um afecto maternal ao homem criança, algo natural nessa religião mais antiga... já que, a mitologia feminina proclama: "os homens são todos iguais", e não se reportando aqui aos ideais da Revolução Francesa.

Tempo e Frequência
Bom, mas voltando ao Tempo, e esquecendo a parte de Cronos, porque já não estamos sob o signo de Touro, e também não falando do Tempo atmosférico, associado a Zeus, interessa distinguir o Tempo no movimento e na mudança.

Do ponto de vista da percepção individual, o movimento não tem que ser associado a uma mudança. Isto pode parecer estranho, mas não é a visão de algo a mexer que induz a noção temporal. A noção de mudança é feita por auxílio da memória. Resulta de saber onde estava antes e esteve depois. O movimento é apenas uma percepção vaga do fluxo que leva de um sítio ao outro... e se o movimento for suficientemente rápido, nem o vemos. A percepção visual está ajustada para décimos de segundo, e por isso com um filme a rodar a 25 imagens por segundo, não notamos diferença face à realidade. 

Hertz (Hz) é a unidade por segundo, a frequência da alteração.
O nome deriva do físico alemão Heinrich Hertz.
1 Hz é a frequência do batimento cardíaco normal, e Herz em alemão significa "coração".
Portanto, nada mais coincidente do que ter Hertz associado ao Herz!

Podemos ainda notar que o prefixo "fre" (f+re) em frequência invoca repetição noutros casos, especialmente em "freguês", mas também em "frenético", "frenesim", etc...

Interessa que se a repetição visual for superior a 25 Hz, pouco notamos visualmente (a maioria dos ecrans usa uma repetição entre 50 a 100 Hz, para conforto visual).
Curiosamente, quando termina a capacidade visual na frequência, surge a capacidade auditiva.
Ou seja, a audição humana varia entre 20 Hz e 20 000 Hz, mas não se manifesta pelo detalhe, manifesta-se por considerar essas alterações como som, ruído ou música.

Isto é importante, porque é um sinal do propósito da limitação das nossas capacidades.
Alterações superiores a 25 Hz no campo visual seriam só úteis num mundo com um caos de eventos superior ao que temos. Não estamos nesse acordo de realidade. 
Acordo vem do coração, e o nosso acordar é espelhado na frequência do batimento cardíaco. 
Quando alguém é forçado a mais de 120 batimentos por minuto, ou seja a mais de 2 Hz, ou até a 3 Hz, está prestes a sair do acordo, porque o seu coração não aguenta. Essa situação remeteria-o para outro acordo, para um mundo caótico que não é o seu... porque neste não tem 2 ou 3 Herz (corações).

Portanto, a percepção que temos da ordem visual vai no limite até aos 25 Hz. Para frequências superiores, o ouvido permite mostrar-nos que, ou se manifestam harmonicamente, em simples repetições, e funcionam como música, ou são entendidas como ruído do caos. É inútil uma deriva insana para aumento de capacidade. Ainda que as capacidades aumentem, não são ilimitadas, e acima da capacidade fica o desconhecido, para além de não evitarem o ruído. 
Do caos só podemos entender a música, a ordem, e devemos filtrar o ruído, a desordem.
Não podemos fechar a porta ao caos, porque precisamos da música na novidade entendível, mas devemos filtrá-la da poluição ruidosa, irracional.

Sem mudança não há tempo
Não haver qualquer mudança significa um congelamento... até dos relógios. 
Sem mudança, não há tempo, mas o tempo é medido pela ordem na mudança. Os relógios registam mudanças repetitivas e essas servem como referencial para as outras mudanças. 
Se todas as mudanças fossem caóticas, e nada se repetisse, também não encontraríamos relógios.

O coração é um referencial temporal no corpo relativamente à alimentação celular pela injecção de oxigénio no sangue, tal como o Sol é um referencial temporal na Terra relativamente à alimentação de cada ser. Neste sentido mais lato, o Sol funciona como coração da Terra. 
O segundo para o corpo humano é o dia para a Terra.
Assim, um dia tem 86400 segundos, e essa é a diferença proporcional entre o ciclo de alimentação celular humano regulado pelo coração, e o ciclo de alimentação animal regulado pelo Sol. Deste ponto de vista, a humanidade, com menos de 100 mil anos, é um bebé terrestre, por respeito ao ciclo biológico regulado pelo Sol.

Os animais não precisam de qualquer medida temporal, sem ser o relógio do estômago, muito ligado ao ciclo solar. A outra coordenação temporal que têm resulta de sincronização visual ou instintiva. Não precisam de relógios para marcar encontros para atacar uma presa...
A necessidade dos relógios proveio de uma necessidade humana de coordenação para além do tempo solar que regulava a percepção biológica. Passado o aspecto animal, o homem começou a definir outros ciclos temporais para coordenar acções. Devagar, horas seriam suficientes para apontar encontros, depois passou-se a espremer cada vez mais o tempo, os minutos passaram a contar, e mais recentemente, na época televisiva, até os segundos contam.
Quando o homem passou a contar os segundos, estamos a atingir o limite definido pelo coração, pelo acordo... e já não é possível espremer mais, sem entrar no caos! 

Depois, e mais importante, apesar do frenesim frenético, a mudança é cada vez menor.
O aumento da percepção leva-nos a entender coisas diferentes como iguais, e por diferentes formas parece que há uma máquina social ditada por um realejo que entrou em paranóia repetitiva e apenas produz repetições humanas, arriscando os homens a passar a realejos, para que o realejo principal justifique o seu bom funcionamento.

Os filtros que tínhamos naturalmente, que nos davam uma percepção limitada, para evitar o confronto com o caos, passaram a ser vistos como limitações. Na ânsia de conhecer mais, mais, mas sem orientação nem nexo, estaremos a mergulhar na aproximação caótica, mas já sem filtros que nos digam que informação é relevante e qual é simples ruído. Será como o sujeito que quer ouvir melhor, mas não percebe que ouvir o cantar da cigarra a quilómetros implica ouvir toda a bicharada a centenas de metros. Sem filtros próprios para decidir o que é relevante escutar, o que é informação relevante e o que é ruído, esta deriva é completamente caótica, aleatoriamente arbitrária, e parece promovida por esse próprio caos. As nossas limitações não parecem ser casuais e devem ser entendidas, para além da óbvia constatação científica. As normais limitações físicas não nos trouxeram a um inferno, foi a vontade de as superar que foi criando também situações infernais.

Tempo dos Jerónimos
Aproveito este texto, para um apontamento sobre os relógios que se podem ver nas ilustrações da Bíblia dos Jerónimos, conforme sinalizado pelo José Manuel. Como se poderá entender, o tempo que se marcava aqui pareceria correr a um ritmo mais lento...



Relógios de Pesos na Bíblia dos Jerónimos (feita em Florença, Séc. XV).

Tratam-se de relógios de pesos, que ainda não tinham pêndulo (usavam o foliot). O uso do pêndulo para sincronizar a cadência do relógio é atribuído a Galileu ou a Huyghens, já no Séc. XVII. É curioso ver também uma ampulheta, e notar que a esses relógios faltava o ponteiro dos minutos...

No Séc. XV, Filipe o Belo, Duque de Borgonha, casado com Isabel, filha de D. João I, para além de ter criado a Ordem do Tosão de Ouro, de que já falámos várias vezes, também teve aquele que é considerado como o relógio de corda mais antigo do mundo:

Se os relógios começaram a fazer parte da vida medieval, foi já no seu final que começaram a ver-se nas cidades os relógios em igrejas. O mais antigo que funciona será o de Salsbury (1386), mas mesmo antes Dante se referia ao bater do relógio (na obra Paraíso).
Só por algum prurido religioso com a herança islâmica ibérica, é que também será menos conhecida a notável obra de Al Muradi, que produziu para além de relógios, outras invenções mecânicas. O seu livro:
foi recuperado e algumas das invenções recriadas com o patrocínio, não da Andaluzia natal, mas sim do emir do Qatar.
Relógio com 3 personagens (Al Muradi)

Estamos a falar de uma obra datada pelo Séc. X, o que não deve ser considerado estranho, porque já sabemos do mecanismo de Anticitera, do Séc. I a.C. que seria mais complexo como relógio, ao incluir efemérides planetárias. Al Muradi fez ainda um mecanismo robótico, com personagens animados mecanicamente numa cena com donzelas, víboras e um criado. 
Meca parecia inspirar Mecanismos, e é também reportado um relógio com um mecanismo robotizado, que terá sido enviado a um rei francês medieval.

Ainda nessa tradição do conhecimento islâmico tem sido finalmente reconhecido que a lei de refracção da luz, atribuída a Snell e a Descartes, no Séc. XVI, estava já num manuscrito de Ibn Sahl escrito no Séc. X em Bagdad.

Outras informações, de carácter teológico, de Avicena e Averróis, apesar de serem de pensadores de religião diferente, chegaram rapidamente a influenciar os aristotélicos pensadores cristãos da Europa... e por isso seria muito estranho que relógios e outros mecanismos não fossem do conhecimento medieval dos mosteiros. Creio que o ambiente do Nome da Rosa de Umberto Eco revela todo o cuidado em manter secretos conhecimentos que abalassem a sociedade medieval. 
Quando a Caixa de Pandora foi aberta, após a Guerra dos 30 anos, houve então lugar às "reinvenções da roda"... os coches já podiam circular, e tudo parecia novo como se tivesse sido descoberto pela primeira vez. Podia até ser pela primeira vez para o próprio, mas claramente que se tratavam apenas de redescobertas, como tinha sido a redescoberta da América por Colombo.

Ainda hoje as comunidades continuam fechadas dentro dos seus conhecimentos. Um explorador que é bem conhecido no mundo islâmico - Ibn Battuta, que efectuou um périplo semelhante ao de Marco Polo, permanece quase desconhecido no mundo ocidental.
Os registos não se cruzam, as culturas continuam de costas voltadas, chineses, árabes e ocidentais todos têm histórias disjuntas, que parece não haver interesse em unir.
Convém manter a população crente numa história, e não pensar que foi enganada durante séculos.

22 comentários:

  1. Re: “percepção visual está ajustada para décimos de segundo”

    Diria limitados pelos sentidos... costumo dar o exemplo da visão e universo duma mosca... e a electricidade não se vê mas quem duvidar que meta a mão no condutor...

    Persistência retiniana...
    Impede de ver a máquina do criador... instalou um obturador que corta a imagem quando o projeccionista dos Deuses mudam a imagem que nos querem mostrar... no cinema 24p/s na TV 25... os homens de barro dos deuses descobriram a ilusão então os “deuses” vão arranjando outros trompe-l'œil para manipular o tempo que vemos, no novo HFR cinema 3D 98 imagens por segundo 48 para cada olho até chegarem os hologramas (no passado fantasmas...) A dor física é a única coisa que nos liga à realidade, se duvidarem belisquem-se...

    “Relógios”, estranhos objectos voadores em iluminuras antigas, cangurus, antes de se descobrir a Austrália etc. são exemplos de quem deixou no passado imagens tipo sublimares, para as gerações futuras abrirem Easter eggs, despertarem da ilusão, faltou-nos comer o fruto da árvore da vida mas a serpente também não a quis dar em primeiro, pelo menos sabemos que não andamos nus. Não foi por nada que a A Bússola Dourada 2 onde a heroína procuraria Deus para o matar e parar o relogio do tempo não foi produzido...

    Cumprimentos,
    José Manuel CH-GE

    P. S.
    Transcrevo aqui um comentário que me fizeram no Publico, gostaria de ler um post do Alvor sobre o País das Serpentes:

    Caro Jose-Manuel, esqueceu-se de referir que foram os Vikings a descobrir a Madeira e o continente americano, os Fenícios a descobrir os Açores e a fazer a primeira viagem de circum-navegação de África, Portugal foi invadido cerca de 800 a.C. pelos Sefes (latim Saefes), a Tribo de Dan, que ao serviço de Pummayatan (Pigmalião) tinham servido como mercenários e aqui se acabaram por fixar. As lendas antigas (hoje esquecidas por nós) chamavam-lhes «o Povo das Serpentes». E foi por isso que o primeiro nome de Portugal (tv. o seu nome verdadeiro) foi Ophiussa «o País das Serpentes», uma tradução grega de «Sefarad», o país dos Sefes. Sefarad seria o nome que na Bíblia seria dado pelos Hebreus à Hispânia. A história de Portugal é maravilhosa e muito antiga. E o mar está sempre por perto.

    [in Ratos domésticos chegaram à Madeira 400 anos antes dos portugueses]

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    1. Bom dia, José Manuel.
      Começando pelo País das Serpentes, algo que nunca tinha ouvido ligar a Portugal... acho que nem mesmo a Maria da Fonte nos falou disso, encontrei o blog com o mesmo nome:
      País das Serpentes
      mantido por um certo José Galazak, que escreveu um grande texto sobre esse assunto e que dá muitas referências bibliográficas. Certamente que o Viriatus que lhe respondeu em:
      o-inverno-deixou-uma-prenda-aos-arqueologos-numa-praia-de-esposende
      deveria conhecer esse trabalho.

      Sobre esse assunto há 3 comentários interessantes no blog, que não foram respondidos. Um remete para isto:
      descoberto-perto-de-silves-o-vestigio-judaico-mais-antigo-da-peninsula-iberica
      ... e portanto muito antes da Tarifa de Silves, houve em Silves registos hebreus, à época Tartéssia.

      Da minha parte, pouco sei mais, apenas posso alinhar estes dados com toda aquela teoria dos "Ebreus do Ebro"
      "Ebreus do Ebro"
      que fui aqui escrevendo e apontaria para a migração hebraica se reportar ao Mar Eritreu/Vermelho que existia junto ao Algarve, entendendo que o Algarve chegou a ser a Ilha Eritreia, berço de Gerião derrotado por Hércules.

      Um outro artigo interessante sobre estes Sefes do Povo das Serpentes é o da wikipedia galega:
      http://gl.wikipedia.org/wiki/Saefes
      ou mesmo da portuguesa
      http://pt.wikipedia.org/wiki/Sefes

      ... acho ainda piada este nome "Sefes", não tanto por remeter para "Sefarditas" (algo que me parece natural na sequência do exposto), mas mais por respeito ao que escrevi sobre "Chefes":
      http://alvor-silves.blogspot.pt/2011/05/chefe.html
      ... ou seja, talvez o Sefes se deva ler "Chefes"... o que seria consistente.
      Depois, toda a referência a Ofiussa ou a Ofir remeter a serpentes, faz parte da mitologia antiga do ovo da serpente.
      http://en.wikipedia.org/wiki/Ophiussa

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    2. Para já foi o que encontrei, se conseguir mais informação verei se tenho material para algo novo. Agradeço bastante esta referência que me parece muito interessante, e que sem dúvida era uma falha aqui.

      Quanto à Bussola Dourada 2, não fazia ideia dessa polémica, mas a ideia de parar o tempo ou do fim do mundo é praticamente a mesma. O fim do tempo é um congelar, como disse aqui, é o fim da mudança. Se for o fim dos relógios é diferente, é o fim da ordem na mudança. Em ambos os casos isso levaria a um fim do mundo... se tal coisa fizesse sentido. Não faz. Seria só uma deambulação no vazio, numa ficção de pensamento com ideias inconsistentes.

      Sim, estou de acordo que são os sentidos que nos ligam à realidade, ao acordo comum dos que ficaram sentidos.
      Ficaram sentidos não só pela dor, mas também pela dor.

      Creio que na 5ª Dimensão havia um episódio engraçado sobre o tempo, em que havia uns agentes que construiam o instante seguinte... e isso justificava que se esquecessem de objectos, que nós andávamos à procura, e depois encontravámos em sítios onde já tinhamos procurado.
      No entanto, qualquer tempo intermédio acima dos 25Hz seria apenas um subir da fasquia, pode haver quem vivesse a 250 Hz, a 25 KHz, a 25 MHz, mas teria sempre o mesmo tipo de limitação.
      Não adianta querer mais, quando haverá sempre limites... os problemas da limitação colocam-se sempre.
      O infinito aqui também não resolve nada... só significaria que entre dois instantes nossos terminariam universos inteiros por consumo do seu tempo. Isso é algo que faz sentido, entendendo a que são todos simulados, mas só há um que permanece na sua viabilidade comum...
      Por isso, meu caro José Manuel, o tempo condenou os deuses ao gelo ou ao mesmo fado humano.

      Abraços e obrigado pela informação.

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    3. Com ou sem putos... mais um excelente artigo aqui do "Chefe"! hehehehehe... e por falar em chefes... a palavra chefe não tem origem na palavra francesa Chef?! Em alemão também escreve-se da mesma maneira - chef. Em inglês é chief; em espanhol é jefe (em galego é xeje)
      Já a palavra Sefardita... em inglês é sephardic... em alemão é sephardischen... enfim...
      Só uma pequena achega... apesar da importância de conhecimentos vindos de outras paragens (Oriente, Península Arábica e outras regiões), certo é que a ciência (conhecimento científico) parece ter pegado de estaca precisamente na Europa... o porquê já é outra história... ou estórias....

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    4. Boa tarde, Amélia.
      Se ler o outro texto do "chefe" verá que remeti para "Jeve" de "YHVH", e por isso não ligava ao significado do francês "chef", a menos que se trate de arquitectura culinária. Como é suposto "saber" e "sabor" virem da mesma raiz latina "sapere", então talvez faça mesmo sentido ligar a arquitectura do saber à arquitectura do sabor, através de um grande cozinhado! Ah... e da culinária sou só provador, não tenho vocação de chefe.

      Bom, mas se entendermos os textos como testos, então agradeço ter gostado, mas até acho que não foi dos que saiu melhor na ligação de todas as partes.
      Normalmente isto é engraçado, porque começo com alguns ingredientes base, e depois com o correr do texto, sem que tivesse propriamente previsto, começam a aparecer outras coisas... quase que a pedir para aparecer.
      Por exemplo, aqui a ligação entre Hertz e Herz foi assim... e daí, como tinha dúvidas sobre se Herz tinha ou não o "t" lembrei-me da canção dos Rammstein, e fui ver o vídeo, saindo mais uma parte para sobremesa.

      Com isso esqueci-me de falar na Revolução de 1830, em França, onde tinha acabado de saber que os revolucionários tinham disparado contra os relógios. Aparentemente sem coordenação entre os diversos grupos (ainda que as coincidências sejam o que sejam), e uma razão entretanto invocada, e com sentido, é que os relógios simbolizavam a coordenação da ordem social... ou seja, a marcação do tempo pode ser visto como uma prisão social, pelos compromissos associados - horário de trabalho, reuniões, etc.

      E agora que leio o seu comentário lembrei-me que me esqueci... porque os textos ganham uma certa vida própria, que até a mim me surpreende por vezes, e acabam por servir para descobrir coisas pela simples escrita delas. Porque levam a outras pesquisas, e até a outras ideias pelo simples desenrolar natural do novelo.

      Finalmente sobre a razão pela qual a ciência pegou de estaca na Europa... creio que devemos entender que não foi só o local, foi o local e o tempo. Durante a Idade Média a ciência era vista como alquimia, e era guardada no armário. Depois houve ordem de renascer, no Renascimento, e toda a pressão começou a desaparecer. Quando tentaram tapar de novo o génio na garrafa, ele já tinha arranjado maneira de sair, mas ainda há muita rolha a tapar.

      Abraço.

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    5. A questão das Serpentes, será tudo, menos linear.

      As minhas buscas pelo Passdo, levaram-me a Enki, o famoso outsider, a cuja história, que não dei grande credibilidade, até me deparar com um facto cientifico da actualidade, que remonta a Enki, Senhor da Terra e excelente Geneticista.

      Enki e a sua Equipa, com a oposição de Enlil, irmão de Enki, e seu rival, dizem as Tábuas Sumérias, terão procedido a diversas combinações do seu próprio ADN Nibiru com o ADN dos Terráquios, que possuiam o mesmo Genoma, conseguindo assim, um cruzamento "in vitro", de Nibirus e Terráquios, que dizem os textos, seriam usados como escravos de Nibiru, nas Minas onde existia o ouro, com que os de Nibiru, planeavam restaurar a degradada atmosfera do seu Planeta.

      Enki, deveria ter construído máquinas, mas talvez a sua natureza artística o tenha levado por um caminho sinuoso, e de imprevisíveis consequências, que perdura até hoje.

      Aos Hibridos, retirou Enki, a Sequência da Longevidade", ou seja, Enki encurtou os Cromossomas de Nibiru, na zona dos Telómeros, impedindo assim as células de se replicarem quase indefinidamente.

      Mas se a condenação à morte prematura, foi uma opção de Enki, já a condenação à estupidez perpétua, combateu-a ele, com a fundação da Irmandade da Serpente, a primeira Sociedade Secreta da História, através da qual Enki ensinou aos Hibridos, os conhecimentos dos Nibirus.
      O nome Irandade da Serpente, radicará possivelmente, na estrutura helicoidal, semelhante a duas serpentes, do ADN.

      A Irmandade da Serpente ter-se-á subdividido posteriormente em dois Ramos, o do Dragão Amarelo, no Oriente e o do Dragão Vermelho, no Ocidente, e terá governado a Atlântida e mais tarde o Egitpo, cujo símbulo estava be patente no Uraeus dos Faraós.

      Mas, como seria de prever, a rivalidade entre Enki e o seu irmão Enlil, passou através das Gerações, levando a uma guerra nuclear, que terá destruído a Atlântida, e originado mais tarde, a cisão no Egipto, com a partida de Akhenaton, sob o pseudónio de Moisés.

      Da Guerra Fraticida entre a Irandade Hebraica e a Irmandade Aramaica, pelo estatuto de Filhos dos Deuses, saíu vitoriosa a Irmandade Hebraica, que detém, pelo secretismo, o poder até hoje.

      Claro que toda a História é bem mais complexa, porque os laços de Sangue, são um autêntico pandemónio, mas um facto é certo:

      Os Reis de Portugal, até à Monarquia dita Contitucional, usaram como timbre A Serpente Alada.

      Abraços

      Maria da Fonte

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    6. Obrigado, Maria da Fonte.
      É uma história sobre a qual não tenho quaisquer dados. Mesmo a tradição das serpentes na parte minhota, beirã ou transmontana, era algo que me tinha passado ao lado, nem sequer de ouvir falar. Tinha ideia que os portugas eram avessos a serpentes e cobras... nem sequer me lembro de ver nenhum símbolo desses em construções de pedra ou similares.
      Sim, a estrutura das duas serpentes no caduceu faz lembrar a espiral do ADN, mas falta o número 46... para o nº de cromossomas, e faltariam várias outras coisas para dar consistência a isso.
      Cada vez estou mais convencido que o conhecimento herdado é um balão cheio de banha da cobra... ou seja, tem muito mais manha do que conhecimento novo. Haveria sim, muitas coisas escondidas, mas nada de relevante face à tecnologia actualmente possível - note que nem estou a falar da que se vê, estou a falar da que sei que pode ser feita.
      Há uma coisa muito importante, está a ser mantida uma grande pressão para se inventarem novas coisas... e isso é sinal de grande insegurança.
      Ou é como o José Manuel sugere, e estão à espera do retorno dos papás... ou então é tudo um grande fiasco.

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  2. "Há uma coisa muito importante, está a ser mantida uma grande pressão para se inventarem novas coisas... e isso é sinal de grande insegurança."... ou então é mais uma forma de conseguir reanimar uma economia meio moribunda... criando novos serviços e novos produtos para aumentar as trocas comerciais e assim manter o dinheiro a circular e não só... permite também manter postos de trabalho... sem esta dinâmica a estabilidade económica e social fica em causa e por essa razão podemos estar perante um pau de dois bicos - por um lado, quanto maior for a instabilidade, mais facilmente certos grupos (interesses) chegam ao poder e por outro mantendo uma certa estabilidade social, melhor será para certos grupos (interesses) manter assim o seu "status social"... mas a grande questão aqui (e eis os jogos de sombras e de poder no seu máximo esplendor) não é tanto escolher entre a ruptura (ou utilizando o léxico da praxe - (r)evolução) ou a continuidade.... pois sabemos que a expressão "vira-casaca" é mais que um mero estilo de vida... e é por isso que devemos estar sempre mais atentos não aos "artistas" que aparecem no palco (ou será arena?) mas sim a quem está por detrás do pano, como muito bem tem demonstrado o autor deste blog, bem como quem por aqui vai comentando…

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    1. Obrigado, Amélia. Se a ideia fosse revitalizar esta economia haveria outros meios mais simples. Por exemplo, a respeito da internet, basicamente o grande negócio rentável é o serviço de acesso - a portagem para acesso à "auto-estrada da informação". O Estado demitiu-se dessa função, como já tenta que todas as estradas em que circulemos tenham portagem. Neste caso, nem sequer há caminhos alternativos... quem quiser entrar, paga.
      Tudo bem, mas depois a maioria dos serviços informativos que são disponibilizados na internet são gratuitos. Sem essa parte gratuita, a internet nem valeria a pena, e há assim uma actividade que não é remunerada, mas que justifica por completo a remuneração do portageiro - as companhias que asseguram o acesso.
      Se se quisesse fazer uma nova economia, era simples, bastava exigir a essas companhias, cujos lucros são fabulosos, de participar com uma parte do seu rendimento aos locais onde se verifica o acesso. Assim não se assistiria à crise dos jornais, conforme se vê hoje. A existência de publicidade cada vez mais ridícula e agressiva não resolve o problema, porque remete para a economia habitual. O que rende não é a informação, é a informação se o fulano comprar o sabonete. Remete sempre para algo que pertence à velha economia. Isso tem interesse de controlo, porque a publicidade é uma forma de controlo.
      Os novos produtos não acrescentam nada, a menos que as pessoas os sintam como necessidades... até nesse aspecto se vê que a publicidade continua a prestar serviço à velha economia. Não há quase nada que atraia para novas actividades.
      Ora, toda a velha economia foi feita a pensar na lógica de optimizar custos, prescindindo do trabalho físico humano. Portanto a necessidade de trabalho físico é cada vez menor, e o trabalho intelectual é quase todo gratuito, per se. É claro que pode ser bem remunerado quando se liga à velha economia, como são prova os escritórios de advogados...Exemplos de trabalho intelectual bem remunerado só se for na indústria de entretenimento, como o cinema e televisão. Mas até na televisão há uma ligação à publicidade.
      Portanto, aquilo que vemos são esquemas de controlo... coisas manhosas, de simples poder de ilusão, para orientar o gado.
      Nesse aspecto, estamos no reino dos cowboys, e quem não alinha é índio! eh eh!...

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  3. Grato ao Alvor pelos links e esclarecimentos, ando um pouco preguiçoso para pesquisar.
    Penso que o ilustre comentador ao meu no Publico é pessoa conhecida, pela estrutura da prosa, e agradeço aqui pois no jornal tem que se pagar assinatura depois de ler 5 artigos!

    Sobre o se lê no “País das Serpentes” discordo dos pontos seguintes, por ser provado que o actual território continental português ser a origem tanto do megalítico como dos cacos campaniformes:

    1) “os homens e as ideias que, da longínqua Bretanha, tornaram possível o fenómeno megalítico no Alentejo Central”

    2) “Por ele tinham viajado os homens e as mulheres que trouxeram o Campaniforme até Oestrymnis, desde a foz do Reno”

    Sobre esta Oestrymnis complicado perceber quem foi quem pois a foz do Tejo foi sempre um finisterra ao oeste de quem se queria aventurar no mar tenebroso, Portugal era o ponto extremo de quem vinha das grandes civilizações mesopotâmicas, é a minha opinião.

    Igualmente complicado de saber porque tanta gente se deslocou do Atlas Africano, Marrocos, para ir à 12’000 anos se estabelecer nos Montes Hermínios, local em caso de degelo das placas da Gronelândia... Portugal será de novo Ilha Hermínia.

    Vou ler o resto do País das Serpentes.

    Sobre os Sumérios, a estória parece-me credível, não penso que alguém de bom senso esteja “à espera do retorno dos papás” grande fiasco será para quem tanto se esforçou de encobrir que a vida neste planeta foi trazida por alguém que retornará, pois como bem diz o tempo é mudança. Pessoalmente penso que só voltarão quando a nossa espécie tiver desaparecido por razões óbvias. Não está excluído que sejamos nós a ir ter com eles um dia.

    Cumprimentos,
    José Manuel CH-GE

    P. S.
    Gosto de imaginar os fantasmas como sendo hologramas...
    E no passado havia sim alta tecnologia, antibióticos nos ossos do povo dos faraós negros, operações na idade da pedra... Cálculos matemáticos, alta engenharia etc., não faltam provas que já foram mais evoluídos em tudo do que agora, até em massa encefálica eram superiores mais inteligentes e vegetarianos.

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    1. Estou de acordo, José Manuel.
      O megalítico está por todo o lado, conforme já vimos, e é uma velha pretensão francesa/alemã querer que houve ali uma geração do megalítico ou da cultura campaniforme.
      A opinião que tenho aqui vindo a referir é que o megalítico tem origem na zona da Nova Guiné, e atravessou toda a Eurásia, na migração do haplogrupo R.
      Já o campaniforme é algo que parece confirmado sair do território português para o resto da Europa.

      Leite de Vasconcelos dizia que a Ibéria não era local de passagem, era local de destino, e é fácil perceber que sim.
      Aqui ficaram os que conseguiram ficar, após múltiplas invasões.
      Repare-se na geografia...
      Nas planícies que se foram formando em França e Alemanha, após a descida das águas, qual era a razão para se estabelecerem no meio de nenhures?
      Por isso, é até natural que nesses pontos nenhuma cidade resistisse... estavam vulneráveis, sem qualquer protecção natural que impedisse povos migrantes, desde exércitos, a bandos de salteadores, ladrões, de entrarem e saquear tudo. Seria assim numa qualquer vila no meio de França ou da Alemanha.

      Já era algo muito diferente no bloqueio natural formado pelos Alpes na Itália, mas especialmente pelos Pirinéus na Hispania... e por isso os bascos foram sempre o primeiro cinturão de defesa de invasões ibéricas.

      Quais foram as invasões ibéricas registadas?
      - A dos fenícios ou cartagineses foi parcial e algo consentida
      - A dos romanos contou com dissensões internas a nível peninsular, e só foi consolidada por estatuto ibérico igual ao italiano
      - A dos visigodos foi uma concessão do império romano, e os visigodos passaram a ser hispânicos.
      - A dos árabes foi a mais bem sucedida, num período de desagregação e lutas internas visigodas. Também a parte ibérica era algo independente.
      - A de Carlos Magno caiu em Roncesvalles
      - A de Napoleão usou a fragilidade e ambição de Godoy

      Depois de tanta guerra no sangue, os ibéricos aceitam um domínio externo até ao ponto em que se chateiam a sério... tem sido sempre assim.
      E é natural evitar o confronto se as condições de vida não forem colocadas em causa.
      Os Romanos apanharam uma resistência enorme e tiveram que negociar... a pax romana, cidadãos iguais na Ibéria. Por isso, enquanto os romanos faziam escravos lusitanos apanharam pancada. Populações havia que preferiam suicidar-se e matar filhos a serem escravos!
      Depois disso, depois de Julio César e Augusto, creio serem raros os registos de escravos hispanicos. Ao contrário, sairam da peninsula imperadores romanos.

      Quanto à alta tecnologia... sim, havia algo muito mais sofisticado do que é admitido, mas eram investigações privadas, secretas. Não tinham a mesma margem de progressão do que ter uma população mundial inteira a dedicar-se à tecnologia. Essa penso ter sido a grande diferença.

      Abraços.

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    2. Re: “Quanto à alta tecnologia (...) Não tinham a mesma margem de progressão do que ter uma população mundial inteira a dedicar-se”

      Estamos em época de grandes revelações...

      Ainda existem muitos túmulos a abrir tenho esperança que nalgum deles se encontrem vestígios da tal civilização desaparecida:

      British archaeologist John Romer
      http://www.dailymail.co.uk/news/article-2592649/Archaeologists-race-secure-ancient-burial-site-three-Egyptian-kings-make-treasure-Tutankhamuns-tomb-look-like-display-Woolworths.html#ixzz2xY8eBueL

      rastos de tecnologia avançada provavelmente serão chineses, exemplo de túmulos a abrir ver na Arte TV:
      Les Derniers Secrets de l'armée de terre cuite
      http://www.arte.tv/guide/fr/050492-000/les-derniers-secrets-de-l-armee-de-terre-cuite

      Estamos em época de grandes revelações:
      O ringwoodite
      (...) existência de um reservatório de água no manto terrestre equivalente à água de todos os oceanos da Terra.
      http://www.publico.pt/ciencia/noticia/o-maior-reservatorio-de-agua-do-mundo-pode-ter-sido-descoberto-1639814

      Já tinha visto um programa que mostrava como tinha aparecido água na Terra a partir de certas rochas, mas isto ultrapassa tudo o que se podia imaginar a nível científico, excepto uma teoria que vi no YouTube e divulguei, a dos planetas serem compostos de água no seu interior e “incharem”, essa hipótese sustentada na animação gráfica dos continentes que encaixam perfeitamente uns nos outros, em romance muita informação foi passada pelo Jules Verne na Viagem ao Centro da Terra,

      Em Portugal têm a mitologia do Endovélico:
      (...) “En Rocha da Mina, San Miguel de Mota (Portugal) e nas Minas de Río Tinto (Huelva), debido á poboación lusitana que traballou naquelas minas imperiais. Estes reúnen as características doutros santuarios dedicados a deuses do mundo subterráneo como o santuario de Pánoias en Vila Real (Portugal) dedicado a Serapis e outros deuses e o de Isis en Belo Claudia, Cádiz”
      http://gl.wikipedia.org/wiki/Endovelico

      Cumprimentos,
      José Manuel CH-GE

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    3. Caro Da Maia

      Esqueça a Irmandade da Serpente. É uma Sociedade Secreta, não é nenhum Povo.
      Esqueça que os do Templo tinham em seu poder os Mapas e os textos da dita Irmandade da Serpente, onde se incluia aquela tecnologia idiota, antigravitacional.
      Esqueça que os da Vrill, tiveram nas suas mãos, pelo menos parte desses textos, e que puseram em prática alguns dos planos.
      Esqueça aquelas gravuras egípcias onde se vêem umas máquinas voadoras. Quem as gravou, tinha a entalidade infantil de ATL, onde se aprende que dois mais dois são quatro patinhos, porque se forem glifos, ninguém sabe quantos são.
      Esqueça a construção anti-sísmica de Sacsayhuaman, Cusco, da Grande Pirâmide, as Plataformas de Baalbek e de Jerusalém, e outras insignificâncias.
      Que Megaliticos são só Antas e Dólmens.
      Esqueça as rochas vitrificadas em regiões onde não existem vulcões, nem "cairam" Meteoritos, que são coisas de fraco equilíbrio, propensas a estatelarem-se no chão.
      Esqueça Mohenjo-Daro e Harappa e o Escaravelho de Tutankhamon, porque a culpa foi do "Vesúvio".

      Até porque os americanos só levaram Von Braun, porque gostaram da côr dos olhos dele.
      A Experiência de Filadélfia, nunca existiu.

      E Oppenheimer, quando diz "ser a Morte e o Destruidor de Mundos", só cita o Bhagavad-Gita, porque era um homem culto.

      O Cromossoma 46 não existe!
      Pois não!
      O Y NÃO É DAQUI !!
      Foi encurtado!

      Mas melhor será voltarmos a Darwin e os Macacos.
      Que assim...tudo ficará na mesma!

      Abraços

      Maria da Fonte

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    4. Olá Maria da Fonte.
      Repare que, no mesmo estilo, podemos dizer algo muito diferente.
      Esqueça pois a Titanomaquia, a Gigantomaquia, o Tártaro, Urano, Gaia, o Pontus, e o Caos.

      Esqueça pois que do oceano universal do Caos se formou uma separação pelo nexo de Urano (Céu), que cristalizou do Caos uma Terra (Gaia), um fluido Mar (Pontus), e deixou tudo o resto para sempre ocultado como um Tártaro nas entranhas de Gaia.

      Esqueça pois Gaia se rebelou contra o destino dos filhos do Tártaro, para sempre ocultos, e promoveu a mudança, ao dar poder ao Tempo, o seu filho Cronus (Saturno).
      Esqueça pois que nessa altura a Terra era plana, e nada mais havia que um imenso mar que rodeava a terra, com o Céu acima e o Tártaro abaixo dela.
      Esqueça que esse era um tempo de harmonia que alternava na terra os seres do céu e do tártaro.
      Esqueça que Cronus mantinha essa harmonia engolindo o passado, a memória, e que essa ocultação passada era outro Tártaro, guardado nas entranhas da fronteira do presente, nas entranhas de Raia.
      Esqueça que a revolta de Raia, deu Raios a Zeus, deus do Tempo, que se impôs contra Cronus, o deus do Tempo. Esqueça que o Caos voltou pelo tempo atmosférico, contra a ordem do tempo relogioso (medido pelos relógios).

      Esqueça os deuses que não tinham restrições físicas, porque eram deuses, e passe a entender que eram seres tecnologicamente avançados, porque dominavam a tecnologia.
      Esqueça que esses deuses não tinham história de formação, existiam porque sim, entenda então que eram seres tecnologicamente avançados, que dominavam a tecnologia.... porquê? Porque sim.

      Esqueça-se tudo isso, e faça-se então uma nova fábula desgarrada.
      Faça-se então a fábula dos "seres tecnologicamente avançados", porque sim.
      A fábula nunca precisou de justificação para nada, serve para justificar poderes.
      A fábula dos seres tecnologicamente avançados serve uma mitologia científica.
      Querem-se colocar os mitos na racionalidade da ciência... não é admitida pela ciência, mas é uma forma popular de ciência, tolerada pela ciência, porque a promove. Tal como os santos populares são uma religião pagã tolerada pelo cristianismo, porque promove o cristianismo.

      Só que essa fábula recusa a parte espiritual e quer tornar tudo numa explicação científica, é uma forma de religiosidade ateia.
      Substitui os deuses do panteão divino, por deuses de um panteão técnico-avançado.
      Não serve para nada, rigorosamente para nada, a não ser o alimentar da ilusão.

      Nem sequer é mitologia, é mera fábula.
      Porque a mitologia, como a de Hesíodo, tem uma racionalidade transcendente.
      Essas fábulas modernas têm uma racionalidade científica ocasional elementar, básica, assentam em histórias mal contadas, muita mentira, e muito desconhecimento científico.
      Já desmitifiquei aqui algumas dessas coisas sucessivamente... mas não vale de nada.
      Há sempre novas coisas, porque ninguém quer ouvir, só quer falar.

      Anti-gravidade indiana, como esta?
      https://www.youtube.com/watch?v=l1I8cLhCcQ4

      A experiência de Filadélfia é perfeitamente possível, tenha ou não acontecido. A invisibilidade é algo fácil de fazer. Os mágicos fazem-no com espelhos... mas é possível ser mais sofisticado e deflectar os raios de luz. Algo não muito diferente é usado nos caças invisíveis aos radares.
      Sobre o resto já falámos.

      Estamos em desacordo, já sabemos.
      Noutras muitas coisas concordamos.
      Não há mal nenhum em discordar.

      Apenas lhe faço notar que essa fábula científica ignora tudo o que é espiritual, tem propósitos de reduzir a humanidade a macacos, e não me admira a sua conclusão final...
      Não me admira, porque a Maria da Fonte continua a insistir que a espiritualidade tem alguma coisa a ver com o nosso DNA limitado, ignorando tudo o que já lhe mostrei ser logicamente impossível.
      Já me habituei, faz parte da negação e da alimentação da fábula científica.
      A ideia é repetir sempre o mesmo e não responder a nada.

      Abraços.

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    5. Caro José Manuel,

      há uma grande diferença que já deixei aqui colocada várias vezes.
      Para mim a reconstrução do passado tem que ser feita pelo passado que conhecemos e não tanto por novas descobertas publicitadas num tempo de mentiras.
      Não tenho grande confiança nas novas informações que surgem, porque estamos num tempo em que é fácil iludir tudo.

      Assim, ao contrário do que muita gente faz, não me interessam Nubirus, que são sempre anunciados e nunca vistos, e nessa onda, muitas descobertas científicas são pouco mais do que novas encobertas.
      Por isso, o meu método foi sempre muito mais ir buscar falhas nos registos antigos, e não estar à espera de revelações nos registos modernos.

      Veja bem, o próprio José Manuel duvidou de todos os estudos dos Haplogrupos, que são recentes, partilhados e verificados sucessivamente por uma grande comunidade científica.
      Se duvida disso, largamente divulgado e aceite, como vai depois aceitar uma descoberta qualquer de meia dúzia de exploradores que dizem descobrir coisas que só eles conhecem, e não abrem ao conhecimento de mais ninguém?
      Não, meu caro, se eu duvido do mainstream, muito menos estou disposto a alinhar no novo conhecimento particular, só porque não é mainstream. Até porque pode parecer não ser mainstream, mas ser promovido por esse para a necessária confusão reinante.

      Assim, meu caro, nisso não estamos em sintonia.
      Eu não estou à espera de novos dados.
      Estou à espera que expliquem e aceitem os que têm.
      Estamos num estado de negação e é isso que deveria mudar.
      Não são precisas mais evidências, porque as melhores evidências são ocultadas, e quanto melhores forem mais ocultadas serão. O que resta nos circuitos de divulgação são as dúvidas antigas, e nas dúvidas modernas aparece tanto a verdade como a falsificação, Vemos isso constantemente, e já vimos vários casos aqui.

      Sobre a água debaixo de terra, não é nada estranho... note que não é dito que são oceanos - o que é dito é que pode existir vaporizada no magma - algo muito diferente.

      Sobre o Endovelico... já aqui abordei várias vezes esse assunto.
      Circunscreve-se a essa zona, perto da Serra da Ossa... e terá mais a ver com o drama que aí se passou.

      Abraços.

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  4. Re: “Não tenho grande confiança nas novas informações que surgem, porque estamos num tempo em que é fácil iludir tudo”

    É verdade mas há menos bruxas queimadas e bibliotecas...

    É pena que o Alvor não tenha confiança nas novas informações que surgem, porque nunca houve uma época em que o simples profano pudesse ter tanta informação, antes vinha o bastonário e dizia que era preto o branco, agora é difícil esconder a verdadeira cor das coisas tanto telemóvel e redes sociais na net mais rápidas que a CNN, os documentos que o Alvor pesquisa e bem foram todos censurados os que diziam verdade foram queimados, por isso continuo com esperança na abertura destes túmulos, pois quem detinha o poder era e é o que está bem informado, quiçá um destes imperadores da China tenha no seu mausoléu algo mais que o globo terrestre que ninguém mostrou antes... é só isso. Eu nunca pretendi fazer ninguém mudar de opinião, também tenho a minha e não é de pedra.

    Ninguém sabe realmente o que está dentro deste planeta Terra, até se saber tudo está em aberto, para mim parte dos mitos foram baseados em realidades, mas prefiro a parte visível e palpável das coisas, lamento mas não foi eu que mandei queimar as bibliotecas da antiguidade.

    Penso que actualmente a maioria silenciosa do meio universitário não duvida que as civilizações aparecem e se extinguem, a mim não me importa que lhes chamem serpentes ou lagartos, se tinham máquinas voadoras ou andavam de burro, pois sei que deixaram vestígios de coisas que ainda não conseguimos fabricar e isso chega-me, o que estou à espera é de algo mais importante, uma cápsula do tempo, todas as civilizações as deixam para a seguinte.

    Abraços

    José Manuel

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    1. Tem razão José Manuel, há menos bruxas e bibliotecas queimadas... mas porquê?
      Isso é que interessa saber.
      Ora, se o conhecimento que houvesse escondido fosse suficiente, não haveria necessidade nenhuma de andar a colocar todo o planeta em deambulações científicas. As bibliotecas e toda a investigação serviu o propósito de colocar a humanidade como computador para cálculos privados.

      Alan Turing durante a 2ª Guerra Mundial, para quebrar o código Enigma, usou centenas de mulheres como autênticas partes de um computador que ele programou. Elas nem sabiam o que estavam a fazer.
      Hoje faz-se o mesmo. São colocados problemas parciais, e os investigadores que se debruçam sobre eles não sabem de outros potenciais usos, tal como as mulheres de Turing não sabiam. Interessam que saibam fazer bem uma tarefa específica, como uma peça de uma engrenagem.
      Turing acabou cilindrado por uma máquina de guerra que também o usou como peça, e que se decidiu livrar dele quando ficou incómodo.

      Por isso, estou convencido de que não há registo de que a civilização tenha chegado muito mais longe do que isto. O que havia a esconder foi mais ou menos sendo revelado até ao início do Séc. XX, e depois daí houve uma paragem brusca, ao nível da divulgação das invenções. Terminou por completo com a 2ª Guerra Mundial.
      Essa invenções (onde provavelmente estão os discos voadores) voltaram aos antros privados, e só foram reveladas e financiadas publicamente coisas inócuas, ou úteis para controlo das massas populacionais - por exemplo, as comunicações - que são altamente vigiadas.

      Na minha opinião, as cápsulas de tempo chamaram-se monarquias universais ou sociedades secretas.
      Os monarcas estavam mais interessados em deixar legados pela sua descendência familiar, do que enterrá-los sob o risco de serem apanhados por salteadores. Acima da sobrevivência das monarquias estava a sobrevivência religiosa, e por isso grande parte desses segredos seguiram por essa via.
      Sempre houve cumplicidade entre as monarquias e a sua componente religiosa.
      Só como caso muito excepcional veria a situação de algum monarca que teria decidido enterrar coisas, para escapar aos poderes existentes.
      Como ele não faria isso sozinho... precisaria de trabalho de maçonaria para o efectuar, acho que está implícita na palavra anterior onde ficaram esses segredos - quer ele quisesse quer não.

      Abraços.

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    2. Caro Da Maia

      Não discurto o que me ultrapassa. O que está para além da Física.
      Não tenho pretensões, a ser o que não sou.

      Portanto, se me diz que as Tábuas Sumérias são falsas, ou foram mal traduzidas, eu aceito, porque não tenho como provar o contrário.

      Se me diz que o Cromossoma 2 é obra do acaso, ou do evolucionismo, eu respondo que não.
      E não é porque sim!
      Que as afirmações devem ser fundamentadas.

      É porque houve nitidamente uma fusão de dois Cromossomas, pela região dos Telómeros, nas extremidades dos Cromossomas, exactamente onde se situa a "sequência da longevidade".
      Quero dizer com isto, duas coisas:
      A primeira, é que em cada divisão celular, os Cromossomas encurtam. Encurtam exactamente na região dos Telómeros. Até que se chega a um ponto em que a divisão da célula se torna impossível, e morre. .
      A segunda é que no Cromossoma 2, surgem vestígios de Telómeros, ou seja das extremidades, a meio do Cromossoma.

      Acresce ainda o facto do Cromossoma Y ser insólitamente curto. enquanto que o Y dos macacos, chipanzés etc. é igual ao X,
      E é curto, não porque venha a perder material genético com o tempo, mas porque sempre foi assim.
      Encurtado, exactamente, na região dos Telómeros.

      Obra do acaso, ou da "evolução"?
      Só no Homem!
      Que os outros mantiveram-se inalterados....

      Desconheço quais os Genes suprmiidos, mas presumo que talvez se relacionassem com a capacidade cognitiva e com a activação da Telómerase.

      Contudo,o facto de poderem existir no Universo, Seres tecnológicamente, mais avançados, não muda rigorosamente nada, no que conserne à grande incógnita que é a Origem da Vida.

      Abraços

      Maria da Fonte

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    3. Deve lêr-se ...Chimpanzés..

      Maria da Fonte.

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    4. Cara Maria da Fonte,

      voltamos a discordar, vamos lá então a isso.
      Primeiro, eu não disse que as Tábuas Sumérias eram falsas, e sobre a tradução há algo que deve merecer reflexão:
      - as traduções de textos antigos parece mais consensual do que a interpretação do que está escrito na nossa Constituição.


      Portanto, quando as pessoas querem discordar, podem fazê-lo até sobre as coisas mais simples e na linguagem actual.
      Da mesma forma, quando querem concordar, podem fazê-lo até sobre as coisas mais mal amanhadas e incertas como linguagens perdidas.
      Isso merece reflexão, pois a tradução de escritos sumérios, ou egípcios deveria ser assunto muito mais incerto e polémico do que é.
      Se não é, é porque não interessa que seja. Ponto final... tirem-se daí as conclusões que se quiserem.

      Porém, dificilmente este assunto é sobre os escritos sumérios ou até sobre telómeros, de que também já falámos.
      A Maria da Fonte percebeu, e muito bem, que este assunto é sobre o que se quer como resposta.
      Ora, a primeira coisa que interessa saber é se a Maria da Fonte admite alguma resposta. Não me parece...

      Eu já aqui gastei o meu latim sobre a Origem da Vida e até sobre a Origem do Universo... e eram respostas.
      Quando se dão respostas, parece-me indelicado continuar a proceder como se nada tivesse sido escrito.
      Quando não se entende, pergunta-se o que não se entendeu, e há diálogo.
      Ignorar e insistir no mesmo, é algo mais sobranceiro, e eu não vou estar sucessivamente a responder como se nada tivesse escrito antes, até porque as respostas que dou não são objectadas, são simplesmente desconsideradas. Simplesmente, a Maria da Fonte muda de assunto e continuamos com novas perguntas, e tudo vai para ao mesmo, andando em círculos.
      Assim, não dá para dialogar.

      O problema da morte celular é comum a todas as células, e a todos os organismos vivos. Nada tem a ver com macacos e homens.
      Seria engraçado todos os animais morrerem e o homem não! Do ponto de vista biológico não faria sentido, sendo o homem um animal, como os outros.

      Com as telomerases e a senescência, tem-se verificado que a inversão da imposição desse limite de divisões só se dá em células cancerígenas, tipo células HeLa.
      As tentativas de combater o envelhecimento, por não restrição dos telómeros, deram normalmente em problemas cancerígenos... portanto o limite imposto parece fazer sentido para evitar cancros.

      Tudo isso se enquadra muito bem em tudo o que aqui tenho exposto, e para mim já não há nenhum mistério na origem da vida, do universo, ou do homem.
      Agora, pode ignorar isso, achar que é sobranceria da minha parte... o que quiser.
      É natural achar que essas coisas não se encontram na internet, e são mais dignas de um cavaleiro montado num corcel que desafia as leis da gravidade, capaz de magias impensáveis, etc, etc, como se encontram sugeridas nas lendas antigas...
      Contra isso não posso nada.
      Antigravidade, invisibilidade, magia, monstros e heróis, tudo isso para mim são detalhes insignificantes, face a saber como é formada a vontade que tem de escrever um texto de resposta ou não.
      Para desafiar as forças mais poderosas deste universo e arredores, não precisa de ir a lado nenhum. Elas vêm ter consigo e brincam com a sua cabecinha como se fosse geleia... depois é só preciso saber se o seu pensamento se derrete ou não.

      Abraços.

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    5. Caro Da Maia

      Grata pela analogia com a"Geleia".
      Disse tudo.

      Abraço

      Maria da Fonte

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    6. Este comentário esteve "preso" como spam, e só agora notei.
      Desde 2012 que não tenho aqui nenhuma restrição a comentários, e normalmente os únicos bloqueados automaticamente como spam são anúncios disfarçados, porém por vezes há esta classificação como spam que me é alheia, e que não deveria ocorrer.

      A única coisa que posso fazer, com atraso - pois só agora vi, é responder...
      E a minha resposta é simples: - convém não pensar que tudo se dirige à própria pessoa. Entre tantos "eus" cada um tende não só a ver o seu, como também às vezes a falar do seu eu, e não do eu do outro.
      Isto, caso a Maria da Fonte calhe a ler de novo este texto....

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