Alvor-Silves

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A marcha

A percepção histórica é diferente com o passar do tempo. Hoje aceitamos que possa haver pinturas rupestres com sofisticação artística, mas nem sempre assim foi. 
O caso de Altamira é elucidativo. Quem voga contra a corrente raras vezes chega a ver algum reconhecimento das suas descobertas. Nuns casos chegou tarde, e a verdadeira maioria dos casos ainda nem sequer chegou, nem parece haver nenhuma intenção que chegue.

A história de Altamira envolve três personagens principais:
  

"Toros" terá sido a expressão com que a pequena Maria de Sautuola comunicou ao pai, Marcelino de Sautuola, a descoberta do mais notável achado arqueológico que iria mudar a visão pré-histórica. Porém, em 1880, no Congresso de Pré-História, curiosamente realizado em Lisboa, a comunicação da descoberta dos Sautuola foi uma "Tourada". O bandarilheiro de serviço era Emile Cartailhac, eminência parda da matéria pré-histórica, que liderou uma campanha de difamação, que acusava Sautuola de falsificação.

À partida, a posição de Cartailhac é justificável, como são justificáveis todas as posições cépticas, se atendermos a que nada de semelhante alguma vez tinha sido visto. Mas será justificável que Sautuola tenha morrido em descrédito, enquanto a Cartailhac, passados 22 anos, bastou escrever uma carta pública de desculpa, sob o título "Mea culpa d'un sceptique" para manter a sua posição influente na arqueologia?
O sistema é feroz contra a novidade e protector da passividade, ou mesmo agressividade, conservadora.
Portanto, foi só em 1902, depois de já descobertas muitas outras pinturas, que o sistema não tinha mais maneira de resistir à novidade. Só nessa altura há um "mea culpa", póstumo para Sautuola, e por isso pouco consolador para a filha.

Este caso de Cartailhac deveria ser bem conhecido, para se perceber como as acusações de falsificação são simples manobras de recusa, usadas impunemente pela academia bem instalada. Pode-se acusar de falsidade sem necessidade de provar que é falso, porque o sistema só exige a quem descobre mostrar que não falsificou. Este sistema de censura por inversão do ónus de prova não mudou nada, e por isso o caso de Cartailhac é pouco conhecido. Se Galileu foi julgado e condenado em tribunal injusto, a Sautuola nem sequer lhe seria dada essa importância. O sistema de censura passou simplesmente a votar ao silêncio ou descrédito quem se lhe opusesse. A aparente enorme vantagem pessoal para o acusado, que escapava a tribunal, resultava em maior ocultação na sociedade, do eventual processo kafkiano subjacente. 

Cartailhac teria pouca importância hoje, não fosse Altamira... o seu nome seria pouco mais que uma linha nos registos da academia, pelos cargos ocupados, entre eles ser curador da Academia de Jogos Florais:
 
Academia dels Jòcs Florals fundada em 1323 por Clemence Isaure, em reacção à chacina dos Cátaros.

Este texto deveria seguir aqui para o Catarismo... afinal essa Academia de Jogos Florais, com quase 700 anos é a mais velha do mundo, e surgiu como catarse, para remediar a chacina ocorrida no Sul de França, no início do Séc. XIII e que daria origem à Inquisição do Santo Ofício, por via dos resultados mais pacíficos contra os cátaros, obtidos por S. Domingos (Domingo de Guzmán). A censura imposta pela Inquisição foi assim combatida com simples poemas, aparentemente fúteis, cultivados na nobreza occitana, por Clemence Isaure. Os jogos florais seriam uma reacção literária contra o clima de terror vivido no sul de França dominado pelo espírito de cruzadas... 
Ironicamente Cartailhac, o inquisidor de Altamira, é nomeado para curador dessa antiga academia, na região occitana, que teria a maior concentração de pinturas rupestres encontrada.

Já falámos das pinturas da Gruta de Chauvet, de Lascaux, há muitas outras... mas há uma que continua algo submersa. Trata-se da Gruta de La Marche e das suas gravuras.
Repetidamente, como afinal não custa nada, aparecem as acusações de falsificação... e La Marche não foi excepção em 1937. 
O que perturba nas gravuras de La Marche?
A colecção enorme de desenhos de rostos humanos, que apontam para 13 000 a. C. foi copiada para publicação científica de Péricard. Depois as placas foram perdidas/roubadas, restando apenas os desenhos:
Rostos humanos com 15000 anos, em La Marche [imagem de geolines.ru ]

Há outros blogs com mais imagens, mas o que me interessa aqui destacar é a aparente diversidade de rostos. Há algumas caras que apenas aceitaríamos hoje como sendo caricaturas... nomeadamente algumas que fazem lembrar rostos animalescos. Seria uma grosseria do desenhador pré-histórico, do copista moderno, ou havia mesmo rostos bastante diferentes?

Atendendo à coabitação europeia de Sapiens e Neandertais, estaremos com uma amostra populacional que revela essa diferença? Há entre aqueles rostos uma ligação que remete a Neandertais?
A ideia de que os neandertais eram uma espécie diferente tem sido colocada em causa, e cada vez mais se parece entender que seriam apenas uma raça diferente, uma das evoluções do Homem de Heidelberg.

Convém perceber a lógica de conexão na evolução.
Para além do registo fóssil, já falámos das evidências de evolução na gestação, remetendo para elos comuns. Portanto, num tempo primitivo, em que não estava definido o desenvolvimento posterior, os antecessores dos diversos animais seriam os mesmos, e reproduziam-se entre si. Os antecessores dos actuais peixes poderiam cruzar-se com os antecessores de salamandras, de tartarugas, galinhas, coelhos ou macacos. Repare-se que não estava fechada nenhuma caixa de "espécie", porque essas espécies nem sequer estavam definidas. Nessa fase a diversidade revelava-se a outro nível, o que já estaria vedado seria ao nível dos reinos - seria possível o cruzamento entre antecessores de animais, mas não um cruzamento com antecessores de plantas, como é óbvio. Só que esse "óbvio" era fruto de uma evolução, porque antes da separação de reinos, as células eucariotas que deram origem aos vegetais teriam podido cruzar-se com as células eucariotas que deram origem aos animais.

A reprodução teve uma evolução progressiva que fechou caixas. Os descendentes de uns deixaram definitivamente de se poder cruzar com os descendentes dos outros. A diversificação foi feita de forma estanque, e há uma separação grosseira, algo empírica, que permite ver diferentes fases:
- Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Género, e finalmente Espécie.
Esta classificação é pouco útil porque há cruzamentos fecundos dentro do mesmo género, e não apenas dentro da mesma espécie. Há até cruzamentos viáveis, mas não completamente fecundos, dentro da mesma família, como é o caso do Ligre, ou do Tigreão, cruzamento entre tigre e leão:
Um ligre (de nome Hércules) o maior felino conhecido.

A classificação de Lineu foi resistindo, e a academia tem a habitual inércia em fazer as necessárias modificações e esclarecer as noções. O conhecimento biológico sofreu de uma ignorância ainda maior, e apenas recentemente algumas matérias fundamentais têm sido esclarecidas, o que deixa alguma dúvida sobre a existência de um registo anterior. Se existiu, parece ter sido perdido no meio de tanta ocultação.
Numa observação que fiz há uns meses num comentário, permite entender que o impedimento de cruzamento fora da mesma espécie é uma restrição posterior. Antes, o impedimento de cruzamento estaria colocado a um nível superior, ao nível da família, e assim sucessivamente.

Por isso todos os elementos do género Homo poderiam reproduzir-se entre si, e se houvesse outras espécies é natural que ainda hoje se pudessem cruzar com viabilidade. Nada impediria pois o cruzamento entre Neandertais e Sapiens, especialmente no passado, como a descoberta do Menino do Lapedo veio sugerir.
Acresce que muitas das pinturas rupestres estão na zona de espaço e tempo que é atribuída aos Neandertais. A mais recente descoberta das pinturas na Gruta de Nerja, com a datação de 42 mil anos, coloca o registo numa data em que não haveria Sapiens na Europa:
As mais antigas pinturas em Nerja, Espanha... são de Neandertais?
A datação de 42 000 anos sugere isso mesmo [artigo do Dailymail]

Portanto, o desaparecimento Neandertal terá sido mais um desaparecimento morfológico, dado que o aspecto físico destes seria menos "sexy" do que o aspecto dos Sapiens que vinham de outras paragens. Não se trataria de outra espécie, mas apenas de outro aspecto (algo que tem sido invocado por J. Zilhão)!
Os rostos que vemos na colecção de La Marche sugerem isso mesmo... uma grande diferença de formas, umas com aspecto algo "grotesco", e dessa grande diversidade houve uma escolha de cariz sexual que nos diferenciou apenas por aspectos físicos. Também não seria de estranhar que a maior capacidade craniana dos Neandertais levasse a que fossem esses os primeiros grandes inventores humanos, pelo que é natural que as pinturas possam ser associadas à sua presença, ou da sua descendência... havendo estudos que indicam a presença até 4% de genes tipicamente neandertais em alguma da população, especialmente europeia. Acresce ainda a presença de 4% a 6% de genes de melanésios, ver artigo da wikipedia:
o que nos remete de novo para uma eventual migração humana que remonta a paragens do Sul Asiático e Oceânia, conforme já sugerimos.

Termino, referindo apenas um aspecto importante. A separação da árvore evolutiva, que impediu o cruzamento para além da família-espécie, teve aspectos decisivos pela definição de um número - o número de cromossomas... esses 46=23+23 cromossomas definiram a espécie humana e fecharam a nossa caixa reprodutiva. Não somos os únicos animais com esse número (Palanca NegraReeves Muntjac) nem esse número será decisivo fora da família (a batata e o gorila têm ambos 48 cromossomas!!... ver lista), mas revela-se importante para o cruzamento sexual dentro da mesma família biológica. Ou seja, houve um último salto evolutivo que determinou esse fecho, após outros fechos anteriores.
O que determinou esses saltos evolutivos... ou seja, quando é que o número de cromossomas passou a ser determinante para possibilitar ou não um cruzamento, pois isso é uma questão mais complicada! Uma coisa é ver os passos da marcha, outra coisa é compreender a marcha, e saber se haverá novos passos.
Aí remetemos às considerações mais filosóficas.
em 12/9/2013.

12 comentários:

  1. Olá boa noite,

    Tem um dedo dum Neandertal encontrado na Sibéria... e outros vestígios em ilhas do Pacifico se bem me lembro, já relatei isto noutro lado.

    Não conhecia o ligre, nem La Marche, gostei de ler.

    Cpts.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigado, José Manuel.
      Já pensei que o Neandertal estivesse na linha do antecessor C que levou ao haplogrupo K, porque é daí que parecem anteceder os haplogrupos euroasiáticos e americanos.

      Creio que está cada vez mais consensual que se exagerou nas diferenças entre Sapiens e Neandertais:
      http://news.nationalgeographic.com/news/2012/10/121012-neanderthals-science-paabo-dna-sex-breeding-humans/
      Talvez a fisionomia dos neandertais fosse mais parecida com a dos aborígenes australianos, e pouco mais do que isso... pode bem ser que tenham seguido um caminho que pode ter acabado em Gibraltar:
      http://news.nationalgeographic.com/news/2006/09/060913-neanderthals.html
      A essa migração, por rota semelhante, pode ter-se seguido a mais recente migração indo-europeia.

      Eliminar
  2. Olá boas,

    Estou a apagar tudo do meu Facebook e aproveito partilho isto consigo, antes que desapareça...
    Isto das pinturas dos homens das cavernas já tinha sido há muito especulado que só poderiam reproduzir certos movimentos das patas do cavalo se tivessem aparelhos de filmar em câmara lenta, agora aparece este estudo, ponho-lhe aqui cópia pois não sei quanto tempo vai estar disponível online:

    LES HOMMES DES CAVERNES DESSINAIENT MIEUX
    Les hommes des cavernes dessinaient mieux que les artistes modernes selon une étude publiée dans une revue scientifique américaine.

    Les chercheurs ont notamment observé les dessins des grottes de Lascaux.

    Les hommes des cavernes dessinaient mieux la démarche des animaux que les artistes modernes, selon des comparaisons effectuées par des chercheurs dont les résultats sont publiés mercredi dans une revue scientifique américaine.

    La plupart des quadrupèdes ont une séquence similaire dans le déplacement de leurs pattes, qu'ils marchent, trottent ou courent.

    Ces mouvements ont été étudiés scientifiquement à partir du début des années 1880 par Eadweard Muybridge, un photographe britannique célèbre pour ses décompositions photographiques du mouvement dont se sont ensuite inspirés de nombreux artistes.

    Les auteurs de cette recherche ont examiné les peintures préhistoriques de boeufs et d'éléphants dans plusieurs grottes comme celle de Lascaux en France ainsi que des tableaux et des statues modernes représentant aussi des quadrupèdes en mouvement.
    Ils ont évalué l'exactitude de la reproduction du mouvement dans ces peintures et sculptures par rapport aux observations scientifiques des démarches de ces animaux.

    Taux d'erreur plus faible
    Ils ont découvert que souvent les animaux représentés marchant ou trottant avaient leurs pattes dans des positions erronées.

    Les peintures préhistoriques, elles, avaient un taux d'erreur nettement plus faible (46,2%) que les oeuvres modernes (83,5%) datant d'avant 1887, année à laquelle remontent les travaux de Muybridge. Ce taux d'erreur est tombé après cette date à 57,9%.
    Cette étude effectuée par Gabor Horvath de l'Université Eotvos à Budapest en Hongrie, paraît dans la revue scientifique américaine PLOS ONE datée du 5 décembre.

    Boas leituras, cumprimentos, José Manuel CH-GE

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Excelente ponto, José Manuel, não conhecia esse estudo... mas de facto, basta olhar para ficar maravilhado com a precisão do traço e subtilezas de sombras.
      Esqueci-me de referir no texto, mas está no filme do Werner Herzog, sobre Chauvet, uma sugestão que os desenhos nas cavernas seriam inspirados pelas sombras feitas pelo fogo nas paredes... isso seria uma explicação para imagens paradas, mas de facto, não explicaria movimento, nem todo o jogo de relevo nos tons da pintura.
      Essa revelação acrescida das estatísticas é muito interessante.
      Capacidade fotográfica de alta velocidade e homens das cavernas é coisa que não conjuga, mesmo!
      Não sei... vou pensar melhor no assunto!

      Há muito que deixei o facebook, a informação perde-se facilmente. É um meio para a atenção circunstancial, para relações sociais de pequenos grupos, mas não funciona bem como registo perene.
      Espero que o José Manuel retome o blog Portugalliae, que foi uma óptima fonte de informação para muita gente, na qual me incluo.

      Eliminar
  3. Quais "HOMENS DAS CAVERNAS"?
    Uma coisa é ser-se subdesenvolvido, outra, muito diferênte, é ser-se obrigado a usar Cavernas e Grutas, como refúgio...

    Abraço

    Maria da Fonte

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A caverna de Chauvet parece que não foi refúgio.
      Nada foi encontrado que indicasse a habitação humana, apenas o culto das imagens.
      Isso é completamente diferente do que tem sido passado como informação.
      Chauvet é muito diferente, porque houve uma queda de rochas que vedou a entrada principal.
      Assim, a gruta ficou parada no tempo, como estava aquando da derrocada... e não havia registo de habitação (restos de comida, utensílios, etc...)

      Isso é uma mudança total de paradigma. Ou seja, naquela altura a gruta servia basicamente para culto e pinturas... muito provavelmente tudo secreto, acessível apenas ao xamãs, porque as pinturas estavam bem no interior da gruta, não eram visíveis do exterior. Só quem sabia é que se atreveria a ir mais longe, ao interior.

      O que deve ter acontecido noutras grutas é que houve habitação posterior, numa regressão civilizacional, que voltou a meter alguns homens em abrigos de cavernas. Sim, aí voltariam a ser usadas como refúgio... por isso, quando há misturas de pinturas e utensílios, não é claro que tenham sido os mesmos.
      Bastam umas dezenas de anos para mudar o contexto, imagine-se agora em centenas ou milhares de anos. Ora, a arqueologia não tem processos de datação que consigam ir ao detalhe de ver diferenças de anos pequenas. A caverna de Chauvet, se não lhe tem caído a entrada, poderia depois, passadas umas centenas ou milhares de anos, ser habitada pelos sobreviventes de algum evento maior, em termos de refúgio. No caso, não foi, e isso deixou um panorama completamente diferente, que tem que ser considerado arqueologicamente nos outros casos.

      Para mim é muito complicado admitir que se consiga ter génio para fazer desenhos daqueles e não se consiga ter génio para construções sofisticadas.
      Repare bem, Maria da Fonte... quem é capaz de juntar grandes pedras num dólmen, só não juntaria pedras mais pequenas para outras construções, se não quisesse. Poderiam não acertar à primeira... mas ao fim de poucos anos acertariam. Não seriam precisos nem séculos, nem milénios. Os antigos não eram criancinhas, nem eram burros, como nos fazem crer. Quem consegue fazer lanças, não demora milénios a inventar o arco e a flecha... tudo dependia da educação e necessidade, porque a necessidade força o engenho.
      Se não evoluíram mais, foi porque alguém mais evoluído os convenceu educacionalmente a manterem-se rasteiros!
      Esse alguém mais evoluído bastava ser a primeira tribo a ser bem sucedida a nível global, que implementou uma ideia de escravatura, e quis reduzir os novos humanos e descendentes a uma condição de escravatura eterna.

      Eliminar
  4. Olá bom dia a todos,

    Boa conjectura a do Alvor Silves : “antigos não eram criancinhas, nem eram burros, como nos fazem crer” e “Esse alguém mais evoluído bastava ser a primeira tribo a ser bem sucedida a nível global, que implementou uma ideia de escravatura, e quis reduzir os novos humanos e descendentes a uma condição de escravatura eterna” aparentemente a da Maria toca a meu ver no cerne do enigma, que para mim é as cavernas e certas construções serem entradas obstruídas para gigantescos abrigos subterrâneos, dizem terem sido descobertos uns túneis que vão das ilhas Britânicas à Turquia, penso que em Portugal existem entradas obstruídas, penso que parte da população foi excluída e ficou no exterior quando de cataclismos diversos, seriamos nós os seus descendentes? Isto não invalida outros acontecimentos, guerras etc., mas abrigos destes existem em todo o planeta, túneis obstruídos no Egipto na Bósnia ainda poderão revelar algo um dia, mas não penso que existam civilizações intraterrestres a lá viver actualmente.

    UN LIVRE SUR LES AUTOROUTES ANCIENNES NOUS LIVRE QUE L'HOMME DE L'ÂGE DE PIERRE A CRÉÉ UN VASTE RÉSEAU DE TUNNELS SOUTERRAINS QUI SILLONNENT L'EUROPE DE L'ECOSSE À LA TURQUIE.
    L'archéologue allemand Heinrich Kusch dit que les preuves des tunnels ont été trouvé sous des centaines de villages néolithiques sur tout le continent.
    Dans son livre "Portes secrètes pour un monde ancien", il fait valoir le fait que, si autant de tunnels ont survécu après 12.000 ans, le réseau de tunnels d'origine doit avoir été énorme.
    « En Bavière, en Allemagne seulement, nous avons trouvé 700 mètres de ces réseaux de tunnels souterrains. En Styrie, en Autriche, nous avons trouvé 350 mètres, dit-il.
    « Partout en Europe, il y avait des milliers d'entre eux - du nord de l'Ecosse jusqu'à la Méditerranée.
    Les scientifiques ont établi que ces passages sont tous d'origine artificielle et ont été creusés (pour beaucoup) du Xème au XIIIème siècle, mais les scientifiques sont toujours en train de réfléchir à leur fonction. Il est impossible de supposer que ces passages ont été creusés pour assurer la communication entre les fiefs, car la plupart d'entre eux finissent par des impasses.
    Plus de 1 000 passages ont déjà été explorés en Allemagne et en Autriche, et les archéologues croient qu'il ne s'agit que de 10 % de l'ensemble du réseau existant. Certains sont très courts à peine 20 à 25 m, mais il y a aussi de longs passages, qui font plus de 100 mètres. Dans certains endroits, ces passages ont des portes et des verrous.
    http://herboyves.blogspot.ch/2013/04/un-reseau-de-souterrains-prehistoriques.html

    Boas leituras, cumprimentos, José Manuel CH-GE

    ResponderEliminar
  5. Ver as semelhanças...
    http://1.bp.blogspot.com/-jE3oJ-gOuE4/UlCrhglzCMI/AAAAAAAAAoc/Iv-jkoyU_rE/s640/La+Marche+e+os+Moais+ambos+d%C3%A1+15000+anos.jpg

    La Marche e os Moais ambos dá 15000 anos?
    http://www.youtube.com/watch?v=JTi9DyOEItk

    Boas leituras, cumprimentos, José Manuel CH-GE

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigado pelos links, José Manuel.
      Vou procurar ver com mais atenção, mas parece-me uma semelhança de rostos muito forçada.
      Um abraço,
      da Maia

      Eliminar
  6. Melhor aqui:

    http://starviewer.files.wordpress.com/2012/06/image007.jpg

    ResponderEliminar
  7. Incas en Isla de Pascua Descubren Muro Inca en Isla de Pascua
    http://www.youtube.com/watch?v=HhutsknR9QY

    ResponderEliminar
  8. Uma recente notícia do jornal Público:
    http://www.publico.pt/ciencia/noticia/especies-de-homens-primitivos-afinal-foram-so-uma-afirmam-cientistas-1609499

    diz basicamente que:
    ... os diversos homens primitivos cujos fósseis têm sido encontrados ao longo dos anos em diversos locais — Homo habilis, Homo rudolfensins, Homo erectus e outros — são todos membros de uma única e mesma espécie de humanos e as suas diferenças físicas apenas reflectem a normal variabilidade entre indivíduos da mesma espécie. Os autores de um novo estudo comparativo de crânios fósseis humanos encontrados no Cáucaso, e publicado esta sexta-feira na revista Science, afirmam que é precisamente isso que os seus resultados sugerem.


    Portanto, passado um mês sobre a publicação deste texto é engraçado confirmar que não somos os únicos que levantam a hipótese de que não houve várias espécies de homens, mas apenas uma. Ou, dito doutra forma, que apesar das diferenças e diversidade, não havia diferenças tais que não permitissem uma reprodução entre os diversos elementos de espécies existentes. O que no fundo é equivalente a estas afirmações de Zollikofer a propósito da descoberta dos fósseis em Dmanisi e de um chamado "Crânio 5", em particular:
    “Há duas maneiras de interpretar a diversidade dos hominídeos fósseis”, explicou Zollikofer. “A primeira é que apenas existiu uma linhagem de homens primitivos; a segunda é que houve múltiplas linhagens coexistentes.”

    ResponderEliminar