Alvor-Silves

quarta-feira, 30 de março de 2011

da vinda a Hespanha de Nabucodonosor

Título do Capítulo XXVIII da Monarchia Lusitana, de Bernardo Brito (1596):
- Das guerras que houve na Lusitania entre os Celtas, e Turdulos, e da vinda a Espanha de Nabucodonosor.

Este título nada teria de especial, excepto não haver qualquer registo, ou plausibilidade histórica, de alguma vez os Babilónios terem chegado à Hespanha - pelo menos de acordo com a historiografia oficial.

No texto Ebreus do Ebro já falámos da possível presença hebraica em Hespanha, e que tal registo teria sido perdido na deportação dos judeus que Nabucodonosor empreendera.

Segundo Bernardo Brito, a vinda a Espanha de Nabucodonosor é confirmada por Estrabão, Plínio e Josefo, entre outros...

A história que Brito conta é a de que Nabucodonosor começou a executar a vingança na Catalunha, na costa marítima do Ebro, e progressivamente vai até Caliz (Cadiz). A vingança seria da ajuda hispânica que lhe teria prolongado o cerco a Tiro por 13 anos e a necessidade de tréguas. Para Brito, Caliz é uma colónia fenícia, tal como Cartago, que teria conseguido convencer os povos vizinhos nessa assistência a Tiro. Para Brito, os babilónios vão trazer judeus que largam na Hespanha, formando povoações no Reino de Toledo, nomeadamente em Lucena. Não explica nenhuma razão plausível para esse transporte migratório.
O cativeiro judaico na Babilónia. (imagem)

O importante, é reparar, mais uma vez, como a História mundial omite por completo esse desembarque babilónio na Península Ibérica, operação militar audaciosa, mas que segundo Brito teria sido rechaçada.

Coro dos Escravos - Nabucco, de Verdi.

3 comentários:

  1. O CERNE DA QUESTÂO FOI, É E SERÁ:
    A VERDADEIRA LOCALIZAÇÂO DA MESOPOTÂMIA....E DO EGIPTO, CLARO!

    Já que os Monumentos que por lá existem são anteriores à Glaciação.
    Um dos filhos de Ramsés II, até se dedicou à "RESTAURAÇÂO DOS ANTIGOS MONUMENTOS".

    Da Fonte

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  2. Cara Maria da Fonte

    Sobre a Mesopotamia...
    Diz Gaspar de S. Bernardino (séc. XIX) sobre a descendência de Noé:

    (...) e tomando o caminho do Sul, ou Meio-dia, vieram parar num campo largo, e aprazivel, apto, e conveniente a seu intento, a que puseram nome Senaar, que quer dizer "leuante-se o que dorme".
    Mas depois os Gregos o mudaram em Mesopotamia, por estar entre os dois rios Tigris, e Eufrates.
    O Mestre das historias dá a razäo desta mudança, e diz, que a palavra, Meso, em Grego significa meio; e Potamia , águas; e assim como a terra de Entre Douro e Minho tem este nome, por estar entre estes dous rios.
    Assim tambem o mudarao a Senaar, chamando-lhe Mesopotamia, por estar entre águas.
    Depois os Chaldeos lhe chamaram a Caldeia, e hoje os Turcos que nela moram, chamam-lhe Diarbech, e à Cidade Bagdat.
    Passados alguns tempos em que os novos caminhantes descansaram da viagem que fizeram por terra, da Cidade Saga Albina tely.(...)


    Ou seja, ele diz algo que eu já tinha lido noutro sítio:
    - Mesopotâmia foi também o nome (grego) que teve a região de Entre-Douro e Minho.

    Sobre a Egitânia, já falámos... mas é claro que tudo podem ser coincidências!

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  3. Costei! Gente inteligente, esses descendentes de Noé!!!

    Descem pelos cumes gelados do Monte Ararat, onde deixam a Arca...e dirigen-se para nordeste para perto do Mar Cáspio, onde fundam a Cidade de Saga-Albina.
    E provávelmente como não gostaram da zona, atravessam o Kurdistão, e aí vão eles, instalar-se na região Árida ou Semi-Árida da Mesopotâmia!!!!

    UM CAMPO LARGO E APRAZÍVEL AO MEIO DIA, ALGURES ENTRE BASSORÁ E BAGDAD!!!

    É para rir, não!?

    É no que dá deturpar a História, sem nunca ter posto os pés nos locais onde a querem à viva força encaixar...

    Cumprimentos hilariantes

    Maria da Fonte

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