Alvor-Silves

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Cores (2)

As obras de arte que nos chegaram da Grécia Antiga, no seu período áureo, têm uma característica pouco mencionada - a ausência de cor! É claro que há suposições de que não seria assim, e podemos ver uma magnífica tentativa de reconstrução computacional do Parténon, com os seus frisos pintados:
Podemos acreditar que sim, mas o facto é tanto mais notório, quanto as próprias cerâmicas aparecem em tons monocromáticos (e.g. wiki).
Mas, há que distinguir períodos... um inicial dórico, ou anterior, contemporâneo da "colorida" civilização cretense, onde abundava os temas multi-cromáticos como ainda se vislumbram em Cnossos... 
Essa abundância de cor era ainda visível nas civilizações do Egipto e da Mesopotâmia.

Em Roma volta a notar-se a ausência de cor... podemos falar nos vários mosaicos coloridos, por exemplo de Pompeia... mas para além da cidade vitimada pela ira de Vulcano, os diversos mosaicos podem reportar-se a períodos mais tardios do Império Romano.

No seu período áureo, de feitos inauditos e celebrados, a cultura greco-romana aparenta ser monocromática!
Será que na mesma altura, isso se passaria com outras civilizações? Ou será apenas uma coincidência do legado cultural mais importante, que nos chegou?

5 comentários:

  1. Caro Alvor

    Talvez lhes faltasse a Tinta. Quero dizer, a matéria prima.
    Não esquecer que alguma dessa matéria prima era e é originária da América.

    Sem viagens transoceânicas.........ficou tudo monocromático.
    Lá se foi a côr Púrpura, e não só.

    Isto para não falar da técnica, que uns tinham, e os outros não.

    Os Egípcios por exemplo, fabricavam sombras para as pálpebras, com lápiz lazuli pulverizado.
    Fica um tom de azul brilhante lindíssimo.

    É como a roda, quando não se sabe para que serve...

    O retrocesso, foi manifesto.

    Com o fim do Império Egípcio, do Aqueménido e Sassânido regredíram-se séculos.
    Regrediu-se na Arquitectura, na Pintura, na Escultura, na Astrofísica....

    Foi o início do "Dark Side of the Force".

    Abraços

    Maria da Fonte

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  2. Maria da Fonte:

    ... "faltava-lhes a tinta"... a princípio ri, mas depois percebi que era mesmo a sério, e que tem muita lógica!
    De facto, no site que citei
    http://www.ellopos.net/elpenor/greek-texts/ancient-greece/history-of-ancient-greek-art-12.asp

    é dito que havia cores mas que devido à sua má qualidade, elas se teriam desvanecido no tempo!
    Achei que seria uma hipótese estranha, mas associando ao que a Maria da Fonte disse, faz sentido que a perda de contacto com a América teria levado ao uso de produtos diferentes, sem o teste milenar, que teriam perdido o tom ao fim de alguns séculos.
    Parece fazer mais sentido...

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  3. José Manuel:

    de facto, Zoroastro é um precursor, tal como Buda, Confúcio... todos com alguma contemporaneidade, por volta do séc. VI a.C. Numa altura em que começava a florescer a filosofia grega.
    Só não sei até que ponto a destruição de Alexandre terá sido uma tentação, ou talvez uma obrigação... o que quero dizer segue na linha de Zaratustra - que combateu o poder dos magos!
    Ou seja, estaria Alexandro empossado de uma missão dos magos, velhos senhores do mundo, no sentido de terminar com um Império Aqueménida florescente, que cultivava Zoroastro?
    Ou seja... isso permitiria explicar as grandes façanhas gregas, com desproporções gigantescas face aos exércitos persas. Uma questão de estratégia apenas, ou mais que isso... uma questão de Alexandre e os gregos estarem munidos de algum armamento superior "emprestado"?

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  4. Caro José Manuel

    Quando vi os Vídeos, recordei-me daqueles Mapas Remotos, onde vemos a Antártida prolongar-se para Oriente, passando ao sul do Cabo da Boa Esperança, em direcção à India.

    Talvez seja só um problema da Água. Do que cobre, ou descobre, consoante a Época.

    Maria da Fonte

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  5. Caro Alvor

    Essa hipótese do Armamento "emprestado", é muito interessante.

    Note que "as Águas submergem as terras, quando Lord Krishna abandona a Terra", o que é no mínimo estranho.

    Maria da Fonte

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