tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post1152854526597160591..comments2024-03-24T14:05:18.014-07:00Comments on alvor-silves: Arquitecturas (5)Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-38399611585895901222016-09-30T05:48:34.944-07:002016-09-30T05:48:34.944-07:00Sim sim, eu percebi a ideia. Essa sucessão numéric...Sim sim, eu percebi a ideia. Essa sucessão numérica é que me estava a meter espécie.João Ribeirohttps://www.blogger.com/profile/10535792108384445561noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-73611548014909962552016-09-30T02:51:26.869-07:002016-09-30T02:51:26.869-07:00Sim, é abstracto, mas o abstracto não é subjectivo...Sim, é abstracto, mas o abstracto não é subjectivo. Ou, dito de outra forma, se quiser a maior objectividade possível, tem que recorrer a noções abstractas.<br />Por exemplo, vendo os vários programas futebolísticos, terá um lance repetido dezenas de vezes, de vários ângulos, e consoante o apetite clubístico, cada qual dirá algo diferente. No entanto, como querem discordar na visualização, entendem-se na linguagem, que é uma matéria abstracta. Poderiam desentender-se na linguagem, e por vezes isso acontece, passando a jogos de retórica, como arte que serve o desentendimento. Só que nesse caso o que se pretende é bloquear a comunicação enquanto forma de entendimento.<br />Isto serve apenas como exemplo, porque perante a mesma ocorrência não há nenhuma garantia que todos vejam o mesmo, e há naturalmente situações dúbias. Por vezes parece quase impossível dizer se uma cor é verde ou azul, mas vendo as intensidades RGB (red, green, blue), se o número em verde for maior que o número em azul, pode decidir. <br />Sempre que pretendemos maior objectividade recorremos a números.<br />Da mesma forma que se quiser saber se a bola entrou na baliza ou não, terá um algoritmo numérico com base nas imagens.<br /><br />Desde os tempos da Grécia antiga que há defensores do niilismo - nenhum entendimento é possível, mas isso é o mesmo que não dizer nada. Porquê? Porque, se nenhum entendimento é possível, por que razão haveríamos de entender isso?<br />Exemplo dessa palhaçada é a frase socrática "só sei que nada sei", que é uma contradição em si, e só deveria ser vista como uma tentativa de piada... e no entanto foi levada a sério pelos menos sérios. <br />Ou seja, sempre houve promotores da desistência de entendimento, atacantes do saber adquirido e da comunicação entre os homens, e estão sempre prontos a manobras de distracção para incautos, puxadas da cartola retórica.<br /><br />Façamos a seguinte experiência. Suponha que me quer transmitir "o nada", como consegue?<br />Pode escrever "Isto é nada"... mas aí já está a escrever qualquer coisa.<br />Pode mandar uma mensagem em branco, mas vai aparecer "João Ribeiro, 30 de setembro de 2016 às ....".<br />Portanto nunca me consegue transmitir "o nada" sem usar qualquer coisa como suporte.<br />Pode ainda deixar de escrever, mas isso também poderia significar que abandonou a conversa, e portanto não funciona.<br /><br />Outro exemplo - peça a um pintor para lhe desenhar "o nada"... se ele lhe apresentar um quadro em branco, então esse quadro em branco é alguma coisa, não é "o nada". Da mesma forma, ele pode não lhe apresentar nada, mas isso também significa que ele não foi capaz, ou desistiu da comunicação.<br /><br />Só com a existência é que é possível dar sentido à inexistência, e apenas a uma inexistência parcial, nunca absoluta.<br /><br />A sequência tem novas entidades, certo, mas são formadas inevitavelmente pela existência das anteriores.<br />Voltando ao exemplo do quadro. O pintor dava-lhe o quadro em branco, e você mostrava-lhe o que via... que era o quadro dele em branco. Entendendo isso, ele desenhava um 2º quadro... que era "um quadro com um quadro em branco". <br />Mas aí você dizia-lhe "então e o 1º quadro, mandas fora?"<br />Já meio chateado, ele voltava com um 3º quadro, onde desenhava dentro o 1º e o 2º quadro.<br />Agora, para o chatear ainda mais, dizia-lhe - "mas agora terás um 4º quadro onde metes os outros 3"... e assim sucessivamente.<br /><br />Esse processo está também explicado no texto "banho-maria":<br /><br />http://alvor-silves.blogspot.pt/2013/10/banho-maria.html<br /><br />... estas questões estão presentes há milénios, mas nem sempre foram/são bem entendidas.<br /><br />Abç<br />da Maianoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-53861115319268082322016-09-29T14:28:08.504-07:002016-09-29T14:28:08.504-07:00Essa sucessão numérica não é algo subjectivo e abs...Essa sucessão numérica não é algo subjectivo e abstracto? Ou seja, não poderei eu ver a criação a partir do nada de outro modo. Por exemplo, 0 inexistência, 1 existência, 01 nova entidade, 010 outra nova entidade, 0101 outra nova entidade , etc? O que me está a falhar?<br /><br />AbJoão Ribeirohttps://www.blogger.com/profile/10535792108384445561noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-83128143148669678672013-04-13T07:09:31.371-07:002013-04-13T07:09:31.371-07:00Essa sabedoria na origem, partindo do Caos e de Ga...Essa sabedoria na origem, partindo do Caos e de Gaia, está de alguma forma espelhada na Teogonia de Hesíodo. Difere bastante da concepção oriental, que é mais antropocêntrica, mais introspectiva. Não há apenas respostas pela meditação introspectiva, asceta, típica da primeva filosofia oriental. Esse "conhecer-se a si mesmo" ao incorporar os outros ao mesmo nível, tem que lhe dar sentido no equilíbrio budista. O confronto de oposições é resultado da mecânica lógica. Assim, o que construímos pode ser destruído, mas não é a mesma coisa. A construção é uma ideia complexa, enquanto a sua destruição resulta de uma simples negação do que foi construído. A ideia de destruição é sempre a mesma desde a origem dos tempos, enquanto o que se constrói é reflexo da complexidade gerada no novo tempo. Tão primitiva quanto a destruição só é a opção de nada construir, de nada criar.<br /><br />Aquilo que não excluo como hipótese, resultado das simples consequências dedutivas, é que haja um tempo que define um outro tempo. Ou seja, que o universo que vemos se esteja a formar em espiral, passando por onde já passou antes, mas, a cada nova passagem acrescentando informação nova. Quem tem o registo dos tempos está tão confiante nas previsões das repetições, quanto apavorado pelas pequenas falhas nessa previsão. Porque a estrutura do universo leva a essa aparente repetição, previsibilidade, ao garante de uma ordem, mas evolui acrescentando nova percepção, incorpora um aparente caos, que define a cada ciclo uma estrutura cada vez mais complexa.<br />Não há limite para as dimensões. Se temos uma limitação física natural, temos também uma ilimitação no pensamento, só condicionada pela estrutura lógica do raciocínio. Só há uma verdade porque não podemos conceber o mesmo "eu" em dois universos. Quando optamos por não agir, abdicamos do universo em que agimos. Só há uma maneira consistente de voltar atrás... é considerar que se tratou de um sonho premonitório, antes dessa decisão. Só que isso está longe de depender do próprio - não há introspecção budista que lhe permita tal coisa.<br /><br />Um abraço!<br />Alvor-Silveshttps://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-26093655539947451682013-04-13T07:07:52.538-07:002013-04-13T07:07:52.538-07:00Tem razão, José Manuel, a maioria do nosso process...Tem razão, José Manuel, a maioria do nosso processo de aprendizagem dá-se em crianças, onde nos é oferecida uma linguagem rica, e depois pouco mais fazemos que usá-la para o discurso de circunstância. Se a linguagem serviu a macacada, para implantar este "planeta de macacos", essa mesma linguagem permite criar ideias que estão muito para além do mundo material onde nascemos.<br />As ciências físicas são uma brincadeira neste mundo material. Sim, podemos associar o início da vida a um caldo inicial, a uma poça de bactérias, de onde surgiu o nosso DNA... mas em parte alguma do genoma das bactérias se poderia alguma vez prever que saíra dali um Hesíodo capaz de imaginar uma Teogonia, uma Odisseia relatada por Homero, etc.<br />Isso, por muito que queira a ciência zarolha, não se codificou nos genes individuais.<br />A ciência zarolha gosta de explicar o que vê pelo seu olho, mas não explica o aparecimento do olho. O homem, o observador, fica fora de exame. E é um gozo ver os projectos para "estudo do cérebro", com pretensos propósitos médicos (escondendo o lado manipulador), quando é óbvio que não é assim que o "olho" se verá a si próprio.<br /><br />O método experimental é o método que as crianças usam para perceber as coisas... experimentam carregar num botão aqui e ali, para ver o que acontece. É uma forma de aprendizagem inicial, e tanto tem de utilidade, como de irresponsabilidade infantil.<br />A ciência progrediu com essa curiosidade infantil, mas faltou-lhe o acompanhamento filosófico adulto. A filosofia ocidental estagnou nos gregos, se teve alguma novidade recente, foi pouca e obteve-a de desenvolvimentos matemáticos. Os restantes pensadores andaram a mascarar o conhecimento antigo sob novos formatos, sem nenhuma novidade. <br />Chega a meter dó...<br /><br />Regressando ao exemplo do caldo inicial, que teria originado a vida, basta notar que qualquer sucesso evolutivo não foi nenhuma proeza individual de uma espécie face às outras.<br />Se a Terra não tivesse mudado, extinguido e feito aparecer novas formas de vida, bem poderíamos ainda estar com um caldo de bactérias. Por isso, a falar-se em evolução, ela nada tem a ver com os sujeitos isoladamente, é um resultado conjunto de tudo o que se passou na Terra. Só a perspectiva social individualista leva a esconder isso.<br />Foi a Terra no seu conjunto que determinou a evolução da vida, e achar que isso é algo acidental, fruto de uma lotaria, é como achar que o pensamento é um raio que cai na cabeça.<br /><br />Alvor-Silveshttps://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-10421855825223462832013-04-04T20:59:29.184-07:002013-04-04T20:59:29.184-07:00Sobre a "existência de outra entidade" e...Sobre a "existência de outra entidade" e o universo:<br /><br />Para reflexão, <br /><br />Uma mosca vê o mundo de maneira diferente dum humano, 93 % da linguagem comunicativa do humano é corporal, como esperar obter abundante informação escrita do passado se o homem passa a sua via a comunicar entre si como os macacos, e pouco fala. A escrita é uma excepção somente para manipular a macacada sapiens. Existem muitos "Deuses" por aí escondidos por um enorme rebanho de carneiros que são os homens. Para os budistas existem 2 mundos e 22 "dimensões". O Planeta Terra está no mundo dos seres do Sul pois existe outro dos do Norte, tudo isto rodeado pelo Nirvana provavelmente, onde estão uns 30 e poucos Budas bem acordados e atentos... quem se atreve a dizer abertamente que a finalidade do budismo é acabar definitivamente com a existência humana física ?<br /><br />Boas leituras<br />José Manuel<br />Genève - Suisse<br />José Manuel de Oliveirahttps://www.blogger.com/profile/07033535310206321511noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-54653642026469556922013-02-21T13:00:05.687-08:002013-02-21T13:00:05.687-08:00Apenas um pequeno detalhe suplementar.
Já abordei...Apenas um pequeno detalhe suplementar. <br />Já abordei a questão do <a href="http://odemaia.blogspot.pt/2012/05/conjunto-universal.html" rel="nofollow">conjunto universal</a>, que aparenta erradamente envolver um paradoxo, por confusão filosófica. Como é óbvio, não é possível operar fora do conjunto universal (porque se está sempre dentro dele...). <br />Como já referi, o conjunto universal pode ser entendido como uno, sendo estável nessa concepção. <br />A única questão seria sobre a existência de outra entidade, simplificando: "se aparece primeiro a galinha ou ovo"... a inexistência (o nada) ou a existência (o todo). Mas é justamente essa a terceira entidade - a dúvida, que desenvolverá tudo o resto... conforme Laozi bem ilustrou.<br />A forma como isso ocorre será o ligeiro "detalhe" de formação, que exemplifiquei numa forma particular, que evidencia a complexidade subjacente, resultante de uma mera introspecção filosófica. Não coloca minimamente em causa uma certa concepção de Deus, até pelo contrário... <br /><br />Alvor-Silveshttps://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com