tag:blogger.com,1999:blog-56350621414974385662024-03-24T14:05:18.429-07:00alvor-silvesAlvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.comBlogger702125tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-64815309405286976642021-06-13T11:46:00.003-07:002021-06-13T17:45:04.464-07:00Mira Técnica<div style="text-align: justify;">Este bloco irá manter-se em mira técnica suspensa, após a promulgação do DL-27/2021, que instaurou uma lei de censura em Portugal. Uma lei pulha com título canalha.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tudo o que há de mais a dizer, já foi dito, e resume-se a <a href="https://odemaia.blogspot.com/2013/09/u.html">perceber o U</a>:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTSqGCekbovj5zeoZ8VIfpoBKEzzC9E68p7QcUMit6gvruPZKSOObJuH7zv3hUknY_OZFv3uyPcbj6j1jm7Yr8WPNMH04MrQuHi4GVukBsPcqaYKHHnT8THD4F6Rs8S2lai-JxMHWPKMY5/s1748/u0.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1748" data-original-width="1660" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTSqGCekbovj5zeoZ8VIfpoBKEzzC9E68p7QcUMit6gvruPZKSOObJuH7zv3hUknY_OZFv3uyPcbj6j1jm7Yr8WPNMH04MrQuHi4GVukBsPcqaYKHHnT8THD4F6Rs8S2lai-JxMHWPKMY5/w608-h640/u0.png" width="608" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><hr /><div style="text-align: center;">Enquanto a <i>lagosta</i> está em <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2013/10/banho-maria.html">banho maria</a>... aguardando o <i>escaldão climático</i>,</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><a href="https://odemaia.blogspot.com/p/pdfs.html">Maio Oral</a> foi feito, </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXfPjC53Yv1c_KQSNPAHm8fHZn3vrkE6iqsInhaYfgqCDJT9f2x8KiyqpFGpBcofLL8gHxt6FZm-h349Ilq1AFkoF6PfJCNVI2U1gQbaAcdvLTI6H9tFb1uAFBgxsItQb7yVhcf2baG-AS/s922/ki-016.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="337" data-original-width="922" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXfPjC53Yv1c_KQSNPAHm8fHZn3vrkE6iqsInhaYfgqCDJT9f2x8KiyqpFGpBcofLL8gHxt6FZm-h349Ilq1AFkoF6PfJCNVI2U1gQbaAcdvLTI6H9tFb1uAFBgxsItQb7yVhcf2baG-AS/s320/ki-016.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">colaborando pelo lado <a href="https://dopiorrio4.wixsite.com/dopiorrio"><b>do Piorio</b></a>,</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://dopiorrio4.wixsite.com/dopiorrio" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="71" data-original-width="137" height="104" src="https://static.wixstatic.com/media/976ac6_3a63472726d04c02ae37c021fa8b48cd~mv2.png/v1/fill/w_137,h_71,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01/image.webp" width="200" /></a></div><div><b style="text-align: justify;"><br /></b></div><hr /><div><b style="text-align: justify;">Nota (</b><strike style="text-align: justify;">treta</strike><b style="text-align: justify;">):</b></div><div><span style="text-align: justify;">O sindicato dos jornalistas pediu a verificação da constitucionalidade do Artº 6 do DL 27/2021. </span></div><div style="text-align: justify;">No entanto, se a Provedoria de Justiça ou a Procuradoria da República, nada fizerem, a partir de 17 de Julho, começaremos a ter em prática a referida lei censória.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><a href="https://www.publico.pt/2021/06/10/politica/noticia/polemica-carta-direitos-digitais-pertence-familia-censuras-1965977">Polémica Carta dos Direitos Digitais “pertence à família das censuras”</a></div><div style="text-align: center;">(Público, 10 de Junho de 2021)</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><hr /><div style="text-align: center;">Para quem gosta de desenhos, repito o que escrevi sobre as <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2021/02/dos-comentarios-75-setas-egipcias.html">setas egípcias</a>:</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13.2px;">Conforme <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2016/04/druidas-segundo-pinho-leal.html" style="color: #ad490e; text-decoration-line: none;">Breno explicou aos Romanos</a>, antes de Roma ser grande... "<i><b>Vae Victis</b></i>", que é como quem diz - "<i>Ai dos vencidos!</i>"... porque o pagamento de dívidas dos vencidos, seja em prata, ouro ou couro, é sempre feito nas balanças dos vencedores, para satisfazer os seus balanços. </div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13.2px;"><br />Roma aprendeu bem essa lição, quando um século depois obrigou Cartago a uma dívida que apenas serviu para retardar algumas décadas a sua aniquilação completa. <br /><br /></div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13.2px;">Poderia Roma continuar a explorar uma fonte fácil, de trabalho quase gratuito, para alimentar a sua riqueza, deixando Cartago sobreviver num permanente endividamento?... </div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13.2px;"><br /></div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13.2px;">Poder, poderia, mas não o fez, pois conforme <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2015/01/catoes-e-cipioes.html" style="color: #ad490e; text-decoration-line: none;">Catão sempre alertava</a>, deixar Cartago renascer teria o perigo inevitável de voltar a ter um general cartaginês como Aníbal a ameaçar Roma.</div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13.2px;"><br /></div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13.2px;">Assim, como resultado de Cartago ter pago a dívida durante 50 anos, o que poderia dizer o governo cartaginês aos seus concidadãos? </div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13.2px;"><ul><li><i>Desculpem lá qualquer coisinha, mas vamos ter que continuar a pagar, durante os próximos 50 anos?</i></li><li><i>Mas, não pagámos a dívida toda? Qual é o problema afinal?</i></li><li><i>O problema é que se não continuarmos a pagar somos aniquilados...</i></li></ul></div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13.2px;">Ora aqui, a malta rasgava as vestes e partia para batalha, como fizeram, tendo os cartagineses acabado mortos ou escravizados para o resto da sua vida. </div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13.2px;">Da sua cidade, cultura e língua, terá restado... zero! </div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13.2px;"><br /></div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13.2px;">Haveria alternativa? Sim, uma muito engraçada.</div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13.2px;">O governo cartaginês iria falar ao Senado Romano e dizia-lhes:</div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13.2px;"><ul><li><i>Percebemos qual é o vosso problema, mas deixem-nos sobreviver... prometemos educar os nossos petizes de forma a que eles vos admirem e nunca vos hostilizem.</i></li><li><i>Então e como vão convencer os vossos concidadãos a trabalharem sempre para nosso proveito?</i></li><li><i>Inventaremos corrupções internas, que delapidem o nosso tesouro, que irá directamente para vós!</i></li><li><i>Isso é capaz de fazer algum sentido. Mas o vosso problema é que os vossos filhos não são parvos.</i></li><li><i>Deixaremos que uma certa elite romana se instale em Cartago, e será essa que irá definir que os melhores cargos vão para os piores de nós... o povo, desconhecendo a história, permanecerá iludido que o problema está nas suas elites, incapazes de se gerirem sem corrupção e degradação.</i></li><li><i>Mas isso já foi tentado?</i></li></ul></div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13.2px;">A esta pergunta, os cartagineses não iriam responder, mas portugueses e espanhóis, desde há quase quatro séculos, sabem bem como a receita funciona!</div><div class="separator" style="background-color: white; clear: both; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 13.2px;"><br />Por isso, quando vem uma vacina de Roma, há que convencer o povo a baixar as calças?...</div></div><div style="text-align: center;"><br /></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com26tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-37297440142607553562021-05-11T11:12:00.002-07:002021-05-11T11:12:19.016-07:00Censura i-Limitada<p style="text-align: justify;">Com a promulgação a 8 de Maio de 2021 da <i><b>Carta de Direitos Humanos na Era Digital</b></i>, vê-se que todo este título da legislação é uma paródia à inteligência, ao desplante e à proclamação da </p><p style="text-align: center;"><span style="font-size: large;">Censura i-Limitada</span></p><p style="text-align: justify;">Em consequência deste ataque à informação, provocado por desinformadores profissionais, armados em anjos com pés de cabra, e únicos informadores autorizados, não há condições de continuar. </p><p style="text-align: justify;">A censura é isto, e se não o perceber à primeira, facilitamos a leitura:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcJV2W7OCwJ7JxXMauRKaoazjge7tHf4zZmOf2JdLNnDadvnKDMitu6b-zVCZDXGEjzbsMsNBvgX0_tLgbmYDNfIFXuRvUsQ1Fz3vx_So6r-7GQP41DI9nnesiJ-0y5lTBf2DrPF0tYG52/s681/Lei_da_Censura.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="681" data-original-width="612" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcJV2W7OCwJ7JxXMauRKaoazjge7tHf4zZmOf2JdLNnDadvnKDMitu6b-zVCZDXGEjzbsMsNBvgX0_tLgbmYDNfIFXuRvUsQ1Fz3vx_So6r-7GQP41DI9nnesiJ-0y5lTBf2DrPF0tYG52/w576-h640/Lei_da_Censura.jpg" width="576" /></a></div>Depois, virão as tangas costumeiras, dizendo que o Artº 4 diz que:<br /><br /><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"><i>Todos têm o direito de exprimir e divulgar o seu pensamento, bem como de criar, procurar, obter e partilhar ou difundir informações e opiniões em ambiente digital, de forma livre, sem qualquer tipo ou forma de censura, (...)</i></div></blockquote></blockquote><div><br />só que depois acrescenta logo de seguida: </div><div><br /></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"><i>(...) sem prejuízo do disposto na lei relativamente a condutas ilícitas.</i></div></blockquote></blockquote><div><p style="text-align: justify;">Ou seja, <b><i>todos são livres de sair à rua, desde que não saiam de casa.</i></b></p><div style="text-align: justify;">Por exemplo, se a política pública consistir em amputar um dedo aos cidadãos, ou em vacinar crianças com mistelas de efeito imprevisível, aquele que disser que tal coisa pode não ser boa ideia, estará a enganar o público, pois comprovadamente se é política pública só pode ser boa!</div><p style="text-align: justify;"><b>O que fazer?</b></p><p style="text-align: justify;">Neste caso, não há qualquer dúvida, e repito-o, <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2018/09/dos-comentarios-41-o-que-fazer.html">conforme repeti antes</a> - <i><b>não é preciso fazer nada!</b></i></p><p style="text-align: justify;">Cada vez que a política for mais repressiva, <i><b>é fazer o mínimo possível</b></i>.</p><p style="text-align: justify;"><b>Querem uma sociedade de bonecos? Pois, bonecos terão!</b></p></div><p>Pelo meu lado, <i><b>over and out</b></i>... </p><p style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/uAsV5-Hv-7U" title="YouTube video player" width="560"></iframe><br /></p>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com32tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-21052910363030769922021-05-01T09:13:00.343-07:002021-05-02T20:33:14.673-07:00Segredo do Cubango<p style="text-align: justify;">Uma casa típica dos anos 60 tinha umas imagens vindas de África. No caso concreto, na casa dos meus avós estava um quadro-fotografia a preto e branco de umas magníficas cataratas, que fui achando serem as Cataratas de Victoria, pois é como se não houvessem outras em África. </p><p style="text-align: justify;">Cataratas do Duque de Bragança, é um nome do passado, porque passaram chamar-se "<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Quedas_de_Calandula">Quedas de Calandula</a>", após a independência de Angola, nome que é talvez ainda menos conhecido mesmo hoje.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTckPm3b5SpZlfdyd1diiuu-ywVVi4Pm1OyLR5p8Cjy1N0ZBSZi4GBHLKPnSUwqN7UdowM6f-JYy4OXTVFd4q1YPi5XNRv6OKB4N0vkq6cgpUqb_Q7OPOd-degnoNUljN6BlMMOjhmJkcQ/s550/quedas-de-kalandula.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="367" data-original-width="550" height="428" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTckPm3b5SpZlfdyd1diiuu-ywVVi4Pm1OyLR5p8Cjy1N0ZBSZi4GBHLKPnSUwqN7UdowM6f-JYy4OXTVFd4q1YPi5XNRv6OKB4N0vkq6cgpUqb_Q7OPOd-degnoNUljN6BlMMOjhmJkcQ/w640-h428/quedas-de-kalandula.jpg" width="640" /></a><br /><span style="font-size: x-small;">Quedas de Calandula, com 100 metros de altura, rio Lucala (afluente do Quanza, Angola).</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">(... chamavam-se até 1975, cataratas do Duque de Bragança)</span></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Prefiro o nome Calandula, mas a necessidade dos angolanos se desprenderem de nomes coloniais, terá feito perder alguma atenção sobre uma grande atracção turística, já que apesar de não terem a dimensão das Quedas de Victoria, são habitualmente classificadas como "<i>as segundas de África</i>".</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">A fotografia que me lembro era mais notável, mas de qualquer forma o site <a href="https://monsoondiaries.com/2020/02/27/malanje/">monsoondiaries.com</a> tem um vídeo e fotos ilustrativas, igualmente notáveis:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFGEl6SuZIHB0SpRCK3jjBNW0zoU_9QfQ3NQxCIKVVo4gDZsPs4s5KGNxRozwB4jybkhu_agXzGHWTNIAQCKtnX7zdY_XjpF4VYLpK7OTnC8DC2qqDpYj8Owmp62RLbgYtVCt_moUc8Bsy/s1024/quedas-de-kalandula+02.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="675" data-original-width="1024" height="422" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFGEl6SuZIHB0SpRCK3jjBNW0zoU_9QfQ3NQxCIKVVo4gDZsPs4s5KGNxRozwB4jybkhu_agXzGHWTNIAQCKtnX7zdY_XjpF4VYLpK7OTnC8DC2qqDpYj8Owmp62RLbgYtVCt_moUc8Bsy/w640-h422/quedas-de-kalandula+02.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Quedas de Calandula (ver <a href="https://www.blogger.com/blog/post/edit/7539526810574599167/3932155640105183497#">monsoondiaries</a>)</span></div><p style="text-align: justify;">Estas quedas de água não são caso único em Angola, há outras, por exemplo<span style="text-align: justify;"> na fronteira com a Namíbia, no rio Cunene, na região de Cuando-Cubango, encontram-se outras que foram igualmente famosas - as <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Quedas_do_Ruacaná">Cataratas do Ruacaná</a>:</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkVGdx5BMbof8s7nnejAndIgsSZDokcqfD1u-dxUWUjiWUi9O9m5JxWUOh_LygBRinrK-TapTOW3prStdnF0-FVKAJ0yJ9snbzjuIfILerYHGCUIk546WwLNdAsFqdjtyNdkvq-AP0K4jV/s1235/ruacana.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="605" data-original-width="1235" height="314" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkVGdx5BMbof8s7nnejAndIgsSZDokcqfD1u-dxUWUjiWUi9O9m5JxWUOh_LygBRinrK-TapTOW3prStdnF0-FVKAJ0yJ9snbzjuIfILerYHGCUIk546WwLNdAsFqdjtyNdkvq-AP0K4jV/w640-h314/ruacana.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: small;">Quedas do Ruacaná (fronteira Angola-Namíbia)</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No entanto, é preciso ter em atenção que no caso do Ruacaná estas quedas de água dependem agora do caudal do Cunene que é controlado pela barragem a montante. Só quando há descargas, na época das chuvas se poderá ter fotografias com tanta água, senão a água libertada é razoavelmente escassa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Segredo do Cubango</b></div><div style="text-align: justify;">Vem isto a propósito de explorações feitas por Serpa Pinto em Angola, na época em que eram populares as "redescobertas" do continente africano, feitas por Livingstone, e depois por Stanley, Brazza, e outros, entre os quais entrou Serpa Pinto, desde 1869. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcnqIWJHevtwBT7xPUxH4b45DkQNAzg6_UI-HjGT36-blz_KGO4ZIOvb2APWXgMeZ7AX-NDDWotxTC7DbN-6d5xlcIoESioIflYiiqvbG6YL9sMxNhtdpt7K9kCNa9xk8Yf-eFVzwa0afQ/s664/serpa_pinto.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="373" data-original-width="664" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcnqIWJHevtwBT7xPUxH4b45DkQNAzg6_UI-HjGT36-blz_KGO4ZIOvb2APWXgMeZ7AX-NDDWotxTC7DbN-6d5xlcIoESioIflYiiqvbG6YL9sMxNhtdpt7K9kCNa9xk8Yf-eFVzwa0afQ/w400-h225/serpa_pinto.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Alexandre Serpa Pinto</span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Estas explorações portuguesas tiveram um aspecto algo controverso, definido pela necessidade de reclamar a presença oficial em paragens onde sempre haviam estado, para efeitos de reconhecimento externo. Em 1877, Serpa Pinto integra a missão inicial com Capelo e Ivens, de chegar a Moçambique, mas diverge de ambos e vai mais para sul, acabando na África do Sul, em Pretória. </div><div style="text-align: justify;">Sobre Capelo e Ivens já falámos:</div><div style="text-align: center;"><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2011/01/de-luanda-e-de-angola-contra-costa.html">de Luanda e de Angola à contra-costa</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A divergência entre Serpa Pinto, e os outros dois (Capelo e Ivens), acabou por levar à separação da exploração e a diversas críticas, nomeadamente sobre uma informação que Serpa Pinto apresentou de um certo "<i>Segredo do Cubango</i>", que não teria revelado, passando a ser usado com desdém e detracção pelos seus opositores (ver por exemplo "<a href="https://books.google.pt/books?id=vkk5AQAAIAAJ">As conferencias e o itinerario do viajante Serpa Pinto</a>", de M. F. Ribeiro, pág. 292).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esse <i>segredo do Cubango</i> já não seria na região de Cuando-Cubango, seria mesmo na actual região do Botswana, apesar de se relacionar com o rio Cubango, cuja maior parte do percurso é ainda angolana.</div><div style="text-align: justify;">A questão é que há um enorme <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Delta_do_Cubango">delta do Cubango</a> (ou Okavango), onde o rio desagua... ou melhor, desaparece no deserto do Calaari, e em parte no lago Ngami. Isto deve-se a evaporação, transformando a região num grande pantanal, que é considerada uma das "<i>maravilhas naturais de África</i>".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Gambusinos e Chilindró</b></div><div style="text-align: justify;">A forma como acabou por ser encarado o <i>segredo do Cubango</i>, é algo semelhante à forma jocosa como foi evoluindo a noção de <i>gambozino</i> em português...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i><b>Gambusino</b></i> em espanhol colonial reportava aos garimpeiros que procuravam ouro, especialmente na Califórnia, no Séc. XIX, e de certa maneira associa-se à piada de que não iriam encontrar nada. Com efeito essa foi uma manobra de falsa propaganda, destinada a atrair uma boa parte da população, para territórios que necessitavam de colonização rápida (ver também o texto sobre <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2010/12/fusang.html">Fusang</a> e a <i>fossanguice</i> associada).<br />Isso terá consistido num de muitos planos da maçonaria, em difundir mensagens enganadoras, um pouco na réplica de "<i>com papas e bolos se enganam os tolos</i>". Ou seja, nunca esquecendo, nem perdoando, as bulas papais que permitiram aos estados ibéricos dividir o mundo em dois.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipeKQ9HjIjAdu8rIKGdjSZJF-f0Hdv68yOPfPWHFkqWBuuU4PwbcDnWrJnLtl0nUqtc39lHSHE2FAuitijIhgD0TOmBO6oFZkLqcPw0NDr6GEFLLHVGmiw5G0OHit4f_vy_Xdau2sWrpuW/s800/gambusino.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="704" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipeKQ9HjIjAdu8rIKGdjSZJF-f0Hdv68yOPfPWHFkqWBuuU4PwbcDnWrJnLtl0nUqtc39lHSHE2FAuitijIhgD0TOmBO6oFZkLqcPw0NDr6GEFLLHVGmiw5G0OHit4f_vy_Xdau2sWrpuW/s320/gambusino.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Gambusino - é um garimpeiro.</span></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><i><a href="https://educalingo.com/en/dic-es/gambusino">Gambusino</a></i></div></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><div><i><span style="font-size: x-small;">Gambian Mexicanism describes miners and small-scale miners. It also describes the American gold seekers who during the nineteenth century gold rush explored the terrain of the United States and Canada. The Gambusinos who came to the fevers of gold were not trained to recognize the mineral or areas of potential wealth, so they depended largely on their fate. Very few gambusinos were enriched with gold fevers. The gambusinos acted both individually and collectively. In the early years of the gold rush, the ore could be collected from the river beds. The selection was made visually, using a screen to separate the sand and other minerals. When the gold of the rivers ran out, the gambusinos began to associate to explore other sources of the mineral, resorting to the traditional mining and developing techniques like the hydraulic mining.</span></i></div></div></blockquote></blockquote><p style="text-align: justify;"><i><b>Chilindró. </b></i>Esta é outra interessante noção popular que ainda se relaciona com todas as tramas com que a maçonaria acabou por nos presentear, ligando-se neste caso, segundo me parece, ao panóptico de Bentham, uma prisão cuja forma era um cilindro:</p><p style="text-align: center;"><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2013/02/panoptico-ou-ovo-de-colon.html">https://alvor-silves.blogspot.com/2013/02/panoptico-ou-ovo-de-colon.html</a></p><p style="text-align: justify;">Ler este texto, já com oito anos, não deixa de ser instrutivo... <br />Acontece que <i><b>cilindro</b></i> também se escreveu como <i><b>cylindro</b></i> e acidentalmente <i><b>chylindro</b></i>. Era essa a forma sugerida por J. Bentham para o encarceramento prisional:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_y1c7yoLjtcaThSc8nu4Vh-ql39i-w31wDRqfzWrZLqkv9MVdENB9bSlqJHB4HDzPzgkR_BVxtLz1fXHDV56usESSHdAIvfGfGFFhrtbb1kCqu-YYRCdmBHBLBrZ2xQgimE3wiEjSYWay/s276/chilindro.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="276" data-original-width="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_y1c7yoLjtcaThSc8nu4Vh-ql39i-w31wDRqfzWrZLqkv9MVdENB9bSlqJHB4HDzPzgkR_BVxtLz1fXHDV56usESSHdAIvfGfGFFhrtbb1kCqu-YYRCdmBHBLBrZ2xQgimE3wiEjSYWay/s0/chilindro.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;">Porquê? Porque assim bastaria um guarda em posição central, para poder ter acesso a todo o movimento dos prisioneiros, nas suas células, com todo o interior visível. Um sonho do déspota encarcerador! </div><div style="text-align: justify;">Na minha opinião, a maçonaria só foi ainda mais longe quando iludiu os cidadãos que eram livres, e os convenceu de que deveriam inventar sistemas para que ficassem ainda mais presos e sem possibilidade de fuga. Quem ganhou esse concurso, teve a imediata recompensa de passar a viver nele... como preso, é claro, para certeza que nem tal génio conseguiria fugir!</div><p style="text-align: justify;">Que "<i>as paredes têm ouvidos</i>", já o sabemos há muito tempo, o que nunca foi claro é que tivessem associado aos múltiplos olhos e orelhas, algum cérebro funcional. O mais que vemos, será uma sucessão infindável de actos abomináveis, próprios de bestas insanas, cujo destino, assim como das anteriores, será a inevitável e completa extinção. Pode demorar muito, mas é inevitável...</p><p style="text-align: right;"><span style="font-size: xx-small;">_________</span></p><p style="text-align: right;"><span style="font-size: xx-small;">02.05.2021</span></p><p></p>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-85412314588507703122021-04-26T22:29:00.003-07:002021-04-26T22:49:58.053-07:00Fernão de Magalhães (7) Lapu Lapu<p style="text-align: justify;">Por estas horas nas Filipinas já se comemorou a vitória de Lapu Lapu na batalha de Mactan (Cebu). </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-IVCNnq1wb-EwYuRi1mXqIQIgJwVVyIYv4b6dk32JvfVAofRRv39cvcYCBwzdGYisSohrMDeMR8ibJR3wIDoNeqlblWLfCkwRoctAvgqVpe-GpGY8LSW1ieezfnzvu9iuUygZbh7NF7RL/s716/lapulapu.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="229" data-original-width="716" height="204" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-IVCNnq1wb-EwYuRi1mXqIQIgJwVVyIYv4b6dk32JvfVAofRRv39cvcYCBwzdGYisSohrMDeMR8ibJR3wIDoNeqlblWLfCkwRoctAvgqVpe-GpGY8LSW1ieezfnzvu9iuUygZbh7NF7RL/w640-h204/lapulapu.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><a href="https://cebudailynews.inquirer.net/375064/in-photos-the-reenactment-of-the-victory-at-mactan">Imagens da comemoração</a> da vitória de Lapu Lapu (27 de Abril de 2021, Cebu)</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">As comemorações estiveram sob o signo da máscara, <i>Covid oblige</i>.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Em contraponto, deve lembrar-se que aí pereceu Fernão de Magalhães, morto em batalha. Magalhães quis forçar que as Filipinas celebrassem missa. Muitos chefes anuíram, mas Lapu Lapu recusou. <br />Magalhães terá ido convencido que conseguiria vergar pela força, e esse convencimento de quem detém uma superioridade de armamento, acabou por lhe custar a própria vida.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Deixo um retrato ficcionado, que normalmente se associa à ilustração da sua morte, sozinho, lutando contra vários indígenas.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvqQ-8ofVCP7HtMSbXZfaXw_q8fp4ktYI0nHrujGX2O4akikIOHg7pptyWezRJwq4tpuZZyfKJSnnUH0OYffPeZdHGFPw8PK-JULX-JzsWFXw8yZr8GKlKPHwvb2eNVufh4MTpBkffvFJS/s755/lapulapu2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="755" height="424" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvqQ-8ofVCP7HtMSbXZfaXw_q8fp4ktYI0nHrujGX2O4akikIOHg7pptyWezRJwq4tpuZZyfKJSnnUH0OYffPeZdHGFPw8PK-JULX-JzsWFXw8yZr8GKlKPHwvb2eNVufh4MTpBkffvFJS/w640-h424/lapulapu2.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div>Uma boa maioria dos restantes portugueses e espanhóis, acabaram por se salvar a tempo.<br />O facto de Magalhães se ter deixado ficar, acabando por perecer, acaba por ficar num certo misto entre a casualidade da guerra, e alguma intencionalidade própria.<div><div style="text-align: justify;">Nesta altura, Magalhães já sabia que as Molucas (o objectivo) estavam ali ao lado. Se quisesse evitar um confronto desnecessário, bastaria rumar às Molucas e ignorar Lapu Lapu... deixar que outros tomassem conta do assunto (conforme mais tarde o fizeram). <br />Magalhães quis o confronto, e empenhou-se pessoalmente mais do que o expectável. Não me parece ter feito o suficiente para evitar a própria morte. Se não foi um suicídio (tal coisa era abominada pelos clérigos), não esteve muito longe entre isso e uma obstinação de chefia que não admite desobediência.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Estava ao serviço de Espanha, mas não é claro que não estivesse também ao serviço de Portugal.</div><div style="text-align: justify;">A sua história é um marco na navegação mascarada, sendo o primeiro desmascarado a contornar o globo. Primeiro, porque tinha estado antes naquelas paragens, pelo hemisfério português, e ali acabava de confirmar o caminho pelo hemisfério espanhol. Esse hemisfério espanhol tinha ocultado tantas proezas nacionais, que uma série de homens, cartógrafos (Faleiro, Reinéis), pilotos, marinheiros, quiseram associar-lhe outro nome português, e muitos acompanharam-no naquela senda. Os três capitães seguintes, comandantes da frota, continuaram a ser portugueses. El Cano, nunca foi comandante da expedição, era comandante do único barco que regressou a Espanha (o outro navio foi capturado).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os filipinos têm toda a razão em comemorar a vitória de Lapu Lapu, foi uma batalha heróica, pelo seu lado. Teremos nós razão em praticamente ignorar que passam 500 anos sobre a morte do português mais celebrado em todo o mundo?</div><div style="text-align: justify;">Não, não há nenhuma Covid que justifique isso, apenas uma subjugação externa, obsessiva, para a qual proezas desta gente são rudezas suas.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><i>O Magalhães, no feito com verdade português, porém não na lealdade.</i></div><div><br /></div><div>E como o próprio Magalhães o reconheceu, o feito de cruzar o Estreito e navegar o Pacífico, foi com verdade português, pois estava cartografado em mapas portugueses, mas não na lealdade de o atribuir a um primeiro autor (talvez Diogo Cão ou João Afonso do Estreito).</div></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-91666470265602747202021-04-23T22:43:00.004-07:002021-04-23T23:02:55.589-07:00da Costa Gomes a Gomes da Costa<p style="text-align: justify;">Há um chefe e um vice-chefe das forças armadas, e são ambos demitidos. <br />Passado um mês há um golpe militar, e o vice-chefe, sem saber como, passa a presidente, mas enquanto presidente, não consegue formar governo. Acaba por ficar isolado e cai passados 4 meses.<br />Com o vice-chefe fora de cena, o chefe assume o cargo presidencial.<br />Dão-se golpes, contra-golpes, etc... mas há um personagem que sai incólume - o <i>chefe</i>:</p><p style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu7ZlhN5lZDn7SY6TYDmuphwSU8Wp3jcQs54Qn6gwtXgnoOn3fMJAqfgx0gtUoW86Ig_vDMWlVxwrW7g78Tb63B-J8SKREFgt0Xx0f435M73H51x5rB0km3Vk27Y1prt3GDZfQO-YJ5ibz/s769/CostaGomes.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="769" data-original-width="644" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu7ZlhN5lZDn7SY6TYDmuphwSU8Wp3jcQs54Qn6gwtXgnoOn3fMJAqfgx0gtUoW86Ig_vDMWlVxwrW7g78Tb63B-J8SKREFgt0Xx0f435M73H51x5rB0km3Vk27Y1prt3GDZfQO-YJ5ibz/w536-h640/CostaGomes.jpg" width="536" /></a></p><p style="text-align: center;">Francisco da Costa Gomes, a figura nos bastidores do 25 de Abril de 1974.</p><div>Costa Gomes estava ao serviço da NATO, e foi a NATO a força dissuasora no 25 de Abril.<br /></div><div>A NATO esteve presente de 23 a 25 de Abril com uma armada capaz de arrasar Lisboa.</div><div><br /><div style="text-align: justify;">A hierarquia do MFA seria simples - Costa Gomes era a peça de ligação portuguesa à NATO, e manteve-se nos bastidores. Seria de si que partiam as direcções que coordenava com <span style="text-align: left;">Vasco Gonçalves, para as reuniões do MFA, onde Otelo Saraiva de Carvalho assumiu protagonismo para os restantes envolvidos.</span></div></div><div style="text-align: justify;">Houve mais, bastantes mais capitães, mas houve essencialmente um general que soube desviar de si as atenções, a ponto de nos relatórios da CIA se manifestarem dúvidas sobre se era figura apagada ou protagonista.</div><div style="text-align: justify;">Para quem era um puto na altura, como eu, seria muito mais fácil associar protagonismo a Spínola do que a Costa Gomes. Para a generalidade dos portugueses, Costa Gomes seria a figura mais apagada daquele período conturbado, em que quase todos procuravam protagonismo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No entanto, estes são os factos, que já aqui expusemos do <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2020/05/carnaval-revolucionario.html">Carnaval revolucionário:</a></div><div style="text-align: justify;"><ul><li>Costa Gomes esteve sob Humberto Delgado no comando SACLANT da NATO em Norfolk.</li><li>Costa Gomes foi secretário de estado sob o general Botelho Moniz, então Ministro da Defesa.</li><li><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Humberto_Delgado">Humberto Delgado</a> e <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Golpe_Botelho_Moniz">Botelho Moniz</a> tentaram ambos derrubar Salazar.</li><li>Após o falhanço do golpe de Botelho Moniz, a embaixada americana sinalizou que melhor solução do que Botelho Moniz seria Costa Gomes.</li><li>Costa Gomes ficou chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas em 1973.</li><li>No final de 1973, Vasco Gonçalves começou as reuniões clandestinas do MFA.</li><li>No início de 1974, Costa Gomes incentiva Spínola a publicar o seu polémico livro.</li><li>Em 13 de Março, Costa Gomes e Spínola são ambos demitidos do EMGFA.</li><li>Em 16 de Março dá-se a primeira revolta, o golpe das Caldas.</li><li>A 23 de Abril, a força da NATO (STANAVFORLANT) está em Lisboa para o exercício:</li><ul><ul><li>Dawn Patrol (patrulha da madrugada)</li></ul></ul><li>A 25 de Abril, as chefias militares, até há um mês lideradas por Costa Gomes, não esboçam reacção à iniciativa de Salgueiro Maia. Não há aviões no ar (a NATO estava no Montijo), e o navio português da NATO (comandado pelo pai de Francisco Louçã), ao apontar os canhões para o Terreiro do Paço é bloqueado pela fragata canadiana.</li><li>Contra as tropas de Salgueiro Maia, restam poucas forças leais a Marcelo Caetano, que se rendem.</li><li>Quem o MFA vai chamar para a transição é Spínola e não Costa Gomes.</li><li>Spínola tenta fazer um governo militar, mas a maçonaria impõe Palma Carlos como primeiro-ministro. Ao fim de pouco mais que um mês, Palma Carlos demite-se.</li></ul></div><div style="text-align: justify;">É aqui que começa a aparecer o outro lado da revolução... Vasco Gonçalves aparece como exigência do MFA para ser primeiro-ministro. <br />Esta exigência parece-me ser claramente de Costa Gomes, provavelmente o líder desde o início desse MFA congeminado pela NATO. Spínola sente-se sem qualquer poder sobre os acontecimentos, em Setembro convoca "<i>a maioria silenciosa</i>" e dela vai receber silêncio...</div><div style="text-align: justify;"><ul><li>Em Setembro, Costa Gomes passa a ser o segundo Presidente da República após o 25 de Abril, tal como <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Manuel_Gomes_da_Costa">Gomes da Costa</a> foi o segundo Presidente da República após o 28 de Maio de 1926. Até esta troca de apelidos é sinal da troca de regime (Mendes Cabeçadas, esse ainda durou menos tempo que Spínola, e foi afastado passadas duas semanas, em 1926).</li><li>As figuras lançadas para a frente, Spínola e Mendes Cabeçadas, estavam desligadas dos bastidores das revoluções que iriam tomar a iniciativa seguinte.</li></ul><div>Com Costa Gomes e Vasco Gonçalves começa a "transição para o socialismo". Essa experiência vai ser lançada em toda a sua plenitude em 1975 até ao 25 de Novembro. Conforme referi no ano passado, foi uma vacina de turismo revolucionário, que acabou definitivamente com os ideais anárquico-socialistas.</div><div><br /></div><div>Afastados Vasco Gonçalves e Otelo Saraiva de Carvalho, Costa Gomes manteve-se como presidente, como se nada se tivesse passado. De certa forma, naquele período conturbado tanto permaneceu como referência para a extrema-esquerda, como para o centro-direita. Mas a sua permanência estava aprazada, enquanto figura de transição, até à eleição de Ramalho Eanes em 1976.</div></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">O papel de heróis do 25 de Abril caiu por inteiro nos capitães, mas todos estes bastidores fazem crer que, à excepção de Otelo, tiveram pouco mais que uma intervenção comandada de fora.<br />A troika (conforme lhe chamaram os americanos) Costa Gomes, Vasco Gonçalves e Otelo Saraiva de Carvalho, poderá ter tido uma ideia de aproveitar a revolução para tentar implantar um certo socialismo, algo anárquico, mas se essa ideia pode ter sido algo genuína em Otelo e Vasco Gonçalves, parece-me que serviu mais propósitos de vacinação pela parte de Costa Gomes e da NATO. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Diz-se que Kissinger terá pensado numa invasão de Portugal, usando a Espanha, mas isso seria mais porque provavelmente não estaria completamente ao corrente da experiência científica que a CIA estava a fazer em termos de vacinação contra os ideais socialistas anárquicos. Os muitos grupos deslumbrados com a experiência revolucionária portuguesa, viram-na cair por si mesma, sem intervenção externa. Isto foi marcante no progressivo desaparecimento de muitos desses grupos na Europa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O custo deste carnaval revolucionário foi depois passado em forma de cheque ao FMI, em duas tranches, a primeira logo em 1977, e a outra em 1983, para dar acesso à superliga da CEE (tal como o custo da entrada no "euro" começou a pagar-se em 2011). E, é claro, como todos sabem, aquela coisa a que chamam "vacinas", só a alguns parece ser obra de caridade das farmacêuticas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Outros postais acerca deste assunto:</div><div style="text-align: justify;"><ul><li><a href="https://odemaia.blogspot.com/2016/04/mary-poppins-e-o-25-de-abril.html"><span style="font-size: x-small;">https://odemaia.blogspot.com/2016/04/mary-poppins-e-o-25-de-abril.html</span></a></li><li><span style="font-size: x-small;"><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2016/04/o-25-de-abril-e-nato.html">https://alvor-silves.blogspot.com/2016/04/o-25-de-abril-e-nato.html</a></span></li><li><span style="font-size: x-small;"><a href="https://odemaia.blogspot.com/2016/05/nebulosidades-auditivas-35.html">https://odemaia.blogspot.com/2016/05/nebulosidades-auditivas-35.html</a></span></li><li><a href="https://odemaia.blogspot.com/2017/04/a-revolucao-do-dia-de-sao-marcos.html"><span style="font-size: x-small;">https://odemaia.blogspot.com/2017/04/a-revolucao-do-dia-de-sao-marcos.html</span></a></li><li><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2019/04/o-elefante-na-sala-nato-no-25-de-abril.html"><span style="font-size: x-small;">https://alvor-silves.blogspot.com/2019/04/o-elefante-na-sala-nato-no-25-de-abril.html</span></a></li><li><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2019/04/do-11-de-setembro-ao-25-de-abril.html"><span style="font-size: x-small;">https://alvor-silves.blogspot.com/2019/04/do-11-de-setembro-ao-25-de-abril.html</span></a></li><li><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2019/04/dos-comentarios-49-25-de-abril-sem.html"><span style="font-size: x-small;">https://alvor-silves.blogspot.com/2019/04/dos-comentarios-49-25-de-abril-sem.html</span></a></li><li><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2020/04/marcelo-e-os-40-baroes.html"><span style="font-size: x-small;">https://alvor-silves.blogspot.com/2020/04/marcelo-e-os-40-baroes.html</span></a></li><li><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2020/05/carnaval-revolucionario.html"><span style="font-size: x-small;">https://alvor-silves.blogspot.com/2020/05/carnaval-revolucionario.html</span></a></li></ul></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-1282846846703072852021-04-04T21:32:00.002-07:002021-04-04T21:32:22.700-07:00A África começa nos Pirinéus (6)<p style="text-align: justify;">Resumindo aquilo que foi apresentado nesta série, para mim fica claro que <i><b>não existem</b></i> registos judaicos anteriores à queda de Cartago. A questão das moedas, levantada no postal anterior, é apenas mais um exemplo. Não se encontram símbolos judaicos, nem sequer em relatos de outros povos. <br />É claro que há tentativas de ligar qualquer referência à Palestina, a um povo judaico, mas mesmo essas são tão escassas e pouco significativas que podem ser quase ignoradas. Todo o folclore judaico começa quase em simultâneo com o cristianismo, à excepção do suposto "Velho Testamento", cuja origem mais antiga é praticamente coincidente com a queda ou, pelo menos o declínio de Cartago após a derrota de Aníbal.</p><p style="text-align: justify;">Antes da invasão de Alexandre Magno, o mundo antigo tinha civilizações de referência - os egípcios, os persas/babilónios/caldeus, os fenícios, e os gregos. A invasão de Alexandre terraplanou essas diferenças para um factor comum - todos foram helenizados! É claro que Alexandre nem se dá conta da existência de judeus, porque simplesmente não contavam/existiam.</p><p style="text-align: justify;">Só que, passado um século torna-se claro que o legado cultural egípcio, fenício, persa ou caldeu, corria um risco iminente de desaparecer da História. Os fenícios ainda tinham Cartago, Cartagena ou Cádis, mas os restantes estavam sob domínio das dinastias dos generais de Alexandre - de Ptolomeu no Egipto, e de Seleuco no Médio Oriente.</p><p style="text-align: justify;">O mais natural, parece-me, é que especialmente o corpo sacerdotal não queria perder um legado milenar, de um momento para o outro, e a ideia de uma certa aliança entre três reinos magnos começou a ganhar forma, especialmente quando os Romanos ameaçaram mais definitivamente substituir-se aos gregos no controlo dessas regiões, após as "vitórias de Pirro" (Burro) e a derrota de Aníbal.<br />Esses três reinos eram basicamente três partições do império de Alexandre: - a parte africana do Egipto (Ptolomeu), a parte asiática do Médio Oriente (Seleuco), e a parte mais europeia com a Ásia Menor (Antígono).<br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsMO2bwoGBTuUwTQrg91kqVYKXbLHQSAjPq38WtvVW4028FKTz8PNCQpAU9xnE3ClA9Mesffum7ASsnzYp6nK3xXjbmYLakoe8bem5Wxc6mLtEWb-jIwo8tezb81oIM7WGJy3-uMVs3zLy/s795/795px-Magi_%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="795" height="303" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsMO2bwoGBTuUwTQrg91kqVYKXbLHQSAjPq38WtvVW4028FKTz8PNCQpAU9xnE3ClA9Mesffum7ASsnzYp6nK3xXjbmYLakoe8bem5Wxc6mLtEWb-jIwo8tezb81oIM7WGJy3-uMVs3zLy/w400-h303/795px-Magi_%25281%2529.jpg" width="400" /></a><br /><span style="font-size: x-small;">Representação dos 3 reis magos com chapéus frígios "de liberdade".</span></div><div><br /></div>Do lado egípcio seria herdado um velho monoteísmo de Akenaton. <div><div style="text-align: justify;">Do lado caldeu todo o antigo mito da criação de Gilgamesh, em concorrência com os ensinamentos filosóficos de Zaratustra.</div><div style="text-align: justify;">Do lado da Ásia Menor e Fenícia, um certo ideal de liberdade das cidades estado fenícias, dos reinos da Frígia, Lídia, Lícia, herdeiros hititas, um aspecto de comércio livre, etc.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quem terá tomado o inicial protagonismo terão sido provavelmente os egípcios e caldeus adeptos do culto monoteísta de Akenaton a Aton e de Zaratustra a Ahura Mazda, em conjunto com os fenícios de Tiro.</div><div style="text-align: justify;">A formação da religião monoteísta "judaica" terá sido congeminada aquando da definição da Septuaginta, umas décadas depois de Ptolomeu ter consolidado o seu reinado, na nova capital egípcia, Alexandria. </div><div style="text-align: justify;">A região entre a Palestina e a Síria tornou-se um foco de várias batalhas entre os lados ptolomaico (egípcio) e seleucida (sírio), culminando numa zona de ninguém, onde se começaria a formar o reino judaico, com a revolta dos Macabeus. Com o fim de Cartago e a conquista romana da Grécia e Ásia Menor, é natural que aí se juntassem expatriados fugindo não só de Cartago, mas também de territórios vizinhos conquistados pelos romanos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em breve essa aliança circunstancial terá cedido em dissensões, em que o núcleo principal "judaico" se foi identificando aos expatriados fenícios, de Cartago e Cartagena, forçados a uma travessia no deserto até às suas origens. O lado egípcio foi provavelmente aquele que, juntamente com o lado da Ásia Menor (Paulo, era nascido em Tarso), mais favoreceu a dissensão para um cristianismo. </div><div style="text-align: justify;">Com efeito, a adesão ao cristianismo foi tão forte no Egipto, que praticamente o cristianismo copta substituiu a antiga religião egípcia. Após Cleópatra, o Egipto era apenas mais uma província romana, e o resto da cultura egípcia perdera-se. </div><div style="text-align: justify;">Outra dissensão, seria pelo lado caldeu e frígio, ligando-se ao culto do Mitraísmo que, até à implantação do cristianismo por Constantino, era um culto com bastantes adeptos e muito concorrencial com o cristianismo. Esse lado favoreceu depois o próprio aparecimento da região islâmica, como natural dissensão dos velhos acordos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O grande objectivo destes três reinos magnos seria a queda de Roma.<br />O maior sucesso partiu do lado judaico-cristão, que se foi espalhando justamente por todo o império, especialmente entre os escravos. Os fenícios-cartagineses mantiveram-se na dissensão que levou á concretização do judaísmo. Os povos da Ásia Menor, variaram entre o mitraísmo e o catolicismo, com a sua definição pela separação no lado ortodoxo cristão, do Império Romano Oriental, com centro em Constantinopla. Finalmente o legado principal dos caldeus acabou por ir para a definição da terceira religião abraâmica, o islamismo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Roma incorporou o cristianismo de forma subtil, e acima de tudo sobreviveu à sua vitória, reerguendo-se como capital do império ocidental. </div><div style="text-align: justify;">Bom, mas esta especulação ainda não termina aqui...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-67638704813408740902021-03-31T23:56:00.003-07:002021-04-01T01:33:50.504-07:00Fernão de Magalhães (6) missa nas Filipinas<p style="text-align: justify;">Uma das coisas a que os Filipinos deram alguma importância foi à realização da 1ª missa nas Filipinas,</p><p style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2OwGgU1Y23lQtfL0BP7ZHnDGvLKIHqjaY-tx_zVVmh8djqovoBquCIEgPfNdAei6Czhi02-CsY1JIqxBEvtGBYW1M1OhQIdnZbV4VsgOouw3SidrNKKJNF1mo-vMSwqJjOAM1Fq-nxWav/s707/cu003.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="339" data-original-width="707" height="306" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2OwGgU1Y23lQtfL0BP7ZHnDGvLKIHqjaY-tx_zVVmh8djqovoBquCIEgPfNdAei6Czhi02-CsY1JIqxBEvtGBYW1M1OhQIdnZbV4VsgOouw3SidrNKKJNF1mo-vMSwqJjOAM1Fq-nxWav/w640-h306/cu003.jpg" width="640" /></a></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHoSu3oksefxmgI1YIVQLS4Hyf8OZUfPg_Udf7-fCsT0-S8wReJiiXXrlD1jB-1xl_tAbkJqlB5PMkagszFSMnq-L3d9A5wwsdLK4tSs5m-XTrm14e-AB9tW1kYMl9RrQRmEagglni8S9Y/s548/cu002.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="403" data-original-width="548" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHoSu3oksefxmgI1YIVQLS4Hyf8OZUfPg_Udf7-fCsT0-S8wReJiiXXrlD1jB-1xl_tAbkJqlB5PMkagszFSMnq-L3d9A5wwsdLK4tSs5m-XTrm14e-AB9tW1kYMl9RrQRmEagglni8S9Y/s16000/cu002.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBvCfgkI3GQVqSfWPDQqvaMvZJICTo33Rb2aGnkxE-zkp64S37nz2VfxLXxexa_gsHVzIbXuZuFdFopyLcXxXGlBed1-X9ikPfJKrsTO7mnWV5ECuRYznj5vnfMkKhGotn8B1VPLRYmpq0/s743/cu003a.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="403" data-original-width="743" height="174" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBvCfgkI3GQVqSfWPDQqvaMvZJICTo33Rb2aGnkxE-zkp64S37nz2VfxLXxexa_gsHVzIbXuZuFdFopyLcXxXGlBed1-X9ikPfJKrsTO7mnWV5ECuRYznj5vnfMkKhGotn8B1VPLRYmpq0/w320-h174/cu003a.jpg" width="320" /></a> </div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Portanto, parece que os filipinos não esqueceram de comemorar esse evento em Limasawa, algo que a igreja católica portuguesa ignorou, bem como todas as autoridades, porque se há coisa que a Covid trouxe foi uma total perda de memória, de vergonha, de coluna vertebral, etc.</div><div style="text-align: justify;"><br />Pelo menos o Vaticano não esqueceu por completo... porque afinal de contas há muitos filipinos (e qual Cristiano Ronaldo, o cristiano Francisco bateu o recorde de assistência nas Filipinas, com <a href="https://www.bbc.com/news/world-asia-30869019">6 milhões de fiéis</a> numa missa).</div><div style="text-align: justify;"><ul><li><a href="https://www.vaticannews.va/en/church/news/2021-03/philippines-500th-anniversary-first-mass-jubilee-celebrations.html">500 years since first Mass in the Philippines</a> (Vatican News)</li></ul><div>ainda que se tivesse anunciado que <a href="https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2020-09/filipinas-evangelizacao-500-anos.html">não haveria comemorações</a>.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOXL9guxDCEoZpX2iRgPkS4cjjQUe8RJfdK7LEbOQ-003drm7WbuE-gaQPu0rhArD6h8Euq3onTVo_zq05w0F4d65v4e917xznk28_nijcxEIXe1USz1EuJwRl1zG41DlQv8aVr_Zhgg0y/s415/limasawa-island.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="260" data-original-width="415" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOXL9guxDCEoZpX2iRgPkS4cjjQUe8RJfdK7LEbOQ-003drm7WbuE-gaQPu0rhArD6h8Euq3onTVo_zq05w0F4d65v4e917xznk28_nijcxEIXe1USz1EuJwRl1zG41DlQv8aVr_Zhgg0y/s16000/limasawa-island.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Praia de Limasawa onde terá decorrido a Missa pascal em 31 de Março de 1521</span></div><br /><div>Tudo correria bem, na evangelização das Filipinas, excepto em Cebu, onde Lapu Lapu decidiu não aceder a esta realização de missas pelas diversas ilhas. Magalhães tentou usar a força para converter aqueles filipinos. É assim que passado um mês lunar, em 27 de Abril, os guerreiros de Lapu Lapu vão terminar com a vida de Magalhães.</div><div><br /></div><div><b>______________________</b></div><div><b>Nota adicional </b><span style="color: #999999; font-size: x-small;">(01.04.2021):</span></div><div><div>Convém notar que, mesmo após a morte de Magalhães, o comando da expedição continuou a ser português e <i><b>não passou</b></i> para Elcano. <br />Por breves dias, o comando esteve com <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Duarte_Barbosa">Duarte Barbosa</a> e <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/João_Serrão">João Serrão</a>, que foram ambos mortos num jantar oferecido por um rajá local, aparentemente por conspiração do intérprete malaio <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Henrique_de_Malaca">Henrique de Malaca</a>, que deveria ter sido libertado após a morte de Magalhães.<br />Ainda depois disso, a expedição foi entregue a João Lopes de Carvalho, durante quase 5 meses, até que por rebelião/eleição passou para <a href="https://es.wikipedia.org/wiki/Gonzalo_Gómez_de_Espinosa">Gonzalo Espinosa</a>, espanhol. </div><div>Este Espinosa foi depois capturado pelos portugueses, pelo que Elcano nunca foi comandante da expedição, mas somente comandou o navio que regressou. <br />Quando os espanhóis tentam puxar para Elcano o sucesso da circumnavegação, é claro que ignoram tudo o que não interessa à narrativa... Para colocar-se ali o nome de Elcano, deveria ser no mínimo:</div></div><div style="text-align: center;"><i>Expedição de Magalhães-Barbosa-Serrão-Carvalho-Espinosa-Elcano</i></div><div style="text-align: justify;"><br />Sobre João Lopes de Carvalho, remetemos um anterior postal:</div><div style="text-align: center;"><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2011/02/joao-de-lisboa-piloto-de-magalhaes.html">João de Lisboa, piloto de Magalhães</a></div><div>porque, por estranho que possa parecer, João Lopes de Carvalho nem sequer tem página na Wikipedia, nem em português, nem em espanhol, nem em inglês: <br /><div style="text-align: center;"><i>Zero, nada, népias!</i></div></div></div><div><div><p></p></div></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-19286097096305450172021-03-28T22:45:00.004-07:002021-03-28T23:36:35.752-07:00Annus covidianus<p>Passado um ano, é altura de ver o que foi escrito aqui. Cito algumas frases.<br />Isto é sempre bom para que se veja até que ponto exagerámos (ou não) em previsões.</p>
<p></p>
<ul style="text-align: left;">
<li><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2020/03/cara-ou-corona.html">9 de março de 2020 - <b>Cara ou corona?</b></a><br /></li>
<ul>
<li><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNdEudQD-3dyaF7kg9cBqNiIuHFmYKf2Jn2JFj-Hguz_VXJ6HKEiAs5AnHZ6RAk8Umy0trlARr0b_DSKdbs1-itJWd10HWr0iqPt2Wr42wCeCaVGvXtCke8iOdS1pPzMmnnMFNByLLFx8w/s640/Bruegel.jpg" style="width: 80%;" /></li>
<li style="text-align: justify;"><i><span style="color: #3d85c6;">Cidadãos mais circunscritos e limitados no seu raio de acção, são cidadãos cujas acções, mesmo descontroladas, podem ser contidas e tratadas no "foco da doença".</span></i></li>
<li style="text-align: justify;"><i><span style="color: #3d85c6;">Ou seja, o que esta pandemia de gripe deixará claro é que o contacto cara a cara passará a acto perigoso face à mais saudável interacção no verso e reverso, coroa a coroa, com a distância assegurada pelos filtros sanitários adequados.</span></i></li></ul>
<li><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2020/03/dos-comentarios-60-e-vento-201.html" style="text-align: justify;">10 de março de 2020 - <b>dos Comentários (60) é-vento 201</b></a></li>
<ul>
<li><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhESKBPIjymlX0Aj4cS9fju6dRr4PBGnGy0aAOocZuQmh4mbpibKxQSQXlFBQzJ5M0CizMVOJb8P7erPg4GIFk5twdXutzgBjL9qzxEId6Fw4sZMnmcUTc_FmMk8KB2MBoOXdl1tC5bGHF/s200/event201.jpg" style="width: 30%;" /></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="color: #3d85c6;">(...) <i>IRF sinalizou um evento que decorreu em 18 de Outubro de 2019, dois meses antes de ser sinalizado o primeiro caso da epidemia na China:</i>
Event 201 - A Global Pandemic Exercise</span></li>
<li style="text-align: justify;"><i><span style="color: #3d85c6;">Portanto, para quem gosta de acreditar em coincidências, tratou-se de mais uma coincidência. Haverá quem diga que este tipo de exercícios de antecipação é considerado há muito tempo, e que a preocupação com pandemias é permanente. Mas, curiosamente, também acertou no vírus escolhido, um novo corona-vírus, e numa taxa de mortalidade, à volta dos 5%.</span></i></li>
<li style="text-align: justify;"><i><span style="color: #3d85c6;">No entanto, nunca tal exercício tinha sido promovido, incluindo ainda o aspecto financeiro, a que se juntava a participação do World Economic Forum, e a fundação de Bill Gates, alguém que há muito mostrava preocupação pelo assunto, mais do que a sofrera com os vírus informáticos.</span></i></li>
</ul>
<li><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2020/03/dos-comentarios-61-pan-demos.html">14 de março de 2020 - <b>dos Comentários (61) pan-demos</b></a></li>
<ul>
<li><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_pG8eMoI9-Dfp_2fhS75nEmSqlDh6DTgI5geQWD2DjSreJZcTbBEKk23u9506_AjLsbPRzsLAV0UJIeh_Z4dRG8JcGirOTQd9luwctFrKIEjSmf2FjGkojxMZo2SHzkCpRwj2CYOcw_8X/s1600/307px-SARS-CoV-2_49534865371.jpg" style="width: 50%;" /></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="color: #3d85c6;">(...)<i> José Manuel Oliveira sinalizou um detalhe importante, relacionado com a existência de «fundos pandémicos»</i></span></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="color: #3d85c6;">(...) <i>No entanto, e numa altura em que haverá alimento para múltiplas teorias da conspiração, surgiu uma outra, relacionada com o projecto de identificação digital ID2020, que consiste em usar vacinas para uma identificação digital dos indivíduos.</i></span></li>
<li style="text-align: justify;"><i><span style="color: #3d85c6;">Este será o primeiro teste de funcionamento de uma sociedade funcionando à distância, centrada em casa própria. Uma sociedade para o Séc. XXI com características medievais, nomeadamente na limitação do deslocamento físico, na ausência de propriedade real e na completa dependência de um funcionamento central para sobrevivência individual.</span></i></li></ul>
<li><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2020/03/lavagem-de-pilatos.html">22 de março de 2020 - <b>Lavagem de Pilatos</b></a></li>
<ul>
<li><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrNR_R1oAkurbEfVg3GaKGmuzGbf7sQdxyPEtL708zGDB6nNn7JcgRDL7JfWu1ISz8PE0-VgYB30f8DpUF7MjXpkIhLOfkVABPkdqpdZTq1HcqV8D9LZbLLaFrE2TRWEHOdusCDNMsKY-A/s320/event2020.jpg" style="width: 50%;" /></li>
<li style="text-align: justify;"><i><span style="color: #0b5394;">Convém perguntar qual será a diferença entre as orientações das "entidades de saúde" e os conselhos das avós, quando éramos crianças. Rapidamente poderemos concluir que as nossas avós eram bastante menos mentirosas, atabalhoadas ou bobas. Só faltará às autoridades sugerirem colocar pimenta nos dedos, para não os levar à boca.</span></i></li>
<li style="text-align: justify;"><i><span style="color: #0b5394;">Entretanto, os cidadãos vão ficando numa prisão domiciliária ridícula, onde o simples passear é crime, e onde até parece que os carros são também transmissores de vírus... </span></i></li>
<li style="text-align: justify;"><i><span style="color: #0b5394;">A vantagem do assunto é que a situação foi de tal forma exagerada que nem se dá espaço aos outros vírus para seguirem o seu caminho. Este distanciamento não bloqueia apenas o corona-vírus, vai bloquear toda a contaminação, e no final de contas, o que podemos ter a mais de mortes por um vírus, irá compensar o que temos a menos pelos outros... </span></i></li>
<li style="text-align: justify;"><i><span style="color: #0b5394;">Ou seja, que amanhã, 23 de Março haverá ~ 2010 casos, depois 2500, 3080, 3750, etc... chegando a aproximadamente 8 500 casos no final deste mês.</span></i></li></ul><li><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2020/03/corona-spinea.html">28 de março de 2020 - <b>Corona spinea</b></a></li>
<ul>
<li><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9g9OHOnfE1ETeujCwtLLTNrWXVSbha_kkMNRC-ZCjlYPCFEOFyBheQ5I9GH6R4qo6lkY31ptEO3sb9S-e8Wu1BSNj_XVpSG10Wqe8_NGt5iLhwYU7x_amBc5CUK-pi-aCVMVVaAS8JY42/s640/CoronaStPeter.jpg" style="width: 50%;" /></li>
<li style="text-align: justify;"><i><span style="color: #0b5394;">Em períodos em que o medo impera, e em que ordens draconianas são aceites sem pestanejar, com um pseudo-argumento científico, tudo está preparado para uma perfeita arbitrariedade. Com novas fronteiras impostas pelo medo de propagação, o turismo tem os seus dias contados, as viagens a destinos exóticos são possibilidades do passado, mas pior que isso, a dureza de posições, remetidas a fronteiras, pode impor um novo militarismo descontrolado... com óbvias vantagens para os produtores de armamento.</span></i></li>
<li style="text-align: justify;"><i><span style="color: #0b5394;">Relativamente a Portugal, as contas que apresentámos no postal anterior foram completamente confirmadas durante a semana, praticamente todos os dias (com erros de 1% a 5%), mantendo a previsão de que o pico deverá ocorrer no dia de Páscoa... no entanto, as estimativas da DGS são agora outras, dilatam para Maio, talvez porque seja mais interessante dilatar o período de detenção.</span></i></li>
<li style="text-align: justify;"><i><span style="color: #0b5394;">E é óbvio que chegados à Páscoa, com 20 ou 25 mil casos, 300 ou 400 mortos, os valores vão continuar a aumentar até Maio, mas esses aumentos serão pequenos e residuais, dependentes das deslocações na Páscoa e da capacidade de recuperação da doença.</span></i></li>
<li style="text-align: justify;"><span style="color: #0b5394;"><i>A situação não se irá repor com a mesma velocidade que se impôs. As restrições foram colocadas de um momento para o outro, mas cada uma delas só será levantada se for lutado para que assim seja.</i><i> </i></span></li><li style="text-align: justify;"><i><span style="color: #0b5394;">Portanto, o que agora preocupa não é o vírus, é o que a desmedida irracionalidade humana poderá fazer usando este e os próximos vírus como pretexto... Podendo não ser nada, não me parece augurar nada de bom, pela lógica do "quanto pior melhor" que observámos ao longo dos séculos.</span></i></li></ul>
</ul><b>Pequena conclusão.</b><br />Defeito profissional, a previsão do comportamento da curva de casos foi brincadeira de crianças.<div>A previsão (no dia 22) deu "sem dúvida" um pico até à Páscoa (dia 42). </div><div>Confirmou-se em pleno.</div><div style="text-align: justify;">Ninguém o quis reconhecer. <span style="text-align: justify;">Nem aqui, nem entre amigos, nem noutros sítios onde apresentei, onde estavam parodiantes "especialistas" do Infarmed ou que vão debitar loas à TV. </span>Antes, ninguém acreditava, porque ia contra a numeração oficial que punha um crescimento até 175 mil casos em Maio. <span style="text-align: left;">Nos próprios dias da Páscoa, a DGS ainda tinha dificuldade em reconhecer. Depois, não interessava, porque o problema era o desconfinar...</span></div><div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;">Quando se está rodeado de pessoas que vivem numa realidade distante dos factos, ou se alinha com esse discurso, ou há um perigo claro de "ser anormal". Desde essa altura, recuso-me a fazer previsões, mas ensinei uns vinte para o fazerem, que voltaram a acertar a um mês de distância, com precisão idêntica. <br />Calam-se todos, nunca mais falam comigo sobre o assunto, e ficamos por aqui.<br />Quando é tempo de errar, quem quiser acertar é um inimigo da sociedade!</span></div></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-72967136346822041642021-03-22T23:58:00.002-07:002021-03-23T00:43:03.275-07:00A África começa nos Pirinéus (5)<p>Normalmente era habitual os reinos colocarem nas suas moedas os seus símbolos distintivos.<br />Foi isso que se passou com as moedas cartaginesas, fenícias, mas então e as moedas judaicas?<br />Recupero um pouco a linha aqui interrompida <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2019/04/moedas-2-moedas-ibericas.html">sobre moedas</a>.</p><p><b>Moedas fenícias</b><br /></p><div style="text-align: justify;">As moedas fenícias, os xequel, diferem segundo a cidade, relembrando que a Fenícia não era apenas Tiro, havia uma rivalidade com Sídon e também não seria desconsiderada a importância de Biblos. </div><p></p><p><b>(1) Biblos</b><br /></p><div style="text-align: justify;">Começamos com Biblos, a cidade mais a norte. A típica aparência das moedas que encontramos é esta: <br />- uma embarcação com 3 guerreiros (ditos hoplitas gregos) sobre um cavalo-marinho alado; </div><div style="text-align: justify;">- no verso, um leão abocanhando um touro:</div><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Séc. IV a. C.</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4JhKkHiv_RKDno5MBqwa3n8P3pIAK3YJwWpXRO9qtPj0a3Zks18Iv4oclJKn6yk0TXW4fADfmCc9jpeRXhg5gakPNcbPyHOKgQTLrnnLFrgwMj_bEymKLlMvGROZ09HmwI1CQdJbzqpCh/s320/thumb00361.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="157" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4JhKkHiv_RKDno5MBqwa3n8P3pIAK3YJwWpXRO9qtPj0a3Zks18Iv4oclJKn6yk0TXW4fADfmCc9jpeRXhg5gakPNcbPyHOKgQTLrnnLFrgwMj_bEymKLlMvGROZ09HmwI1CQdJbzqpCh/s0/thumb00361.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #999999; font-size: x-small;"><a href="https://www.coinarchives.com/a/lotviewer.php?LotID=1790037&AucID=4128&Lot=361&Val=f8369fc0e44e1890d18545eb99df85e4">Coin Archive</a>: PHOENICIA. Byblos. Uzzibaal, circa 400-365 BC. Shekel (Silver, 23 mm, 13.22 g, 11 h). <br /><i>Galley, with an eyed prow ending in a ram and a lion's head figure head, and with three armored <br />Greek hoplites standing left on deck, moving to left above waves; <br />below, Phoenician letters 'z above a hippocamp swiming to left with a murex shell below. <br />Rev. zb'l mlk gbl (in Phoenician) Lion attacking a bull to left.</i></span></div><div><br /></div><b>(2) Sidon</b><div style="text-align: justify;">Neste caso de Sídon, cidade no meio, há dois tipos de moedas comuns, um que invoca uma fortaleza com 4 torres, que depois deixa de aparecer, talvez consequência de uma destruição persa. Em substituição aparece um navio multirreme. No verso, umas vezes aparece um rei dominando um leão, noutros uma quadriga (associada ao domínio persa).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Séc. IV a. C.</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNIXQ6rr1wuylNeeGn32F0eZj5uHVzzaBy6U-32u_l64teFfI4VQDIfYw-qYEaT6kr5kmUqlQUF9SnQGY9ta1dNW1IuBNWDSeuO4qmKDKkG3TXf-gpvJv74ubMioI6I_S3pxJLIVZIGVt8/s320/thumb00362.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="173" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNIXQ6rr1wuylNeeGn32F0eZj5uHVzzaBy6U-32u_l64teFfI4VQDIfYw-qYEaT6kr5kmUqlQUF9SnQGY9ta1dNW1IuBNWDSeuO4qmKDKkG3TXf-gpvJv74ubMioI6I_S3pxJLIVZIGVt8/s0/thumb00362.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #999999; font-size: x-small;"><a href="https://www.coinarchives.com/a/lotviewer.php?LotID=1790038&AucID=4128&Lot=362&Val=e78523191ad423bd702aef5cb9a96201">Coin Archives</a>: PHOENICIA. Sidon. Baalshallim II, circa 401-366 BC. Double Shekel (Silver, 32 mm, 27.93 g, 12 h). <br />Phoenician galley to left over double row of waves; above, 'Beth' (Phoenician). <br />Rev. Persian king and driver in chariot to left; behind, king of Sidon walking left, holding scepter.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Séc. V a. C.</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUaBd_EYPzAITHONZWCu0blwMQAKlMneaM28TTFfcNS9MV3wareEiNiwg1-cW93DERBX-bK7OtGqxTkdYYvf7S3MWfOIely4svhG2VmFlBxJ9bIJl5Py_lqiiCCAAnn1GLS1Eeq6bllUnf/s320/thumb00660.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="145" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUaBd_EYPzAITHONZWCu0blwMQAKlMneaM28TTFfcNS9MV3wareEiNiwg1-cW93DERBX-bK7OtGqxTkdYYvf7S3MWfOIely4svhG2VmFlBxJ9bIJl5Py_lqiiCCAAnn1GLS1Eeq6bllUnf/s0/thumb00660.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #999999;"><a href="https://www.coinarchives.com/a/lotviewer.php?LotID=1791316&AucID=4129&Lot=660&Val=0d8bfe755ed1537f5ff5e465193520e2" style="font-size: small;">Coin Archives</a><span style="font-size: small;">: </span><span style="font-size: x-small;">Phoenicia, Sidon AR Half-Shekel. Time of Ba'alšillem I - Ba'ana, circa 425-402 BC. City walls with four towers, before which a Phoenician galley to left; below, two lions leaping in opposite directions / Persian Great King or hero standing to right, holding dagger and grasping mane of lion held before him; all within incuse square.</span></span></div><br /><span style="font-size: x-small;"><br /></span></div><b>(3) Tiro</b><div><div style="text-align: justify;">No caso de Tiro, parecem ser claros dois períodos. Um anterior à invasão de Alexandre Magno, com o <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Siege_of_Tyre_(332_BC)">cerco de Tiro</a>, que levou à conquista da cidade, e um posterior em que aparece uma águia/fénix.</div><div style="text-align: justify;">No caso anterior a 332 a.C., as moedas tinham tipicamente um cavalo marinho alado (como em Biblos, mas aqui na parte superior), e no verso estava uma coruja. Após a conquista helénica, e sob o império seleucida, passou a estar uma cabeça de rei ou Melkart, e no lado oposto uma águia, com letras gregas.</div><div style="text-align: justify;"><br /><div style="text-align: center;"><b>Séc. V a. C.</b></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYXSj7gmkfgAqkTV6LOQYjyStO3NUeRPktfa06-b7jVdSF_S40l7sC22nDJS84oy9dXhC9UtbCMYE_6EarK0ln1o0J3R58XYHZ2EFmiFZjYuoFCEy5x8ituo-aORxJMRdyh3T4tFIXHrrs/s320/thumb30039.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="159" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYXSj7gmkfgAqkTV6LOQYjyStO3NUeRPktfa06-b7jVdSF_S40l7sC22nDJS84oy9dXhC9UtbCMYE_6EarK0ln1o0J3R58XYHZ2EFmiFZjYuoFCEy5x8ituo-aORxJMRdyh3T4tFIXHrrs/s0/thumb30039.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #999999;"><a href="https://www.coinarchives.com/a/lotviewer.php?LotID=1797719&AucID=4154&Lot=30039&Val=d7ebe73236ee550f94258e2ade31f606" style="font-size: small;">Coin Archives</a><span style="font-size: small;">: </span><span style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;">PHOENICIA. Tyre. Ca. 425-394 BC. AR shekel (25mm, 13.18 gm, 8h). NGC Choice XF 2/5 - 3/5. <br />Uncertain king. Bearded deity (Melqart?), bow and arrow in left hand, reins in right, riding winged hippocamp right above waves; dolphin swimming right below, all in guilloche border / <br />Owl standing right, head facing, flail and crook over shoulder; guilloche border</span></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Séc. II a. C.</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_6A3VbQSKuPN_bPEhM-kS26hbYaC4Oi50d-jtKAuozLZZX3b3RgUJM8lurkdpZ-6rTsxiMNNCD9kcLXgskBL9GoqY9gywivC5cMWTsxEwailD5bsK9x6VxRfi27iSqaCNcFGy30JcJBma/s320/thumb00266.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="153" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_6A3VbQSKuPN_bPEhM-kS26hbYaC4Oi50d-jtKAuozLZZX3b3RgUJM8lurkdpZ-6rTsxiMNNCD9kcLXgskBL9GoqY9gywivC5cMWTsxEwailD5bsK9x6VxRfi27iSqaCNcFGy30JcJBma/s0/thumb00266.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #999999;"><a href="https://www.coinarchives.com/a/lotviewer.php?LotID=1791316&AucID=4129&Lot=660&Val=0d8bfe755ed1537f5ff5e465193520e2" style="font-size: small;">Coin Archives</a><span style="font-size: small;">: </span><span style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;">Phoenicia, Tyre AR Shekel. Dated CY 10 = 117 BC. Laureate bust of Melkart to right / <br />ΤΥPΟΥ Ι[ΕΡΑΣ] ΚΑΙ ΑΣΥΛΟΥ, eagle standing to left on prow, palm behind; <br />LI (date) above club to left; ZB monogram to right, Phoenician letter beth between legs.</span></span></span></div><br /><div style="text-align: justify;">No entanto, convém referir que esta é já uma moeda típica do período helénico, após Alexandre Magno, que se encontra não apenas na parte seleucida, mas igualmente com o mesmo aspecto na parte ptolomaica. Não é assim uma moeda de Tiro, será mais uma moeda macedónica cunhada em Tiro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;"><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;">(4) Cartago</b></div><div>Há várias inscrições típicas. Começamos por um estáter de ouro, com a deusa Tanit e o cavalo.<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Séc. IV a. C.</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiQrljuNRCDoG6u0qmuazE-LHwrQoaGkAa1BV9xIduropp57HIU64v_Rp1NJYvQhPOH6Bo68xGh9EXTIVtvhwOL0u6zIwvCyeTXFqRKsqzR5QoN2ve_NMFw4IuCZWLgCtspqQlBv79Fdre/s320/thumb00094.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="160" data-original-width="320" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiQrljuNRCDoG6u0qmuazE-LHwrQoaGkAa1BV9xIduropp57HIU64v_Rp1NJYvQhPOH6Bo68xGh9EXTIVtvhwOL0u6zIwvCyeTXFqRKsqzR5QoN2ve_NMFw4IuCZWLgCtspqQlBv79Fdre/w400-h200/thumb00094.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #999999;"><a href="https://www.coinarchives.com/a/lotviewer.php?LotID=1734657&AucID=3947&Lot=94&Val=d9fadac3bf89fc8bbced77327926b595" style="font-size: small;">Coin Archives</a><span style="font-size: small;">: </span><span style="font-size: x-small;">CARTHAGE. Circa 350-320 BC. Stater (Gold, 20 mm, 9.19 g, 4 h). <br />Head of Tanit to left, wearing triple pendant earring, necklace, ... with seven pendants, and a wreath of grain leaves. <br />Rev. Horse standing to left; in field to right, before horse's fore legs, three pellets arranged as an inverted triangle.</span></span></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Alternativamente, começa a aparecer a palmeira (tamareira), por exemplo, atrás do cavalo, na primeira moeda, e depois na face da moeda seguinte, com cachos de tâmaras.</div></div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Séc. IV a. C.</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkJKB2A21agTOkOET38swxiP01ohxBgom9ZRKWnnZjED9Ij0eA6AJ6T2zo5j4Areagoo0O6TQcTSn2O-ri3OknCdUY4M1Reea0Et9QzFDITWPPSUsyk5vklFATLh4rbkjNyAk1MGO-LD8e/s320/thumb00068.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="147" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkJKB2A21agTOkOET38swxiP01ohxBgom9ZRKWnnZjED9Ij0eA6AJ6T2zo5j4Areagoo0O6TQcTSn2O-ri3OknCdUY4M1Reea0Et9QzFDITWPPSUsyk5vklFATLh4rbkjNyAk1MGO-LD8e/s0/thumb00068.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #999999;"><a href="https://www.coinarchives.com/a/lotviewer.php?LotID=1799534&AucID=4151&Lot=68&Val=ac93b6e995254124b106c856a2eff2a3" style="font-size: small;">Coin Archives</a><span style="font-size: small;">: </span></span><span style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #999999;">CARTHAGE. Circa 400-350 BC. Æ Unit (16.5mm, 3.50 g, 6h). <br />Carthage mint. Wreathed head of Tanit left / Horse standing right; palm tree in background.</span><br /><br /></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Séc. IV a. C.</b></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdvHOA3rBcujm84JSkPdZFkc6YXKTpfnsb02j1L7ZHjacMgPaeArGSwOl7yKBtI0V9_tW4NC6LYL_e9MXy3sz-PGanD_P9OsEls_FEFmLaj_bXuqwsR8TLvPT4CAUZH_C9UcfxlMjsycPc/s320/thumb00282.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="170" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdvHOA3rBcujm84JSkPdZFkc6YXKTpfnsb02j1L7ZHjacMgPaeArGSwOl7yKBtI0V9_tW4NC6LYL_e9MXy3sz-PGanD_P9OsEls_FEFmLaj_bXuqwsR8TLvPT4CAUZH_C9UcfxlMjsycPc/s0/thumb00282.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #999999;"><a href="https://www.coinarchives.com/a/lotviewer.php?LotID=1735736&AucID=3949&Lot=282&Val=8ba71e9b6de8a6e69668fdcbfcff11cd" style="font-size: small;">Coin Archives</a><span style="font-size: small;">: </span><span style="font-size: x-small;">ZEUGITANIA. KARTHAGO.</span><span style="font-size: small;">1/10 Stater. ca. 350 - 320 v. Chr. Vs.: Palme. Rs.: Pferdekopf</span></span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><p><b>(5) Cádis</b><br /></p><div style="text-align: justify;">Há ainda moedas com inscrições fenícias/cartaginesas em Cádis, onde tipicamente nesta Andaluzia sob influência cartaginesa um dos símbolos usados eram um ou dois atuns... do outro lado, a cabeça deixa de ser entendida como Melkart, e passa a associar-se ao equivalente Hércules. </div><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Séc. II a. C.</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqWfb3lFchcoGme1dBvMl6G6VBX2CGRKoRiwYMNrt4qj8aVHU4Vu-mweXSIxNL-RBcSXgvYQEIpOhX_FImUU5EUsAZCFfXWKSb2pXw8xw9WY9lzjgMDIXvhi5XoM753X265a0RK4WimOVr/s320/thumb00040.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="172" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqWfb3lFchcoGme1dBvMl6G6VBX2CGRKoRiwYMNrt4qj8aVHU4Vu-mweXSIxNL-RBcSXgvYQEIpOhX_FImUU5EUsAZCFfXWKSb2pXw8xw9WY9lzjgMDIXvhi5XoM753X265a0RK4WimOVr/s0/thumb00040.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.coinarchives.com/a/lotviewer.php?LotID=1765848&AucID=4065&Lot=40&Val=e1d110b1bde42b0b66b660e3278051d0" style="font-size: small;">Coin Archives</a><span style="color: #999999; font-size: small;">: </span><span style="color: #999999; font-size: x-small;">Gades. Hemidrachm. 120-20 BC. Cadiz. (Abh-1308). (Acip-634). <br />Anv.: Head of Melkart on left, wearing a lion's skin. Rev.: Tuna right with Phoenician legend type B.</span></div><p><b>(6) Judeia</b><br />Há um registo de evolução de moedas judaicas aqui:<br /></p><div style="text-align: center;"><a href="https://www.jewishvirtuallibrary.org/ancient-jewish-coins">https://www.jewishvirtuallibrary.org/ancient-jewish-coins</a></div><div style="text-align: justify;"><br />que começa com umas pseudo-variações de moedas de Tiro, que tal como as de Atenas tinham uma coruja (símbolo de Atena), dizendo que a inscrição com 3 letras num "paleo-" (paleio) qualquer, quer dizer "Yehud". Esqueceram o detalhe que a coruja tem cauda, como as de Tiro, e não tem olhos grandes como as de Atenas. Têm mais duas moedas, tipicamente uma helénica e outra cartaginesa, e um paleo-paleio para tentar argumentar que havia moedas judaicas anteriores à queda de Cartago. <br />As que mostram seguidamente são posteriores, e são simples variações de moedas seleucidas, que até têm o símbolo do império que ali dominou de 332 a.C. até à chegada romana, com uma concessão breve aos macabeus e a Herodes.<br /><br /></div><div style="text-align: justify;">Portanto, não há vestígios de moedas judaicas antes do Séc. I a.C. <br />Depois será discutível... mas já estamos no tempo de Jesus, com 30 dinheiros em "shekels de Tiro".</div><div style="text-align: justify;">Quando se começa a ver uma produção minimamente significativa, é quando se dá a primeira revolta Judaica que termina numa <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Massada">Massada</a> e no transporte da menorá (candelabro judeu) para Roma, como se vê no Arco de Tito (onde é praticamente a única coisa não vandalizada):</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUoIIMYxQSJ3ct9EOUYBHEVdj1ybULwgU3xi5eQ_Y7PkyFBRapFIWGyznIA54SvyDx1vDB2J5uaUThy9pjSlp97SdzMHCuf146k8_E7_lsHcGL1O3nRelS5dxX9EeiHU9zZyh6abbD96QY/s939/imagem_2021-03-23_034619.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="557" data-original-width="939" height="380" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUoIIMYxQSJ3ct9EOUYBHEVdj1ybULwgU3xi5eQ_Y7PkyFBRapFIWGyznIA54SvyDx1vDB2J5uaUThy9pjSlp97SdzMHCuf146k8_E7_lsHcGL1O3nRelS5dxX9EeiHU9zZyh6abbD96QY/w640-h380/imagem_2021-03-23_034619.png" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Curiosamente desse minúsculo período, os judeus vão fazer moedas que sobreviveram em boa quantidade, invocando outros símbolos judaicos... ou nem tanto quanto isso:</div><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Séc. I</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH9SS25XMPbzwWdiCVW7x24mcb5zIEkHwYdZitrbOBqt6mANJjfURN0iRKc_dJCovwWBA8uvDQVW1Afb_nfjeW9pbkqzTxKXlj9sTRq5AyS9cm2BErfex9BacQwZy97tGGW212rs1d4sVb/s320/thumb00035.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="144" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH9SS25XMPbzwWdiCVW7x24mcb5zIEkHwYdZitrbOBqt6mANJjfURN0iRKc_dJCovwWBA8uvDQVW1Afb_nfjeW9pbkqzTxKXlj9sTRq5AyS9cm2BErfex9BacQwZy97tGGW212rs1d4sVb/s0/thumb00035.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.coinarchives.com/a/lotviewer.php?LotID=1768973&AucID=4074&Lot=35&Val=1a8e9c4e4a0548cf428b9c3654ad0f04" style="font-size: small;">Coin Archives</a><span style="font-size: small;">: </span><span style="text-align: left;"><span style="color: #999999; font-size: x-small;">Jewish War. 60-70 CE. AE Half Shekel (26 mm, 15.22g). Jerusalem mint. <br />Dated year 4 (69/70 CE). 'Year four, half' (Shekel) in Hebrew, two lulav branches flanking ethrog. <br />Reverse: ''To the redemption of Zion' (in Hebrew), palm tree with two bunches of dates, flanked by baskets with dates.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Séc. I</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNpGyQqtrEpntgFJuaeJb7noNjt_kNRUmVv226WjBzG3gI62gl89nC1naPZTlia_RZXdBuxOkmrR5U2ew0LNTNuag6dBRchhzhyEWOOdg0SNfL0rC7f7879BKwNqD6hb8p-LsSBy50OH48/s320/thumb00174.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="178" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNpGyQqtrEpntgFJuaeJb7noNjt_kNRUmVv226WjBzG3gI62gl89nC1naPZTlia_RZXdBuxOkmrR5U2ew0LNTNuag6dBRchhzhyEWOOdg0SNfL0rC7f7879BKwNqD6hb8p-LsSBy50OH48/s0/thumb00174.jpg" /></a></div><div style="text-align: left;"><a href="https://www.coinarchives.com/a/lotviewer.php?LotID=1777726&AucID=4106&Lot=174&Val=bb9ad3f86a7c80f7e08f96cec20be8d0" style="font-size: small;">Coin Archives</a><span style="font-size: x-small;">: </span><span style="text-align: left;"><span style="color: #999999; font-size: x-small;">Judaea, The Jewish War. Bronze Prutah; Judaea, The Jewish War; 66-70 CE, Year 3=68/69 CE, Prutah, 2.53g. Hendin-1363, Meshorer-204. Obv: Amphora with broad rim, two handles, and conical lid decorated with tiny globes hanging around edge; "Year 3" around in Paleo-Hebrew. Rx: Vine leaf on small branch with tendril; "the Freedom of Zion" around in Paleo-Hebrew.</span></span></div><b><br /></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Séc. I</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTmlhQWuwxDVGVXFtyK7DCTKtZE6ysAz_cOa2nXhICToUZSWViSTBJq5ZLfiwDbUZ-4V13z-pwAj9fuYMXsLemwyVzlZNGtuS9o3XUU2LwfAbTO6b4cwIkbKeVnZR0g6TAIw4YxHG4RFdw/s320/thumb00034.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="161" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTmlhQWuwxDVGVXFtyK7DCTKtZE6ysAz_cOa2nXhICToUZSWViSTBJq5ZLfiwDbUZ-4V13z-pwAj9fuYMXsLemwyVzlZNGtuS9o3XUU2LwfAbTO6b4cwIkbKeVnZR0g6TAIw4YxHG4RFdw/s0/thumb00034.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><div style="text-align: center;"><a href="https://www.coinarchives.com/a/lotviewer.php?LotID=1768972&AucID=4074&Lot=34&Val=5ba60bffb9931825f13b0e565cd85ced" style="font-size: small;">Coin Archives</a><span style="font-size: small;">: </span><span style="color: #999999; font-size: x-small;">Jewish War. </span><span style="color: #999999; font-size: x-small;">The Jewish War. Year 3, Silver Shekel (14.02 g) 66-70 CE. Jerusalem, Year 3 (68/9 CE). <br /><div style="text-align: center;"><span style="text-align: left;">'Shekel of Israel' (Paleo-Hebrew), ritual chalice with pearled rim, the base raised by projections on both ends; above, </span><span style="text-align: left;">'Year 3'. Reverse: 'Jerusalem the holy' (Paleo-Hebrew), staff with three pomegranate buds, rounded base.</span></div></span></div></div><div><br /></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Não encontrei nada com a menorá, aliás não se conhece que o símbolo apareça muito antes deste transporte registado no Arco de Tito. Diz-se que um sarcófago em Magdala (descoberto há dez anos) que tem uma <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Menorah_(Temple)">menorá</a>, pode ser algumas décadas anterior a Tito.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Faço notar a presença da Palmeira (Tamareira) na primeira moeda destas três.</div><div style="text-align: justify;">- Por que razão é importante? </div><div style="text-align: justify;">Porque era um símbolo de Cartago. Aparecia também nas moedas de Cartago.</div><div style="text-align: justify;">Ora se as tâmaras se associavam a Cartago, também a parreira (2ª moeda) se pode associar à vinha, ou as granadas (3ª moeda)... a Granada. Para não se dizer que as inscrições são variantes fenícias, diz-se que são paleo-hebraicas. </div><div style="text-align: justify;">Ora este paleio hebraico significa que na prática não existia língua hebraica consolidada, fala-se num "aramaico" para evitar uma relação directa com o fenício. Praticamente o que se falava na região eram apenas variantes, e seria natural que o fenício de Tiro tivesse variação em Biblos, etc.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ora, as típicas representações em moeda das palmeiras/tamareiras usavam 3 ou 4 ramos para cada lado.</div><div style="text-align: justify;">Isso é engraçado porque se o topo da menorá for destacável, basta inverter, para obter o símbolo da tamareira. Três ramos são usados para o templo, e quatro para o Hannukah.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFsZt0kOI2e0GJIY7Nr67w_zApgWTxfg9Xj4bMY-qj9qffX3WBqFVG1J6vlTwg7kkG6fz174xMRSQ29DNuYzHkxZ1TaTuoV0woU39JYl3CbriiXY7APhxHvfuF_7iwS4IL5Ec57mD2sHDR/s727/afr011.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="423" data-original-width="727" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFsZt0kOI2e0GJIY7Nr67w_zApgWTxfg9Xj4bMY-qj9qffX3WBqFVG1J6vlTwg7kkG6fz174xMRSQ29DNuYzHkxZ1TaTuoV0woU39JYl3CbriiXY7APhxHvfuF_7iwS4IL5Ec57mD2sHDR/s320/afr011.jpg" width="320" /></a></div>... além disso, não esquecer que apareciam dois cachos de tâmaras, um de cada lado:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWYxghNkgFWTh0RFpFW0jgv-aeyWikzaqsJZSI-WZ3OiMa5PAf8pQF0jG4Upcpzs8UrA0kliiz48CJabAksh-B9eWCN3QvkOOPIUx5SK47Smt_ZOIvGzkvjDqS8q-6Sm72zxVHmWzMnLPZ/s626/afr012.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="626" data-original-width="575" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWYxghNkgFWTh0RFpFW0jgv-aeyWikzaqsJZSI-WZ3OiMa5PAf8pQF0jG4Upcpzs8UrA0kliiz48CJabAksh-B9eWCN3QvkOOPIUx5SK47Smt_ZOIvGzkvjDqS8q-6Sm72zxVHmWzMnLPZ/w184-h200/afr012.jpg" width="184" /></a></div><div style="text-align: justify;">A essas coisas os judeus chamam <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Etrog">etrog</a> (uma das 4 espécies, sendo outra folhas de palmeira - lulav).</div></div><div><br /><div><div style="text-align: justify;">Tal como a Fénix é um bicho mitológico que renasce das cinzas após a sua morte, e que corresponderia a um renascer da Fenícia, depois dos habitantes de Tiro se verem sujeitos a manusear moedas com a águia imperial dos gregos seleucidas/ptolomaicos, também haveria a memória de fazer renascer as tamareiras de Cartago, arrasada pela águia imperial romana, virando a menorá, para matar saudades...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quanto à destruição do Templo de Herodes, os judeus voltaram a revoltar-se, já no Séc. II, ainda não tinha passado um século da primeira revolta. Aí já encontramos os símbolos judaicos mais típicos, para além do lulav no verso, vemos o templo com a Arca da Aliança (notando que isto já seria uma visão de quem pouco ou nada tinha visto, pois eram já passados 65 anos):</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b>Séc. II</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicC-KNhUK2rVHkAtwNqq14wKDSKvJZnhYG9L97ZiHoT75UUJXVxbuB9pkua5ilErVh51f1lT_CbGYm1LaHBYOYmWdGIVPThjrIXxXZ4bEEF227w5Oe801ds58bAvp25F4giCX3Jkn0mLYp/s320/thumb00037.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="162" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicC-KNhUK2rVHkAtwNqq14wKDSKvJZnhYG9L97ZiHoT75UUJXVxbuB9pkua5ilErVh51f1lT_CbGYm1LaHBYOYmWdGIVPThjrIXxXZ4bEEF227w5Oe801ds58bAvp25F4giCX3Jkn0mLYp/s0/thumb00037.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><a href="https://www.coinarchives.com/a/lotviewer.php?LotID=1768972&AucID=4074&Lot=34&Val=5ba60bffb9931825f13b0e565cd85ced" style="font-size: small;">Coin Archives</a><span style="font-size: small;">: </span><span style="text-align: left;"><span style="color: #999999; font-size: x-small;">Bar Kokhba Revolt. Year One, 132-135 CE, Silver Sela (13.95 g). Jerusalem (132/3 CE). </span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="text-align: left;"><span style="color: #999999; font-size: x-small;">In Paleo-Hebrew 'Jerusalem' on three sides of the facade of the Jerusalem Temple; show bread table or Ark of the Covenant inside with semicircular lid seen from its end at center of entrance. <br />Reverse: 'Year one of the redemption of Israel' (Paleo-Hebrew), lulav with etrog at left. </span></span></div><p style="text-align: justify;">O que resta do Templo - o "<i>Muro das Lamentações</i>", acaba por ser outro lamento, já que claramente resulta de um empilhar de grandes pedras que pertenceriam... sabe-se lá a quê!</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFe7ZeoOTp2DLzmaEKrM7HUEGutZXol8UiUks4-GlW6PavMw92W9KDBJKbDz_oPxrRcemabHTphXJdrEwnQfcYNUL8xXeBHnqlVA-7kAfMVeRlLnsbgKWUoKoMchz5acqgnQdPRfvLn6IA/s768/afr013.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="768" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFe7ZeoOTp2DLzmaEKrM7HUEGutZXol8UiUks4-GlW6PavMw92W9KDBJKbDz_oPxrRcemabHTphXJdrEwnQfcYNUL8xXeBHnqlVA-7kAfMVeRlLnsbgKWUoKoMchz5acqgnQdPRfvLn6IA/w640-h426/afr013.jpg" width="640" /></a><br /><span style="font-size: x-small;">O muro das lamentações é essencialmente uma manta de retalhos, provavelmente<br />reconstruído empilhando grandes pedras (não tão grandes quanto Baalbek) de um ou mais templos.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><i><b>Em conclusão...</b></i></div><div><div style="text-align: justify;">Apesar de ser cultura popular, religiosa e não só, que os judeus têm uma tradição milenar que remontaria a tempos egípcios com Moisés, e depois com Salomão, a situação objectivamente traçada por confrontação com outros registos históricos, tem tantas pernas para andar quanto acreditar na sucessão da Monarquia Lusitana feita por Bernardo de Brito... ou talvez ainda muito menos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Símbolos judaicos como a menorá, ou outros, não se encontraram antes dos tempos romanos.<br />Com o registo de moedas, língua, inscrições escritas, etc, tudo vai parar à altura de Herodes, na melhor das hipóteses... ou seja, já sob domínio imperial romano.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os historiadores gregos não deram que existissem judeus, sendo certo que haveria por ali alguém, mas não com importância de ser mencionado. Alexandre Magno passou por ali como se não existissem, e só foi parado em Gaza, onde teve de fazer mais um cerco complicado, e exibir a sua gloriosa misericórdia com o valoroso general persa inimigo, arrastando-o pelo chão no seu carro de combate até morrer.</div><p style="text-align: justify;">Ora, quem ali existia digno de referência pelos gregos e restantes, eram os fenícios.<br />Com a queda de Tiro por Alexandre no Séc. IV a.C., com a terraplanagem de Cartago no Séc. II a.C., e já sem Cartagena ou Cádis, pela mesma altura, aos fenícios só restava sucumbirem.<br />Segundo o consenso histórico, teria sido isso que aconteceu... depois de um brilhante período, desapareceram da História, no fim da última Guerra Púnica.</p><p style="text-align: justify;"><i>Não me parece...</i><br />Como uma Fénix, creio que o que os fenícios acabaram por fazer foi reinventar-se.<br />Absorveram diversas dissidências que foram convergindo para um mesmo objectivo:<br />- <i>Não desaparecer da história...</i><br />No Séc. II a.C. já contariam com vários aliados no mesmo propósito... afinal até os egípcios começavam a perder a sua relevância e cultura, ficando definitivamente greco-romanos. <br />Os fenícios ligavam os deuses a homens, os sacerdotes egípcios herdeiros do monoteísmo de Akenaton, seriam os mais interessados em fazer reavivar as ideias de um monoteísmo perdido.<br />Nada mais natural do que lavrarem uma sagrada aliança no monte Sinai.</p></div></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-42332837866097407842021-03-15T00:58:00.009-07:002021-03-15T01:31:49.573-07:00King Kongo (2)<p><b>King Kong. </b>Em 1933 saiu um filme de Hollywood que fez furou pelo mundo:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyI8ZTMSz3FoqpeLhcCug9R2yQOdL2F7VAWOWDGn8XcBN0dnkitpwXuxiZR9FSzy4Pz1Fcjhkk0haPWxcA8tvPfGCzigX96H7GbBpMcMFP4OxD9Xi1TXK8I53hTADQw06MbsdB8GRJ8u2O/s445/Manicongo03.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="445" data-original-width="312" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyI8ZTMSz3FoqpeLhcCug9R2yQOdL2F7VAWOWDGn8XcBN0dnkitpwXuxiZR9FSzy4Pz1Fcjhkk0haPWxcA8tvPfGCzigX96H7GbBpMcMFP4OxD9Xi1TXK8I53hTADQw06MbsdB8GRJ8u2O/w280-h400/Manicongo03.jpg" width="280" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://en.wikipedia.org/wiki/King_Kong_(1933_film)">King Kong</a> (filme original em 1933) </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div span="" style="text-align: justify;">O argumento foi escrito pelo inglês <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Edgar_Wallace#King_Kong">Edgar Wallace</a> que o intitulou "Kong". Embora não haja explicação sobre o nome, "<i>Kong</i>" seria tão natural como "<i>Gabon</i>", pois Gabão e Congo são as duas regiões onde há a maior quantidade de gorilas. Em alternativa, Wallace terá proposto "<i>King of the Apes</i>", mas surgiu então "<i>King Kong</i>".</div><div><span style="text-align: justify;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;">Acontece que alguns ingleses e americanos sabiam perfeitamente que existia uma pessoa que reclamava o título "<i><a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Kingdom_of_Kongo">King of Kongo</a></i><span>"</span>. <span>O reclamante </span><span>era Pedro VII, aqui com a sua mulher, em pose de estado, no ano seguinte, em 1934: </span></div><div><div style="text-align: justify;"><p style="text-align: left;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6hRaESDiotVaLz5diHZwC20MMX4f9XNYsBH_8JsN3d1K7Mg8jXQZbarZuRmh-yobPoD-mOO1awvhOhzANAS76UJcpaHu2Vg6a4hkjgSHFTIcKQviGVl9AHx3WvXW87_owFiE0NuqIdAQA/s906/Manicongo02.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="906" data-original-width="618" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6hRaESDiotVaLz5diHZwC20MMX4f9XNYsBH_8JsN3d1K7Mg8jXQZbarZuRmh-yobPoD-mOO1awvhOhzANAS76UJcpaHu2Vg6a4hkjgSHFTIcKQviGVl9AHx3WvXW87_owFiE0NuqIdAQA/w273-h400/Manicongo02.jpg" width="273" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><i>King - Kongo:</i> Pedro VII (1934)</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: justify;">Em virtude da Conferência de Berlim (1884), o reino do Congo tinha-se colocado como reino vassalo de Portugal (1888), </span>e depois de uma revolta em 1914, os portugueses republicanos tinham terminado com esse reino. No entanto, continuou a haver pretendentes à sucessão, tal como no caso português.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma associação entre uma coisa e outra parece-me acidental, e é natural que não tenha passado pela cabeça de ninguém. Nem dos produtores de Hollywood que quiseram a mudança do nome, nem do inglês que escreveu o argumento.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pelo lado do argumento inglês encontro mais semelhanças com a descrição de Richard Burton:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><a href="https://books.google.pt/books?id=nhVXAAAAMAAJ"><i>Two Trips to</i> Gorilla Land <i>and the cataracts of the</i> Congo</a> (1875)</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">que 8 anos antes da decisão da Conferência de Berlim, proclamava que a permanência inglesa em África deveria seguir "<i>o modo dos Lusitanos dos velhos tempos heróicos</i>", de garantirem a influência territorial no interior através de portos bem consolidados no litoral (<i>Prefácio, pág. x</i>). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O capítulo XI tem como título "<i>Mr, Mrs, and Master Gorilla</i>", onde para além de atribuir a primeira viagem àquelas paragens a <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Hanno_the_Navigator">Hanno</a>, o cartaginês que navegou de Cádis até ao Golfo da Guiné, de onde surgiu a designação "<i>gorila</i>", e desmistifica mais à frente preconceitos sobre gorilas:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiqn7Mv2tO48mT51d5rNzyMZ-gylgDBpdhCRgqW57nLLGH7OUBC8DtrQH1iYO2-FWmzMLqE1WVXpXvvtTcSfZ-V0p_80HVCpcMdd-Z_47k3M8aHwu5NBcn2u9HWllueci3hb5qH-pig-QH/s476/ge002.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="476" data-original-width="354" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiqn7Mv2tO48mT51d5rNzyMZ-gylgDBpdhCRgqW57nLLGH7OUBC8DtrQH1iYO2-FWmzMLqE1WVXpXvvtTcSfZ-V0p_80HVCpcMdd-Z_47k3M8aHwu5NBcn2u9HWllueci3hb5qH-pig-QH/w238-h320/ge002.jpg" width="238" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0AicpffkTouuR0cjHiaBEQKtOE6laf3KGF1TARecBceqj-lcbhTpJHT14QKFowvlvWrLJyAw4wFy4lPFPXu8rCujvqn1nj9XUQLOxiv0bvhrszydxVJeoWLVksIa_gyHJ-On21maPT5q3/s349/ge003.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="260" data-original-width="349" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0AicpffkTouuR0cjHiaBEQKtOE6laf3KGF1TARecBceqj-lcbhTpJHT14QKFowvlvWrLJyAw4wFy4lPFPXu8rCujvqn1nj9XUQLOxiv0bvhrszydxVJeoWLVksIa_gyHJ-On21maPT5q3/w320-h238/ge003.jpg" width="260" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>Para os portugueses que conheciam África desde o Séc. XV, estas explicações deveriam ser escusadas, mas para toda uma Europa que estava agora empenhada em redescobrir o que já estava descoberto, era como se nada existisse antes. Basta ver que a Stanley é atribuída a brava missão de cartografar o Rio Congo até à rocha onde Diogo Cão deixou a sua assinatura. Foi como se desde 1485, e passados 400 anos, ninguém tivesse entrado mais no rio...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os jornais deram eco a essa paranoia de publicidade imperial, feita a Livingstone, Stanley ou pelos franceses a Brazza (italiano, de onde vem o nome Brazzaville). O mais curioso é que estes intrépidos exploradores, ou digamos turistas, usavam na sua equipa para além de nativos, também portugueses.</div><div style="text-align: justify;">É claro, os jornais oficiais nunca deixaram de cumprir a sua função oficial - vender uma verdade conveniente às políticas dos estados, ou dos grupos de influência, que os detinham.<br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um outro detalhe está no capítulo XII, onde Richard Burton associa uma <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2014/07/raio-ou-corisco.html">ilha do Corisco</a> (já aqui referida) a uma certa "ilha Gorila":</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieQh5U-ZAEb3sJH0l6RHA-Nhq9Bit_H1zK_lZX5wrKE7tjq5EVXF2BWwffT56GSUlRZruwBr0qfGNSED4me3U85AmiLEBRcnHxW-MJvRb1pFY91MasCRPZ6foCDSZuHoDxCKOfloiBwhwt/s359/ge004.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="296" data-original-width="359" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieQh5U-ZAEb3sJH0l6RHA-Nhq9Bit_H1zK_lZX5wrKE7tjq5EVXF2BWwffT56GSUlRZruwBr0qfGNSED4me3U85AmiLEBRcnHxW-MJvRb1pFY91MasCRPZ6foCDSZuHoDxCKOfloiBwhwt/s320/ge004.jpg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Acidentalmente ou não, encontramos aqui registos que sugerem o entendimento de gorilas enquanto fantásticas criaturas diabolizadas, e a existência de uma ilha Gorila, ligada às ilhas do Corisco. Referindo ainda que essas ilhas derivam o nome dos relâmpagos e tempestades que as assolavam. Ou seja, o enredo que foi usado no filme <i>King Kong</i> poderia encontrar-se nos mitos da época meio século antes, e não seriam poucos os que se lembrariam disso.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAI35EKbjHyl1KOzwdcvXZmv2IGD4Om-SyFKNXlSypJKF9yWZx4SN_OKY_h_WVf2XJi3rKm_Ys-l3gVYdZmtJCp2_DBTk57A000FXtawsBBEh65HmPJ7Pwmo9gh9jwxqlP2NyTjKlfWXG0/s761/ge005.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="761" data-original-width="706" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAI35EKbjHyl1KOzwdcvXZmv2IGD4Om-SyFKNXlSypJKF9yWZx4SN_OKY_h_WVf2XJi3rKm_Ys-l3gVYdZmtJCp2_DBTk57A000FXtawsBBEh65HmPJ7Pwmo9gh9jwxqlP2NyTjKlfWXG0/w371-h400/ge005.jpg" width="371" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIu49aSFvASPQL6RXYeZmIjZnmT8A1cziBmhIxlXS0YtE9As0do7tIsKQKoQSsiYJqYth6rL20BiScqRtwEsHQ-dPnDiGYEfN2PX6mvFlbekPjEVCJAx_KdlkQr4PPzxLA2JPL-qKU7mvv/s408/ge005z.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="361" data-original-width="408" height="177" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIu49aSFvASPQL6RXYeZmIjZnmT8A1cziBmhIxlXS0YtE9As0do7tIsKQKoQSsiYJqYth6rL20BiScqRtwEsHQ-dPnDiGYEfN2PX6mvFlbekPjEVCJAx_KdlkQr4PPzxLA2JPL-qKU7mvv/w200-h177/ge005z.jpg" width="200" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Ilha de Corisco, e a sul, à esquerda de Mbanié, existe uma minúscula ilha "Conga</span><span style="font-size: small;">".</span></div><br /><div style="text-align: justify;"><b>Heart of Darkness</b></div><div style="text-align: justify;">Em 1899 Joseph Conrad publicou <i>Heart of Darkness</i> (Coração das Trevas), referindo a viagem pelo rio Congo em direcção a um estado idealizado pelo psicopata Kurtz, ou digamos, pelo rei Leopoldo II da Bélgica, para quem o Congo foi propriedade privada, para experiências sociais avançadas, que eliminaram milhões de "brutos" (sic). </div><div style="text-align: justify;">Uma curiosa adaptação desta obra é depois usada no filme <i>Apocalypse Now</i>, onde o rio deixa de ser o Congo, e sendo no Vietname, passará a ser o <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Mekong">Mekong</a>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mais uma vez, esta ligação entre Kong e Mekong será possivelmente fruto de coincidências encadeadas, não tanto porque não seja vislumbrada qualquer relação entre os rios, ou mesmo entre a situação política... digamos que Nixon não corresponderia a Kurtz, da mesma forma que isso poderia ser feito com Leopoldo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Zaire</b></div><div style="text-align: justify;">O que não é completamente claro para mim, ainda hoje, é até que ponto não houve um conhecimento dos dois rios Congo e Mekong, e dos respectivos reinos associados, ainda ao tempo de D. João II.</div><div style="text-align: justify;">A esse propósito desde logo adiantei que me pareceu que a viagem de Diogo Cão pode ter corrido no sentido oposto, passando pelo Estreito de Magalhães. <br />Porquê? </div><div style="text-align: justify;">Porque Fernão de Magalhães refere usar um mapa de Martin Behaim, para passar o estreito, quando acerca de Behaim só me parece haver registo que tenha viajado com Diogo Cão.<br />O rio Congo passou depois a ser designado como rio Zaire, supostamente vindo de palavra indígena <i>n'zere</i>, ao passo que a palavra original para o rio no Vietname seria mesmo <i>khong</i>.</div><span style="text-align: left;"></span></div></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-84456913951557276702021-03-10T23:58:00.005-08:002021-03-11T00:23:42.457-08:00King Kongo (1)<p style="text-align: justify;">Na literatura inglesa, rei do Congo é designado "<i>King of Kongo</i>". Estas eram as suas armas reais, onde se lê <i>Rei de Mani Cõgo</i>:</p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZQZmmhaeA4pewhI6qD7ljv7VRderMdb_weGByNk9MncKaUUMfB-m__4qRo3JBdxocdYe3iXRJ98JbsP_88WNY_oks01V_11BY7ykW9jPHKngwKvy1SlSDKLlqEFt6KAWtpHlRUEhCcUzv/s1219/Manicongo.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1219" data-original-width="850" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZQZmmhaeA4pewhI6qD7ljv7VRderMdb_weGByNk9MncKaUUMfB-m__4qRo3JBdxocdYe3iXRJ98JbsP_88WNY_oks01V_11BY7ykW9jPHKngwKvy1SlSDKLlqEFt6KAWtpHlRUEhCcUzv/w446-h640/Manicongo.jpg" width="446" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">D. João II sempre se orgulhou de ter conseguido a conversão do primeiro rei do Congo à religião cristã, baptizado em 1491, e que adoptou o mesmo nome, João. <br />A partir daí todos os reis do Congo usaram nomes portugueses, até hoje. <br />Franceses, belgas, etc, usam por vezes um nome <i>indígena</i>, para evitarem ter que explicar que os reis do Congo prezavam a sua ligação a Portugal, e o nome português. Mesmo outras casas dinásticas que governaram o Congo usaram o símbolo das Quinas, como a Casa de Coulo (em francês, inglês Kwilu):</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqZoNQs5GmBp9SThD9aSuqVit0zvwVajDnh27iNTu2SCLMvQ-d9qYHtDRokOtQvsrz0tY4GC4W-oSyFUgwIhdkGX_uD28ianaC-V1Q5BJaSvdJlUzipb2d6stJmrqf_eXZI9g3iP-p6vH5/s640/Manicongo04.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="538" data-original-width="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqZoNQs5GmBp9SThD9aSuqVit0zvwVajDnh27iNTu2SCLMvQ-d9qYHtDRokOtQvsrz0tY4GC4W-oSyFUgwIhdkGX_uD28ianaC-V1Q5BJaSvdJlUzipb2d6stJmrqf_eXZI9g3iP-p6vH5/s320/Manicongo04.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">D. Álvaro I, rei do Congo em 1568.</span></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">De certa forma, os reis do Congo mantinham um controlo sobre os locais, e dominavam o comércio de escravos. Para evitarem que fossem os seus a serem usados como escravos, fariam guerra às tribos vizinhas, e vendiam os prisioneiros aos negreiros portugueses. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O problema começou logo com D. João I do Congo, que assim que morreu D. João II, abandonou a religião católica. Os portugueses apostaram na sucessão, e quando este morreu em 1506, provocaram uma guerra cívil, apoiando D. Afonso I, o irmão que iria garantir que o Congo seria sempre católico, e até com embaixador em Roma.<br />O rei D. Afonso I protestou contra o comércio de escravos, que ia já além do seu controlo, e começava a haver transacção com pessoas livres, vendidas como escravos. Apesar de estar sujeito às "<i>ordenações manuelinas</i>", perante tal lista diz-se que ironizou, perguntando ao embaixador português, Rui de Aguiar:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><ul><li><i>Qual é então a punição por pôr um pé no chão?</i></li></ul></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Este reino do Congo foi varrido da memória nacional, mesmo que todos os seus reis continuassem a usar nomes portugueses. Os portugueses estavam de certa forma confortáveis com o controlo que Francisco de Almeida propusera na Índia - sempre que o governante começasse a ter ideias próprias, era mudado, por golpe palaciano ou efectiva disputa com irmãos mais obedientes. <br />Claro que Francisco de Almeida não imaginaria que 500 anos depois Portugal seria sujeito ao mesmo, quando cedesse a sua independência (por exemplo, a Bruxelas, ou ainda antes ao FMI).</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />Indo directamente ao assunto. <br />Com o crescimento do Império Alemão, Bismarck começou a fazer birra pelo facto de não estar a calhar nada à Alemanha como potência colonial, e promoveu a Conferência de Berlim (1884-85), que foi especialmente apadrinhada pelo rei Leopoldo II da Bélgica, visando ficar com o Congo, em nome de uma "sociedade internacional", de que por acaso era dono. Da rainha Victoria de Inglaterra, sua prima, Leopoldo recebeu o turista Stanley, muito promovido (ainda hoje), por ter andado a mapear uma África que os portugueses conheciam há séculos...</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Nestas coisas, os facínoras movem-se sempre pelo "<i>progresso da humanidade civilizada</i>". </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Usaram ideais <i>anti-racistas</i>, quando queriam efectivamente dominar outras "raças", argumentando que existia escravatura em África, nos territórios islâmicos e sob controlo indígena... o facto desse comércio de escravatura existir umas décadas antes, promovido pelos próprios, não interessava nada.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Não usaram <i>ideais libertadores</i>, porque <i>a contrario</i> iam efectivamente colonizar, isso só seria usado depois da 2ª Guerra Mundial. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Não usaram ideais de uma <i>cândida verdura</i>, porque iam efectivamente explorar a selva, e porque as agendas do clima, LGBT, etc... eram coisa para ficarem de molho, para cozinhar agora.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">No Congo, que Leopoldo tanto queria, havia um problema:<br /><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">King Kongo, D. Pedro V:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIACPqu0VgXDW-jdUoT53sq_wIYMmXs8eNeHOCpXPMUnuBxOZ-jjG6gIkdrihBqQJaKSEk0B8q6DngDY1yfQobinxaSxul6BCgjL4PL3leDupWu_mhMSOlrVvt_uxqIblf8-9Ouo1EPmIm/s600/Manicongo04.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="421" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIACPqu0VgXDW-jdUoT53sq_wIYMmXs8eNeHOCpXPMUnuBxOZ-jjG6gIkdrihBqQJaKSEk0B8q6DngDY1yfQobinxaSxul6BCgjL4PL3leDupWu_mhMSOlrVvt_uxqIblf8-9Ouo1EPmIm/s320/Manicongo04.png" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Sejamos claros, nesta conversa toda, que sabemos ser <i>conversa para crianças numa loja de doces</i>, havia um reino que era cristão, que tinha uma história muito mais antiga que a da Bélgica (que nem sequer tinha um século), que nunca se recusara a usar costumes europeus, que não apreciava o uso de escravos, e onde não era propriamente fácil usar de qualquer argumentação LGBT (liberdade, garantia, bonomia, e trabalho), para chegar lá e cortar como se não existisse...</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O que é que isso interessou? Nada!<br />O rei do Congo teve que ficar sob o protectorado português de Angola, e o resto do território, foi para belgas e franceses. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />Portugal estava numa posição complicada, porque se via ameaçado por todos os lados, e só encontrou como aliado a Inglaterra, para evitar que o Congo entrasse por metade de Angola. Depois pagou isso, porque a Inglaterra achou que a ambição de Portugal ligar Angola a Moçambique, era demasiada.<br /><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O rio Congo seria um rio internacional, e através dele, Leopoldo teria acesso ao mar.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Leopoldo depois pode explicar os seus ideais progressistas ao reinar sobre o Congo, a escravatura passou a chamar-se trabalho (forçado), e outros requintes de civilização, ou seja, atrocidades, com estimativas que <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Atrocities_in_the_Congo_Free_State">variam entre 1 e 15 milhões de mortos</a>. <i>Vivam os ideais progressistas!</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Para percebermos como Portugal é que era uma nação racista, que espezinhava os negros, ao contrário das outras sofisticadas e progressistas nações europeias, veja-se esta pequena diferença, em que Rafael Bordalo Pinheiro apresenta a rainha do Congo, D. Amália, dando um sermão ao emissário que a iria representar na conferência:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj55gUcFY1WaGpQyHYfKqJ_UPCz5F6vuWL9dBBIx_XMIjUUOKptCucbBVD9Jx7YdQvua24NVlEWsgB_eEoMo1Sxvcb6tdn0GNqrDfyoTBSyvf5C4-d-RSfRhzg_o45idgH9Nuz5iGkHMZme/s1831/AMariaN286_0007.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1831" data-original-width="1345" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj55gUcFY1WaGpQyHYfKqJ_UPCz5F6vuWL9dBBIx_XMIjUUOKptCucbBVD9Jx7YdQvua24NVlEWsgB_eEoMo1Sxvcb6tdn0GNqrDfyoTBSyvf5C4-d-RSfRhzg_o45idgH9Nuz5iGkHMZme/w470-h640/AMariaN286_0007.jpg" width="470" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Bordalo Pinheiro, que dedica uma série de números ao assunto, comenta:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><ul><li><i>A rainha do Congo, D. Amalia, que é incontestavelmente a pessoa mais interessada na questão que se está discutindo na conferencia de Berlm, acaba de investir de poderes de accessor pratico em aquela conferencia ao popular Zé Augusto que vae encarregado de pregar sobre a morte do Congo o mesmo sermão de lagrimas que costuma pregar por occasião do enterro do bacalhau.</i></li></ul><div>Irei dedicar mais uns números a este assunto, porque isto tem pano para mangas...</div><div><br /></div><div>Por isso, quando ouvimos a malta da nossa praça falar de "racismo" em Portugal, convém fazer notar que os únicos a invocar a questão racial são na esmagadora maioria auto-denominados "<i>anti-racistas</i>".</div><div>Também nenhum careca gosta de ser chamado "careca", e não é por isso que vou classificar comentários como <i>carequistas</i>, ou fazer a apologia do <i>anti-carequismo</i>. </div><div>A maioria dos "<i>anti-racistas</i>" são brancos que querem chamar "<i>pretos</i>" a quem não pertencer ao seu clube de ignorantes. Ou seja, querem ser racistas à sua maneira. Como a maioria, estão-se totalmente a borrifar para os negros, mas usam esse pretexto para censurar pessoas e opiniões, como qualquer inquisidor medieval. <br />Na quase totalidade, desconhecem os contornos manipulatórios onde são usados como marionetas.</div><div>Já agora, quero ver aparecer o primeiro <i>anti-racista militante</i>, que mencionou, ou sequer conhecia os reis do Congo com nome português.</div><div>Haja paciência, porque falta paciência para tanta estupidez militante...</div></div><p></p>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-17381468196244350912021-03-06T23:59:00.007-08:002021-03-07T01:56:38.190-08:00Fernão de Magalhães (5) a chegada a Guam<p style="text-align: justify;">Em 6 de Março de 1521, há 500 anos, Magalhães avista Guam, e encontra de novo indígenas, o povo Chamorro, os primeiros após os patagões, e ter atravessado o Pacífico desde o fim de Novembro de 1520. Terá antes avistado ilhas a que chamou São Paulo e Tubarões, mas estas foram as primeiras habitadas que viu depois de sair do Estreito de Magalhães.</p><p style="text-align: justify;">Magalhães chamou-lhe <i>Ilha das Velas Latinas</i>, porque os chamorros apareceram em barcos com velas latinas, mas o nome que passou foi <i>ilha dos ladrões</i>, devido à descrição contada por Pigaffeta, onde se notava que aos nativos lhes faltava a noção de propriedade individual.</p><p style="text-align: justify;">Uma das peculiares construções existentes em Guam são os chamados "<i>latte</i>" ou seja, "<i>menires com chapéu</i>", a que já tinhamos feito referência nas <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2018/08/lendas-da-micronesia.html">Lendas da Micronésia</a>, e que nessa particularidade do chapéu, parecem ter alguma conexão com com os moais da ilha da Páscoa. Porém faltou-lhes um rosto e o mesmo tipo de publicidade...</p><p style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXZ31G0rKquQ0OFZxtnmzdIIvrCb0fABARbt6BaasWFdNBhIsNx0v9Fw_qsNstnT9fHYgSgB_NZ4Yc6FUiznWvMLcDL8n2IXbucDh359ytgax0_VJ0yLmxRZFphWDrjKL7CcT9sOH0wNhC/s320/170px-Latte1.jpg"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXZ31G0rKquQ0OFZxtnmzdIIvrCb0fABARbt6BaasWFdNBhIsNx0v9Fw_qsNstnT9fHYgSgB_NZ4Yc6FUiznWvMLcDL8n2IXbucDh359ytgax0_VJ0yLmxRZFphWDrjKL7CcT9sOH0wNhC/s320/170px-Latte1.jpg" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwGAMnLiQQ_ml526UJXjrRK80-2ulK0XetIGx8XCpwQ_mxX6CpZF16P56WjtNatOPgArB_YxXJDfcLuRqLFLzfXlnZdm579lOIz-Oc7xjvE03NuLJU1wVnbKIEG1OYECGRoEzGyyDmhJsd/s220/Guma_Taga_ruins%252C_pre-1902.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="164" data-original-width="220" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwGAMnLiQQ_ml526UJXjrRK80-2ulK0XetIGx8XCpwQ_mxX6CpZF16P56WjtNatOPgArB_YxXJDfcLuRqLFLzfXlnZdm579lOIz-Oc7xjvE03NuLJU1wVnbKIEG1OYECGRoEzGyyDmhJsd/w320-h239/Guma_Taga_ruins%252C_pre-1902.jpg" width="320" /></a><br /><span style="font-size: x-small;">As chamadas construções "latte" da ilha de Guam</span></p><div style="text-align: justify;">Guam é actualmente um território sob controlo dos EUA, ou seja é na prática uma das várias colónias americanas, sendo a mais famosa Porto Rico, que <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/51st_state">não tem direito ao estatuto de estado</a>, e cuja maior parte saiu de anexações feitas aos espanhóis na <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Spanish–American_War">Guerra Hispano-Americana</a> (1898), onde perderam as Filipinas, Guam, Cuba e Porto Rico. Até 1959, nem o Havai, nem o Alasca, eram estados americanos, e portanto também funcionavam como colónias.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Estas construções latte são consideradas que poderiam funcionar como pilares para suster o chão de uma habitação, como se pode ver neste <a href="https://www.guampedia.com/umatac-humatak/">exemplo em Guam</a> (Umatac, 1937):</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW0DOGqvj6cukOA5iiyAFYkXW0KDRaJOOK9-6fmz4LNiT-LPqEW66hwb2qJVGlvyKo6Shfhsb4ytYNgN1Z3l0TSZ_ivlsUkPwyRDO2oqnAthT47uTCF3ZRlC0k-kH05hrAw5lhcBgHPac8/s686/Guam.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="686" height="388" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW0DOGqvj6cukOA5iiyAFYkXW0KDRaJOOK9-6fmz4LNiT-LPqEW66hwb2qJVGlvyKo6Shfhsb4ytYNgN1Z3l0TSZ_ivlsUkPwyRDO2oqnAthT47uTCF3ZRlC0k-kH05hrAw5lhcBgHPac8/w640-h388/Guam.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;">... em que as colunas servem para colocar a habitação a uma razoável altura do solo (impedindo a entrada de animais).</div><div style="text-align: justify;">A baía jacente a esta povoação Umatac, tem a <a href="https://www.guampedia.com/fouha-bay-cradle-of-creation/">rocha de Fouha</a> (ou Fua): </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXeEIqMU51XzfbxVsfAS8-SSSxxdKiXuBkPWp38TLeOqM9x_iRVT541FeMtpVDebIMAg8Me2EHFfxJFZqnpD1DVC6AaIzxTRwQdKXLbLeZ7zNK1pUaHEpcbbb7E1B64dqMrBgSXSUVLDNz/s1032/Guam01.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="358" data-original-width="1032" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXeEIqMU51XzfbxVsfAS8-SSSxxdKiXuBkPWp38TLeOqM9x_iRVT541FeMtpVDebIMAg8Me2EHFfxJFZqnpD1DVC6AaIzxTRwQdKXLbLeZ7zNK1pUaHEpcbbb7E1B64dqMrBgSXSUVLDNz/w640-h222/Guam01.jpg" width="640" /></a></div>... um megalito natural, onde se centra o <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2018/08/lendas-da-micronesia.html">mito de criação chamorro, de que já demos conta</a>. <div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como os mitos costumam gostar de unir coisas, é também tradição local ter sido aqui que Magalhães aportou após ter atravessado o Pacífico.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Há o <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Guam_Discovery_Day">Guam Discovery Day</a>, mas nem consegui saber se este ano foi comemorado... em Portugal, é certo que fez um bonito blogue Magalhaes500.pt, onde me parece que se o 500 serve para indicar alguma coisa deverá ser o dinheiro dispendido (em milhares de euros), só para benesses e comendas para uma comissão inútil.</div></div><div style="text-align: justify;"><i><b>Para meu espanto, creio que este é o único site que se foi lembrando de comemorar estes 500 anos.</b></i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Conforme já se foi percebendo, Magalhães foi completamente esquecido e este pequenos apontamentos nem sequer servem jornais, quanto mais telejornais, mais preocupados com a compra de computadores "Magalhães" (de onde virá o nome?) para as escolas, por causa da "pandemia".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não, não se trata de uma <i><b>pandemia</b></i>, estamos mesmo no meio de um <i><b>pandemónio</b></i>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">_______________________________________</div><div style="text-align: justify;"><b>Nota</b> <span style="color: #999999; font-size: x-small;">(07/03/2021).</span> <i>Links para os textos anteriores a este respeito</i>:</div><div style="text-align: justify;"><ul><li><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2020/11/fernao-de-magalhaes-4-australia.html">Fernão de Magalhães (4) Austrália</a> (25 de Novembro de 2020)<br /></li><li><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2020/10/fernao-de-magalhaes-3.html">Fernão de Magalhães (3) pouco viral</a> (20 de Outubro de 2020)<br /></li><li><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2020/10/fernao-de-magalhaes-2-saturno.html">Fernão de Magalhães (2) Saturno</a> (13 de Outubro de 2020)<br /></li><li><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2020/08/fernao-de-magalhaes-1-estevao-gomes.html">Fernão de Magalhães (1) Estevão Gomes</a> (11 de Agosto de 2020)<br /></li><li><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2019/09/outros-quinhentos-5-vergonha.html">Outros quinhentos (5) a vergonha transnacional</a> (20 de Setembro de 2019)<br /></li></ul></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-26543902233825187582021-03-05T23:55:00.001-08:002021-03-06T00:12:22.135-08:00Costas de Portugal<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYJpa5XcZ9JQ4zKYEkqW7DddjzZR7lz99_1DFiMLTeOd5R64xZanwfiBh5mid-Tx38Un489Xmn6Ep0zE1jUCSvjF6dzG8YLHO58YPJtnxr5lciThBmptH4bAliAdGwffztcTuVhBgm4N88/s566/costas-pt.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="566" data-original-width="370" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYJpa5XcZ9JQ4zKYEkqW7DddjzZR7lz99_1DFiMLTeOd5R64xZanwfiBh5mid-Tx38Un489Xmn6Ep0zE1jUCSvjF6dzG8YLHO58YPJtnxr5lciThBmptH4bAliAdGwffztcTuVhBgm4N88/w418-h640/costas-pt.jpg" width="418" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><b>Há costas e costas...</b></div><div><br /></div><div>Por alguma razão, temos dois significados:</div><div><ul style="text-align: left;"><li>as costas da zona costeira</li><li>as costas do corpo humano </li></ul><div>e isto é particular da língua portuguesa! </div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Se há uma certa ligação latina no termo "<i>costa</i>", que é aplicada à zona costeira, depois no que diz respeito às costas do corpo humano, mesmo os espanhóis usam "<i>espalda</i>", os italianos "<i>spalla, schiena</i>", os franceses "<i>dos</i>", os ingleses "<i>back</i>"... ou seja não há propriamente uma tentativa de ligar a costa às costas!</div><div style="text-align: justify;">No entanto, essa primitiva ligação às costas ficou-lhes nas costas... por exemplo, quando se referem a costela, os espanhóis dizem "<i>costilla, chuleta</i>", os italianos dizem "<i>costola</i>", os franceses dizem "<i>côte</i>", e só os ingleses vão buscar "<i>rib</i>". O mesmo se passa com "costoletas", onde espanhóis, italianos e franceses também vão usar termos semelhantes e só em inglês é diferente (o alemão usa também "kotelet", talvez por influência francesa).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Portanto, parece-me que há alguma evidência que o termo "<i>costas</i>" aplicado às "<i>costas</i>" tem um sentido mais antigo, já que as línguas derivadas vão buscar a essa designação primeira, para as variantes de costelas e costeletas, mas só o português manteve a ligação à costas do corpo humano. </div><div style="text-align: justify;">Porquê?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Creio que é mais ou menos claro olhando para o mapa onde se fala português, e que se pode estender bem até à Galiza, e olhando para o aspecto das costas, neste caso ilustrei com a espinha, que está virada para a frente, mas poderia ser igualmente feito com o perfil das costas de alguém, nesse caso virado de costas para o mar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Acontece que aparece muitas vezes, com um significado algo arbitrário, ligado a um esoterismo <a href="http://www.christianrosenkreuz.org/ddc_arcep_parte5_171.htm">rosacruxiano</a>, a comparação que Fernando Pessoa invocou, dizendo que Portugal era o rosto da Europa:</div></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div><div style="text-align: justify;"><i>A Europa jaz, posta nos cotovelos </i></div></div></blockquote></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div><div style="text-align: justify;"><i>(...)</i></div></div></blockquote></blockquote><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div><div style="text-align: justify;"><i>O rosto com que fita é Portugal.</i></div></div></blockquote></blockquote></blockquote><div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Noutros casos aparece como cabeça, e talvez o caso mais conhecido é este mapa atribuído a <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Heinrich_Bünting">Heinrich Bunting</a> (Séc. XVI) "<i>Europa Prima Pars Terrae in Forma Virginis</i>":</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS380i5UVrKxO-f6SXAPGiuwgTqJpTafUSmAhjb4VMnAbEkRAylwoyJOD678oZudjyYSvtguLpUGnTUSL_VqG8soD8X63rWvkVIiW9H-gi0MQmTbZR4AyktEyWfHAJwB636SzMnDKE6AaQ/s800/costas-pt-02.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="578" data-original-width="800" height="462" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS380i5UVrKxO-f6SXAPGiuwgTqJpTafUSmAhjb4VMnAbEkRAylwoyJOD678oZudjyYSvtguLpUGnTUSL_VqG8soD8X63rWvkVIiW9H-gi0MQmTbZR4AyktEyWfHAJwB636SzMnDKE6AaQ/w640-h462/costas-pt-02.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando escrevi os textos <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2011/06/tarso.html">Tarso</a> e depois <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2011/07/carpo.html">Carpo</a>, fiz notar que as designações não pareciam surgir literalmente do "<i>pé para a mão</i>", e que havia uma possível associação das partes geográficas às particularidades do corpo humano. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Neste caso, isto parece ainda mais evidente no caso das Costas, já que o perfil da costa portuguesa, aparece como se fossem as costas de uma figura humana. Em particular a espinha iria corresponde à região entre Tejo e Douro, que foi onde se decidiram instalar os Turdúlos Velhos, o povo mais antigo de que há menção em Portugal. Essa seriam as costas que levariam até um sacro na Roca, e que terminavam sem cabeça na Cale, a Gaia do Porto. A cabeça seria o correspondente Minho... ou noutra versão mais antiga, o corte da cabeça seria feito pelo Minho para a Galiza, e não pelo Douro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Isto é apenas uma observação fortuita, que não significa nada de especial, excepto que este exemplo junta-se a dezenas de outros que fui aqui mencionando, que parecem mostrar que a língua portuguesa poderá preceder as restantes, ditas de origem "latina"... ´</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com19tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-11159303943442590992021-02-28T00:22:00.001-08:002021-02-28T00:23:04.423-08:00A África começa nos Pirinéus (4)<p style="text-align: justify;">Quando em 1492 os reis católicos, Fernando de Aragão e Isabel de Castela, decretam a expulsão dos judeus do território espanhol, há uma audiência que foi depois registada em diversos quadros. <br /><br />Escolhemos aqui parte do quadro de Emilio Sala (1889), que ilustra o momento em que Torquemada, Inquisidor-Mor, atira um crucifixo para a frente do judeu... Abravanel oferecera 30 mil ducados para que Fernando evitasse o édito de expulsão, e Torquemada comparou isso à oferta a Judas para trair Cristo...</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDDsDQ1sxkjP9Ld7eh_Rkk5VtRLRAAoX8G25tzjoo-NsBXHtwnoWHIgbuDmDG7D0Df84UuVn9cWRm27PY72LhFd7-PAdvQXdu-LAurmc0HCiC5zZ6HjfJMjMPLSzlTj0ijF7Tr70mGLCGH/s1822/Expulsao-Judeus.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="740" data-original-width="1822" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDDsDQ1sxkjP9Ld7eh_Rkk5VtRLRAAoX8G25tzjoo-NsBXHtwnoWHIgbuDmDG7D0Df84UuVn9cWRm27PY72LhFd7-PAdvQXdu-LAurmc0HCiC5zZ6HjfJMjMPLSzlTj0ijF7Tr70mGLCGH/w640-h260/Expulsao-Judeus.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Curiosamente, Torquemada seria filho de cristãos-novos, os pais seriam judeus, e até o mais famoso inquisidor seria de origem judaica. Porque, em questão de fama, os créditos não vão para mãos alheias.<br /><br /></div><div style="text-align: justify;">Abravanel poderia ter a hipótese facilitada por ter nascido em Lisboa, mas D. João II procurava-o, por ter sido associado à conspiração dos Bragança contra si, e assim seria dos poucos judeus para quem Portugal também não era fuga possível. Acabou por sair para <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Monopoli">Monopoli</a> e depois para Veneza.</div><div style="text-align: justify;"><br />Consta que terá argumentado que os judeus sefarditas estavam na Península Ibérica desde o tempo em que fugiram ou foram deixados por Nabucodonosor, e portanto estes judeus não poderiam ser associados à morte de Jesus Cristo, porque nunca tinham estado fora da Hispania. <br />Saiu também em 1988 um texto chamado "<i>Édito de resposta de Isaac Abravanel</i>", que pode ser <a href="https://judaicafm.blogs.sapo.pt/29450.html">encontrado aqui</a> (ou <a href="http://www.mishkan.com/abravanel.html">aqui</a>), que é normalmente encarado como obra de ficção, mas é ilustrativo do problema subjacente, seja original ou ficção recente. O texto coloca esta profecia na boca de Abravanel:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><div><i>No curso do tempo, o outrora grande nome da Espanha se tornará um provérbio murmurado entre as nações: Espanha, a pobre e ignorante; Espanha, a nação que tanto prometia e todavia terminou tão pequena.</i></div></div><div style="text-align: justify;"><div><i>E então um dia a Espanha se questionará: o que nos sucedeu? Por que somos motivo de riso entre as nações? E os espanhóis daqueles dias olharão em seu passado e se perguntarão por quê isso veio a acontecer. E aqueles que são honestos apontarão para este dia e para estes tempos quando a sua queda como nação começou. E como causa de sua ruína serão mostrados ninguém mais além de seus reverenciados soberanos católicos, Fernando e Isabel, conquistadores dos mouros, que expulsaram os judeus, fundaram a Inquisição, e destruíram a mente investigadora na Espanha.</i></div></div></blockquote><div style="text-align: justify;"><div><br /></div><div>A decadência de Espanha (e Portugal), tem sido muito associada a esta vontade de vingança dos judeus contra esta expulsão. Não será sem razão, mas terá sido largamente exagerado o papel judaico, per se, quando comparamos o que se passou com a Holanda, que perdeu naturalmente o seu império, ou com a Alemanha, que se reergueu numa década ou duas, após a derrota nazi..</div><div><br /></div><div>Porém, uma vontade ignorante foi levada para França e satélites, por momentos elevada aos píncaros, especialmente após a derrota de Espanha na Guerra dos Trinta Anos. </div><div>A partir de Vestfália, os reinos ibéricos passaram a ser desconsiderados do primeiro plano mundial, servindo especialmente para alianças nas disputas entre França e Inglaterra.</div><div><br /></div><div>Rafael Bordalo Pinheiro caracterizava assim a ignorância francesa, vista de Lisboa, pela luneta da publicação "António Maria":</div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><b>O QUE OS FRANCEZES PENSAM A NOSSO RESPEITO </b></div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi9kcHgek85NsFCrsiKJLHdoyI4vmHShUP2f0PFWoliKL0IOGKtmGNmZPlZVkbvkmy4WVECLeXtZDPgWVC77DhCeQK2Y32LA8fwP9-h_KvLrgetHAlwP1PU8eBq4D-j5phpjqGsaj8nVl6/s897/Expulsao-Judeus001.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="330" data-original-width="897" height="236" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhi9kcHgek85NsFCrsiKJLHdoyI4vmHShUP2f0PFWoliKL0IOGKtmGNmZPlZVkbvkmy4WVECLeXtZDPgWVC77DhCeQK2Y32LA8fwP9-h_KvLrgetHAlwP1PU8eBq4D-j5phpjqGsaj8nVl6/w640-h236/Expulsao-Judeus001.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh45NIH3kKdLY-gGnXvLD3TUWW89hm_L5iBxleZ5iPyeZ3EZ9Y9vk2dG5_2CePemR-RBcjtRbttnejs7sPT82Qsl1op0__NLhvfyqcCuYHKrztXyNq1BRTMEbYgxhg5Q0Kp9AHGDgrSuhZk/s714/Expulsao-Judeus002.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="316" data-original-width="714" height="284" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh45NIH3kKdLY-gGnXvLD3TUWW89hm_L5iBxleZ5iPyeZ3EZ9Y9vk2dG5_2CePemR-RBcjtRbttnejs7sPT82Qsl1op0__NLhvfyqcCuYHKrztXyNq1BRTMEbYgxhg5Q0Kp9AHGDgrSuhZk/w640-h284/Expulsao-Judeus002.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCiVpy0Z20QwqTmuFetsfhKcSPjDTdHgsgBiJt49z5mbArPyU8z0i0d-yNa-TOzaPQF6-ryxNe5YcGH317Av1RRDCwM4pSOzFiNeagXHosXOwGxgD8SlRPiCAmk-HCrnVfO9_oxf8REzV3/s700/Expulsao-Judeus003.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="302" data-original-width="700" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCiVpy0Z20QwqTmuFetsfhKcSPjDTdHgsgBiJt49z5mbArPyU8z0i0d-yNa-TOzaPQF6-ryxNe5YcGH317Av1RRDCwM4pSOzFiNeagXHosXOwGxgD8SlRPiCAmk-HCrnVfO9_oxf8REzV3/w640-h276/Expulsao-Judeus003.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggeIJAtaVkX4KUYrZ7M3lSxrP5j_Ds70UxTdczd-nspfRiuG11WbjhGC_l-lrCtfggrOt1AMbV4vmpH6fJYe6ReuYbi4hzeoK8RXfwq7evqsr1KjcwzWyEDERhDKtb6FmJKFhRQKhNfH2E/s931/Expulsao-Judeus004.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="321" data-original-width="931" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggeIJAtaVkX4KUYrZ7M3lSxrP5j_Ds70UxTdczd-nspfRiuG11WbjhGC_l-lrCtfggrOt1AMbV4vmpH6fJYe6ReuYbi4hzeoK8RXfwq7evqsr1KjcwzWyEDERhDKtb6FmJKFhRQKhNfH2E/w640-h220/Expulsao-Judeus004.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTetbbcmHXfnpx0Aub6K5iP6xXf0e8uz4PANEQUZl1sKD-Wql-JeKenWUb5Po2OFLJ6O5_PHtFRBU9lYXIHrUM9d2DaYnyVVkj-_CkMLJLb_765jt0_Mr57aHg1XfpWix7aXTBK4QZjOQL/s725/Expulsao-Judeus005.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="316" data-original-width="725" height="278" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTetbbcmHXfnpx0Aub6K5iP6xXf0e8uz4PANEQUZl1sKD-Wql-JeKenWUb5Po2OFLJ6O5_PHtFRBU9lYXIHrUM9d2DaYnyVVkj-_CkMLJLb_765jt0_Mr57aHg1XfpWix7aXTBK4QZjOQL/w640-h278/Expulsao-Judeus005.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh72sG-qKflAiPpsyM6QCIOd2ITF_5pcEYYx9hsIIi6HQ9znmGfQmxn9ogeUzlWYvWso6ER10mS4cIl3ZZLUCoWd3jiNuNMsAj1FpSfxyOIfBdz3aUl4Of3D_SOMQ4mb4-DqQ-YEbqS8jSO/s948/Expulsao-Judeus006.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="312" data-original-width="948" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh72sG-qKflAiPpsyM6QCIOd2ITF_5pcEYYx9hsIIi6HQ9znmGfQmxn9ogeUzlWYvWso6ER10mS4cIl3ZZLUCoWd3jiNuNMsAj1FpSfxyOIfBdz3aUl4Of3D_SOMQ4mb4-DqQ-YEbqS8jSO/w640-h210/Expulsao-Judeus006.jpg" width="640" /></a></div><br /><div><br /></div><div>Para evitar que desprovidos de massa cinzenta, manipulados como criancinhas numa loja de doces, fossem sussurrar loas encomendadas por <i>massons</i> da loja sucursal francesa, sobre um eventual racismo, ou preconceito racial, de Rafael Bordalo Pinheiro, face à cultura africana, creio que ele próprio escolheu representar-se como negro, deixando branco apenas o seu gato.</div><div>Esses franceses eram os mesmos negreiros que exerciam um colonialismo deveras racista, em nome da <i>liberdade, igualdade e fraternidade</i>, e que acusando os outros de imoralidade, acabam por ser os únicos que mantêm colonialismo ultramarino, em pior grau que ingleses e americanos.</div><div>Claro que tudo isso escapa aos olhos de lince da mediocridade nacional, patrocinada por <i>lobbies</i> externos, como génios e <i>enfants terribles</i>, reconhecidos por meia dúzia de prémios da treta, obtidos convenientemente fora de portas.</div><div><br />Até no futebol, clubes rivais percebem que elogios dos concorrentes feitos aos seus, são para serem ignorados ou desconfiados, e só na intelectualidade de idiotas é que vale o paradigma da esperteza ser nitidamente burra, mas muito politicamente correcta, tendo em vista interesses externos.</div><div><br />Mas, esquecendo quem faz por não merecer memória, e voltando ao assunto judaico, é ilustrativo o artigo de Norman Roth (The Historian, volume 55, 1995), que começa assim:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1tNsiE4DAjgnc6LkIgVj91qpmQfk3QKsRV_fVWh170MDmTOf07c6jb4sYMN69IHHQa-qRFsJITruH_RuiKsuWjyOBzlg2l5zX0JLWfxquHYUddtU3ZVX_0TR6qzLDUWUN17CAFIxqoEmc/s494/Expulsao-Judeus02.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="486" data-original-width="494" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1tNsiE4DAjgnc6LkIgVj91qpmQfk3QKsRV_fVWh170MDmTOf07c6jb4sYMN69IHHQa-qRFsJITruH_RuiKsuWjyOBzlg2l5zX0JLWfxquHYUddtU3ZVX_0TR6qzLDUWUN17CAFIxqoEmc/s16000/Expulsao-Judeus02.jpg" /></a></div><br /><div>Ou seja, Norman Roth afirma que a Hispania serviu como casa para os judeus, durante mais tempo do que qualquer outro sítio, incluindo a própria Palestina! Não estabelece a data de chegada dos judeus, mas garante que já estariam cá pelo Séc. III, e convirá não esquecer que Bernardo de Brito diz sobre a presença fenícia:</div><div><ul><li><i>Cap. 28: Das guerras que houve em Lusitania, entre os Celtas e Turdulos, e da vinda a Espanha de Nabucodonosor.</i></li><li><i>Cap. 29: De como a gente Portuguesa, que foi em socorro de Cadiz, tomou as armas contra os Fenícios, por lhes negarem o soldo.</i></li></ul><div>A presença fenícia e depois cartaginesa no sul da Hispania está sobejamente atestada, de Cartagena a Cádis. Cádis funcionaria pelo menos como um último porto "mediterrânico", para a nação comercial fenícia e cartaginesa.<br />Portanto, é indubitável que uma presença de povos de paragens ou origens fenícias se estabeleceu na Hispania, e será redutor pensar que aqui não se incluiria a variante que se chamaria hebraica, como atestado de proveniência. </div><div><br /></div><div>Não há propriamente nenhum outro registo de grande migração judaica para outras paragens, durante o Império Romano. Porque razão viriam os judeus, não cristãos, a se estabelecerem aqui, se não houvesse uma ligação mais ancestral, que os acolhesse? Ao contrário de cristãos ou árabes, os judeus não procuravam converter gentios, não tinham espírito missionário, porque só o seu povo seria escolhido.<br /><br /></div></div><div>Curiosamente, em 139 a.C., poucos anos após Cartago ser arrasada, o pretor romano <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Gnaeus_Cornelius_Scipio_Hispanus">Cipião Hispano</a>, dá uma ordem de expulsão de todos os astrólogos Judeus e Caldeus, que estavam em Roma, devido às más influências que lançavam nos bastidores. Se esse lado dos Cipiãos foi hostil, houve outros, os Gracos que, <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2021/01/a-africa-comeca-nos-pirineus-2.html">como vimos</a>, trouxeram ideias revolucionárias para Roma, na mesma altura, levando a um século de alguma instabilidade de social. </div><div><br /></div></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com21tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-34503724396423992142021-02-23T01:41:00.004-08:002021-02-23T02:02:38.082-08:00O Restauro e a Rês Tauro<p style="text-align: justify;">Os irmãos Bordalo Pinheiro foram bastante influentes no final do Séc. XIX, e Columbano que foi quem atestou a autenticidade dos Painéis de S. Vicente, após 1882, e não deixou de o fazer notar.</p><p style="text-align: justify;">Não sei até que ponto Columbano foi influenciado, ou quis influenciar a partir daí.<br /><br />O ponto de partida é este tecto que está no <a href="https://www.lapapalace.com/pt/Menu/Reunioes-Eventos.aspx">Hotel Olissipo Lapa Palace</a>, antigo palácio do conde de Valenças. Esse tecto é uma parte que se compõe com mais 7 painéis. <br />Só conheço 5 deles, os outros 2 estão em colecção privada. Mesmo assim, encontrar este tecto, já não foi assim tão fácil:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtuouocMgUdaHTXUMNo3hx4rY2xPfUxqwL3onupZLHU8QPgRD20eTC-kWbNGhxl4drTzQ3wIyZzz44JmdQKKB2Ut3X2n0NA_1swWfOVSlKKc_h__xKlm4xoH_NDaIt_YgwZTvZf7whc3kE/s991/Columbano03.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="859" data-original-width="991" height="554" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtuouocMgUdaHTXUMNo3hx4rY2xPfUxqwL3onupZLHU8QPgRD20eTC-kWbNGhxl4drTzQ3wIyZzz44JmdQKKB2Ut3X2n0NA_1swWfOVSlKKc_h__xKlm4xoH_NDaIt_YgwZTvZf7whc3kE/w640-h554/Columbano03.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Creio que o tecto representa quem toca a música, e de certa forma o pano/véu é um pouco levantado.<br />O tema é supostamente a "dança"... porque seria para enfeitar o salão de baile. <br />Os 5 restantes painéis "Cenas de Baile" foram <a href="https://veritas.art/lot/columbano-bordalo-pinheiro-cenas-de-baile-1891/">alvo de licitação em 2014</a>, começando<a href="https://www.publico.pt/2014/06/16/culturaipsilon/noticia/uma-revista-historica-de-danca-pintada-por-columbano-bordalo-pinheiro-vai-a-leilao-1639977"> em 500 mil euros</a>, mas não tiveram comprador. Não faço ideia como estão as coisas, nem me interessa. Interessava-me mais conhecer os 2 painéis, de que não conheço sequer uma fotografia, e parece que ninguém quis saber.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Acerca dos 5 painéis de "Cenas de Baile", parece-me que não podem ser dissociados dos 6 painéis que Columbano pintou para a ala dos Passos Perdidos, na Assembleia da República:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiasYkgGDpxcJrLRSqlogk7OCsE_xL9g051Zdl0sgNg_5dndfgak_7yxWQZxNi6UasBkPbhyUtcxti23qoMwl2fmzZmx7LOFOUAOc6V_XJkpUI_kzFvMk_ZUJDk9Bv-HrZ8mZWzomSB4KiF/s1246/Columbano02.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="946" data-original-width="1246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiasYkgGDpxcJrLRSqlogk7OCsE_xL9g051Zdl0sgNg_5dndfgak_7yxWQZxNi6UasBkPbhyUtcxti23qoMwl2fmzZmx7LOFOUAOc6V_XJkpUI_kzFvMk_ZUJDk9Bv-HrZ8mZWzomSB4KiF/w640-h486/Columbano02.jpg" width="704" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: justify;"><span style="color: #38761d; font-size: x-small;"><b>(clicar para aumentar)</b></span></span></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Na lengalenga artística, Columbano pintou os 5 painéis de "Cenas de Baile" para este efeito e passo a citar o que está no site do leiloeiro:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i><br /></i></div><i>O conjunto de painéis é descrito pormenorizadamente na obra de Fialho de Almeida, "Os Gatos": Columbano Bordallo acaba de mostrar a meia dúzia de íntimos, no seu atelier no pateo Martel, trabalhos de decoração executados por encomenda do conde de Valenças, para a sala de baile do mesmo senhor. </i><div><i>A pintura é a óleo, e consta de um tecto que não podemos vêr, e foi pintado in situ, e de sete panneaux de cerca de tres metros d'alto e de largura diferente, que serão aplicados ás molduras d'estuque do salão de baile a que se destinam. </i></div><div><i>O primeiro panno é consagrado á dança de hoje: um par adolescente avança com dengosidade fin-de-siècle </i></div><div><i>O retábulo segundo é a dança no Imperio. Ha um rapaz de perfil, expressão flagrante dos estoiradinhos d'esse tempo, calça colante, meia de seda, casaca de gola altíssima, bicorne, e bofes de renda em grandes folhos. A figurinha da mulher é deliciosa, com o vestido de corpinho curto, os braços descobertos, e o decote quasi horizontal, descobrindo peito e hombros sem provocação. </i></div><div><i>Terceiro panno, em pleno Luiz XV. É um momento de gavota, surprehendido: o par avança num torneio de corpos gracil'</i></div><div><i>Quarto retábulo, Luis XIV. O costume de homem, severo, casaca azul e cabelleira d'anneis, canhões e bofes de renda, tricorne na mão esquerda, e o collete de grandes abas, cahindo, vermelho, até lhe encobrir as coxas de paralta. A figureta da mulher poisa a tres quartos, voltando de leve as costas a quem olha, e é a mesma anemia morena, o mesmo typo afusado e decadente das outras, com frescuras que lhe vem dos poucos anos, e nunca do circular sadio do bom sangue. </i></div><div><i>Finalmente o último trabalho da decoração é uma grande tela onde está pintada uma quadrilha, de que o espectador apercebe oito ou nove figuras. (20 de Janeiro de 1891)</i></div></blockquote></div><div><br /></div><div>Creio que não. <br /><div style="text-align: justify;">Creio que Columbano estava a pensar no Marquês de Pombal, na suposta cena de baile ao estilo "Luís XIV", e para esse efeito comparem-se as figuras dos círculos amarelos.</div><div style="text-align: justify;">Quanto ao "Grupo em Festa", comparem-se as figuras com círculos verdes, ou seja, parece-se retratar o <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/João_Carlos_de_Saldanha_Oliveira_e_Daun">Duque de Saldanha</a>. Compare-se ainda a senhora na figura central com retratos de D. Maria II:</div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZcr8oIK7vrAoPJz-UbBysCeQkVulm0ELUdiVPgIDJdrouY8CdRNrBOykXuoHuDlvb6q3x7jEYZvN8M6fGl99V5cNcmDCIerfsh505kPHoYNSqSyRIISiwz_gdtbbijwNI1m5-WlQAucPY/s326/Queen_Maria_II_by_John_Simpson.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="326" data-original-width="255" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZcr8oIK7vrAoPJz-UbBysCeQkVulm0ELUdiVPgIDJdrouY8CdRNrBOykXuoHuDlvb6q3x7jEYZvN8M6fGl99V5cNcmDCIerfsh505kPHoYNSqSyRIISiwz_gdtbbijwNI1m5-WlQAucPY/s320/Queen_Maria_II_by_John_Simpson.jpg" /></a></div>... e se outra coisa não chamar a atenção, pois o penteado é uma cópia quase exacta.<br /><div>Quanto, ao sujeito com o círculo roxo, pode ser associado ao que está representado nos Passos Perdidos como sendo <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Borges_Carneiro">Manuel Borges Carneiro</a>, e que foi um dos supostos heróis da revolução liberal de 1820.<br />Haverá certamente outras possibilidades de associação, mas estas pareceram-me mais evidentes.<br /><p style="text-align: justify;">Por isso, como é óbvio, quando em 1891 Columbano Bordalo Pinheiro fez a encomenda para o conde de Valenças, não esteve com explicações sobre o que queria fazer, é natural que tenha dito <i>aquilo que o leiloeiro diz</i>, por via de Fialho de Almeida, e que seria o que o Conde de Valenças queria ouvir, mas a questão é sempre a mesma, e repetir-se-à:</p><p style="text-align: justify;">- <i>Quer V. Exª ver, ou fechar os olhos?</i></p><p style="text-align: justify;">Mesmo no que diz respeito aos 6 painéis dos Passos Perdidos, que têm uma sequência (mais ou menos) óbvia definida pelas nuvens, ou temporalmente, pela escolha dos figurantes. A própria escolha de personagens e do seu enquadramento, vestes, ou pose (vejam-se D. Dinis e D. João II), tem muito que se lhe diga.<br />Se Columbano usou aí 6 painéis, como número igual aos de S. Vicente, pois é uma escolha coincidente mas mais dúbia, já que não consigo vislumbrar uma relação interpretativa semelhante, mesmo admitindo que uma estátua de liberdade faça ali figura de santo para calhaus. Mas o que Columbano deixou nos Passos Perdidos, mostra bem que o ambiente fúnebre dos painéis de S. Vicente era ainda sentido naquela evocação das glórias libertárias, parlamentares, para lamentares.</p><p style="text-align: justify;">Mas "Cenas de Baile" é mais ilustrativo para o olhar, com a cena no tecto do Hotel Lapa Palace a mostrar que há quem tem esteja por cima do pano, do véu que cobre a situação, à volta de uma arena, em que servimos de rês, de touro, aguardando a corneta do <i>inteligente</i> para sairmos à praça enfurecidos.<br />Depois virá cada cavaleiro espetar-nos uma farpa, e para a faiena ser boa, o bicho tem que ser bravo, mas é claro que quem será sempre aplaudido será o cavaleiro. A rês só serve para testar a valentia do boi montado a cavalo. Quando o bicho é mesmo bravo, usam-se umas vacas para o recolher aos curros.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6MaHIBzfbGSIEz5DVOuiK2mCqwWpJnxFZHePuLioq9sfkIDvtaFeTv-cT8cSNPo7r0tH3-vnIG6Enh4uGB0CncgxtGTcAew9C2uxC2wCDtX7-_24n_HlludHOPZRojXMKSPgmg9pz1MPA/s583/583px-Cam%25C3%25B5es_e_as_T%25C3%25A1gides_%25281894%2529_-_Columbano_Bordalo_Pinheiro_%2528Museu_Nacional_Gr%25C3%25A3o_Vasco%2529.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="583" height="329" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6MaHIBzfbGSIEz5DVOuiK2mCqwWpJnxFZHePuLioq9sfkIDvtaFeTv-cT8cSNPo7r0tH3-vnIG6Enh4uGB0CncgxtGTcAew9C2uxC2wCDtX7-_24n_HlludHOPZRojXMKSPgmg9pz1MPA/w400-h329/583px-Cam%25C3%25B5es_e_as_T%25C3%25A1gides_%25281894%2529_-_Columbano_Bordalo_Pinheiro_%2528Museu_Nacional_Gr%25C3%25A3o_Vasco%2529.png" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Camões_e_as_Tágides_(Columbano)">Camões e as Tágides</a> (por Columbano, 1894)</span></div><p style="text-align: justify;">Restaurar ou rês-taurear?<br />A Restauração, que se diz ser de independência, ou outra, mesmo alimentar, serve para encher a mente da rês, ou o seu estômago, de matéria que sirva para avaliar o peso do animal quando vai para a arena. </p><p style="text-align: justify;">Da mesma forma que já disse que <i><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2013/10/chapeus-ha-muitos.html">chapéus há muitos e barretes também</a></i>... pois é altura de dizer:<br />- <i>Painéis há muitos!</i><br />O problema é que ninguém os quer ver... porque no fundo ninguém está em interessado em ver, está sim interessado em olhar para onde lhe apontam o olhar, não para ver, mas apenas para ser visto.<br />Pelo que a questão, colocada aos que estão no meio da grande arena, se resume a isto:</p><p style="text-align: justify;">- <i>Quer V. Exª ver... ou que o vejam?</i></p></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-43673645544915340542021-02-20T23:42:00.004-08:002021-02-21T08:16:35.493-08:00O "António Maria" (1883) vaccinas<p style="text-align: justify;">Já aqui falámos da <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2016/06/o-antonio-maria-1892.html">publicação "António Maria"</a> que Rafael Bordalo Pinheiro foi alimentando no final do Séc. XIX. </p><p style="text-align: justify;">No ano de 1883 houve uma ameaça de cólera sobre a Europa, que Bordalo Pinheiro caracterizou assim:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaC5x9rOaK0UZRJW3ciipexvvb_Fg6ooUrOiSR_oCuf3WBnuK2BKX_NVxoO9-paKuxekMaJumqOGUL9rVAoFY_awWCSgve0UrIdV30qfQf6u0xfj1TnkPU4zR-VMbLIe5bzQxzSyDmcW9L/s1262/AMariaN217_0004_branca_t0.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1262" data-original-width="887" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaC5x9rOaK0UZRJW3ciipexvvb_Fg6ooUrOiSR_oCuf3WBnuK2BKX_NVxoO9-paKuxekMaJumqOGUL9rVAoFY_awWCSgve0UrIdV30qfQf6u0xfj1TnkPU4zR-VMbLIe5bzQxzSyDmcW9L/w450-h640/AMariaN217_0004_branca_t0.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: center;"><a href="http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/OAntonioMaria/OAntonioMaria.htm">Hemeroteca de Lisboa - António Maria</a> (1883)</div><div style="text-align: center;"><br /></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><b>O Cholera</b> (a cólera). <i><b>A vaccina da Europa.</b></i></div><div style="text-align: justify;">(i) Aparece um frasco dizendo Ganges/Cholera. </div><div style="text-align: justify;">(ii) John Bull (a típica representação da Inglaterra) injecta uma vacina na jovem representando a Europa (nas vestes tem escrito Portugal, Hespanha, França, Itália).</div><div style="text-align: justify;">(iii) Mercúrio/Hermes (deus dos mercadores e não da medicina), agarra o pulso da jovem, senta-se em cima de uma pedra que tem escrito £ 1000 000 000 000 (um certo montante em libras esterlinas). Nessa pedra está o caduceu hermético, que por vezes se confunde com o símbolo da medicina, mas que na realidade é o símbolo dos mercadores, tendo duas serpentes em concorrência.</div></blockquote><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Será preciso maior tradução? Estaria Bordalo Pinheiro a sugerir que John Bull tinha trazido cólera do Ganges, da Índia, onde era potência colonizadora para a Europa, para depois ter um pretexto para vacinar e assim pedir um montante exorbitante por isso? <br />É claro que não, Bordalo Pinheiro era um sujeito sério. Não iria convencer as pessoas de uma teoria da conspiração!</div><div style="text-align: justify;">Mas vejamos o que diz Bordalo Pinheiro sobre o pânico mediático que se instalou em Lisboa:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy0GeFZXsLwYG6ktK1RZjmein4Za1XKFHDiHFzJjtgRtrLkktmkaVHYJ3naHYu6OFWVfxUC-nhCYPCOhMjdMzYTB0nmLP2_2JYaQ2vIzOjH3iqLLRzTPHryld8VrD8PJH1SJ5_vGjYBK0Y/s572/AMariaN217_0005.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="572" data-original-width="458" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy0GeFZXsLwYG6ktK1RZjmein4Za1XKFHDiHFzJjtgRtrLkktmkaVHYJ3naHYu6OFWVfxUC-nhCYPCOhMjdMzYTB0nmLP2_2JYaQ2vIzOjH3iqLLRzTPHryld8VrD8PJH1SJ5_vGjYBK0Y/w320-h400/AMariaN217_0005.jpg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Ao que parece os jornais não falavam noutra coisa (onde é que já vimos isto), e começavam queixas de insalubridade de vizinhos contra vizinhos, dos pés à cabeça...</div><p style="text-align: justify;">Os bairros de Lisboa faziam reclamações de água corrente (vinda do rio Alviela, ver <a href="https://www.allaboutportugal.pt/pt/alcanena/monumentos/aqueduto-do-alviela">Aqueduto do Alviela</a>) ao primeiro-ministro, então Fontes Pereira de Melo:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxHZJatQEP6y7LlHIWMOQKoHnmV32c4eiGDvvTsJlARjIiCxbvA1E0wPzgbF5Yid4IK9bvRFSl3pbW2G1B2ROjQrYDMESUuCFIvrRLFhVaPMiLLZtp2qamH9PE0raPz7eU9bNeyXLlYEix/s865/AMariaN217_0006.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="865" data-original-width="591" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxHZJatQEP6y7LlHIWMOQKoHnmV32c4eiGDvvTsJlARjIiCxbvA1E0wPzgbF5Yid4IK9bvRFSl3pbW2G1B2ROjQrYDMESUuCFIvrRLFhVaPMiLLZtp2qamH9PE0raPz7eU9bNeyXLlYEix/w438-h640/AMariaN217_0006.jpg" width="438" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Quanto ao delegado de saúde, o equivalente à DGS, não lhe ficava atrás nas recomendações.</div><div style="text-align: justify;">Bordalo Pinheiro caricaturiza-se em cima de um fio de telégrafo, com as andorinhas, porque, segundo o dito delegado (possivelmente Rodrigues de apelido), as habitações mais elevadas eram mais seguras enquanto o micróbio estivesse de olho neles (daí o micróbio com a luneta):</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVP6pXSCTIUCxEtEUsM3jja05ICZzQ3BlmGu28M_dUBEALG8uUL1b6BiFWGS5rhcLpEoNAytfgk_ZvGKD_BYeiIwvo2Dp582RvNBCtTrLDXeAPmqdgpNUfWqC476fu2OIYyf_SpZ2WE8hn/s914/AMariaN217_0007.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="914" data-original-width="587" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVP6pXSCTIUCxEtEUsM3jja05ICZzQ3BlmGu28M_dUBEALG8uUL1b6BiFWGS5rhcLpEoNAytfgk_ZvGKD_BYeiIwvo2Dp582RvNBCtTrLDXeAPmqdgpNUfWqC476fu2OIYyf_SpZ2WE8hn/s16000/AMariaN217_0007.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">E a última caricatura, que termina o incrível longo período de (adivinhe-se) 2 semanas, em que fala do assunto, termina com um eventual "<i><b>Cordão Sanitário do Algarve</b></i>":</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5srM8492Z-zCDNqdtKxzri9JmfCFTkoPgJOreZkfuNnJNNmTk1JUET2rhhQtEbPxDDLDdxC-RVKZg3DE84GSS2BMSQY8K8Xr2GyXgjANDeT9wdmYhu1uVEnLw4RqB8aur8Ovu_q7VSB3H/s885/AMariaN217_0008.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="885" data-original-width="593" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5srM8492Z-zCDNqdtKxzri9JmfCFTkoPgJOreZkfuNnJNNmTk1JUET2rhhQtEbPxDDLDdxC-RVKZg3DE84GSS2BMSQY8K8Xr2GyXgjANDeT9wdmYhu1uVEnLw4RqB8aur8Ovu_q7VSB3H/s16000/AMariaN217_0008.jpg" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Bom, eram outros tempos, e Costa não é Fontes.</div><div style="text-align: justify;">A cólera já se sabe, comparada com a Covid... digamos, não tem comparação!</div><div style="text-align: justify;">Cordão sanitário do Algarve? Mas onde é que já se ouviria falar de tal coisa?<br /><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">"<a href="https://sicnoticias.pt/pais/2020-06-18-Nao-faz-sentido-um-cordao-sanitario-no-Algarve-neste-momento">Não faz sentido um cordão sanitário no Algarve neste momento</a>"</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">(SIC, 19 de Junho de 2020)</div><br />Qual era a razão do pânico? Dizia a SIC:<div><div style="text-align: center;">«<i>Festa ilegal em Faro. Há já 69 casos de Covid-19 confirmados.</i>»</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">"<i>Festa ilegal</i>"... toda esta designação necessita de um manual de tortura como auxiliar de leitura, porque em nenhuma época, todos os habitantes de um país foram proibidos de se juntar para festejar, estivessem sob ameaça de peste negra, de malária, cólera, ou tuberculose. </div><p style="text-align: justify;">Sim, espante-se o mundo, não é a primeira vez que está sob ameaça de doenças perigosas, mas é talvez a primeira vez em que a reacção à doença provocará muito mais mortos do que a própria doença.</p><p style="text-align: justify;">Não apenas isso, é a primeira vez que uma doença domina a agenda mediática mundial, ou nacional, por mais do que um ano... e como se morre de Covid? Como se morre de pneumonia. E não morreu mais gente no mundo com a Covid, do que morria antes, conforme se pode <a href="https://www.macrotrends.net/countries/WLD/world/death-rate">ver neste gráfico</a> (com base em dados da ONU, ainda que se tenha que notar que "<i>o impacto da Covid não foi tido em conta</i>"... com tudo o que isso significa, ou seja, que desde 2020 há dificuldade em contabilizar mortos).</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipfwPZbQdPeyaomnXKSGL5JLPIdDvnsGw7b0i_hkS9I18MujKVuyEgxuw535P4FGtH2HCsM5ab3yfEOFyGCuWs45ce4ojbNa8G95RfsrZPStVx9vR5VsrW0_vbt5lYt42jmUIbBMJWEcrE/s1017/imagesh001.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="1017" height="220" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipfwPZbQdPeyaomnXKSGL5JLPIdDvnsGw7b0i_hkS9I18MujKVuyEgxuw535P4FGtH2HCsM5ab3yfEOFyGCuWs45ce4ojbNa8G95RfsrZPStVx9vR5VsrW0_vbt5lYt42jmUIbBMJWEcrE/w640-h220/imagesh001.jpg" width="640" /></a></div></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-32040661009647877722021-02-19T23:58:00.003-08:002021-02-20T00:09:08.103-08:00dos Comentários (75) setas egípcias<p style="text-align: justify;">Resultado de um <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2010/10/egitania.html#c7512730029916489420">comentário de Djorge</a> sobre uma questão aqui deixada em 2017, </p><p style="text-align: justify;"></p><ul><li><i>Ouvi..... que um arqueólogo (espanhol, se não me falha a memória) que costumava fazer explorações no Egipto, encontrou pontas de setas egípcias no Gerês.</i></li></ul><p></p><p style="text-align: justify;">Djorge deixou o link para um catalogo do Museu Nacional de Arqueologia:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhnwd1vlcAtwGW5u27Enzi3Mci7UN8G-IatJFZOAiDvb0zYmmbThFbuCYo2wxp1x7M_aPV3cTOqueyWOBxYJ2fMagL4QzZAhKqEpgtXhRBPX62gaBdfdf_4-u-Y7kd7hLWEeLzoPv3LHpK/s493/rda000.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="493" data-original-width="329" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhnwd1vlcAtwGW5u27Enzi3Mci7UN8G-IatJFZOAiDvb0zYmmbThFbuCYo2wxp1x7M_aPV3cTOqueyWOBxYJ2fMagL4QzZAhKqEpgtXhRBPX62gaBdfdf_4-u-Y7kd7hLWEeLzoPv3LHpK/s320/rda000.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.museunacionalarqueologia.gov.pt/wp-content/uploads/Cat-Antiguidades-EgipciasCOMP.pdf">Antiguidades Egípcias </a> (1993, Luís Manuel Araújo)</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTtFE5SMCoQOfxy-4FGVv5gOSBITKAJ2A-ccFZXcSv8yuUaFpZkVCK7arbK9BphGTYm-KGw0Hx2-9z1JybNnUa8MF3x9ScAG0rl5T89AQDQgWIz8dnRtlqmrHVD7uZQ9lYYVCmuDrCAVxl/s755/rda002.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="755" data-original-width="517" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTtFE5SMCoQOfxy-4FGVv5gOSBITKAJ2A-ccFZXcSv8yuUaFpZkVCK7arbK9BphGTYm-KGw0Hx2-9z1JybNnUa8MF3x9ScAG0rl5T89AQDQgWIz8dnRtlqmrHVD7uZQ9lYYVCmuDrCAVxl/w438-h640/rda002.jpg" width="438" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O catálogo começa com esta fotografia histórica de António Beato de 1869, inserida numa expedição onde segue também Eça de Queirós, mas vai concentrar-se numa expedição ao Egipto onde a Rainha D. Amélia se deslocou com os dois príncipes em 1903. <br />Aliás há uma fotografia da rainha com a comitiva junto às pirâmides de Gizé:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_WV0F_7wMS4Cmp9Gk90sQsmsjqMFhRS1kkqM1RI3nb9kJK68ugIUd5b9vTyCQe5Q0hoiah1kmFGpkcIaFZIhAugU4ZJzCaNlXTWDbc2GhdbL2OMsWV3A-QcaENEi9zq2jP7lLJITfyPSA/s914/rda001.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="477" data-original-width="914" height="334" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_WV0F_7wMS4Cmp9Gk90sQsmsjqMFhRS1kkqM1RI3nb9kJK68ugIUd5b9vTyCQe5Q0hoiah1kmFGpkcIaFZIhAugU4ZJzCaNlXTWDbc2GhdbL2OMsWV3A-QcaENEi9zq2jP7lLJITfyPSA/w640-h334/rda001.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;">A rainha está ao centro, em posição mais elevada, sentada num dromedário (e para quem não experimentou... andar de dromedário, não é algo que seja um brinquedo para as costas). Noutra fotografia aparecem os príncipes D. Luís Filipe, o mais velho, que será assassinado com o pai em 1908, e o futuro D. Manuel II:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWmfik0a-HjQkNev3wyl0f6Yc7CyJLYG5XlrIYCLQlr0wgyApGqfHpRE4FpSfg3UsEspPD7WrhsIRw7m5h4SV9TPoh8Xxsix7KvbuKzTuvXwFmuUr3wT5exGmXbZxkFRrsrxUvtfjZvU-w/s446/rda007.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="438" data-original-width="446" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWmfik0a-HjQkNev3wyl0f6Yc7CyJLYG5XlrIYCLQlr0wgyApGqfHpRE4FpSfg3UsEspPD7WrhsIRw7m5h4SV9TPoh8Xxsix7KvbuKzTuvXwFmuUr3wT5exGmXbZxkFRrsrxUvtfjZvU-w/s320/rda007.jpg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Leite de Vasconcelos que dirigiu o Museu de Arqueologia, decidiu comprar em 1909 uma série de objectos egípcios, a que se juntaram outros apresados a um navio alemão na 1ª Guerra Mundial, e que depois da intenção de devolução portuguesa, ficaram doados pela Alemanha... não sei bem se o Egipto teve alguma palavra no assunto, mas como sabemos, no contexto colonial parece que isso não interessava para nada. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Conforme <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2016/04/druidas-segundo-pinho-leal.html">Breno explicou aos Romanos</a>, antes de Roma ser grande... "<i><b>Vae Victis</b></i>", que é como quem diz - "<i>Ai dos vencidos!</i>"... porque o pagamento de dívidas dos vencidos, seja em prata, ouro ou couro, é sempre feito nas balanças dos vencedores, para satisfazer os seus balanços. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />Roma aprendeu bem essa lição, quando um século depois obrigou Cartago a uma dívida que apenas serviu para retardar algumas décadas a sua aniquilação completa. <br />Poderia Roma continuar a explorar uma fonte fácil, de trabalho quase gratuito, para alimentar a sua riqueza, deixando Cartago sobreviver num permanente endividamento?... </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Poder, poderia, mas não o fez, pois conforme <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2015/01/catoes-e-cipioes.html">Catão sempre alertava</a>, deixar Cartago renascer teria o perigo inevitável de voltar a ter um general cartaginês como Aníbal a ameaçar Roma.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Assim, como resultado de Cartago ter pago a dívida durante 50 anos, o que poderia dizer o governo cartaginês aos seus concidadãos? </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i>- Desculpem lá qualquer coisinha, mas vamos ter que continuar a pagar, durante os próximos 50 anos?</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i>- Mas, não pagámos a dívida toda? Qual é o problema afinal?</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i>- O problema é que se não continuarmos a pagar somos aniquilados...</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Ora aqui, a malta rasgava as vestes e partia para batalha, como fizeram, tendo os cartagineses acabado mortos ou escravizados para o resto da sua vida. Da sua cidade, cultura e língua, terá restado... zero! </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Haveria alternativa? Sim, uma muito engraçada.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O governo cartaginês iria falar ao Senado Romano e dizia-lhes:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i>- Percebemos qual é o vosso problema, mas deixem-nos sobreviver... prometemos educar os nossos petizes de forma a que eles vos admirem e nunca vos hostilizem.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i>- Então e como vão convencer os vossos concidadãos a trabalharem sempre para nosso proveito?</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i>- Inventaremos corrupções internas, que delapidem o nosso tesouro, que irá directamente para vós!</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i>- Isso é capaz de fazer algum sentido. Mas o vosso problema é que os vossos filhos não são parvos.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i>- Deixaremos que uma certa elite romana se instale em Cartago, e será essa que irá definir que os melhores cargos vão para os piores de nós... o povo, desconhecendo a história, permanecerá iludido que o problema está nas suas elites, incapazes de se gerirem sem corrupção e degradação.</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i>- Mas isso já foi tentado?</i></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">A esta pergunta, os cartagineses não iriam responder, mas portugueses e espanhóis, desde há quase quatro séculos, sabem bem como a receita funciona! <br />Por isso, quando vem uma vacina de Roma, há que convencer o povo a baixar as calças?...</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Adiante.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">O que Djorge fez notar e muito bem, foi esse problema caótico de organização, que os portugueses nunca são capazes de resolver... e passo a citá-lo:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><ul><li>Típico da desorganização mediterrânica, aparentemente existem pontas de setas agrupadas em caixas que não se sabe ao certo de onde vieram, como transcrevo (página 61): "<i>Quais são exactamente os 22 amuletos entrados em 1903 (!) por depósito do "Exmo Sr. J. J. Judice"? Onde estão ao certo as seis pontas de seta trazidas por Leite de Vasconcelos do Egipto em 1909, misturadas com os milhares de pontas que o Museu possui</i>?"</li></ul></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Olhando para as 400 páginas do catálogo, houve algumas fotografias que não deixaram de me causar alguma admiração, dada a sua proveniência egípcia... mas só vi as pontas de seta naquela citação e não em nenhuma fotografia.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Os objectos que me parecem oferecer alguma dúvida sobre a sua proveniência, estando normalmente indicado "proveniência desconhecida", são estes, entre outros:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJlWr3RrVw_mwlv2IhWIzRY1dBf8e4td-KMX20lLlt17EmyJXDLlVqU9Whhu4mNV_ykWlvEGkxlIq85ezfyBw3S4OTfi6rXjaY5M6Z7PUFmqjyJMSY8m2WWQsuhBYKlNw0W6oTgrlUmnhV/s802/rda003.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="802" data-original-width="520" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJlWr3RrVw_mwlv2IhWIzRY1dBf8e4td-KMX20lLlt17EmyJXDLlVqU9Whhu4mNV_ykWlvEGkxlIq85ezfyBw3S4OTfi6rXjaY5M6Z7PUFmqjyJMSY8m2WWQsuhBYKlNw0W6oTgrlUmnhV/w414-h640/rda003.jpg" width="414" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1_DuIB2HPtNaR-wgoxugm1MS7mxz8-hdROA5SmMI0_gJAsNw7M7j7lnhnAaM3_B-5dz4pza3AjYRDJuvRJ9kxs8Fyi3HMy-NaRXu4PqlyA2E-uiZy_QR5IH-9qH7hjcxLwMBDYuHGcKoo/s596/rda004.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="273" data-original-width="596" height="294" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1_DuIB2HPtNaR-wgoxugm1MS7mxz8-hdROA5SmMI0_gJAsNw7M7j7lnhnAaM3_B-5dz4pza3AjYRDJuvRJ9kxs8Fyi3HMy-NaRXu4PqlyA2E-uiZy_QR5IH-9qH7hjcxLwMBDYuHGcKoo/w640-h294/rda004.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg15IDDQFU6RR9ZcVoNFSL754K4DyMbOYNpOZKThYe4Ky2OOJ0ZFT-uwtkh3supHCQSxzDfFQgGEH7pkBtDDQNsG2lwuW_fbbET41FcnGgJln-mtfp4ZVZ11wr6X7-T-hbTV58562m6ugBQ/s602/rda004a.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="315" data-original-width="602" height="334" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg15IDDQFU6RR9ZcVoNFSL754K4DyMbOYNpOZKThYe4Ky2OOJ0ZFT-uwtkh3supHCQSxzDfFQgGEH7pkBtDDQNsG2lwuW_fbbET41FcnGgJln-mtfp4ZVZ11wr6X7-T-hbTV58562m6ugBQ/w640-h334/rda004a.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsNQITnwEccK_o5Pbe6Jv4e8z5Bwk1rYkmc2u2SNlUAtB4zj8Dliva6yBFMSzGNriJm5GTyrhx9zmMkFbFAHcxx4MhfAZKqy7XZZQJiBsMn9CTEpVB0eiB8mRDj8Ohyphenhyphenh-6w0QBo1Hn83W3/s459/rda005.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="459" data-original-width="353" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsNQITnwEccK_o5Pbe6Jv4e8z5Bwk1rYkmc2u2SNlUAtB4zj8Dliva6yBFMSzGNriJm5GTyrhx9zmMkFbFAHcxx4MhfAZKqy7XZZQJiBsMn9CTEpVB0eiB8mRDj8Ohyphenhyphenh-6w0QBo1Hn83W3/w308-h400/rda005.jpg" width="308" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYFcoE5q5n6UrAE20y87JK5D55KGbE_O_uMqKtxZUHCvewKNGHIhB2ELWDcgmyq7Mz3kbOceZ7scP3c0bxjKe1pq0UQD9LbT9QFjZ30Z_nMwl9W36E4t-U3aJIbAtSxZbR1HzdYsGbbCgK/s549/rda006.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="549" data-original-width="404" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYFcoE5q5n6UrAE20y87JK5D55KGbE_O_uMqKtxZUHCvewKNGHIhB2ELWDcgmyq7Mz3kbOceZ7scP3c0bxjKe1pq0UQD9LbT9QFjZ30Z_nMwl9W36E4t-U3aJIbAtSxZbR1HzdYsGbbCgK/w294-h400/rda006.jpg" width="294" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">É claro que no Egipto houve vários períodos, desde o Império Antigo até à época helenista, após a invasão de Alexandre Magno, a época romana, ou ainda posterior, já cristã copta, antes da invasão árabe.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">De qualquer forma deixo aqui este registo de objectos, que me pareceram um pouco fora daquilo a que estamos habituados a associar às colecções egípcias. Mesmo sendo encontrados no Egipto, não deixam de ser algo invulgares ao nosso preconceito sobre a cultura egípcia, e não deixa de ficar a hipótese que no meio da confusão típica nos registos nacionais simplesmente as coisas estejam mal etiquetadas... e ali pelos mármores esteja um <i>graffiti</i> feito às escondidas por um filho de algum empregado do museu!!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-61990467484753044222021-02-18T22:46:00.007-08:002021-02-20T11:10:41.056-08:00Peças dos Painéis de S. Vicente (6)<p>Muito se poderia ainda dizer sobre os Painéis de S. Vicente que voltaram às notícias recentemente:</p><p></p><div style="text-align: center;"><a href="https://www.publico.pt/2021/02/09/culturaipsilon/noticia/novo-site-especial-publico-paineis-sao-vicente-casa-restauro-1949750">O novo site especial do PÚBLICO: Painéis de São Vicente — A casa do restauro</a> </div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">(Publico, 9 de Fevereiro de 2021)</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">faço este postal apenas para dizer que se considerei o assunto como importante, ao ponto de definir o nome deste blog, esse assunto está para mim abordado e enterrado. Aliás deixo um PDF com o que escrevi sobre o assunto, em 2009, 2013 e 2018:</div><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBc4fvsIyppPTROqKeFo2ud7gV4suQXov8Z9ghlHpqVouuoXKXGlyTup1IDgAu5l9_1kwP1jlN8EE8cxD5P6ZgAipF-20_wyEXrk6ZSWTkIoJ8V1lUj7oEErBHyD3Oqdwhlf1c7E30ACNR/s476/paineis001.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="476" data-original-width="384" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBc4fvsIyppPTROqKeFo2ud7gV4suQXov8Z9ghlHpqVouuoXKXGlyTup1IDgAu5l9_1kwP1jlN8EE8cxD5P6ZgAipF-20_wyEXrk6ZSWTkIoJ8V1lUj7oEErBHyD3Oqdwhlf1c7E30ACNR/s320/paineis001.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">PDF (60 páginas) na Plataforma Mega:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://mega.nz/file/Vbx2RSIZ#Vhq3XAfQO39WzxOUdWUVqG-EVJTPQJW4J7Ekza5D2Ss"><b><span style="font-size: medium;">Painéis com Rede. Ligações com sinal</span></b></a><br /></div><br /><p style="text-align: justify;">O último <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2018/08/pecas-dos-paineis-de-s-vicente-5.html">apontamento que juntei em 2018</a> tem justamente uma nota adicional sobre o restauro onde foi decidido <b><i>torcer o nariz</i></b> à rainha D. Leonor. </p><p style="text-align: justify;">É preciso clarificar uma coisa - <b>qualquer restauro redunda num certo crime histórico</b>.</p><p style="text-align: justify;">Dado um original antigo, o que há a fazer é guardá-lo e não tocar em coisa alguma. No máximo, podem fazer inspecções que não destruam o original. <br />Claro que não falo em destruições claras como o <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Ecce_Homo_(Mart%C3%ADnez_and_Gim%C3%A9nez)">restauro do Ecce Homo</a> feito em Espanha em 2012 por uma paroquiana. Aliás, os espanhóis parecem gostar de restauros grotescos (como o do <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2013/06/fernao-de-oliveira-2_13.html">astronauta colocado na catedral de Salamanca</a>), que alimentam o turismo. Por muito pequena que pareça a intervenção, o uso de substâncias, que parecem hoje inofensivas, poderá prejudicar técnicas posteriores de inspecção, mesmo que o aspecto seja mantido (... e como vimos nos Painéis não foi). </p><p style="text-align: justify;">No entanto, dado o estado a que isto chegou, neste momento a confiança entre o original, e uma cópia substituída pelo original, é uma confiança muito pequena.</p><p style="text-align: justify;">De qualquer forma aproveito para fazer duas observações acerca das <a href="https://www.publico.pt/culturaipsilon/paineis-sao-vicente">radiografias que vieram a Público</a>:</p><p style="text-align: justify;"><b>1º) Acerca da "ausência de rede" na radiografia </b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnj6VNadod1D8G9jBDWzBAXmLkXRTl4aSmxklXnSBCctaIhLnaq-cPmsBMqwlE8skk6Izpciu54jFz75hdP5oO962nY6OlB9Hlt96LToEH4g9obsiEX4Sk1p930LeqUDVGe0HGhX19g1g6/s1147/paineis002.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="674" data-original-width="1147" height="376" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnj6VNadod1D8G9jBDWzBAXmLkXRTl4aSmxklXnSBCctaIhLnaq-cPmsBMqwlE8skk6Izpciu54jFz75hdP5oO962nY6OlB9Hlt96LToEH4g9obsiEX4Sk1p930LeqUDVGe0HGhX19g1g6/w640-h376/paineis002.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvo3MDzMHQEUf2y8OaRtV4oyEisEcI3kzE8Gs67z4sZUmPBTqXpRDs5jsI0_hnWWVwdoMx4iA6OCS7eLycKhDfcSROTv1COV8JKqZQ8iArH4qM2gid7Fg0yP-rsqqkrildOquM8LqV7C5M/s1083/paineis003.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="687" data-original-width="1083" height="406" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvo3MDzMHQEUf2y8OaRtV4oyEisEcI3kzE8Gs67z4sZUmPBTqXpRDs5jsI0_hnWWVwdoMx4iA6OCS7eLycKhDfcSROTv1COV8JKqZQ8iArH4qM2gid7Fg0yP-rsqqkrildOquM8LqV7C5M/w640-h406/paineis003.jpg" width="640" /></a></div><div><span style="text-align: justify;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;">Na imagem supostamente radiografada, a rede desaparece por completo, e nem sequer há vestígio do cordame mais espesso nem dos discos. As feições parecem-me bastante alteradas, e isso não se explica apenas pelo raio X, que depende da frequência/intensidade usada. Uma coisa parece manter-se, ou seja, o nariz torcido da rainha, que em fotografia antes do restauro anterior não existia. Isso também não é determinante, pois podia ser resultado de um restauro ainda anterior. Aparentemente também não vejo grande razão para a cara de Dona Beatriz estar mais escura na pretensa radiografia, do que as restantes... Em suma, tudo isto apenas junta informação inconsistente, quando não há mais explicações, pelo que se pode dizer tudo e o seu contrário.</div><div><br /></div><b>2º) Tra la spica</b><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOlHIQgGG6a855wqCliAnnsbKeXmiy0uBX_g6JGPr8KzM0lDZsowVIdgOtHW42l-PuZtAGY4oMvU69k2WvnJo2RHKLDTFKnQG0brQ08uLu8zHhwWK3SmZKs9ZfrAnE6ye4UT-iwXGZXYwK/s747/paineis004.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="747" data-original-width="451" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOlHIQgGG6a855wqCliAnnsbKeXmiy0uBX_g6JGPr8KzM0lDZsowVIdgOtHW42l-PuZtAGY4oMvU69k2WvnJo2RHKLDTFKnQG0brQ08uLu8zHhwWK3SmZKs9ZfrAnE6ye4UT-iwXGZXYwK/w241-h400/paineis004.jpg" width="241" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2WGa3SwCX6kUb7idXcOrEsAkiDLEQI6oS9f_sexCwTIhSzQK7HcmpfSgPLFmWJMkpnlmTviL3YBbMdSuYbYZrVwEpT9plRca_yx3qgTJveOOQw9P7qizcwXiRsKsuDzZ-Hrk62qxNd7gf/s634/paineis005.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="634" data-original-width="350" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2WGa3SwCX6kUb7idXcOrEsAkiDLEQI6oS9f_sexCwTIhSzQK7HcmpfSgPLFmWJMkpnlmTviL3YBbMdSuYbYZrVwEpT9plRca_yx3qgTJveOOQw9P7qizcwXiRsKsuDzZ-Hrk62qxNd7gf/w221-h400/paineis005.jpg" width="221" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Nesta imagem que associei ao Infante D. Pedro, disse algures que estaria à espera de ver ali mais uma espiga do que uma espada. Não é isso que a suposta radiografia revela (nem eu esperaria outra coisa), e por isso aqui teria que comer as palavras que proferi. Só que olhando para a cabeça radiografada e para a imagem, percebe-se que uma cara pouco tem a ver com a outra em termos de proporções, medidas pixel a pixel, dando 7% mais alto na radiografada do que na fotografada, o que não é pouco... pois vê-se a olho que uma cabeça é mais longa que a outra (o que não acontece, sempre, noutros casos).</div><p style="text-align: justify;"><b>Conclusão:</b><br />Poderia dizer que estamos em presença de obras diferentes, em que a radiografada é cópia da outra, e depois o resto são efeitos da treta, tipo <i>photoshop</i> para inventar degradações... mas isso seria levantar suspeitas sobre quem fabricou as imagens, e não há informações para isso. Há apenas inconsistências, que podem ter imensas explicações, cheias de conteúdo vazio.</p><p style="text-align: justify;">Fica de parabéns o Clemente Baeta, já na lista dos autores nomeados pelo Público. A sua obra está elencada nos diversos supositórios sobre cada imagem, o que não é nada que me surpreenda, e ele bem saberá que esta constatação não encerra nenhum elogio. </p><p style="text-align: justify;">Este assunto tem carácter algo pessoal, que me é difícil de esquecer, e por isso será difícil mudar de opinião. Uma coisa foi deduzir uma hipótese consistente em 2009, e mesmo que fosse com algum cuidado, também não foi nada de exagerado, conforme coloquei noutras coisas, essas sim mais críticas.<br />Outra coisa, é saber em 2013 do "Manuscrito do Rio", o único documento do Séc. XVI que fala da obra, que confirmava exactamente o que tinha escrito, e quem estava representado como santo era o filho morto de D. João II. Quando se tem uma confirmação desse tipo, se já antes não via muitas possibilidades de mudar de opinião, menos ficaram. Menos ainda ficam, quando vejo que nos 38 supositórios elencados pelo Público, nenhum considera a hipótese mais óbvia.</p><p style="text-align: justify;">Termino com as mesmas palavras que deixei há oito anos, e há dois anos e meio atrás:</p><p style="text-align: justify;"></p><ul><li><i>É tempo de voltar a fechar a tampa do caixão e dar nova paz a este assunto.</i></li><li><i>Apenas reflecte o conceito de normalidade vigente, isto é, não vi gente!</i></li></ul><p></p>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-59208644339017852362021-02-07T00:09:00.007-08:002021-02-08T22:22:12.798-08:00A África começa nos Pirinéus (3)<p style="text-align: justify;">Os dois textos em Janeiro introduziram o assunto pelo princípio. Mas as coisas ficam muito mais claras, indo ao fim... ou pelo menos a um fim intermédio.</p><p style="text-align: justify;"><b><i>Os judeus pediram e apoiaram a invasão árabe em 711</i><br /></b>Não será assunto surpreendente, mas evita-se falar no assunto - os judeus preferiam o convívio com os árabes do que com os cristãos visigodos:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6dzLLLGyR7X0LOORtSMgALX6NzCKw4S4kx-FG8u7VKmQItDzYio0IrixcplEgsNddPCkqNhO5hez5X1cLiSlY5Ivs4BpcoSEmbxgSvItN5z09Gnv_O2-35M-SPO33XOGH6hhdn1dkdmrp/s944/afcp001.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="482" data-original-width="944" height="326" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6dzLLLGyR7X0LOORtSMgALX6NzCKw4S4kx-FG8u7VKmQItDzYio0IrixcplEgsNddPCkqNhO5hez5X1cLiSlY5Ivs4BpcoSEmbxgSvItN5z09Gnv_O2-35M-SPO33XOGH6hhdn1dkdmrp/w640-h326/afcp001.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Um judeu jogando xadrez com árabe (em Livro dos jogos, de Alfonso X, 1283, <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2020/09/xadrez-e-pedro-damiao.html">já mencionado</a>)</span></div><div><br /></div>Cito aqui o vídeo que é baseado no livro de 2008 de E. Michael Jones:<div><br /><div><div style="text-align: center;"><i><a href="https://www.goodreads.com/book/show/4329763-the-jewish-revolutionary-spirit">The Jewish Revolutionary Spirit: And Its Impact on World History</a></i></div></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px;"><div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><i>Jews for Jesus versus Jews against Jesus; Christians versus Jews; Christians versus Judaizers. This book is the story of such contests played out over 2000 turbulent years. In his most ambitious work yet, Dr. E. Michael Jones provides a breathtaking and controversial tour of history from the Gospels to Julian the Apostate to the Hussites to the French Revolution to Neoconservatism and the End of History.</i></span></div></div></blockquote><div><br /></div><div>e o vídeo que faz uma menção ao assunto e ao livro encontra-se aqui:</div><div><br /><div style="text-align: center;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/3Ybw40RJpwA" width="560"></iframe></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">History of the Jews in Spain - Daniel Walker Backup </span><span style="font-size: small;"> (</span><span style="font-size: small;">Excerpt - Mirror)</span></div><div><br /></div><div>São bastantes claras e relevantes as seguintes menções:</div></div></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div style="text-align: left;"><ul style="text-align: left;"><li style="text-align: justify;"><i>In 694, the 17th Council of Toledo proclaimed "the impious Jews dwelling within the frontiers of our Kingdom ... have entered into a plot with those other Hebrews in regions beyond the seas, in order that they might act as one against the Christian race ... through their crimes, they would not only throw the Church into confusion, but, indeed, by their attempted tyranny, have essayed to bring ruin to the Fatherland and to all the population.''' </i></li><li style="text-align: justify;"><i>In 852, the Anales Bertinianos described the loss of Barcelona because the Jews "played the traitor," allowing the Moors to capture it. As a result, "nearly all the Christians" were "killed; the city [was] devastated," and the Jews "retire[d] unpunished.'' The Jews "defined themselves as the antithesis of Christianity" and conspired with Christendom's enemies. Although they prospered under the Visigoths in Spain, they nevertheless conspired with Arabs in Africa to overthrow the Visigothic monarchy. At the beginning of the 8th Century, they used their contacts with African Jews to prepare the invasion of the Mohammedan Berbers across the straits of Gibraltar. </i></li><li style="text-align: justify;"><i>When the Mohammedans conquered Spain, the Jews flourished, achieving one of the most sophisticated cultures in Europe. The Jews excelled in medicine and helped in bringing Aristotle to Europe. </i><i>But the flower of Sephardic culture drew its economic substance from unsavory roots. The Sephardic Jews grew rich on slaves and usury. </i></li></ul></div></blockquote><div style="text-align: justify;">Ou seja, menos de 20 anos antes da invasão, o Concílio de Toledo já avisava acerca de uma "<i>teoria da conspiração</i>" (porque não podia ser vista como coisa diferente), que juntava os judeus que viviam sob domínio visigodo e os judeus que viviam no Norte de África, para actuarem todos como um, com os árabes, a uma só voz, no sentido da invasão da Península Ibérica.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É aqui dado o exemplo de uma traição judaica na queda de Barcelona, mas o mais significativo é que de facto os judeus nunca tiveram problemas no convívio com as comunidades árabes, e conforme é dito floresceram mais com os árabes, tornando o reino de Córdova-Granada num exemplo de progresso na Europa Medieval.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De acordo com esta referência, o plano de invasão árabe comandado por Tarique, e que culminou na vitória na Batalha de Guadalete, não foi uma simples invasão sem apoio coordenado entre os judeus do lado visigodo e os judeus do lado africano.</div><div style="text-align: justify;">Também dificilmente seria de outra forma, a entrada sem par de uma força expedicionária, que pouca ou nenhuma resistência foi encontrando, conseguindo em pouco tempo estender o seu domínio por uma grande parte da Espanha.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Convém aqui ser moderado nas pretensões da incursão árabe, que sendo quase total pelo lado costeiro, não se terá atrevido às conquistas mais difíceis, nas montanhas asturianas. Não há registo de presença árabe no distrito de Bragança, por exemplo... "<i>o domínio dos árabes no distrito de Bragança foi por assim dizer nulo ...</i>" <a href="https://books.google.pt/books?id=e3YNAQAAIAAJ&pg=RA2-PA59">(O Archeólogo português, Volumes 12-13, 1907)</a>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">______________________</div><div style="text-align: justify;"><b>Nota complementar <span style="color: #999999; font-size: x-small;">(08.02.2021)</span>:</b></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Neste vídeo, correspondente a uma versão judaica:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=BatA0YzZYNk">Sephardic Jewry and the Islamic Conquest of 711 (Dr. Henry Abramson)</a></span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZxyyQ_aq5r5lz_4X6w_35Iys_SQWyrRpKU534aMz-Z225Elcq0fOr8I8ESTfuNCtKoTji_Jim78F4kpcsln_IXiQ4ps7ETUQyZqXJcEzCNkC6KPJMwGtqlkqvX-Rl5nnxbadgiLT_67Uq/s748/afcp002.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="352" data-original-width="748" height="302" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZxyyQ_aq5r5lz_4X6w_35Iys_SQWyrRpKU534aMz-Z225Elcq0fOr8I8ESTfuNCtKoTji_Jim78F4kpcsln_IXiQ4ps7ETUQyZqXJcEzCNkC6KPJMwGtqlkqvX-Rl5nnxbadgiLT_67Uq/w640-h302/afcp002.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">é praticamente assumida esta versão colaboracionista, entre os judeus sefarditas (ou seja, que viviam sob domínio visigodo) e os árabes invasores, mas é recusada a ideia de que houve um pedido prévio para a invasão. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Ou seja, os judeus reconhecem que foi graças à sua colaboração com as forças árabes invasoras que foi permitido que estas continuassem por todo o território hispânico, deixando as cidades conquistadas com uma pequena guarnição, porque aí contavam com a colaboração judia, para manterem as cidades sob controlo islâmico.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">A diferença não é na prática muito grande, e poderia ficar a dúvida entre saber se os árabes arriscaram toda uma estratégia de invasão sem terem isso assegurado a priori... </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Isto chega quase a ser ridículo, porque isto corresponde a ter empregados que, perante um assalto vão colaborar com os assaltantes, no sucesso da invasão, mas parecem achar tudo bem, apenas porque supostamente não foram eles que chamaram os assaltantes... por muito menos que isso, já Portugal pediu desculpa pela expulsão dos judeus. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Com este reconhecimento de culpa, pode-se perguntar - que sentido faz pedir desculpa a culpados?</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Mas vamos continuar com a história, porque isto não me parece ter sido tão simples quanto nos querem apresentar!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></div></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-39019379117064778002021-01-30T23:58:00.009-08:002021-02-01T04:29:28.681-08:00dos Comentários (74) pedras cortadas<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Em <a href="https://odemaia.blogspot.com/2021/01/o-litigio-do-litio.html?showComment=1612055791285#c341313464661574904">comentário</a> de José Manuel Oliveira, foram sinalizadas duas formações rochosas interessantes.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b>Al Naslaa</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Começo pela pedra em Al Naslaa, fracturada, havendo um bom apontamento em <a href="https://www.magnusmundi.com/11401-2/">magnusmundi.com</a>:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcGG49gMIQxtgCaIZ2w6Mv4_b1DBpvwK3xNkXSBBAIwmDumg1ioNki_M6wQwBVBoYoUgTrj-caApyi1qTj2LSgLB3nhggSZjMh-d352rUaDnmz67esdMynSx1SyXGPc9vNZDQ7H5oJ1KeA/s800/Al-Naslaa-Rock-web.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="800" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcGG49gMIQxtgCaIZ2w6Mv4_b1DBpvwK3xNkXSBBAIwmDumg1ioNki_M6wQwBVBoYoUgTrj-caApyi1qTj2LSgLB3nhggSZjMh-d352rUaDnmz67esdMynSx1SyXGPc9vNZDQ7H5oJ1KeA/w640-h400/Al-Naslaa-Rock-web.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Al Naslaa Rock (ver <a href="https://www.google.com/maps/@27.229166,38.571667,302m/data=!3m1!1e3">Google Maps</a>)</span></div><p style="text-align: justify;">O problema como se verá, é que o enorme megalito apresenta uma fractura quase perfeita, dir-se-ia feita a laser, remetendo a questão logo de seguida, para quem a poderia ter feito?</p><p style="text-align: justify;">Além disso, esta pedra tem um desenho invulgar, de data desconhecida, talvez com milhares de anos, e outras inscrições mais recentes. Mas podemos focar-nos no desenho do cavalo, que parece ser conduzido por um homem armado com uma espada, que tem inscrição (em língua desconhecida):</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJNXNT1Bklny8-Iu6694bkhUsrPfaZLJtiq9YUhlRntxIxrJtczuxtaQ6qzs-ykIZU9gcaP9Rqh2QRybKurtiI4BXkLkabiSe78KPGwq-010mZgf2n8zCEAPMxETcOIgxScMmfc6dXCx5P/s1000/Al-Naslaa-arabia-saudita_004.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="667" data-original-width="1000" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJNXNT1Bklny8-Iu6694bkhUsrPfaZLJtiq9YUhlRntxIxrJtczuxtaQ6qzs-ykIZU9gcaP9Rqh2QRybKurtiI4BXkLkabiSe78KPGwq-010mZgf2n8zCEAPMxETcOIgxScMmfc6dXCx5P/w640-h426/Al-Naslaa-arabia-saudita_004.jpg" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;">Ora corresponderá esta formação rochosa a um trabalho humano?<br />Apesar de considerar que em muitos casos se pretende iludir formações naturais, quando é mais natural que se tratem de formações humanas, neste caso parece-me o oposto. </p><p style="text-align: justify;">Para esse efeito, fui encontrar no Google Maps esta fotografia em pose, do verso da pedra:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlRTzuuWbUfAEQ0sQIm7x6oDGDKkmfNnNHuxx5Fmo6LYI0u1TNHQFkWocK9WBzJLsJ_ZopKiUz1SZgSrOPLRaLU_IMqUkkC8qJyFoBVG1-Ef9FtOzsNgG3rqKL6tJfwAvWtKpTxIVpwR6m/s958/Al-Naslaa-Rock-verso.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="647" data-original-width="958" height="432" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlRTzuuWbUfAEQ0sQIm7x6oDGDKkmfNnNHuxx5Fmo6LYI0u1TNHQFkWocK9WBzJLsJ_ZopKiUz1SZgSrOPLRaLU_IMqUkkC8qJyFoBVG1-Ef9FtOzsNgG3rqKL6tJfwAvWtKpTxIVpwR6m/w640-h432/Al-Naslaa-Rock-verso.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Acontece que se nota uma outra camada também vertical, que apresenta alguma cisão, e poderá vir a cair. Portanto, se esta segunda camada é natural, a falha vertical perfeita também aparenta que o possa ser. Olhando noutras rochas da mesma zona, vêem-se mais pedras fracturadas na vertical, mas sem a falha tão exposta. </div><div style="text-align: justify;">Sendo assim uma estranha formação antiga, nada mais natural que alguém surpreendido com a formação tivesse aproveitado a superfície lisa frontal, para deixar aí algum <i>graffiti</i> rupestre que parece ser bastante antigo (podendo remontar a mais de dois milhares de anos).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Aproveito para deixar aqui outra formação natural conhecida, que é a <a href="https://www.pinterest.pt/pin/281123201713713977/">Split Apple Rock</a> (ou ainda chamada <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Tokangawhā_/_Split_Apple_Rock">Tokangawha</a>) na Nova Zelândia, onde tudo indica ter havido uma origem natural na fractura da grande pedra redonda:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif84XieD-xMBlnhsOWlabn0gTawkrkL5f3sX4N5i1SuA9CZlxMk93ab_AY2-EvlIQV4jf1jArK54sntBhpbIpdsBAKSBeoldoI7LZMMj97LPw9dNzN29H17dNjYwjJ9ELkkHC3mvt1bptq/s564/split-apple-rock.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="322" data-original-width="564" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif84XieD-xMBlnhsOWlabn0gTawkrkL5f3sX4N5i1SuA9CZlxMk93ab_AY2-EvlIQV4jf1jArK54sntBhpbIpdsBAKSBeoldoI7LZMMj97LPw9dNzN29H17dNjYwjJ9ELkkHC3mvt1bptq/w400-h229/split-apple-rock.jpg" width="400" /></a></div><div>... ou um pouco mais perto, a 15 Km de Chaves, temos a chamada<a href="https://www.tripadvisor.com/Attraction_Review-g315901-d7834650-Reviews-Pedra_Bolideira-Chaves_Vila_Real_District_Northern_Portugal.html"> Pedra Bolideira</a>:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUPAQZz-dsOWKuqsWTrhPCCe35BfJlzkvt1vgjT3y06Jk69trJtE8Qxyp0pansOcqg05uPAzk5jO41KEXtLh8BSi3UPWrZq8WsLlQjgCCSkrmt24HktRVcIf6bqW4IyUESJB81Kd4afFX7/s507/split-bolideira.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="238" data-original-width="507" height="188" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUPAQZz-dsOWKuqsWTrhPCCe35BfJlzkvt1vgjT3y06Jk69trJtE8Qxyp0pansOcqg05uPAzk5jO41KEXtLh8BSi3UPWrZq8WsLlQjgCCSkrmt24HktRVcIf6bqW4IyUESJB81Kd4afFX7/w400-h188/split-bolideira.jpg" width="400" /></a></div>... sendo talvez a mais conhecida, devido a ligação à <a href="https://livingpassages.com/rephidim-split-rock-horeb-saudi-arabia/">passagem bíblica do Monte Horeb</a>, no Sinai:<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgu93WgxqD3czIWD4ugJaKJAJ83R8SoBXQGxAdos1Z7eGO9yC8dfVn7FPM7_OV-Rwz_GEbwSsxK-qNlvfKvWHCR0oq__efOI6C1AUw_i6AVNPV7-kg5mWH3mT8IayNXjSoDvl2Y14_hZMHe/s475/split-horeb.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="323" data-original-width="475" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgu93WgxqD3czIWD4ugJaKJAJ83R8SoBXQGxAdos1Z7eGO9yC8dfVn7FPM7_OV-Rwz_GEbwSsxK-qNlvfKvWHCR0oq__efOI6C1AUw_i6AVNPV7-kg5mWH3mT8IayNXjSoDvl2Y14_hZMHe/s320/split-horeb.jpg" width="320" /></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">No entanto, o que me parece ser mais interessante, na pedra de Al Naslaa, é mesmo a inclusão rupestre, não havendo aí dúvida que se trata de inclusão humana antiga, talvez assinalando algum mito de que a pedra teria sido cortada pela espada do cavaleiro...</div><div><br /><div><b>Hegra </b>(Mada'in Salih)</div><div style="text-align: justify;">Outra formação sinalizada por José Manuel Oliveira, e aqui não oferece dúvidas de ter sido cortada por mãos humanas, são as rochas esculpidas de <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Hegra_(Mada%27in_Salih)">Hegra, na Arábia Saudita</a>, que são muito semelhantes às de Petra, na Jordânia, mas menos conhecidas que estas, sendo ambas remetidas à cultura Nabateia, que depois foi englobada no Império Romano:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjygNtHOB8E-d8LNxp3v818JGaUgWpe8a0X0aHmNcC5hoDc9llPfp71NnF6GTl6rwmbNVz-ZV2_INnRGPTMng4kXHbHeCt_GrPbxqTNJqD6NEZiRMtZlUDJwzbkpieXwLaESjbQ_Ee63tpF/s800/Madain_Saleh_%25286811791359%2529.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="800" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjygNtHOB8E-d8LNxp3v818JGaUgWpe8a0X0aHmNcC5hoDc9llPfp71NnF6GTl6rwmbNVz-ZV2_INnRGPTMng4kXHbHeCt_GrPbxqTNJqD6NEZiRMtZlUDJwzbkpieXwLaESjbQ_Ee63tpF/w640-h426/Madain_Saleh_%25286811791359%2529.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Hegra - vestígios da cultura Nabateia na Arábia Saudita.</span></div><div style="text-align: right;"><span style="color: #999999; font-size: xx-small;">(31.01.2021)</span> </div><div><b>_____________</b></div><div><b>Nota adicional <span style="color: #999999; font-size: x-small;">(31.01.2021)</span>:</b></div><div style="text-align: justify;">J. M. Oliveira faz ainda referência a um <a href="https://codigooculto.com/civilizaciones-antiguas/daga-cristal-5000-anios-tumba-megalitica-prehistorica-iberica/">punhal de cristal</a>, encontrado num <a href="https://es.wikipedia.org/wiki/Tholos_de_Montelirio">Tolos de Montelirio</a>, na província de Sevilha, a que se atribui mais de 5 mil anos, ou seja, c. 3000 a.C.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8iETmN9kn28p98YKo7pdO-jBvXMFFJWLEnSZKlHN_Gfc3w89J4b6CDNF73Mx-0WZLxJ_ULMFx9-XK2Onegt2mK_l8qFpIl-SECqOgmy0uPvRL_Ggqd-qTdmZFAgmpeyfUJRhtR3jeZSJn/s634/daga-cristal-5000-anios-2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="271" data-original-width="634" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8iETmN9kn28p98YKo7pdO-jBvXMFFJWLEnSZKlHN_Gfc3w89J4b6CDNF73Mx-0WZLxJ_ULMFx9-XK2Onegt2mK_l8qFpIl-SECqOgmy0uPvRL_Ggqd-qTdmZFAgmpeyfUJRhtR3jeZSJn/s16000/daga-cristal-5000-anios-2.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://codigooculto.com/civilizaciones-antiguas/daga-cristal-5000-anios-tumba-megalitica-prehistorica-iberica/"><span style="font-size: x-small;">HALLAN DAGA DE CRISTAL DE 5.000 AÑOS EN TUMBA MEGALÍTICA PREHISTÓRICA IBÉRICA</span></a></div></div><br /><div style="text-align: justify;">Mesmo sendo originário de rocha vítrea, como quartzo, o conjunto funerário tinha ainda pontas de setas cristalinas, algumas presas de elefante em marfim, e um ovo de avestruz, não sendo muito claro que tal fauna existisse na península ibérica naquela altura, podendo por isso suspeitar-se de algum comércio com paragens africanas no Neolítico ibérico.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>________________________</b></div><div style="text-align: justify;"><b>Nota suplementar</b> <span style="color: #999999; font-size: x-small;"><b>(01.02.2021)</b></span></div><div style="text-align: justify;">Carlos Figueiredo em comentário anexo, aponta o site <a href="http://saudi-archaeology.com/overview/">Arabian Rock Art Heritage</a>, em particular para o rochedo de Al Naslaa:</div><div style="text-align: justify;"><ul><li><a href="http://saudi-archaeology.com/gigapan/al-naslaa-tayma">http://saudi-archaeology.com/gigapan/al-naslaa-tayma</a>/</li></ul></div><div style="text-align: justify;">que tem excelentes fotografias das gravuras no deserto, permitindo <i>zooms</i> de grande qualidade.</div><div style="text-align: justify;">Além disso faz referência à língua Safaítica, que era usada por populações nómadas no deserto, acrescentando:</div><div style="text-align: justify;"><ul><li><i>Nesta <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Safaitic">página da Wikipedia</a> é possível ver a lista de caracteres e vários correspondem exactamente ao que se pode ver inscrito no rochedo.</i></li></ul></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com17tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-54629323166804568672021-01-24T23:56:00.007-08:002021-01-25T01:31:04.857-08:00Carta Marina<p style="text-align: justify;"><a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Carta_marina"><i>Carta Marina</i></a> é um mapa das regiões setentrionais - norte da Alemanha, Escandinávia, até à Islândia - feito por Olavo Magno (<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Olaus_Magnus">Olaus Magnus</a>), arcebispo sueco exilado em Roma, em 1539.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYu0lM-3Z37BpEjU7ujOYiacKxPMjj2IbX_eAEhwi_lR92aY9RN0FLiLjWEEFWvr4PiDO8LdOLC5cvVtpsbSFTbjy8_Ha6odCQMsYc2SSRzjoZ6gbzZqJjlqJe5gIm8-Tuv-vCFOHUZPCc/s800/800px-Carta_Marina.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="593" data-original-width="800" height="474" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYu0lM-3Z37BpEjU7ujOYiacKxPMjj2IbX_eAEhwi_lR92aY9RN0FLiLjWEEFWvr4PiDO8LdOLC5cvVtpsbSFTbjy8_Ha6odCQMsYc2SSRzjoZ6gbzZqJjlqJe5gIm8-Tuv-vCFOHUZPCc/w640-h474/800px-Carta_Marina.jpeg" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;">É um mapa especialmente bem conhecido por conter imagens de "monstros marinhos", que seriam em boa parte resultado de adaptação às descrições de marinheiros, de baleias, orcas, cachalotes, etc. Tem diversos nomes de locais escandinavos, em que uma boa parte é de difícil relação com os actuais... em particular refere a existência de Tule (aqui Tile), separadamente da Islândia, e escrevendo que tinha 30 mil pessoas.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgONGlxUWqfWsK-4ikFNX1DoXuEHRZ3OA8Has-1jr6mXJAu_02E8AB8kiaOfw_u7bDzTgujL0kkkhBHvLeX8nZxjjgL8Mcv3m92uhOuhwsw0nFbsHeNNqzlmu8PkHNtjMB3fdSqW3zgV7Yd/s1201/cm001.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="583" data-original-width="1201" height="310" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgONGlxUWqfWsK-4ikFNX1DoXuEHRZ3OA8Has-1jr6mXJAu_02E8AB8kiaOfw_u7bDzTgujL0kkkhBHvLeX8nZxjjgL8Mcv3m92uhOuhwsw0nFbsHeNNqzlmu8PkHNtjMB3fdSqW3zgV7Yd/w640-h310/cm001.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Tile e Fare - ilha Tule e ilhas Faroé. </span><span style="font-size: small;">Desenho de uma baleia atacada por uma orca, e outros "monstros".</span></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Não sendo a Islândia, a melhor hipótese que vejo é uma separação da maior das Hébridas, chamando Tule à ilha de Lewis e Harris, que é a maior ilha britânica (exceptuando a Irlanda e a Grã-Bretanha), que tem um gado razoavelmente típico, nalguns aspectos parecido com a vaca barrosã com franja:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhScGCW95YZ8t_4d0t-TI95c-xH90e1tlDU3RroGau-b785ZVrGhcZh08gMfhad33JriCso-qeSEBE9g26kmL3WTS4WSaa4gJLl5CERcOuPmNOeIkZEGCS_FvKQCEa0QLE68E8yQ0BHybY4/s1050/cm002.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="788" data-original-width="1050" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhScGCW95YZ8t_4d0t-TI95c-xH90e1tlDU3RroGau-b785ZVrGhcZh08gMfhad33JriCso-qeSEBE9g26kmL3WTS4WSaa4gJLl5CERcOuPmNOeIkZEGCS_FvKQCEa0QLE68E8yQ0BHybY4/w200-h150/cm002.jpg" width="200" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDT2ONiiIRMzHwFDjCRolpsoEVXK7Bgdy3UHS-W3XWjaobcPT_H_8I4sBf4LW06dRoLbmCkuoaCFmKsfaQ-9o9vOHbYKA3e36h9m2QfGwqaJ5TytB9ysZr8H1PLZI-B4tCR1fVehYsVf5L/s800/cm003.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDT2ONiiIRMzHwFDjCRolpsoEVXK7Bgdy3UHS-W3XWjaobcPT_H_8I4sBf4LW06dRoLbmCkuoaCFmKsfaQ-9o9vOHbYKA3e36h9m2QfGwqaJ5TytB9ysZr8H1PLZI-B4tCR1fVehYsVf5L/w200-h150/cm003.jpg" width="200" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Vaca da ilha Lewis e Harris (Escócia); e vaca barrosã (Minho).</span></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">No que diz respeito à Islândia, o mapa assinala a presença de uns túneis, em latim "<i>criptoporticus</i>", e de caves com ursos polares, bem como a visita de navios de várias proveniências, nomeadamente - de Hamburgo, que disparam contra um navio da Escócia; de Lübeck, que largam lastro, para escaparem de baleias; ou de ingleses que arrastam uma baleia com homens no seu dorso...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQQNCZ4QufwrmCa7zodQI3xkw-j-auEWo6d7hUTsRv4ju3HJXdNObgLSJJ5s9sWvIy2yNvhwx-TVi4oqHfZwOmuY-dxsWmZCrf9gmU8no8ViHQVn75D7gPLX-kJfbB-Yhxod53KNsMEtsI/s1273/cm004.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="853" data-original-width="1273" height="429" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQQNCZ4QufwrmCa7zodQI3xkw-j-auEWo6d7hUTsRv4ju3HJXdNObgLSJJ5s9sWvIy2yNvhwx-TVi4oqHfZwOmuY-dxsWmZCrf9gmU8no8ViHQVn75D7gPLX-kJfbB-Yhxod53KNsMEtsI/w640-h429/cm004.jpg" width="640" /></a></div><br /><div>Quanto aos ursos polares, ainda houve quem tivesse a ideia de os acolher, mas rapidamente chegaram à conclusão que era menos perigoso matá-los:</div><div style="text-align: center;"><a href="https://icelandmonitor.mbl.is/news/nature_and_travel/2016/07/18/killing_polar_bears_in_iceland_only_logical_thing_t/"><i>Killing polar bears in Iceland “only logical thing to do”</i></a></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Os ursos polares usam os glaciares, como forma de navegação (conforme se vê na ilustração), e <a href="https://www.iamreykjavik.com/polar-bears-iceland">vão aparecendo</a> como uma ameaça, pois chegam esfomeados após viagem, normalmente da Gronelândia, e nesse aspecto os islandeses não estão com muita vontade ecológica de os acolher. Quem tiver opinião diferente, arrisca ser bem vindo ao estômago daqueles bichinhos fofos. </div><div style="text-align: justify;">Esta navegação dos ursos polares, associa-se a correntes de oeste para leste, junto ao círculo polar, que aparentemente traziam ainda bastante madeira (vinda do Canadá), à parte da Gronelândia (Grutlandie pars).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sobre os "criptopórticos" serão provavelmente túneis de lava, e não construções humanas, ainda que à época isso não fosse claro. Alguém mencionou formações de lave desse tipo em Dimmuborgir:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx8-GNLqslU140yxhJc4j5P47fj0UazLVQNqhzH3DeNCkGtE1wAztnb5x-Iz254yKDfoT1sgIdPU2hiRsrm2Qg1yHKHociAmbuctOdxK9jYQesE3tZwj9XFu6NN0Wd0WjK42c8UrCgOaHB/s545/cm005.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="341" data-original-width="545" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgx8-GNLqslU140yxhJc4j5P47fj0UazLVQNqhzH3DeNCkGtE1wAztnb5x-Iz254yKDfoT1sgIdPU2hiRsrm2Qg1yHKHociAmbuctOdxK9jYQesE3tZwj9XFu6NN0Wd0WjK42c8UrCgOaHB/s320/cm005.jpg" width="320" /></a></div><br /><div>Como curiosidade, vêem-se ainda alguns cavaleiros, e um músico encantador de cisnes... haverá talvez uma alusão a três menires, conforme os que existem em Callanish (ilha de Lewis e Harris, Escócia):</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDShOZw79kka14U79cLlhZ1nCKI69XB1g9NbNMsBIbSjcik3ZYa3mXG0Z7H5j85eMeoiqUFVlmgjHWkEJFMC4WtbohPFQ2-tlH26IsUqAbIt3-5K_1eWjvZHzqZ77Y-VtfrlShf47BEMFX/s550/cm006.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="412" data-original-width="550" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDShOZw79kka14U79cLlhZ1nCKI69XB1g9NbNMsBIbSjcik3ZYa3mXG0Z7H5j85eMeoiqUFVlmgjHWkEJFMC4WtbohPFQ2-tlH26IsUqAbIt3-5K_1eWjvZHzqZ77Y-VtfrlShf47BEMFX/s320/cm006.jpg" width="320" /></a></div><div>... no entanto, não qualquer encontrei referência a este tipo de formações megalíticas na Islândia.</div><div><br /></div><div>Bom, não será bem assim... num blog <a href="https://theurbanprehistorian.wordpress.com/tag/iceland/">TheUrbanPreHistorian</a>, a propósito da Islândia, e de nada existir datado antes de Cristo, a que chama "<a href="https://theurbanprehistorian.wordpress.com/2015/07/30/nothing-bc/">Nothing BC</a>", é dito assim:</div><div><br /></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div><div style="text-align: justify;"><i>There was no prehistory in Iceland. Nothing BC.</i></div></div><div><div style="text-align: justify;"><i>Yet when I recently visited for the first time, it became apparent to me that the landscape, both urban and rural, has a prehistoric quality to it.</i></div></div><div><div style="text-align: justify;"><i>This is an island that is defined by extremes of stone, and this has thrown up (in some cases literally) strange and beautiful arrangements of rocks. But not all of these megaliths are natural – there are standing stones, dolmen, stone circles too, commonplace in laybys, parks, street corners and on roadsides and pavements.</i></div></div></blockquote><div><br /></div><div>adicionando várias imagens, é interessante esta do centro de Reiquejavique, com dois menires:</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8bdUv2LLymtKoZcAX_kE6zRVvsybBMY0s-KWRfBfVXlidpk65cGnwXrZW5ZDGlgdyrt8Hh_r3RcIpvhtnGZuMzGZiS8e5reo2fBwcOTdCKRyiw4UDdbkut7bCKey5KcJxKk-j2aC-d9ef/s712/cm007.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="712" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8bdUv2LLymtKoZcAX_kE6zRVvsybBMY0s-KWRfBfVXlidpk65cGnwXrZW5ZDGlgdyrt8Hh_r3RcIpvhtnGZuMzGZiS8e5reo2fBwcOTdCKRyiw4UDdbkut7bCKey5KcJxKk-j2aC-d9ef/w400-h225/cm007.jpg" width="400" /></a></div><div>... ou esta (re)construção "pagã" em Gridnavik (Reykjanes):</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_BXeJMPJkUmOOE-aYtZk_ByVEMKCt4qd5Bu65ljgNjlftnLxbOv_Lh27vx6gswyHoGwMKlPMUHfxtMOM5E9_nt_QS-yjuyJwqifzCN9Igh8-O18LnHd6wfdnRybkpXOnFc87loOx19Zsi/s712/cm008.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="712" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_BXeJMPJkUmOOE-aYtZk_ByVEMKCt4qd5Bu65ljgNjlftnLxbOv_Lh27vx6gswyHoGwMKlPMUHfxtMOM5E9_nt_QS-yjuyJwqifzCN9Igh8-O18LnHd6wfdnRybkpXOnFc87loOx19Zsi/s320/cm008.jpg" width="320" /></a></div>O autor do blog não tinha conseguido muito mais informação, e idem, idem, no meu caso.<div><br /><div><div style="text-align: justify;">No entanto, este tipo de estruturas megalíticas ia até às Orkney (Órcades), onde o assentamento em <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Broch_of_Gurness">Broch of Gurness</a> é anterior à era cristã e é um bastante importante monumento da Idade do Ferro (500 a.C.), não havendo propriamente nenhuma razão exclusiva para impedir que pudesse ter havido ocupação anterior, por navegações até à Islândia, a menos que fossem só autorizadas a <i><b>ursos polares</b></i>!</div><div><div><br /></div></div></div></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-39344713753024966242021-01-15T23:59:00.002-08:002021-01-16T00:26:21.099-08:00A África começa nos Pirinéus (2)<p style="text-align: justify;">Os cartagineses desapareceram de cena por volta de 150 a.C., e será de suspeitar que houvesse um resto de cultura fenícia no Médio Oriente, pelo menos implantada entre o sul da Síria e o norte de Israel, incluindo aí o actual Líbano, a localização predominante da cultura fenícia. Mas convém notar que um resto de cultura cartaginesa tinha ainda espaço na Ibéria, em Gades, ou seja Cadiz, entre tartessos e cónios. Essa parte irá sucumbir também com o avanço romano, especialmente após o assassinato do lusitano Viriato, e eventualmente com a sua cumplicidade, na <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2011/06/ossa-lucefecit.html">eliminação cónia</a>.</p><p style="text-align: justify;">As viagens cartagineses, fenícias e dos tartessos, além dos pilares de Hércules, podem ter sido quebradas, e isso gerou um problema comercial em todo o Mediterrâneo, porque era através deles que se processava uma boa parte do comércio em grande escala na Antiguidade. </p><p style="text-align: justify;">Os romanos não substituíram logo esse papel, e houve diversos problemas sociais, resultantes de uma desigual distribuição da propriedade, e de um crescimento de Roma. Menos de 15 anos depois da queda de Cartago, as desigualdades sociais começaram a fazer-se sentir, levando a uma <i>Lex Sempronia Agraria</i>, ou seja, uma tentativa de Reforma Agrária dos irmãos tribunos Tibério e Caio Graco, que acabaram ambos assassinados... </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZIHaOY_oJqCsjll2Vx1btxiW6l2t0whnUn0RuERmtYn8c939nCtznPmwFJBCUaffAXfp62oyPOcDrR4bLwCQZs5373e-cuFkG7wxGh4qiE-31rrwItfqR06T2oJ6zOzCL_pyOuI7Z3Mn1/s315/Gracchi2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="204" data-original-width="315" height="259" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZIHaOY_oJqCsjll2Vx1btxiW6l2t0whnUn0RuERmtYn8c939nCtznPmwFJBCUaffAXfp62oyPOcDrR4bLwCQZs5373e-cuFkG7wxGh4qiE-31rrwItfqR06T2oJ6zOzCL_pyOuI7Z3Mn1/w400-h259/Gracchi2.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Tibério e Caio Graco</span></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Os Gracos eram plebeus ricos, consta que <a href="https://sites.psu.edu/tiberiusgracchus/background/">educados por mestres gregos</a>, e tinham como mãe <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Cornelia_(mother_of_the_Gracchi)">Cornélia Africana</a>, ou seja, a filha de Cipião Africano, que derrotara Aníbal em Zama. Portanto, se o pai Graco era de ascendência plebeia, a mãe era da fina flor patrícia, libertadora do perigo do general cartaginês Aníbal (... ainda hoje se ouve em Itália "<i>Hannibal ante portas</i>", para referir um perigo iminente).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tibério Graco, portanto neto de Cipião Africano, consta ter sido o primeiro a escalar as muralhas de Cartago, no cerco consumado levado a cabo pelo seu cunhado, Cipião Emiliano. Tibério esteve depois na Hispania, e conseguiu uma rápida fama com a formação do partido Popular, defendendo claramente os plebeus, tal como depois aconteceu com o seu irmão, após a sua morte, ambos mortos por inimigos do Senado. Foi esse aliás um destino habitual dos membros do partido Popular - começou com os Gracos, e terminou com César. Os membros do partido Optimal, aristocrático, usavam de métodos mais tradicionais.</div><p style="text-align: justify;">Portanto, a Roma vencedora de Cartago, viu-se a braços com sucessivas guerras civis, e de escravos, durante um século, praticamente até à ascensão de Augusto, curiosamente com intervenientes pelo lado hispânico, entre os quais Sertório foi protagonista, ao decretar a Hispania independente. </p><p style="text-align: justify;">Mas nestes conflitos entre Mário e Sula, e depois entre César e Pompeu, apareceram as revoltas de escravos na Sicília, que fora província cartaginesa, e a principal razão da guerra com Roma. Uma dessas revoltas, bastante bem sucedida, foi a de Spartacus, que a ameaçou Roma como só Aníbal o havia feito.</p><p style="text-align: justify;">Qual a razão de tanta instabilidade política e social no espaço de um século?<br />Em minha opinião, há aqui uma possível ligação à aniquilação de Cartago que, deixando de ser um interveniente activo, passou a actuar nos bastidores, apoiando peças especialmente bem escolhidas no xadrez romano, num império que começava a atingir grandes proporções.</p><p style="text-align: justify;">De um controlo comercial do mundo antigo, que ia da Fenícia à Hispania, em 146 a.C., os que restaram em Cartago foram vendidos como escravos, mas certamente que muitos outros fugiram e tentaram organizar-se.</p><p style="text-align: justify;">Conforme já referimos, é nessa altura, com Judas Macabeu, que se começa a falar dos judeus, ao ganharem alguma autonomia na região abaixo das paragens fenícias, numa cidadezinha, então pouco ou nada falada, chamada Jerusalém. Até aí, Heródoto não os refere, ainda que haja outras tentativas de identificação, e para a maioria dos historiadores antigos, anteriores a 150 a.C., é como se os judeus não existissem. </p><p style="text-align: justify;">A construção do templo de Salomão, que é assumido ser o segundo (mas não há registo do primeiro), é feita por Herodes, um rei efectivamente vassalo do poder romano. Ora, o que se passa é que na mesma região original dos fenícios, vai aparecer um povo com as apetências comerciais que tinham os fenícios, e que passam a identificar-se como judeus. Através do cristianismo, atingem uma dimensão subversiva que se espalha por todo o império romano.</p><p style="text-align: justify;">Toda a história sem registos ou fontes histórias concretas, passa por mitológica, à excepção do velho testamento judaico... há quase uma tentativa forçada de fazer aparecer esse registo, mas tirando as partes que se encontram nos textos mesopotâmicos de Gilgamesh, o resto parece basear-se em pouco mais do que uma novela familiar.</p><p style="text-align: justify;">A parte mais importante da sucessão do velho império egípcio vai efectivar-se com o romance de César e Cleópatra, que marca também a passagem da República Romana ao Império Romano. As disputas deixam de ser ideológicas, e passam a ser efectivamente disputas de poder, para decidir a sucessão do imperador... e são terminadas assim que se declara um imperador, ou em casos mais complicados, se faz uma divisão de poder entre Ocidente e Oriente.</p><p style="text-align: right;"><b>(continua)</b></p>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-71703776690262359382021-01-04T20:58:00.001-08:002021-01-04T20:58:11.518-08:00A África começa nos Pirinéus (1)<p style="text-align: justify;">Os portuenses gostam de provocar, chamando "mouro" a todos e tudo o que vem abaixo do Douro, incluindo até Gaia, por uma questão de coerência geográfica. <br />No Séc. XIX houve uma moda, de um certo pedantismo norte-europeu, argumentando que a parte espanhola tinha muito mais de africana ou oriental, do que de europeia. Por exemplo, em 1816, ainda na ressaca da estrondosa derrota napoleónica, <a href="https://fr.wikipedia.org/wiki/Dominique_Dufour_de_Pradt">Dominique Dufour du Pradt</a>, embaixador de Napoleão, escreve o seguinte (<a href="https://books.google.pt/books?id=DRgxAQAAIAAJ">Mémoires historiques sur la révolution d'Espagne</a>, pág. 168):</p><p style="text-align: justify;"></p><blockquote><p style="text-align: justify;"><i>C’est une erreur dela géographie que d’avoir attribué l’Espagne à l’Europe; elle appartient à l’Afrique: sang, mœurs, langage, manière de vivre et de combattre; en Espagne tout est africain.</i></p><p style="text-align: justify;"></p></blockquote><p style="text-align: justify;">Poderíamos argumentar pela bestialidade xenófoba do embaixador, mas na prática isto corresponde a um problema de autocentrismo, que define o referencial como sendo o seu, e tudo o resto como irrelevante. Para Dufour du Pradt, a Espanha não era Europa, porque não entendia o comportamento espanhol de se estarem a borrifar para os franceses.<br />Propósito bastante diverso tiveram de um modo geral os portugueses, onde sempre se viu uma abertura e tentativa de entender os indígenas (neste caso os franceses), ao ponto em que mesmo cá se pensa que os indígenas (franceses, ingleses, alemães) têm algum ascendente sobre uma terra que os viu sair das cavernas. Definir Espanha como parte de África, nem seria ofensivo, seria uma benção, porque nada há pior do que estar atracado a um continente que persiste em afundar-se no seu auto-deslumbramento central.</p><p style="text-align: justify;"><b>Fenícios e Judeus<br /></b>Isto é apenas um detalhe marginal, mas que resulta parcialmente do problema seguinte:</p><p style="text-align: justify;"></p><ul><li style="text-align: justify;">(i) Chegou-nos a notícia de uma certa população que polvilhava o Mediterrâneo, que eram chamados <i>fenícios</i> e que depois deram origem aos <i>cartagineses</i>. Certo, mas onde estão os seus descendentes?</li><li style="text-align: justify;">(ii) Chegou-nos um povo, hebreu ou judeu, vizinho dos fenícios. Certo, mas onde está o seu antigo registo arqueológico?</li></ul><p></p><div>Ou seja, temos uma população fenícia ou cartaginesa, que desaparece da história, por volta de 150 a.C., praticamente ao mesmo tempo que começam a existir os primeiros registos de judeus.</div><div><ul style="text-align: left;"><li>Como se conjugam as coisas?</li></ul></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcTJNSAxjrYjbCF_BYf-Yc9-yBP_CEDry46d4sxyPpDRMryUjc9ehV5PEGU2IBL8q-nmdPmvrg5KMq37lUNbGWsMM6Zp5HkoNEtbvABtysRBNKFsbhHjv_m57ItQRjZa5oxDywCViGo38t/s1536/fenicia01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1091" data-original-width="1536" height="454" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcTJNSAxjrYjbCF_BYf-Yc9-yBP_CEDry46d4sxyPpDRMryUjc9ehV5PEGU2IBL8q-nmdPmvrg5KMq37lUNbGWsMM6Zp5HkoNEtbvABtysRBNKFsbhHjv_m57ItQRjZa5oxDywCViGo38t/w640-h454/fenicia01.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.tate.org.uk/art/artworks/turner-the-decline-of-the-carthaginian-empire-n00499">A queda do Império Cartaginês</a> (por Turner, 1817) - os romanos terraplanam Cartago (146 a.C.).</div><p style="text-align: justify;"></p><ul><li style="text-align: justify;">Em 164 a.C. Judas Macabeu, dá o primeiro sinal de vida dos judeus, ao derrotar o exército Seleucida na conquista de uma cidade então algo desconhecida, chamada <i>Jerusalém</i>.</li><li>Em 146 a.C. Cipião Emiliano, neto adoptivo de Cipião Africano, arrasa e terraplana Cartago.</li></ul><p></p><p style="text-align: justify;">Estes dois acontecimentos podem explicar parcialmente o problema, se lhe juntarmos o cerco de Tiro, em 334-332 a.C., por Alexandre Magno, que arruinou o poderio Fenício:</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHhLpCJwlmmOb_RpZENzoJ8tngRUcY0hyphenhyphen3Y_AZ-_H3-ZPjPQZQEam55X65fjeZnrMlBctD1jRV_842vBo5ZrIiSCquugcnNjts53JTXmXhA0NwVJXuXFX__7r_YQLuKJ_gkrsc7_G47qqQ/s844/fenicia02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="511" data-original-width="844" height="389" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHhLpCJwlmmOb_RpZENzoJ8tngRUcY0hyphenhyphen3Y_AZ-_H3-ZPjPQZQEam55X65fjeZnrMlBctD1jRV_842vBo5ZrIiSCquugcnNjts53JTXmXhA0NwVJXuXFX__7r_YQLuKJ_gkrsc7_G47qqQ/w640-h389/fenicia02.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Para <a href="https://markcnewton.com/2013/01/06/siege-of-tyre/">atacar a ilha de Tiro</a>, Alexandre construiu um pontão ligando ao continente (essa ligação é hoje efectiva).</span></div><p style="text-align: justify;">Alexandre Magno terá sido implacável, reduzindo os 30 mil habitantes de Tiro à escravatura.<br />Sucederam-se mais de dois séculos sob o domínio seleucida, ou seja a dinastia greco-macedónia, iniciada por Seleuco, general de Alexandre Magno, até à invasão romana por Pompeu em 63 a.C.</p><p style="text-align: justify;">Os habitantes de Tiro, os Tírios, eram conhecidos pela <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Tyrian_purple">púrpura tíria</a>, mas com deturpação fonética a região é conhecida como Síria, em vez de Tíria. Com efeito, a transcrição do grego Tiro seria Túro, podendo questionar-se alguma relação com o Touro, da deusa <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Astarte">Astarte</a>, a Vénus fenícia que para os etruscos se chamava <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Turan_(mythology)">Turan</a>.</p><p style="text-align: justify;">Durante o domínio seleucida, com capital em Antióquia, pouco se terá ouvido falar dos fenícios, de Tiro, Sidon ou Biblos, até porque, por outro lado, a colónia de Cartago continuava a prosperar, e prosperou até começar a 1ª Guerra Púnica com os Romanos em 265 a.C., tendo ficado o império cartaginês reduzido à sua envolvente no final da 2ª Guerra Púnica, depois da derrota de Aníbal face a Cipião em 202 a.C. em <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Zama">Zama</a> (Xama, ou Jama).</p><p style="text-align: justify;">Será aqui que as coisas se começam a complicar para fenícios e cartagineses, quando sob insistência de Catão, a sua frase final... <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2015/01/catoes-e-cipioes.html"><i>além disso, Cartago deve ser destruída</i></a>, tomou vias de facto em 146 a.C. </p><p style="text-align: justify;">Como as colónias cartaginesas de Espanha já estavam todas em mãos romanas, não houve aparente lugar de fuga para a civilização fenícia e cartaginesa.</p><p style="text-align: justify;">Bom, e digamos que o problema não foi apenas esse. <br />Mesmo o grande Egipto, com uma tradição milenar, que tinha sabido incorporar a invasão de Alexandre numa versão ptolomaica, deu poucos sinais de vida após o domínio romano. Ainda que a biblioteca de Alexandria tenha mantido a sua fama, esta foi sendo perdida, desde o incêndio no tempo de César até ao episódio que levou à morte de <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Hypatia">Hipátia</a>.</p><p style="text-align: justify;">Em suma, as duas grandes civilizações africanas, Egipto e Cartago, praticamente perderam a sua importância no curso do império romano.</p><p style="text-align: justify;">Quem lhes sucedeu? <br />- Uma hipótese muito provável é que tenham sido judeus e árabes a tomarem conta dessa herança.</p><p style="text-align: right;"><b>(continua)</b></p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-32984912373411263602020-12-29T22:22:00.002-08:002020-12-31T07:55:07.293-08:00Alvo de Maia - Volume 11<p>Está quase feito o Volume 11 com a Acta de 2020 dos blogues Alvor-Silves e Ode Maia. <br />Como a compilação envolve mais de 500 páginas, fica aqui o PDF da primeira parte (~ 250 páginas):</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFIPobEZsFhqSmE1nD_ywz4m0SHY9iGv6icQdLMXVXCjN72qufssNz28ZCFgkIcxk6V-Tj6JxkHJYQaXRp-aHkL2ARTEUdUM3pF0xniQgFXKrnGPJLqhLrmWAhOVGYSnLMj-NyphVBq262/s378/alvo-maia-11.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="378" data-original-width="275" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFIPobEZsFhqSmE1nD_ywz4m0SHY9iGv6icQdLMXVXCjN72qufssNz28ZCFgkIcxk6V-Tj6JxkHJYQaXRp-aHkL2ARTEUdUM3pF0xniQgFXKrnGPJLqhLrmWAhOVGYSnLMj-NyphVBq262/w146-h200/alvo-maia-11.jpg" width="146" /></a></div><div style="text-align: center;"><a href="https://drive.google.com/file/d/1pE-DVJOKyDYTrmziHP8gP8llWaxbt3BA/view?usp=sharing">PDF do Volume 11 (primeira parte) ~ 8 Mb</a></div><div><div style="text-align: center;"><br /></div><p style="text-align: justify;">Neste ano, junto agradecimentos ao José Manuel Oliveira, ao IRF, ao João Ribeiro, ao DJorge, a A.Saavedra, ao Valdemar Silva, ao Carlos Figueiredo, ao GMR, cujos nomes figuram no texto, e ainda a outros que não.</p><p style="text-align: justify;">Nos últimos anos, chegado a este ponto, em que agora já constam escritas 4 milhares de páginas, é sempre bom reflectir para que serve tudo isto? Felizmente que não é em formato de livro, porque senão estaria sujeito a uma reclamação ecológica.</p><p style="text-align: justify;">Dir-se-à que serve para memória futura... mas percebemos que escrevemos demasiado, quando já nem nos lembramos dos tópicos, e muito menos dos textos. <br />Tanto pior, quando isto acontece no espaço de um ano. </p><p style="text-align: justify;">Podemos repetir assuntos, juntando mais uma informação aqui e ali, mas sem avançar decisivamente numa ou noutra direcção, porque esses tópicos estão além do nosso alcance. E estão além do alcance, porque são interrogações sobre um passado oculto, de que apenas vemos a face pelas contradições persistentes, nas histórias da carochinha que nos vão instruindo.</p><p style="text-align: justify;">Para quem está ciente desta ocultação histórica, os acontecimentos <i>covídeos</i> serviram apenas para mostrar que a manipulação informativa, alinhada com a governativa, pode ser feita com um absoluto controlo e desplante tragicómico. Os melhores programas cómicos resumem-se a citar os disparates e absurdos governativos, alertando-nos de que certo infeliz episódio era mesmo para rir... não fossemos estar distraídos pela tragédia circundante.</p><p style="text-align: justify;">Não é possível despertar a dúvida com acontecimentos presentes, e muito menos com passados, porque a população não foi educada para ser livre. <br />Aprender é a prender, a prender cabeças. <br />As cabeças são presas a receituários, a um conjunto de ideias feitas, cuja essência pode passar completamente ao lado de quem as ensina.</p><p style="text-align: justify;">A máxima concepção de liberdade, é a da liberdade autorizada, como a criança que se sente livre porque goza da protecção dos pais, para fazer o que lhe apetece. Na falta dos pais, os adultos acreditam na estrutura social envolvente, como substituto paternal. É indiferente se essa figura paternal é disfarçada por um conceito divino, ditatorial, ou pseudo-democrático.</p><p style="text-align: justify;">As regras passam a leis, os deveres passam a trabalho, etc... Acredita na sociedade como figura paternal, não se importando de haver <i>manos</i> privilegiados, "<i>porque todos trabalham para a família</i>". Essa ideia era até comum a escravos, que viam o seu patrão, ou seu senhor, como uma figura paternal.<br />Assim, é fácil recusar até a mais básica lógica de raciocínio, sob pena de a pessoa se ver sozinha num mundo hostil. Prefere dizer que preto é branco, quatro são cinco, se isso não a afastar da sociedade que conhece... nos casos mais drásticos, prefere ser herói morto, do que enjeitado vivo, como no caso de bombistas suicidas. <br />Há assim uma receita social nativa, que é mais importante que toda a lógica:<br />- Não ficar isolado.</p><p style="text-align: justify;">Uma criança até agradece que nem a chateiem se, depois de lhe fazerem ver que é violentada pela família, não lhe derem nenhuma alternativa, nenhum outro lar. Podem até pensar que lhe estão a abrir os olhos, nem reparando que ela não os consegue abrir bem por causa dos sopapos que leva.<br />Ora, o problema é que não vivemos numa sociedade de adultos, quando alguns decidem reservar para si um papel paternal, desde os mais pequenos aos maiores chefes índios. Depois é só uma questão de sorte... ou se nasce numa família funcional ou disfuncional.</p><p style="text-align: justify;">O que faz um adulto numa sociedade de crianças?<br />Se não quiser armar-se em novo paizinho... espera que cresçam!<br />Isso é engraçado de se dizer, e poderá até arranjar mecanismos de se escapar... o problema é quando o monstro social o cerca, desafiando para combate quem não quer combater. É claro que o monstro nunca aparece, porque é apenas mais uma criança assustada, no meio de tantas outras. </p><p style="text-align: justify;">O problema é que esse monstro que não se materializa em ninguém, não deixa de ser uma entidade temível, abstracta no conceito, mas materializada em acções. Será como pensarmos que cada uma das nossas células, é minúscula e inofensiva isoladamente, mas ganha um poder transcendente quando é benzida por uma ordem que não parte de nenhuma delas. Estes conceitos estão presentes, há combates não visíveis, nem pensados, que estão a ser travados. Resta saber como lidar com eles... sendo certo que a maior potência que temos é justamente abdicar dela.</p><p style="text-align: justify;">Vou terminar a segunda-parte, provavelmente incluindo ainda este texto.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidWilNwoGLc3jEVH6rCFObrKD2bQTuy4BQJgr82yDtqgelZRWm_01b3_HH2LXpPVTb6zGQ1zMEaWkR2tKp0UncZznsuhkEhPnhjfJzGDpmpen8N5xkGP1v-2MeexVrDP4cWE7PaCPqHoZR/s280/alvo-maia-11-b.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="280" data-original-width="210" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidWilNwoGLc3jEVH6rCFObrKD2bQTuy4BQJgr82yDtqgelZRWm_01b3_HH2LXpPVTb6zGQ1zMEaWkR2tKp0UncZznsuhkEhPnhjfJzGDpmpen8N5xkGP1v-2MeexVrDP4cWE7PaCPqHoZR/w150-h200/alvo-maia-11-b.jpg" width="150" /></a></div><p style="text-align: center;"><a href="https://drive.google.com/file/d/1jliBSH7kb0-WjySo3x0Ul0G6UPMyS_kX/view?usp=sharing" style="text-align: center;">PDF do Volume 11 (segunda parte) ~ 8 Mb</a></p><p style="text-align: justify;"><br /></p></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-37747105498536922922020-12-26T23:02:00.003-08:002020-12-26T23:02:28.127-08:00A imprensa em 2020 - aquém e além (2)<p>Acabando o ano 2020, lembro que foi começado com este título:</p><p style="text-align: center;"><a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2020/01/a-imprensa-em-2020-aquem-e-alem.html">A imprensa em 2020 - aquém e além</a></p><p style="text-align: justify;">sobre o domínio e controlo da informação na sociedade moderna (desde o Séc. XIX). Não se pretende reivindicar qualquer previsão do cenário informativo que se veio a verificar em 2020, porque foi alcançado um marco histórico então impensável:</p><p style="text-align: justify;"></p><ul><li>A <i><b>primeira pandemia mediática</b></i>, em <i>colaboração video</i>, digamos <i><b>co-vídeo</b></i>.</li></ul><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgudZmCGzoQfcBrXThwewQ2l9u3tcf8aeFsLGLlmDbUVn2IjxaUbwhY8xqU0iPCMhlp7L_yUhlEY9kbPFntSrteI1UOxvqMG_jHmwKwSWeuUMDQ5PHIjweKfQm_1h0ytvdv4g2m_RUk8o5p/s707/00.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="155" data-original-width="707" height="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgudZmCGzoQfcBrXThwewQ2l9u3tcf8aeFsLGLlmDbUVn2IjxaUbwhY8xqU0iPCMhlp7L_yUhlEY9kbPFntSrteI1UOxvqMG_jHmwKwSWeuUMDQ5PHIjweKfQm_1h0ytvdv4g2m_RUk8o5p/w640-h140/00.png" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">A dificuldade com as noções: - </span><span style="font-size: x-small;">O que vêem os cegos? <br />Não vêem negro!... Não ver nada, significa mesmo não ver nada.</span></div><p style="text-align: justify;"><b>1. Welles</b></p><p style="text-align: justify;">Em 1938, Orson Welles, tinha um programa na rádio CBS, com alguns ouvintes, não muitos, e fazia várias <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/The_Mercury_Theatre_on_the_Air">adaptações-encenações radiofónicas</a> de obras clássicas da literatura, entre elas - <i>Drácula, o Conde de Monte Cristo, Sherlock Holmes</i>, etc... Afinal quantas eram as pessoas que estavam dispostas a ouvir trechos de obras literárias declamadas na rádio? Parece que se contavam pelos dedos...</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2JN4VkK3NluB5kH4KVHyU1i8-vTgbUq5xkn49P9pKTRwWgI8rD7ybXM_MQR-C3N5dGquO_tqNxCdRVBfSzYNOHLr6iW3xOlUAYHNYNOcktXst3eC53TEJ5tNNNWkZ2xJvQb9JNsRfgGbf/s512/orsonWelles.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="319" data-original-width="512" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2JN4VkK3NluB5kH4KVHyU1i8-vTgbUq5xkn49P9pKTRwWgI8rD7ybXM_MQR-C3N5dGquO_tqNxCdRVBfSzYNOHLr6iW3xOlUAYHNYNOcktXst3eC53TEJ5tNNNWkZ2xJvQb9JNsRfgGbf/s320/orsonWelles.jpg" width="320" /></a></div><p style="text-align: justify;">Na noite de Halloween foi a vez da "<i>Guerra dos Mundos</i>", de H. G. Wells, e tudo seria normal... excepto que os jornais do dia seguinte decidiram contar uma história diferente. Desde o <i>New York Times</i>, até alguns jornais de província, todos decidiram contar uma história completamente diferente.</p><p style="text-align: justify;">Decidiram inventar a história que essa encenação de Welles da obra de Wells, tinha sido tão convincente que tinha deixado os EUA num estado de terror, temendo uma invasão real de Marcianos. <a href="https://slate.com/culture/2013/10/orson-welles-war-of-the-worlds-panic-myth-the-infamous-radio-broadcast-did-not-cause-a-nationwide-hysteria.html">Essa mentira foi empolada</a> levando à fase de se acusar Orson Welles de incitar o pânico na população americana, etc, etc... Ora, tudo isso era apenas um prenúncio da fama que se lhe iria dar de seguida.</p><div style="text-align: justify;">Orson Welles passou a <i style="text-align: justify;">enfant terrible</i><span style="text-align: justify;"> do sistema... alguém que tinha muita queda, mas não tinha sítio onde cair, a quem o sistema mediático decidiu acarinhar, como </span>puto mimado a quem se deixam fazer travessuras condenáveis a todos os outros. Passados seis meses, estava em Hollywood a escolher uma de três propostas de filmes para realizar. Entre elas escolheu realizar:</div><div style="text-align: center;"><i><a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Citizen_Kane">Citizen Kane</a>.</i></div><div style="text-align: justify;">O filme que teria tudo para ser uma <a href="https://www.youtube.com/watch?v=8dxh3lwdOFw">obra vulgar meio apalhaçada</a>, mas foi benzido com a mesma chancela que tinha sido aplicada ao seu programa de rádio sem ouvintes... Foi logo classificado como "obra prima", etc, etc, e <a href="https://www.youtube.com/watch?v=n_i5MXJWmLU">ainda hoje</a> é colocado no pedestal como sendo "<i>um dos melhores filmes de sempre</i>".</div><div style="text-align: justify;">A razão para isso, é normalmente simples. O filme tinha algumas novidades técnicas, mas o problema principal é que ninguém se atreve no meio duma claque judaica a difamar o nome de Moisés. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A mentira marciana tinha alguma plausibilidade engraçada, e todos decidiram alinhar na história de que tinha havido um programa de rádio com a capacidade de enganar os crédulos americanos em 1938, esquecendo que não havia apenas uma estação de rádio nos EUA. Podiam não ter sido milhões, mas mesmo se tivessem sido uns milhares, era engraçado na mesma... pronto mesmo não sendo milhares, poderiam ter sido umas centenas. </div><div style="text-align: justify;">Ok, não interessa. Se centenas não foram enganados por Orson Welles com os marcianos, foram depois enganados pela história inventada pelo New York Times, aí já aos milhões.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>2. Trump</b></div><div style="text-align: justify;">Este exemplo de Welles, permitiu ver como os <i>media</i> podiam pegar numa falsidade idiota qualquer, e torná-la em notícia de primeira página. Pior que isso, poderiam mantê-la como facto aceite por muitas gerações vindouras, sem necessidade de verificação ou disputa. </div><div style="text-align: justify;">Não poderiam fazê-lo sozinhos, se fossem vistos como entidades separadas, sujeitos à verificação e crítica uns dos outros, mas poderiam garanti-lo indefinidamente, se estivessem coordenados entre si.</div><div style="text-align: justify;">Já sabemos, essa teoria não pode ser enunciada, porque esse <i>complot</i> seria "<i>teoria da conspiração</i>"...</div><div style="text-align: justify;">Conforme podemos ver, esta charada escancarada, dura há quase um século, e as tentativas de a expor no sentido oposto são recentes, e dificilmente conseguem ter uma expressão para o grande público. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por exemplo, quando em 2014, mencionei Welles, a <a href="https://alvor-silves.blogspot.com/2014/06/mau-tempo-no-canal-das-historias.html">propósito da estupidez do History Channel</a>, nem me passou pela cabeça pensar no assunto. Simplesmente fui aceitando que poderia ter existido algum pânico com um programa de rádio simulando uma <i>invasão marciana</i>, e porque não? </div><div style="text-align: justify;">Simplesmente, não me coloco na posição da virgem ofendida, que foi enganado na sua castidade de defensor da verdade. </div><div style="text-align: justify;">O que acaba por ser ridículo é uma posição em que as vítimas se vão colocando, defendendo pontos indefensáveis, apenas porque não querem admitir que podem ter sido escandalosamente enganadas, praticamente desde que nasceram.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mesmo que estejamos avisados para a rapina informativa que nos cerca, e estejamos praticamente reféns dessa informação oficializada pela governação, isso não significa que tenhamos que engolir praticamente tudo o que nos é impingido. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O tratamento das eleições dos EUA pelos órgãos de comunicação internacionais revelou uma extensão do problema a níveis que antes eram apenas suposições de "teorias de conspiração". Ver os órgãos de comunicação coordenados ao ponto de distorcerem toda a informação, classificando o actual Presidente dos EUA como um simples criminoso/mentiroso, ao mesmo tempo que lhe reconheciam uma votação ímpar, bem como a preferência de largos sectores da sociedade americana, chegou a roçar o puro desplante arrogante de uma oligarquia que se sente inimputável. </div><div style="text-align: justify;">Pior, sente-se na capacidade de definir em directo, sem contraditório, resultados eleitorais.</div><div style="text-align: justify;">Ou seja, parece que estamos a ler os Protocolos de Sião na sua versão consumada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>3. Pré-aquecimento</b></div><div style="text-align: justify;">Isto seria suficiente para uma enorme escandaleira, de proporções mundiais, mas os <i>media </i>foram ensaiando entrar por território mais agreste, o supostamente impoluto mundo científico... que, mesmo sendo um mundo com virgens e prostitutas, teoricamente teria muito menos de umas que de outras. Teoricamente, porque quando o cacau começa a medir a importância e sobrevivência científica, o número de virgens tende a desaparecer rapidamente. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O clima, sendo uma ciência que era praticamente tão incerta quanto a lotaria, foi o alvo escolhido.</div><div style="text-align: justify;">As previsões climáticas foram ficando bastante boas, graças às imagens de satélite. </div><div style="text-align: justify;">Com essa disponibilidade de formações das nuvens, vistas no céu, até um indigente poderia fazer as mais básicas previsões climáticas no espaço de um dia ou dois. Sem grande dificuldade a coisa foi melhorando até ao espaço de uma ou duas semanas... se as coisas corressem bem.</div><div style="text-align: justify;">Porém, prever a mais que um mês, envolve uma complexidade tal, que mesmo usando uma certa repetição anual dos padrões, está ainda fora do alcance actual.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Só que na ciência da comunicação, o que se consegue fazer é apenas um aperitivo para aquilo que se diz que se vai conseguir fazer. Há 20 anos todo o cenário foi lançado para um inquestionável aumento imparável da temperatura do planeta, a pontos que se anunciavam submersões de cidades, desaparecimento de ilhas, etc, etc.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Numa fase inicial, o cenário de aquecimento era teoricamente possível, e por isso todos os cuidados tidos foram vistos como necessários, de certa forma, unanimemente. Porém, o exagero subiu de tom, e as evidências reais foram substituídas por falsificações idealizadas, ou previsões completamente erradas.</div><div style="text-align: justify;">O que aconteceu de estranho?</div><div style="text-align: justify;">A ciência estava habituada a que teorias erradas fossem substituídas por novas teorias, e isso era determinado por factos e números objectivos. Nada mais disso interessou. Se os números não concordavam com a teoria, eram os números que estavam errados, e substituíam-se as medições por outras medições, etc, etc.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Chegou-se a um ponto tal que só a retórica poderia ajudar.</div><div style="text-align: justify;">Em vez de se falar em <i>aquecimento global</i>, passou a usar-se o eufemismo <i>alterações climáticas</i>, e portanto tudo cabia aí. As previsões deixaram de ser feitas a 20 anos, porque 2020 veio mostrar o completo e absurdo falhanço de qualquer previsão mirabolante, e passou-se a usar 2050 ou 2100 como novas metas mirabolantes. Não me parece que seja porque se espere que o clima mude até lá, mas pode sim esperar-se um desenvolvimento técnico para alterar o clima até ao final do século.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O que interessou neste capítulo do folhetim, foi que a imprensa global se sentiu à solta para definir o que era e o que não era a opinião científica. Para além da estapafúrdia <i>Pipi das Meias Altas</i> sueca, chegou ao ponto de submeter o reconhecimento de entidades antes prestigiadas, e criar clubes de zelotas linchadores de quem se atrevesse a dizer o contrário.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>4. Covídeos</b></div><div style="text-align: justify;"><i>La crème de la crème</i>, chegou sob forma viral, pulverizando outro conhecimento científico frágil, e muito mais incomodativo para a generalidade dos mortais... a sua saúde!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Invasão de <i>marcianos</i>, é engraçado, mas precisa de <i>marcianos</i>... </div><div style="text-align: justify;">Uma invasão de vírus, é suposto precisar de vírus, mas se há coisa que não há falta no mundo, é de vírus. Ora, e se não havia falta de vírus, também não havia falta de medo deles.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Portanto, não se fala de outra coisa, os números estão aí, morrem pessoas umas atrás das outras, estamos em situação de emergência há meses a fio, e parece que o país e o mundo vão perecer face à invasão de Covid-19. </div><div style="text-align: justify;">Essa conversa conhecemos, mas de que números falamos efectivamente?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEdWO40vAF8F9Y6nLcSKbfHFmUIkf9mbekqQPNTqKxMo8lmRpdasdDHouegMbrqAJfMvNFM8yDK9m0VSgeKH2oEbLDHAX4MoQlqqIW1It_L65HGND1w6MVJj4vrm7EQCM_zqUJUINURhHD/s1557/mortes070.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="477" data-original-width="1557" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEdWO40vAF8F9Y6nLcSKbfHFmUIkf9mbekqQPNTqKxMo8lmRpdasdDHouegMbrqAJfMvNFM8yDK9m0VSgeKH2oEbLDHAX4MoQlqqIW1It_L65HGND1w6MVJj4vrm7EQCM_zqUJUINURhHD/w640-h196/mortes070.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Este gráfico do número de mortes abaixo dos 70 anos, está disponível, para quem quiser consultar, na <a href="https://evm.min-saude.pt">vigilância de mortalidade do Ministério da Saúde.</a> </div><div style="text-align: justify;">São valores oficiais absolutos. Não distinguem se são mortes por Covid, ou por despiste automóvel.</div><div style="text-align: justify;">Pergunto, onde estão visíveis as mortes alarmantes com que somos bombardeados todos os dias?</div><div style="text-align: justify;">Os valores mais altos são em Janeiro de 2019.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ok, então isso é porque é abaixo dos 70 anos, e o vírus mata mais a população idosa. </div><div style="text-align: justify;">Certo, vejamos então a população acima dos 65 anos, porque também está disponível essa informação:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEsFqIWPvHHtu8u9n6uG2NeK4dLz7lN6UMhV7Fc-ze7Crj8FAG6J66WSbv-juVbVDFR0fLHpJKppYWyeJjjK2EkJ_AQZhbqpELpz5kWqEuo1h5DFDfjPMg_G0LpRedwOJGZ3wzjjKvFPGL/s1554/mortes065.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="547" data-original-width="1554" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEsFqIWPvHHtu8u9n6uG2NeK4dLz7lN6UMhV7Fc-ze7Crj8FAG6J66WSbv-juVbVDFR0fLHpJKppYWyeJjjK2EkJ_AQZhbqpELpz5kWqEuo1h5DFDfjPMg_G0LpRedwOJGZ3wzjjKvFPGL/w640-h226/mortes065.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Sim, há um aumento que começou a 1 de Novembro, mas maior existiu, conforme se vê, entre Janeiro e Fevereiro de 2019. </div><div style="text-align: justify;">Quais foram as excepcionais medidas que se tomaram em 2019? - Nenhumas!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Picos de mortalidade ocorrem sazonalmente, especialmente em idade avançada. É esperado que ocorram nos picos de frio e calor. Está ainda por explicar o pico de mortalidade neste Verão, que não esteve associado a nenhum efeito do vírus, especula-se estar associado a uma vaga de calor.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No entanto há um outro problema que em Portugal é propositadamente escondido - o suicídio:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"><i>A dimensão do problema do suicídio é maior do que os números podem fazer crer. Chama-se a isso ‘<b>ocultação</b>’ e ‘<b>suicídios mascarados</b>’. Em Portugal, apesar de ser um fenómeno reconhecido, é um problema gravíssimo. Somos um dos países da Europa, aliás, que pior regista os suicídios, juntamente com a Lituânia e a Polónia. Calcula-se que sejam ‘ocultados’ nos registos até mais 30, 50 ou 60% de suicídios, como mortes violentas indeterminadas, como acidentes e como morte de causa natural não especificada. </i><span style="font-size: x-small;">[Dr. Ricardo Gusmão in <a href="https://expresso.pt/sociedade/2020-10-16-Ricardo-Gusmao-A-dimensao-do-suicidio-em-Portugal-e-maior-do-que-os-numeros-podem-fazer-crer.-Ha-ocultacao-e-suicidios-mascarados">Expresso 16.10.2020</a>]<i> </i></span></div></blockquote><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com a rápida incineração dos corpos, conforme agora é requerido, o apuramento de efectivas mortes por Covid ficará no segredo da DGS. As que foram associadas a Covid por sua iniciativa, só eles podem testemunhar, mas o crime de ocultação pública dos dados terá vários cúmplices conhecidos, começando pelos responsáveis governativos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Independentemente de tudo isso, um facto objectivo é que não há razão presente em 2020 que não estivesse presente em 2019... excepto uma palavra - Covid.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tivesse sido dado o nome <i>Cabid-09</i> à gripe de inverno de 2010, e teríamos tido o mesmo efeito, voltaríamos a ter uma nova vaga no inverno seguinte e assim sucessivamente. Se tivessem começado com esta moda nessa altura, e já iríamos na vigésima vaga... sempre com estirpes diferentes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tal como em 1938, foram os jornais que inventaram um pânico inexistente sobre um programa de rádio, em 2020 foram os media que disseminaram um pânico excessivo relativamente à gripe Covid-19.</div><div style="text-align: justify;">Se os números de mortalidade ainda não satisfazem o pretendido, pois parece que as <a href="https://www.sciencemag.org/news/2020/12/suspicions-grow-nanoparticles-pfizer-s-covid-19-vaccine-trigger-rare-allergic-reactions">pseudo-vacinas podem ter a solução</a> com as diversas alergias a nanopartículas inclusas; e perante a perspectiva entre o mal e a cura, poderá haver muito idoso que escolha outra solução conveniente às estatísticas...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Todo o ambiente gerado em torno da chegada das pseudo-vacinas, do seu alojamento secreto, da protecção policial, etc, faz lembrar um enredo de uma paródia de mau gosto, protagonizada por jornalistas e responsáveis de baixo nível. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Agora, faça-se a pequenina reflexão: - que cuidados extremos tiveram estas pseudo-vacinas, quando se garantia que <a href="https://www.cnbc.com/2020/05/04/a-coronavirus-vaccine-wont-be-ready-until-the-end-of-2021-professor-says.html">nenhuma vacina estaria pronta antes do final de 2021</a>:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"><i>A vaccine for Covid-19 will not be ready until the end of next year, according to Dale Fisher, chair of the World Health Organization</i></div></blockquote><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando os russos apresentaram a Sputnik, era uma treta, já se sabe... e quando Trump garantia uma vacina pronta antes do fim de 2020, era só para fins eleitoralistas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Zás, catrapaz... e tudo muda!</div><div style="text-align: justify;">O mágico tira o coelho da cartola, e saem as pseudo-vacinas! Autorizadíssimas, seguríssimas!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sim, são <i>pseudo-vacinas</i>, porque não há vacinas, já que a infecção pode ocorrer na mesma.</div><div style="text-align: justify;">Aliás, é a própria <a href="https://covid19.min-saude.pt/vacinacao/">DGS que o reconhece</a>:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzfQOGvMax7vJUW3L40lICi10pHHiVuPTgZUoqe4nRug-9oBsfNof0oc_j1ssdF_ZidMzrTP5fecDysynive9OCrcZwFQ63ed2WdM7BmAJxNgF2mocj5cn6dNCq6UBqLPa8z7ubEEEI1HI/s745/mortes099.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="195" data-original-width="745" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzfQOGvMax7vJUW3L40lICi10pHHiVuPTgZUoqe4nRug-9oBsfNof0oc_j1ssdF_ZidMzrTP5fecDysynive9OCrcZwFQ63ed2WdM7BmAJxNgF2mocj5cn6dNCq6UBqLPa8z7ubEEEI1HI/w640-h168/mortes099.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Basta substituir "vacinas" por "não fazer nada", e passa-se a ler tudo da mesma forma:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><blockquote style="border: none; margin: 0 0 0 40px; padding: 0px;"><div style="text-align: justify;"><i>Apesar de muito eficaz, não fazer nada não evita completamente o risco de infecção. Contudo as poucas pessoas que nada fizeram e foram infectadas, desenvolveram geralmente formas pouco graves de Covid-19.</i></div></blockquote><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Este é o cenário geral da Covid-19, trata-se assim de um cenário de placebo, e não de vacina. <br />Aliás quem não fez nada, geralmente era assintomático.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A factura de tudo isto, vai ser paga por nós, em défices sucessivos, por várias gerações.</div><div style="text-align: justify;">Mas isso também não é nada que surpreenda... estamos habituados desde o Séc. XIX.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A história serve para nos lembrarmos do que foi dito, e nem sequer há muito tempo.</div><div style="text-align: justify;"><i>- Mas o que é isso interessa? </i></div><div style="text-align: justify;"><i>- Não interessa nada! </i><i>Vão a correr, pode ser que consigam ser os primeiros vacinados da vossa rua!</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.com2