tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post3106989377769036124..comments2024-03-24T14:05:18.014-07:00Comments on alvor-silves: Ré vista (4)Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-24142268644255890062014-10-21T01:01:15.866-07:002014-10-21T01:01:15.866-07:00Infelizmente é verdadeInfelizmente é verdadeMarshttp://lifeonmars.blogs.sapo.ptnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-12473496350416411932014-10-20T11:03:18.824-07:002014-10-20T11:03:18.824-07:00Sim, parece que acordaram... mas estes acordares s...Sim, parece que acordaram... mas estes acordares são normalmente até ao próximo sono. <br />Ao que parece na transição dos anos 70/80 também houve alguma moda de recuperação etnológica. Só que estas coisas subsistiram milénios sem etnólogos, sem apoio do estado, ou o que quer que fosse. Subsistiram por educação familiar, algo que se foi perdendo, por se considerar que a escola oficial seria o suficiente como educação. <br />Não é. Foi assim com algum espanto que se viu a geração nascida nos anos 80 e 90 sem fazer a mais pálida ideia da história recente. Os pais sabiam, tinham-na vivido, mas acharam que não era relevante transmiti-la, que a escola se encarregaria disso.<br />Ora, é importante alimentar uma história familiar, porque senão as gerações seguintes serão sempre gerações sem avós, educadas pelo sistema para servir o sistema.<br /><br />Abraços.Alvor-Silveshttps://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-82225620712507397772014-10-20T04:41:00.854-07:002014-10-20T04:41:00.854-07:00Ultimamente têm feito pesquisas, creio que até esc...Ultimamente têm feito pesquisas, creio que até escreveram um livro. Ainda há fotografias a preto e branco de antigas MaiasMarshttp://lifeonmars.blogs.sapo.ptnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-13214351239488834012014-10-19T21:48:58.338-07:002014-10-19T21:48:58.338-07:00Sobre os dias da semana, e os meses:
http://alvor-...Sobre os dias da semana, e os meses:<br />http://alvor-silves.blogspot.pt/2014/08/cesar-kaisers-e-czares.html<br /><br />O caso português das "feiras" foi quase singular, contra a tradição pagã, tal como acontece com os Gregos, por imposição de norma ortodoxa.Alvor-Silveshttps://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-9165302435455599432014-10-18T06:22:46.862-07:002014-10-18T06:22:46.862-07:00A "arvore de maio" vem donde viemos para...A "arvore de maio" vem donde viemos parar a este planeta Terra (duma constelação) é essa celebração que tanto se têm esforçado de encobrir, de lunes e martes passou-se para feiras!<br /><br />http://es.wikipedia.org/wiki/Semana#El_origen_de_los_nombres_de_los_d.C3.ADas_de_la_semana<br /><br />Cpts.<br />José Manuel CH-GE <br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-48272709392774978442014-10-18T05:19:28.202-07:002014-10-18T05:19:28.202-07:00D. Diniz foi o primeiro que por lei de 1313 prohib...<br />D. Diniz foi o primeiro que por lei de 1313 prohibiu houvesse reptos duas léguas em redor donde estivesse a corte : <br /><i>— « Estabeleço e punho por lei [diz elle] que daqui adiante nenhum Filho-d'algo não desafie , nem mande desafiar outro , nem por si , nem por outrem , perante mim , nem nos legares onde eu for , nem a duas léguas aredor de mim; E aquelle que contra isto vier, morra por isso , e a desafiação não valha.» </i><br /><br />Successivas providencias se foram dando a este respeito , de modo que na ordenação affonsina apenas são permittidos os desafios no caso de traição contra a pessoa real, como se pôde ver no titulo 64 do Livro 1.° desta ordenação.<br /><br />Como, porém, os reptos não tinham logar em todos os casos, e tal era o de cair a suspeita do crime em mulheres, as quaes não podiam ir defender ás lançadas a sua innoccncia, havia outros meios de recorrer ao juizo de Deus. Destes eram geralmente em toda a Europa, as provas da agua fria, da agua queute, e do ferro em braza. A que se usou em Portugal foi a ultima , a qual consistia no seguinte: o accusado que queria arriscar-se á prova, depois de se confessar, e de jejuar rigorosamente por alguns dias , e de receber exorcismos , bênçãos e orações de um sacerdote, ou se punha a andar descalço sobre uma vara de ferro em braza, ou pegava nella e caminhava apertando-a nas mãos por certo espaço. Se o <i>ferro caldo</i> [como lhe chamavam] não produzia o seu natural effeito o culpado era havido por innocente; mas se lhe queimava os pés ou as mãos impunham-lhe a pena do crime de que fora accusado. <br /><br />Já se vê que era difucultosa empreza achar innocentes por tal meio ; todavia algumas tradições existem que a serem verdadeiras, provariam que a Providencia, apiedando se dos injustamente opprimidos, suspendera algumas vezes a favor delles as leis da natureza. Juncto ao sepulchro do commendador de Leça D. Garcia Martins se conservava , segundo o testemunho de Jorge Cardoso , um ferro de arado , que , posto em braza , transportou para alli a mulher de um ferreiro accusada de adultério. Fr. Bernardo de Brito e Fr. António Brandão citam uma doação feita ao mosteiro de Arouca , por D. Tareja Soares, mulher de D. Gonçalo Mendes de Sousa , que sendo accusada pelo marido d'adulterio, recorreu , em sua defeza, á prova do ferro em braza , e saindo illesa , se recolheu ao mosteiro d'Arouca , ao qual fez uma doação, onde se menciona este successo, que seria em verdade extraordinário, se não fosse mais fácil e rasoavel crer na supposicão do documento do que na realidade do milagre.<br /><br />Esta superstição da prova por fogo parece que ainda estava muito arreigada em Portugal no fim do século 14.° Quando o Mestre d'Aviz matou o conde Andeiro a rainha D. Leonor, ouvindo na sua camara o ruido que soava, mandou saber o que era, e vieram dizer-lhe que tinham assassinado o conde.<br /><i> <br />» A rainha quando isto ouviu , houve grão temor ,<br />» porém disse: Oh sancta Maria vale! me mataram <br />» em elle um bom servidor!—e sem o merecer-, cá <br />» [porque] o mataram, bem sei porque. Mas eu <br />» prometto a Deus que me vá de manhã a S. Francisco, <br />» e que mande ahi fazer uma fogueira, e ahi farei <br />» taes salvas, quaes nunca mulher fez por estas "cousas." </i><br />[Lopes chr. de D. João 1.° cap. 11]. <br /><br />Santos, narrando este meuno successo, accrescenta: <i><br />» "Alludiu ao antigo costume de se purificarem ,<br />» tomando o ferro quente , as mulheres accusadas, ou <br />» murmuradas d'adulterio. </i><br />[Mon. Lusit. Liv. 23 c. 8]. <br /><br />E com effeito não é crivei que a rainha na sua afflicção fizesse uma figura de rhetorica, dizendo que se queria sujeitar a um costume que já não existia; muito mais que Fernão Lopes, escriptor tão visinho daquelles tempos, parece reconhecer a actualidade de tão barbara usança, accrescentando que <i>a rainha tinha mui pouco em vontade de o fazer.</i><br /><br />(... )<br /><i><br />(fim de transcrição - mas o artigo continua na revista Panorama)</i>Alvor-Silveshttps://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-34847748180621866802014-10-18T05:02:09.120-07:002014-10-18T05:02:09.120-07:00http://books.google.co.uk/books?pg=RA1-PA138
(con...<a href="http://books.google.co.uk/books?pg=RA1-PA138" rel="nofollow"><br />http://books.google.co.uk/books?pg=RA1-PA138</a><br /><br /><i>(cont.)</i><br /><br />Um dos mais antigos documentos que nos restam sobre as superstições populares é a celebre postura da camara de Lisboa de 1386. Esta postura caracterisa essencialmente o espirito religioso da epocha de D. João l° — Nella se prohibem as superstições populares, as quaes ahi se enumeram , como querendo a camara agradecer assim a Deus a victoria d'Aljubarrota , que assegurou a independência de Portugal. Transcreveremos algumas passagens do referido estatuto, sem que tentemos explicar muitas dessas superstições a que ahi se allude , porque difficil fora appresentar mais do que conjecturas. Eis o que nos parece mais notável naquelle assento municipal;<br /><br /><i> Os sobreditos estabelecem e ordenam . que daqui em diante nesta cidade, nem em seu termo nenhuma pessoa não use, nem obre de feitiços , nem de ligamento , nem de chamar os diabos , nem de descantações , nem de obra de veadeira , nem obre de carantulas , nem de geitos , nem de sonhos , nem d'encantamentos , nem lance roda, nem lance sortes , nem obre d'advinhamentos .... nem outrosim ponha nem meça cinta, nem escante olhado em ninguém , nem lance agua por joeira ....<br /><br />Outrosim estabelecem que daqui em diante nesta cidade e em seu termo <b>não se cantem janeiras nem maias</b> , nem a outro nenhum mez do anno , nem se lance cal ás portas sob titulo de janeiro, nem se furtem aguas , nem se lancem sortes. . . . <br /><br />Porque o carpir e depenar sobre os finados é costume que descende dos gentios , e é uma espécie de idolatria , e é contra os mandamentos de Deus, ordenam e estabelecem os sobreditos que daqui em diante nesta cidade, nenhum homem ou mulher, não se carpa, nem depene, nem brade sobre algum finado, nem por elle , ainda que seja pae, mãe , filho ou filha , irmão ou irman , marido ou mulher , nem por outra nenhuma pena , nem nojo , não tolhendo a qualquer que não traga seu dó , e chore se quizer. ...</i><br /><br />Muitas destas disposições ditem respeito a crenças que já não existem , ou são conhecidas por outras denominações. As janeiras e maias duraram até os nossos dias, e ainda no Minho se chamam maias as flores da giesteira amarella , com que se adornam as janellas no primeiro de maio; alem disso todos que hoje vivemos nos lembramos de ver em Lisboa os maios pequeninos passearem as ruas cubertos de flores, bem como de ouvir cantar as janeiras, o que ainda dura em muitas partes das nossas províncias.<br /><br />As prohibições da camara relativamente aos prantos pelos mortos , alludem ao carpirem-se c arrepellarem-se sobre o cadáver e por elle , depois d'enterrado , certas mulheres , que disso viviam chamadas carpideiras ou pranteadeiras , e na falta destas os parentes mais próximos. Fr. Francisco Brandão diz que tal costume se acabou no tempo de D. João 1º : mas engana-se manifestamente , porque nos nossos chronistas se acham memórias de semelhantes prantos em epochas mui posteriores , e lá diz Gil Vicente<br /><br /><i><br /> Prantos fazem em Lisboa <br /> Dia de sancta Luzia <br /> Por elrei D. Manuel <br /> se finou neste dia. </i><br /><br />Entre as superstições antigas podem contar-se os reptos , requestas . ou desafios , em que se apellava para o juizo de Deus quando um homem accusava outro de homicídio ou traição. Este costume , geral em toda a Europa , vogou muito em Portugal no principio da monarchia , sendo até declarados os foraes de algumas terras os casos em que o duello devia servir de prova da justiça ou injustiça da accusação ou querella. Muito cedo porém começaram os nossos reis a trabalhar , por meio de leis prudentes e saudáveis, em pôr termo a este costume bárbaro. <br />Alvor-Silveshttps://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-53473879079186936632014-10-18T04:44:01.046-07:002014-10-18T04:44:01.046-07:00Artigo do PANORAMA (Maio de 1840)
Crenças Popular...Artigo do PANORAMA (Maio de 1840)<br /><br /><b>Crenças Populares Portuguezas.</b> <br /><br />Todas as nações tanto antigas como modernas teem sido sujeitas á doença moral chamada credulidade. Dada a crença da existência dos espíritos e da sua immortalidade , os homens vendo diariamente morrer os seus semelhantes, e sentindo em si uma consciência que repugna á aniquilação, perceberam facilmente que o espirito não morria: a revelação não fez mais que confirmar um sentimento innato no homem. Depois a saudade dos mortos que nos foram caros , e o temor que experimentavam os criminosos de que as suas victimas ainda se podessem vingar delles alem do sepulchro emfim amor e remorsos, ajudados da imaginação, povoaram este mundo de phantasmas. A Grécia, sempre poética, formulou esta serie de factos intellectuaes era muitas expressões materiaes: sirva d'exemplo a descida d'Orpheu aos infernos em busca d'Euridice, mytho formosíssimo , com que os antigos gregos simbolisaram o amor como capaz, de unir os espiritos que passaram com os que vivem na terra. A imaginação multiplicou e variou estas expressões de um pensamento vago e primitivo. D'ali vieram os lemures , as strygas, e todas essas creações extravagantes, que ainda no primeiro século christão o severo philosopho Plinio não se atrevia inteiramente a descrer.<br /><br />Entre as nações modernas a portuguesa passa por uma das mais inclinadas a muitas destas superstições. É uma das multiplicadas calumnias que sobre nossas cabeças lançam estrangeiros: quem disso se quizer desenganar leia o Diccionario infernal de Collin de Plancy, e achará que qualquer província da França , ainda das mais civilisadas , nos deita , como se diz vulgarmente, a barra adiante em superstições populares.<br />Quasi o mesmo se pôde dizer da nação mais allumiada da Europa — a alleman. Na Inglaterra basta dizer que não haverá ahi perro turco, ou bramane crédulo que leve vantagem em superstição ao povo dos três reinos unidos. As bruxas , diabos azues, vampiros , e seiscentas outras diabruras surgem , por assim dizer, debaixo dos pés dos inglezes , como nos pinhaes do Alentejo e Estremadura se erguem , debaixo dos pés dos caminhantes , as ninhadas dos sapinhos, quando sobre o pé das estradas cae em dia de verão um aguaceiro de trovoada.<br /><br />Apesar, porém, de não sermos dos povos mais abastados neste género de riquezas [que poeticamente o são] tem havido entre nós muitas crenças populares dignas de se fazer menção dellas; por isso mesmo que as mais antigas são geralmente desconhecidas , e as mais modernas vão diariamente desapparecendo; que ao menos esse bem temos tirado das nossas luctas políticas e deste espirito do século, que renegou de tudo quanto nos transmittiu o passado. Tanto de umas como de outras colligiremos aqui algumas espécies, que se nos não enganamos, serão lidas com interesse pelos leitores do Panorama.<br />Alvor-Silveshttps://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-50314755702473584442014-10-18T04:21:00.221-07:002014-10-18T04:21:00.221-07:00Agradeço a dica.
Com efeito, basta ver na wikiped...Agradeço a dica. <br />Com efeito, basta ver na wikipedia<br />https://pt.wikipedia.org/wiki/Maias_(folclore)<br /><br />mas estas coisas só se procuram quando se sabe que existem. <br />Das Janeiras ouvi falar todos os anos em época natalícia, desde criança. <br />Já quanto às celebrações de Maio, foi-se falando cada vez menos espiga, e das cantigas das Maias como esta<br /><i><br />O meu maio moço<br />ele lá vem<br />vestido de verde<br />que parece bem.<br /></i><br />... se a ouvi da minha avó, não me lembro. <br />Talvez tenha confundido as cantigas de Maio com as cantigas de Abril...<br /><br />Mas, ainda voltando a Maias+Beja o que vemos é que a tradição só foi aí recuperada este ano de 2014. No ano de 2010, em que escrevi sobre o assunto, não vi nenhuma vontade significativa de recuperar a tradição.<br /><br />Portanto, o espírito revolucionário de Abril, foi substituindo as Maias pelas "Cantigas de Maio", p.ex. do Zeca Afonso:<br />https://www.youtube.com/watch?v=0AOKb5z0-9g<br />... apesar do Zeca Afonso ser justamente alguém que deu relevo a esses tradições populares.<br />Só que nestas coisas, é muito natural a atenção recair mais para si, do que para o que fala. O pessoal gosta mais de saber "quem" do que o "quê", porque é mais simples reduzir tudo a uma questão pessoal.<br /><br />Assim, estas Maias populares foram incómodas, primeiro para os promotores da "lei de Deus", depois para os promotores da "lei dos homens", que não as proibindo, arranjaram forma de as colocar fora de moda.<br /><br />Alvor-Silveshttps://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-58226298047607515112014-10-17T01:00:35.164-07:002014-10-17T01:00:35.164-07:00Se fosse a si pesquisava por Maias + BejaSe fosse a si pesquisava por Maias + BejaMarshttp://www.lifeonmars.blogs.sapo.ptnoreply@blogger.com