tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post3106560090101980158..comments2024-03-24T14:05:18.014-07:00Comments on alvor-silves: Chapéus há muitos...Alvor-Silveshttp://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-42692415330269431112013-11-04T19:43:13.532-08:002013-11-04T19:43:13.532-08:00Caro José Manuel,
fico grato pela conversa, e apes...Caro José Manuel,<br />fico grato pela conversa, e apesar de não nos conhecermos, nem estaremos sempre de acordo, creio que nos entendemos muito bem. <br />Estou de acordo sobre podermos chegar às mesmas conclusões que os antigos, porque elas são simples, resultam exactamente de uma procura do essencial, e não ficar preso ou dispersar por outros detalhes. <br />Gosto do que conheço da filosofia budista, e lá está... se não procuro saber mais é porque creio que compreendi o aspecto fundamental, e o resto serão detalhes. Posso estar errado, e fico à espera de eventual necessidade de correcção.<br />Já encontrei o que procurava do ponto de vista individual, e o budismo é essencialmente isso - um caminho individual.<br />Porém, aquilo que também se pode concluir é que o caminho individual é uma forma de egoísmo, e o "acordar" resulta de um "acordo" entre todos. Quando entramos pelos esquemas da reencarnação e se vai ou não ser iluminado, cada qual está a pensar em si, e em "safar a sua pele"... por isso o budismo não tem o mesmo aspecto altruísta do cristianismo, e perde-se numa hierarquia de valores e pré-conceitos.<br /><br />Colocando as coisas da forma mais simples que sei, prefiro a analogia de Pitágoras - "a vida é uma sala de cinema".<br />Não se começa por levar uma criança a filmes de terror. No entanto, crescendo, poderá vê-los sem ter medo.<br />Nós somos o espectador e o actor, como se tivéssemos acordado ver um filme de realidade virtual previamente, e é preciso haver actores para todos os papéis... Houve um acordo para uma realidade comum, partilhada. O verbo "acordar" tem esse duplo significado, apropriado - saímos do sonho individual e regressamos ao acordo comum.<br /><br />Se se desligar do aspecto corporal, consegue ver-se a si próprio, tal como vê os outros, e ver-se-á assim no filme em que é actor, mas numa perspectiva superior. Essa perspectiva superior é a mesma que temos quando vemos um filme no cinema - podemos entrar dentro da história, mas percebemos que estamos fora dela. Podemos sofrer com o personagem, mas também podemos abstrair-nos disso. O problema é que no cinema de realidade virtual o corpo faz questão de dar maior atenção ao sofrimento. Como o assunto fica sério, o filme não é mera comédia infantil - se a nada déssemos valor, nada na vida teria sentido. Aqui, o corpo força-nos a aprender uma escala de valores.<br /><br />Agora, a velha mãe Gaia pode pegar em nós e dar-nos uma experiência de realidade virtual que nos deixa como bebés a chorar. Para Gaia todos os universos são possíveis, e exige que todos sejam vistos e entendidos... tanto se lhe dá que seja tratamento de choque ou não. O Caos está aí incorporado e tudo é possível. <br />Úrano não iluminaria monstruosidades, mas Gaia exigiu que todos os filhos fossem iluminados. <br />Ao definir o tempo, com Cronos, poderia haver alternância... entre bem e mal, mas não queria semelhantes a si. <br />Zeus aceitou semelhantes, mas definiu uma casta, a casta dos deuses... os outros seriam animais.<br />Cronos seria o Deus antigo, e Zeus o moderno - com um Céu para o bem e Inferno para o mal.<br />O titã Prometeu deu estatuto divino aos humanos na compreensão... podemos estar limitados pelo saber, mas não pelo compreender. <br />O total compreender inclui compreender a razão do que não podemos compreender.<br />Se algo tivesse compreensão infinita e sabedoria infinita, terminaria o seu futuro.<br />Isto é o essencial que retiro da alegoria grega... a alegoria hindú leva para outros aspectos da mesma história - o posicionamento do actor.<br />Quanto mais procurar intervir, mais condiciona os parceiros, mas o isolamento será abdicar da dança da vida... donde a posição intermédia é a mais aconselhada.<br />Portanto, o "what you see is what you get" está certo, mas quanto mais entramos nesta realidade, mais nos prendemos a ela, e esquecemos de que é efémera, e que há outros universos que querem aparecer nela. Mais vale fazê-los aparecer enquanto arte pela imaginação do que no acordar da realidade.<br /><br />Um abraço,<br />da MaiaAlvor-Silveshttps://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-21291788825064736992013-11-04T16:45:51.374-08:002013-11-04T16:45:51.374-08:00Boa noite,
Não me fiz entender bem, eu de filosof...Boa noite,<br /><br />Não me fiz entender bem, eu de filosofia pouco ou nada sei, só quis partilhar uma experiência que tenho, é a de quando o organismo recusa que o intelecto funcione de não cederem, quando se insiste consegue-se ultrapassar os seu limites, e isto abre-nos portas do conhecimento fechado, depois cada um entra pelas que escolher, eu espreito e não entro, penso que a maioria das pessoas poderiam chegar às mesmas conclusões que esses “filósofos” da antiguidade por si mesmo, sem os terem estudado. Isto de semideuses e deuses são dois reinos (dimensões?) do budismo e está abaixo do nirvana, pouco li ainda como lá vivem, mas preferia reencarnar numa delas que na que está abaixo da nossa, a dos animais, não gostaria de ser cão de ninguém, ainda podia ser comido por um confucionista chinês da treta. Isto tudo que meta espiritismo e afins é área muito perigosa para a saúde psíquica e física de quem se aventura a tentar tudo compreender, por isso também selecciono o que leio, actualmente sei evitar de cair nessas armadilhas, seria difícil que algo me conseguisse condicionar, por isto prefiro ficar no tal só sei que nada sei, género “what you see is what you get” a certeza de que posso materializar um boneco virtual me reconforta, ao imprimi-lo num papel.<br /><br />Votos que encontre o que procura, continuo a ler com interesse o seu blogue.<br />Cumprimentos<br /><br />José Manuel CH-GE <br />José Manuel de Oliveirahttps://www.blogger.com/profile/07033535310206321511noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-67016184214510782562013-11-04T11:07:27.213-08:002013-11-04T11:07:27.213-08:00Caro José Manuel, tem toda a razão.
É uma autocrít...Caro José Manuel, tem toda a razão.<br />É uma autocrítica que torno explícita, por uma questão de honestidade intelectual, para com outros leitores.<br />Sei perfeitamente que é atacável, mas não posso deixar de a referir, sob pena de dar a ideia que estive a ler centenas ou milhares de páginas, quando não estive.<br /><br />Somos sempre confrontados com opções, quando o tempo é limitado, vamos sempre perder numa coisa ou noutra.<br />Podemos analisar todos os grãos de areia numa praia? Não.<br />O que podemos fazer é seguir os grãos de areia que outros nos dizem que são preciosos... mas isso é seguir um caminho de formigas, umas atrás das outras, confiantes nele. Aí há que perceber por que razão os outros dizem que são preciosos para eles, será que isso lhes dá preciosidade per se, num mundo de enganos?<br /><br />Depois dessa reflexão, e percebendo que não, o nosso caminho fica autónomo, e ficamos uma formiga fora do carreiro.<br />Repare, eu não deixarei de ler se me derem a entender que tem interesse. <br />Porém, quando vejo que é matéria que pouco me traz de novo, não vou perder tempo com hermetismos estéreis.<br />Se forem estéreis, que se revelem como tal... algo que nunca é feito, e a ideia acaba ser perder-se em inúmeras divagações sobre nada.<br />É o exemplo desse "só sei que nada sei"... que é atribuído a Sócrates quando leu o "conhece-te a ti mesmo" em Delfos. Trata-se de um elogio ao vazio, enredado num paradoxo pseudo-infantil, próprio de agentes desse mesmo vazio, que aparecem sob várias formas. Desde a teologia cristã que argumenta que não podemos saber os mistérios divinos, ao simples nihilismo, que procura que todas as coisas tenham o mesmo valor... e assim a verdade ou falsidade são o mesmo, nessa via, ou é insondável, pela outra. Pura pantomina... porque ainda que a verdade seja inalcançável, podemos seguir o seu caminho, rejeitando a falsidade.<br /><br />Eu sei suficientemente de filosofia, falo com filósofos académicos (é mais monólogo, porque nada contrapõem), e li textos muitos textos filosóficos, para perceber quais eram/são os problemas fundamentais. Até há uns anos atrás, guardava as respostas para mim, porque eram respostas que só a mim me diziam respeito. Agora não, porque se eu não tivesse enfrentado a montanha, a montanha ameaçava cair em cima de mim, e nunca quis viver com medo do futuro. A montanha não pariu um rato, "este rato" viu apenas os buracos da montanha, mostrou-os, e prossegue.<br /><br />Devido a isso tenho hoje respostas que não são apenas para mim, servem a todos... e não tenho culpa que sejam ignoradas olimpicamente. Posso ser ainda um "rato"... mas a montanha já não é o Olimpo, ficou apenas um monte de calhaus, em cima uns dos outros. Querem ter importância, com os seus nomes consagrados, com o seu legado de tempos passados, etc... mas isso já só interessa como detalhe da paisagem.<br /><br />O desejo de ser Deus é uma vaidade e tirania, e fazemos de deuses face aos animais que dominamos. O homem que quer ser Deus rodeia-se de cães e gatos, pois os pode dominar, desfrutando da obediência de uns e da teimosia dos outros... mas não tem ninguém com quem falar, porque ficou sozinho. O caminho que toma é o caminho do isolamento completo, por opção própria. E isso é semelhante à tentativa de isolar alguém... que é também uma recusa do "outro".<br /><br />A citação do escravo Fedro é apropriada, porque ele poderia ser escravo pelo corpo, mas não era pelo espírito. No entanto quando falei de "interesse imediato", não é no sentido de "prazer imediato". Simplesmente uso um critério de interesse que tem prioridades. Se me colocarem uma questão filosófica profunda sou capaz de ficar a pensar nisso sem parar. Já os detalhes de acusações de quem estava ou deixava de estar envolvido na conspiração dos Illuminati à época da Revolução Francesa, isso é perfeitamente secundário. Já escrevi sobre isso e tinha concluído sobre essa conspiração... portanto não é nada de novo. Quando me voltar a interessar pelos detalhes, poderei ir ver de novo, mas está longe de ser prioritário... como é óbvio!<br /><br />Um abraço,<br />da MaiaAlvor-Silveshttps://www.blogger.com/profile/15596706877697025183noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5635062141497438566.post-81544887869211705272013-11-04T07:32:41.081-08:002013-11-04T07:32:41.081-08:00Re: “procuro gerir o meu tempo não olhando demasia...Re: “procuro gerir o meu tempo não olhando demasiado para informação que não me desperta interesse imediato, e que considero ir parar mais aos detalhes, do que propriamente a matéria auto-suficiente”<br /><br />Erro, há um processo que nós auto inibe e bloqueia (a falta de prazer) impede de ir até um certo patamar da escada do conhecimento, não podendo ver o planeta Terra fora dele a boa distância no espaço sideral, o homem sapiens como essas anémona-do-mar condenados ao seu meio ambiente nunca compreenderão onde estão, há quem dê o exemplo dum ser dotado de compreensão que sempre viveu dentro de uma câmara-de-ar dum pneu que nunca poderá compreender que vive numa roda dum veículo complexo que é o automóvel, e muito menos poderá saber quem o conduz... era esse até à pouco tempo o nosso nível geral, e continua a ser para a maioria, quando diz que “não olhando demasiado para informação que não me desperta interesse imediato” está a ser vítima do tal auto processo inibidor que impede de ultrapassar uma barreira (sair da câmara de ar) ir até ao topo do patamar da escada do conhecimento, para se conseguir contornar este condicionamento (orgânico) são precisos muitos anos de exercício, eu comecei por parar ler e reler a página que me impedia de continuar uma leitura “que não me desperta interesse imediato” e conseguir ir até ao fim (antes de ser despertado pelos “mágicos” lia as últimas páginas dos livros antes de ler o início) assim consegui ver “a matéria auto-suficiente”, escondida, ao quererem evitar de “ir parar mais aos detalhes” as pessoas fazem a tal auto censura (a falta de prazer bloqueia). Este é método e não é uma compilação minha tipo copy paste, é o fruto de explorar as minhas memórias cromossómicas (introspecção) ou o que outros lhe queiram chamar (maiêutica) mas que cada ser tem como herança quando nasce. <br /><br />Como diz o Dalaï-lama todos podemos vir a se ser Deus, mas corremos o risco de ser penalizados pela tirania e vanidade incumbente a esse estado, concluo eu ao ler as Escrituras Budistas.<br /><br />Só sei que nada sei (citação de quem não se sabe a identidade)<br />Boas leituras, cumprimentos, José Manuel CH-GE <br /><br />“Em cada um de nós há dois princípios que nos dirigem e governam, cuja orientação que seguimos onde quer que eles podem levar, sendo um um desejo inato pelo prazer, o outro, um julgamento adquirido que aspira a excelência”. Fedro<br />José Manuel de Oliveirahttps://www.blogger.com/profile/07033535310206321511noreply@blogger.com