sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Marco Polo, Anian e mapas chineses


Apresentamos aqui um mapa chinês que tem servido para muita especulação sobre as viagens chinesas.
Pretende ser uma cópia do Séc. XVIII de um mapa de 1418.
Na nossa opinião este mapa pode ter usado um outro mapa de 1418, mas juntou informação típica dos mapas europeus do Séc. XVIII, pelo que será indissociável alguma contaminação.

É completamente improvável que, a ser um mapa chinês de 1418, o cartógrafo viesse a efectuar os mesmos erros que os cartógrafos de Séc. XVII e XVIII fizeram - e cito apenas dois exemplos:
- colocar a Califórnia enquanto ilha
- errar na localização da Austrália, deixando uma ilha maior em posição que era associada ao Borneo ou à Nova Guiné, mal representando essa parte da mesma forma que os cartógrafos europeus.

Ou seja, não há novidades que apontem uma originalidade para além do conhecido à data da cópia, 1763. Não há erros apreciáveis nas partes polares, mas não difere muito dos mapas do final do Séc. XVI, que recomeçavam a ser corrigidos à época (a viagem de Cook dá-se poucos anos depois)... 
A época, especificamos melhor é - depois de 1755, do Terramoto de Lisboa. Esta data que vai marcar uma mudança que se reflectirá na independência americana, na ascensão russa de Catarina, a Grande, e só depois na revolução francesa. Estava definido o início de uma afirmação europeia que passaria a omnipresença mundial, em todos os palcos.

Marco Polo.
O relato de Marco Polo (Marco Paulo, para muitos antigos autores portugueses), que o acabou por levar à prisão, faz notar a época de secretismo e as consequências para quem o desrespeitasse.
A viagem de Marco Polo à China nada teria de tão extraordinário. Era perfeitamente normal que os comerciantes venezianos, mais ousados, pudessem ter seguido nas caravanas pela Rota da Seda até ao Oriente.
O que seria invulgar e notável é que Marco Polo, tendo ganho a confiança do Khan, tivesse conseguido embarcar com a tripulação chinesa em direcção a Fusang, passando pelo Estreito de Anian.
Isso sim, teria marcado uma viragem enorme na política europeia para o Séc. XIV.

Subitamente, a Europa dava-se conta que para além da ameaça a Oriente, poderia ficar cercada com uma ameaça a Ocidente, caso a expansão chinesa por terras americanas chegasse à costa atlântica da América. Ou seja, para além do espectro da invasão dos Hunos, a que se seguiu a expansão árabe/turca, a Europa poderia ser confrontada com uma presença chinesa no continente americano.

É provavelmente nessa altura que começam as dissensões sobre a atitude a tomar face à América, a política de ocultação tinha agora uma outra faceta de defesa de uma ameaça a Ocidente, em terras americanas.
É nesse contexto que surge uma expansão secreta portuguesa na direcção ocidental... que chegará até à colónia de Fusang. A última bandeira que consta no globo de João de Lisboa de 1514 é justamente uma bandeira no norte da Califórnia... acima desse ponto estaria o domínio da colónia chinesa de Fusang.

O reconhecimento do Reino e do Estreito de Anian, nos mapas de Ortelius, de Lavanha, e vários outros,
Estrecho de Anian - Mapa de Willem Barentsz (1597) 

mostra que os cartógrafos davam como certo o relato de Marco Polo, associando assim a presença chinesa em terras americanas.
O Estreito de Anian só passa a Estreito de Bering com a expansão de Pedro I, da Rússia, o Grande... 
Até essa data haveria o conhecimento do estreito, mas o seu controlo não estaria em poder ocidental, estaria muito provavelmente sob controlo chinês de Fusang, ou do Reino de Anian. Será só em 1784 que os russos irão desembarcar no Alasca, talvez data em que conseguem derrotar a colónia de Fusang/Anian.

Após Marco Polo, cujos relatos procuram ser silenciados e desacreditados, e após alguns séculos, a Europa consolida por completo a sua hegemonia, acabando com o controlo completo de Pacífico (após Cook e Bering). Os russos dominam a parte do Pacífico a norte, que depois cedem aos Estados Unidos, e a Austrália é consolidada como colónia inglesa. A tentativa de ressurgimento chinês, com a revolta dos Boxers termina com uma imposição ocidental através da Aliança de 8 nações.

Nota (o estreito de Anes):
Um interessante mapa apresentado no blog Portugalliae
apresenta o Estreito de Davis como Estreito de Anes. Apesar de datado de 1630, o mapa tem característica de ser anterior, ou de ser uma cópia de mapa anterior. Aparece claramente o meridiano de Tordesilhas, sendo por isso muito semelhante ao mapa "Pedro Reinel a fez". Neste caso, poderia referir-se à celebração de alguma viagem de um certo "Anes", e não ao Estreito de Anian situado em parte oposta. A contracção "Estreito d'Eanes", poderia mesmo levar a uma conjectura simples - o cabo Bojador que Gil Eanes teria passado seria muito mais uma passagem a latitudes árticas... No entanto, não temos nenhum outro dado que corrobore esta simples suposição.

15 comentários:

  1. Companhia das Naus / Vasco Annes da Costa / Estreito de Anes

    Olá,

    Há certos livros que são editados e “desaparecem” rapidamente, e traduzido para português nunca o seriam, um foi sobre as provas que a Duquesa vermelha diz ter encontrado sobre a morte de D. Sebastião numa masmorra castelhana, vi a entrevista na RTP há muitos anos a anunciar o achado, ninguém ligou bóia, estava e está ainda tudo hipnotizado pela cultura brasileira das telenovelas, Lisboa parava para ver Gabriela Cravo e Canela na RTP, uma televisão que foi feita em barracas e nunca de lá saiu em termo de qualidade, o outro livro que já não me lembro onde li ou ouvi o resumo era sobre uma investigadora britânica que desmantelava as viagens de Marco Polo, um argumento que nunca mais me esqueceu ”como podia alguém percorrer a China e não relatar as imensas culturas do chá?” de certo que não é só isto o argumento como qual Marco Polo recebeu as informações do seu livro na prisão, e parece que foi lá que o escreveu, mas gostaria de descobrir o nome desta autora e seu livro?

    Continuo com a mesma convicção que o Estreito de Anes do portulano de Macau é zona que o pai de João Vaz Corte Real explorou:

    (...) Cavaleiro honrado de Tavira, no tempo dos reis D. Fernando e D. João I, notabilizou-se como auxiliar do Mestre de Aviz, na defesa do reino contra as investidas do rei de Castela. Foi o primeiro a usar o apelido Corte Real, que lhe foi concedido pelo Rei D. Duarte, ao dizer que sua corte era real, quando Vasco Annes da Costa estava nela.

    Este Anes serviu D. Fernando I que tem o túmulo arrombado...foi o criador da Companhia das Naus.

    Foi pesquisar na Wiki sobre esta companhia do século XIV e acabei por pôr lá uma cópia integral em alta definição de Lisboa em 1572 época do apogeu oficial dos descobrimentos, que para mim começou antes ou com D. Fernando I.

    OLISIPO, SIVE UT PERVETUSTA LAPIDUM INSCRIPTIONES HABENT, ULYSIPPO, VULGO LISBONA FLORENTISSIMUM PORTUGALLIA EMPORIU.

    http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lisbon_-_Lisbonne_-_Lisboa_1572.png

    Sou um “analfabeto funcional”, pelo menos em latim, como me apelidava um jornalista do Expresso que me ofendia quando eu lá comentava notícias, por isso não sei se a descrição está correcta, nem quanto tempo a imagem lá estará, este Anes é duma época da criação da Companhia das Naus, que pouco destaque dão, e vão ver quanto a marinha já estava desenvolvida em Portugal.

    E a “Ilha Fantasma” Frislanda do mesmo portulano (a verde) não pode ser que cópia de ilhas pré-diluvianas agora submersas, era este o conhecimento que os portugueses detinham, daí a facilidade e rapidez como fizeram as descobertas marítimas e terrestres.

    Não cabe na cabeça de ninguém que um cartógrafo desenhe uma ilha fantasma com tantos detalhes da costa numa carta marítima.

    Cumprimentos,
    José Manuel CH-GE

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  2. Olá,

    a morte de D. Sebastião numa prisão castelhana não é nada de improvável... muito pelo contrário. A tradição árabe de chamar à batalha "dos três reis" tem uma conotação que vai para além do facto altamente improvável de se referirem a três reis mortos em batalha... um deles por ataque cardíaco! Haveria sim três reis envolvidos... e se calhar nenhum era mouro! O mais natural é que D. Sebastião defrontasse uma coligação europeia, no seguimento da Santa Aliança - coligação da Batalha de Lepanto (onde não foi).

    Quanto ao chá... tenho alguma falta de chá, mas estranho a sua difusão no Oriente, ao mesmo tempo que só após a chegada dos Portugueses ao Japão se torna conhecido...
    passados 60 anos no Oriente. Assim, o argumento do chá não me parece convincente.
    A restrição do chá a uma plantação açoreana, e a sua introdução por Catarina em Inglaterra, a sua popularização em época vitoriana, com o Earl Grey, estão demasiado ligados à história naval.

    Quanto ao Anes... acho que de facto essa associação Corte Real a Anes faz certamente mais sentido. Esse era o registo de exploração dos Corte Real, e no mapa falta a habitual nomeação das Terras dos Corte Real, ou do Labrador.
    Juntar a esse facto, a criação da Companhia das Naus, pois é mais um elemento que corrobora essa hipótese.

    Sobre a inscrição em Latim... também sou analfabeto, mas nesse caso acho que se percebe o seguinte:

    OLISIPO, quando veio a ter lápides(?) com inscrições reais/governamentais, ULYSIPPO, publicada LISBONA distintissima no império português

    (usando para ajudar este
    tradutor)

    É excelente ter colocado uma imagem de tão grande resolução. E pode ter razão... não é claro que seja conveniente saber que Lisboa mudou de nome no séc. XV. Acho que se procurou retirar a semelhança a Ulisses.

    Sem dúvida que com D. Fernando os descobrimentos tiveram um impulso, mas sem autorização papal... esse é que era o problema! Sem a chancela papal, isso não era reconhecido pela restante Europa.

    É-me difícil compreender o mapa.
    Estou convencido ser uma cópia de um mapa muito mais antigo - pelo menos antes de 1550.
    Porque mantém a Ilha Brasil, e outras, representações que foram abandonadas por completo nessa altura.
    Tem razão - o detalhe de Frislanda é estranho, parecendo que a ilha maior a roxo seria a Islândia. [Dificilmente seria uma grande massa de gelo junto à Gronelândia.]

    O problema está ainda no nome Gronelândia, que deveria aplicar-se mais às terras do Canadá - Labrador/Corte Real.
    O nome "Terra Verde"-"Gronelândia" parece-me propositadamente colocado num sítio diferente, mas que não se adequa à etimologia.
    O nome "Terra do Gelo"-"Iceland" esse sim seria adequado à Gronelândia.
    Com essa deslocação de nomes, o Canadá nunca seria atingido... pois chamavam-lhe Gronelândia.

    No entanto, não me parece ser o caso do mapa.
    A parte roxa assemelha-se muito com a parte a norte do Labrador (a terra entre os estreitos de Davis e Hudson)... mas continuam a faltar ilhas. Pode acontecer que Frisland fosse uma má localização da Terra Nova... mas parece-me difícil - o resto do mapa está bom, a menos que fosse para iludir a concorrência nórdica.

    Não consigo tirar mais nada, por isso não excluo a hipótese de ter havido mudanças geográficas mais significativas... e os mapas poderem ser inspirados em registos mais antigos, doutros tempos.

    O problema nesse caso, é que não há propriamente uma linha consistente. As únicas ilhas fantasmas que foram coerentemente representadas nos mapas foram pequenos pontos, como a Ilha Brasil, as Maydas, a Ilha Verde, etc. Aí, não tenho quase dúvida que se tratavam de indicações codificadas para orientação secreta.

    Um abraço.

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  3. (...) “Quanto ao chá... tenho alguma falta de chá, mas estranho a sua difusão no Oriente, ao mesmo tempo que só após a chegada dos Portugueses ao Japão se torna conhecido...passados 60 anos no Oriente. Assim, o argumento do chá não me parece convincente”

    (...) Depuis la nuit des Tang...
    De ce paysage partait la route de la Soie. L'opulente cité phare du Zhejiang n'a été qu'un temps le siège de l'empire, mais elle reste la capitale indiscutée du thé et de la soie en Chine. Si la vieille Hangzhou, que Marco Polo jugea «splendide», n'existe plus, les marchands de thé sont toujours là, au sud de la ville, sur les flancs de la rue Yu Shen. Pour ces gens-là, le printemps est la période chaude.

    Olá,

    É engraçado que pouca gente sabe que o chã é uma bebida típica chinesa, se os portugueses levaram para o Japão alguma variedade da Índia, não sei, é provável, mas já o conheciam de certeza antes:

    “D'origine chinoise, où il est connu depuis l'Antiquité, le thé est aujourd'hui la boisson la plus bue au monde après l'eau.”

    http://fr.wikipedia.org/wiki/Th%C3%A9_chinois

    Mas é que são montanhas de veludo verde as plantações sem fim do chã na China, era como se Marco Polo fosse ao Douro e em 2010 e não fala-se das vinhas nas encostas etc.

    Dos hábitos alimentares e fauna doméstica do passado aprende-se muita coisa que está em contradição com a historiografia oficial, mas tenho uma que é inédita, no Japão há uma minoria étnica não oriental e milenar de tipo ocidental.

    Cumprimentos,
    José Manuel CH-GE

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  4. Caro José Manuel

    A ligação japonesa encontrei-a na wikipedia, mas de facto está mal feita (em português e italiano), sugerindo factos errados. Mistura o comércio de Macau para o Japão com a origem japonesa... problemas habituais da wikipedia e da forma como é construída.

    Por outro lado, essa ausência de referência ao chá nas viagens de Marco Polo, parece ser contraditória com este artigo:
    http://en.wikipedia.org/wiki/History_of_tea
    The earliest record of tea in a more occidental writing is said to be found in the statement of an Arabian traveler, that after the year 879 the main sources of revenue in Canton were the duties on salt and tea. Marco Polo records the deposition of a Chinese minister of finance in 1285 for his arbitrary augmentation of the tea taxes. The travelers Giovanni Batista Ramusio (1559), L. Almeida (1576), Maffei (1588), and Teixeira (1610) also mentioned tea. In 1557, Portugal established a trading port in Macau and word of the Chinese drink "chá" spread quickly, but there is no mention of them bringing any samples home

    De qualquer forma, parece-me haver uma certa ligação exótica entre o chá e os impérios português e inglês.

    Não sei se referia aos Ainos
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ainus
    que constituem sim uma excepção na população japonesa, e podem ser um dos missing links na história das migrações humanas. A origem pode ser semelhante às dos povos da bacia do Tarim.

    Lá está... o caso dos Ainos nunca me pareceu estranho, porque li isso quando tinha 7 ou 8 anos. Mas, efectivamente, não é algo muito divulgado.

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  5. Olá,

    Queira desculpar de insistir, mas eu raras vezes sou atraiçoado pela memória, enquanto dura:

    The Travels of Marco Polo

    http://en.wikipedia.org/wiki/The_Travels_of_Marco_Polo#cite_note-1

    Books of the Marvels of the World (French: Livres des merveilles du monde) or Description of the World (Divisament dou monde), also nicknamed Il Milione ("The Million") or Oriente Poliano and commonly called The Travels of Marco Polo, is a 13th-century travelogue written down by Rustichello da Pisa from stories told by Marco Polo, describing the travels of the latter through Asia, Persia, China, and Indonesia between 1271 and 1291.[1]

    It was a very famous and popular book, even in the 14th century. The text claims that Marco Polo became an important figure at the court of the Mongol leader Kublai Khan. However, modern scholars debate how much of the account is accurate and some have questioned whether or not Marco Polo ever actually traveled to the court or was just repeating stories that he had heard from other travellers.[2]

    Wood, Francis (1996). Did Marco Polo Go to China?. Boulder: Westview Press. ISBN 0813389984, 9780813389981.

    O homem nem escreveu livros nem nunca pôs os pés na China...

    Cumprimentos,
    José Manuel CH-GE

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  6. Mas, caro José Manuel, eu acho perfeitamente possível que nem tenha havido nenhum Marco Polo viajante... talvez tenha sido apenas um preso que falava demais sobre viagens, numa época em que viajar só era possível sob autorização.
    Como referiu a opinião da investigadora britânica que argumentara a não referência ao chá nos livros, e depois li a passagem da wiki, coloquei a referência.
    Eu de facto não li Marco Polo, e por isso estou a falar em segunda ou terceira mão. Conheço apenas a história popularizada em documentários e séries. Ainda não me despertou o interesse suficiente para ler, mas é o autor que mais influencia o pensamento das descobertas.
    A imprensa tinha sido semi-legalizada com Guttenberg e as obras começavam a espalhar-se... foi um dos primeiros best-sellers.
    Depois as restrições inquisitórias foram mais acutilantes... vejamos o que acontece com a internet!

    Cumprimentos.

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  7. Caros

    Quanto aos Ainos, da primitiva Civilização do Japão, a Civilização Jómon, receio que tenham sido exterminados.
    É que viviam em Nagasaki, e a última vez que se falou deles, foi quando lhes caiu uma Bomba Nuclear em cima.

    Quanto ao Chá, Té em malaio, surgiu no Tibete. Era cultivado e preparado pelos Monges Tibetanos. Foi do Tibete que passou para a China, entre os Séculos VII e IX.
    Ainda hoje, o chá chinês é o mais famoso, embora saiba a fumo.
    O melhor chá, é o dos Açores. Mas isso nem surpreende.
    Afinal é o original!
    Os Monges do Tibete, é que também sempre souberam a verdade!

    Maria da Fonte

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    1. Cara,
      os Ainus não foram extintos, são originários do norte do Japão, nomeadamente Hokkaido e ilhas a norte disputadas com a Rússia.

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  8. Chá originário dos Açores... o Gorreana?
    Não creio, muito sinceramente.

    Para essa questão, deveria votar no Chimarrão!
    Mas conforme já referi, não sou apreciador, prefiro o chá de limão.

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  9. Caro Alvor

    Conhece bem o Chá Verde dos Açores? `
    É óptimo,muito melhor que os Chinêses ou Indianos.

    Mas claro que é recente!
    Tudo é recente a Ocidente!

    A Inteligência expandiu-se, apenas quando há cerca de 12 Mil anos, os sobreviventes da Glaciação, chegaram a Oriente.
    Até então, estava seguramente congelada!
    Ou quiçá...Liofilizada!!!

    Da Fonte

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  10. Caro Alvor,

    Apenas um apontamento na sequência do seu primeiro comentário.

    Gronelândia - Groenland - Do Holandês "Groen" (Verde) ou Dinamarquês (Gron) e "Land" (terra)

    Frislanda - Frisland - Do Holandês "Fris" (fresco) e "Land" (terra)e em dinamarquês existe "fryse" de congelar

    Islândia - Island - Do Norueguês e dinamarquês "Is" (gelo)e "land" (terra)

    Vem também a propósito as estreitas relações que tivemos com os dinamarqueses em navegações nórdicas.

    A ilha roxa assemelha-se bastante com a hoje conhecida Svalbard embora bastante deslocada.

    O estreito desenhado faz-me lembrar do Vinland Map de 1440
    http://cartographic-images.net/Cartographic_Images/243_Vinland_Map.html



    Cumprimentos,

    Rui Rodrigues

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  11. Rui Rodrigues: obrigado pelo complemento ao comentário.

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  12. Boa tarde caro Da Maia,

    O nosso rol de descobridores/aventureiros é enorme. Conhecia esta personagem, o primeiro ocidental que alguma vez chegou ao Tibete?

    Como é possível isto não ser estudado historicamente a nível mundial? Fazemos mesmo por nos mantermos pequenos é incrível.

    https://www.youtube.com/watch?v=GzaP_pSMs_c

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_de_Andrade

    Cumpts,

    JR

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    1. Sim, caro João.
      Creio que sabia do Padre António de Andrade através do Cardeal Saraiva.
      Veja por exemplo aqui:

      https://books.google.pt/books?id=75ktAAAAYAAJ&pg=PA177&dq=Antonio+de+Andrade

      Sei que falámos aqui, com Maria da Fonte e José Manuel, acerca da chegada de jesuítas portugueses ao Tibete, mas não encontro nada de específico relativamente a isso.
      Para variar do tema do corona-vírus, é um bom tópico a inserir.

      Obrigado, e cumprimentos.

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    2. Na sequência deste tema, acabo de publicar um postal acerca do Padre António de Andrade:

      https://alvor-silves.blogspot.com/2020/04/dos-comentarios-62-descobrimentos.html

      Abç

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